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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Largue o cel e olhe para o céu #33

Messier 22


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #032 – Messier 22

Messier 22 é um aglomerado globular e se localiza na constelação Sagittarius (Sagitário). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação.

Para entender a origem de Sagitário e sua conformação, é preciso compreender a influência das mitologias nas denominações celestes. A constelação é representada como um centauro, uma criatura mítica com a parte inferior como a de um cavalo com quatro patas e, a superior, com o torso e a cabeça humanas, com uma capa atada ao pescoço e empunhando um arco e flecha (Figura 1), apontada para a constelação vizinha de Escorpião (Scorpius) (Figura 2). Sagittarius é uma constelação de origem suméria, representando o deus da guerra e da caça, concebido como um arqueiro centauro com asas. Posteriormente, os gregos teriam adotado o centauro, sem as asas (RIDPATH, 2018). Para Eratóstenes, que nós conhecemos como aquele que calculou a circunferência da Terra em tempos idos, tratava-se de Crotus, filho de Eupheme, a enfermeira das musas, e não um centauro, pois este não utilizava arcos, além de possuir uma cauda de sátiro (uma mistura de corpo de homem e bode) (ERATÓSTENES, 1999). Alguns acreditam, erroneamente, que Sagitário representa Quíron, um centauro sábio e erudito, porém ele na verdade é representado na constelação Centaurus. Hyginus, escritor romano, disse haver um círculo de estrelas aos pés de Sagittarius “jogado como por uma pessoa em um jogo”, se referindo à constelação Corona Australis (Figura 2) (RIDPATH, 2018).

Figura 1 - Constelação de Sagittarius conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Figura 2 - Constelação de Sagittarius, Scorpius e Corona Australis, conforme visualizadas no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Sagittarius pode ser vista em latitudes entre + 55° e -90°, tendo como constelações vizinhas Aquila, Scutum, Ophiucus, Serpens, Scorpius, Telescopium, Corona Australis, Microscopium e Capricornus (CONSTELLATION GUIDE, 2020)(Figura 3).

Figura 3 - Constelações de Aquila, Scutum, Ophiucus, Serpens, Scorpius, Telescopium, Corona Australis, Microscopium e Capricornus, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Oficialmente, a constelação recebe a designação Sagittarius, a abreviatura Sgr e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Sagittarii. As estrelas principais de Sagittarius são: Rukbat (α Sagittarii ou α Sgr), β1 Sgr e β2 Sgr (dupla ótica), Alnasl (γ Sagittarii ou γ Sgr), Kaus Media (δ Sagittarii ou δ Sgr), Kaus Australis (ε Sagittarii ou ε Sgr),  Kaus Borealis (λ Sagittarii ou λ Sgr), Nunki (σ Sagittarii ou σ Sgr) e μ Sagittari ou μ Sgr e (Figura 4) (RÉ; ALMEIDA, 2000)(CONSTELLATION GUIDE, 2020).

Figura 4 - Constelação de Sagittarius conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

É também nesta constelação que se localiza M22, denominada no New General Catalog como NGC 6656 (Figura 5).
Figura 5 – Messier 22. Fonte: (ESA/HUBBLE & NASA, 2015).

O aglomerado se encontra apenas a 1° da eclíptica sendo fácil de ser visto quando os planetas se aproximam dele.  M22 foi descoberto pelo astrônomo amador alemão Abraham Ilhe em 1665, justamente quando ele observava o planeta Saturno (MESSIER OBJECTS, 2015). Com o formato levemente oval, alongado em PA 25° (STOYAN et al., 2008) e magnitude aparente igual a +5.1, é um dos 150 aglomerados globulares da Via Láctea mais próximos de nós, distando 10.600 anos-luz da Terra. Possui idade estimada de 12 bilhões de anos, ocupando uma área de 32’ de arco, com diâmetro de 100 anos-luz, ligeiramente maior que a Lua Cheia. Está recuando de nós à velocidade de 149 km/s. A massa do aglomerado equivale a 500.000 massas solares, com 83.000 estrelas (MESSIER OBJECTS, 2015), sendo pelo menos 78 delas variáveis (STOYAN et al., 2008) e as mais brilhantes de 11ª magnitude. Além das estrelas, existem dois buracos negros conhecidos como M22-VLA1 e M22-VLA2. Cada um deles contém uma estrela companheira da qual lhe retiram matéria. Também abriga uma nebulosa planetária denominada GJJC1 ou IRAS 18333-2357, que se localiza a 1’ de arco ao sul do centro de M22 (MESSIER OBJECTS, 2015), com uma estrela central de magnitude +14.3. A magnitude aparente da nebulosa é igual a +15.0 e suas dimensões são 10” x 7”. Um possível evento de microlente gravitacional foi observado pelo Hubble Space Telescope (HST) em 1999 (STOYAN et al., 2008).

Este aglomerado globular é um dos mais fáceis de ser localizado, sendo visível inclusive a olho nu, desde que as condições do céu sejam boas (preferencialmente escuro, longe de centros urbanos ou fontes de luz). Na constelação de Sagitário, localize a estrela Kaus Borealis. M22 está a 2,5° a nordeste dessa estrela (Figura 6) (MESSIER OBJECTS, 2015). Ao utilizar binóculos, como os de 7x50 ou 10x50, o aglomerado aparecerá como uma bola nebulosa, sem revelar nenhum detalhe que seja perceptível. Com um telescópio de 150mm, com aumentos altos, são resolvidas as estrelas mais brilhantes de magnitude +11, as mais externas e o núcleo do aglomerado que aparecerá um pouco mais brilhante. Com telescópios maiores, a partir de 300mm, M22 surge impressionantemente com milhares de estrelas visíveis (FREESTARCHARTS.COM, [s.d.]).

Figura 6 - Localização de Messier 22 na constelação de Sagitário. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

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Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Sagittarius Constellation: Facts, Mythology, Stars, Location, Star Map. Constelattion Guide, 2020. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/sagittarius-constellation/. Acesso em: 22 jul. 2020.

ERATÓSTENES. Mitología del Firmamento (Catasterimos). Madrid: Alianza Editorial, 1999. Disponível em: https://www.alianzaeditorial.es/libro/clasicos-de-grecia-y-roma/mitologia-del-firmamento-eratostenes-9788491043836/. Acesso em: 30 maio. 2020.

ESA/HUBBLE & NASA. The crammed centre of Messier 22. 2015. Disponível em: https://www.spacetelescope.org/images/potw1514a/. Acesso em: 15 jul. 2022. 

FREESTARCHARTS.COM. Messier 22 - M22 - Sagittarius Cluster (Globular Cluster). [s.d.]. Disponível em: https://freestarcharts.com/messier-22. Acesso em: 15 jul. 2022. 

MESSIER OBJECTS. Messier 22: Sagittarius Cluster. 2015. Disponível em: https://www.messier-objects.com/messier-22-sagittarius-cluster/. Acesso em: 15 jul. 2022. 

RÉ, Pedro; ALMEIDA, Guilherme De. Observar o céu profundo. Lisboa: Plátano, 2000. 

RIDPATH, Ian. Sagittarius. Em: Star Tales. 2a. ed. Cambridge, MA: The Lutterworth Press, 2018. p. 234–237. Acesso em: 28 maio. 2022.

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Sagittarius. Boston, 2020. Disponível em: https://stellarium.org/pt/. Acesso em: 25 jul. 2020.Stellarium

STOYAN, Ronald; BINNEWIES, Stefan; FRIEDRICH, Susanne; SCHROEDER, Klaus-Peter. M 22. Em: Atlas of the Messier Objects Highlights of the Deep Sky. New York: Cambridge University Press, 2008. p. 124–125. Acesso em: 22 jul. 2022.

A oposição de Júpiter em 26 de setembro 2022.

Antônio Rosa Campos

Certamente o gigantesco Júpiter vem chamando a atenção dos observadores neste ano, uma vez que o imponente e massivo planeta estará emoldurando o céu noturno com uma excepcional oposição em 26 de setembro próximo quando então sua magnitude chegará a -2.9. Na tabela 1 abaixo e apresentado suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (figura. 1)  da região celeste onde ele se encontra.

A região celeste a qual poderemos encontrar Júpiter e bem conhecida dos astrônomos. Certamente ele juntamente com as conhecidas estrelas conhecidas da constelação de Peixes certamente participará no céu com belas conjunções.

Conhecido desde a antiguidade e também vislumbrando seus observadores em todo o mundo (de Galileu Galilei aos astrônomos contemporâneos), Júpiter (assim como Saturno quando visível no céu noturno), com a mais absoluta certeza, será o centro das atenções neste período em qualquer Star Party.

O Planeta

Nesta oportunidade Júpiter estará a uma distância da Terra de 3.9525660 u.a (591.295.396 milhões de Km), distância essa considerável. Entre janeiro de 2013 e dezembro de 2100, essa é maior aproximação de Júpiter à Terra que ocorrerá conforme podemos analisar no diagrama apresentado pela figura 2 abaixo.

Alcançando essa magnitude, ele perderá em brilho somente para Vênus e a Lua, quando visíveis no céu.

Satélites galileanos

Além da sua dinâmica superfície, chama a atenção de qualquer observador a dança diária de seus principais satélites naturais Io, Europa, Ganimedes e Callisto (Nota 2); esse fantástico quarteto apresenta formações e eventos mútuos entre si, que também envolvem o disco do planeta. Assim essa dinâmica pode ser acompanhada utilizando-se uma luneta acima de 70 mm de abertura. Isso faz com que o registro preciso dos eventos (particularmente os eclipses, com horários precisos), seja útil para refinar as órbitas destes satélites, mas vai requer uma boa fonte de sinal horária e experiência do observador neste tipo de observação.

Assim sendo, pode-se definir tranquilamente para compor suas efemérides e acompanhamento gráfico num diagrama de saca-rolhas (quadro 1), as seguintes definições e nomenclaturas:

Satélites

1 ou I = Io;

2 ou II = Europa;

3 ou III = Ganimedes;

4 ou IV = Callisto;

Fenômenos

Ec = Eclipse do satélite pela sombra do disco do planeta;

Tr = Trânsito do satélite pelo disco do planeta;

Sh = Trânsito da sombra do satélite pelo disco do planeta;

Oc = Ocultação do satélite pelo disco do planeta;

I = Imersão;

E = Emersão;

D = Desaparecimento;

R = Reaparecimento.

Você pode utilizar as efemérides que se encontram publicada no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2022 (figura 3 – ilustrativa), fazendo gratuitamente o download no seguinte link: https://is.gd/Alma_2022

Importância

Certamente, a edição dos eventos que envolvem a dinâmica de Júpiter e seus principais satélites, e uma constante nesta efeméride o que ocorre sempre nas futuras edições desta mesma publicação.

As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes no planeta. Desta forma esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados destas observações.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = Em função da distância a Terra, os satélites galileanos apresentam as seguintes magnitudes: Io = 5.5; Europa = 6.1; Ganimedes = 5.1 e Callisto = 6.2.

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/planetarium - Acess: 28 Feb. 2022.

A oposição de Netuno em 16/17 de setembro 2022!

Antônio Rosa Campos

Certamente que um post sobre a oposição desse longínquo e ainda perquirido planeta do Sistema Solar, não deixará de mencionar que após a sua descoberta ele completou somente uma volta em torno do Sol, o que ocorreu em 2011 (CAMPOS, 2011). Netuno nesta época então estará com sua magnitude visual estimada em 7.8 conforme apresentado nas suas efemérides na tabela 1 abaixo podendo ser localizado na constelação de Aquarius muito próximo a um conjunto de estrelas brilhantes e objetos NGC já na constelação Peixes conforme podemos apreciar na carta celeste ilustrativa (figura. 1) daquela região celeste.

O Planeta

Netuno é o planeta mais externo no sistema solar e um digno representante dos gigantes gasosos; seu diâmetro equatorial possui 49.500 quilômetros; a história da descoberta deste planeta remonta as pequenas irregularidades no movimento observado de Urano e Netuno, estes descobertos em 13 de março de 1781 por William Herschel e em 23 de setembro de 1846 por Johann Gottfried Galle e também e Louis d'Arrest no Observatório de Berlim, após as análises matemáticas feitas por Urbain Jean Joseph Le Verrier.

Nesta oportunidade ele estará a uma distância da Terra de 28.909904 u.a (4324.85 milhões de Km), distância essa considerável, até mesmo porque sua distância luz estará estimada em cerca de 4h00m. Você pode utilizar as efemérides que se encontram publicada no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2022 (figura 2 – ilustrativa), fazendo gratuitamente o download no seguinte link: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing.

Importância

As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para que todos os observadores busquem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes no planeta. Neste caso e por tratar-se de um planeta tão longínquo apresentando seu diâmetro equatorial de apenas 2.32 segundos de arco, uma situação bem interessante para os proprietários de pequenos instrumentos será buscar a identificação de seu disco planetário em meio as estrelas da constelação de Aquarius/Pisces. Desta forma desejo a todos uma boa jornada observacional.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/planetarium - Acess: 07 Fev. 2022.

Chevalley, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:   <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 26 Nov. 2015.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

O asteroide (4) Vesta em 2022.

Antônio Rosa Campos

Em 23 de agosto o asteroide Vesta estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.169), quando então sua magnitude chegará a 5.6 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (THE SKY LIVE, 2022), objetivando sua localização neste dia.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 4 Vesta foi descoberto em 29 de março de 1807 pelo astrônomo alemão Wilhelm Olbers (1758 - 1840) no Observatório de Bremen. Seu nome é uma alusão a Vesta, filha de Cronos e de Réia. Deusa da casa, particularmente do lar doméstico. Em Roma suas sacerdotisas (as Vestais) constituíam o corpo sacerdotal mais importante e também objeto do mais alto apreço. (MOURÃO, 1987).

Utilizando técnicas de mapeamento geológico uma equipe de 14 pesquisadores concluíram um mapeamento da superfície de (4) Vesta (figura. 2) usando dados fornecidos pela sonda Dawn (lançada em 27 de setembro de 2007). "A campanha de mapeamento geológico de Vesta levou cerca de dois anos e meio e os resultados obtidos com os mapas permitiram reconhecer uma escala de tempo geológico de Vesta para compará-lo a outros planetas" (Ciencia@NASA, 2014).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/planetarium - Acess: 12/ Jan 2022.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Ciencia@NASA. Science@NASA - Portal en idioma inglés. 13 Dez. 2014. Disponível em: <http://ciencia.nasa.gov/ciencias-especiales/17nov_vestamap/> - Acesso em 13 dez. 2014.

O asteroide (90) Antiope em 2022.

Antônio Rosa Campos

Em 01 de agosto o asteroide Antiope estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.100), quando então sua magnitude chegará a 11.5 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela 1 abaixo apresenta suas efemérides para este dia bem como ainda um mapa celeste ilustrativo na figura 2 (HEAVENS ABOVE.COM, 2022) apresentando FoV = 60º e Mv=5, com detalhe de FoV = 2º e Mv=12 objetivando sua localização neste dia.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, (90) Antiope foi descoberto em 01 de outubro de 1866 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822-1900) no Observatório de Düsseldorf. Seu nome é uma homenagem do prefeito de Düsseldorf, Von Kuhlwetter, à bela Antíope, filha de Nicteu, rei de Tebas e Polixo, e mãe dos gêmeos Zétos e Anfion, com Júpiter; Antiope. (MOURÃO, 1987). 

Em 19 de julho de 2011 ainda, este mesmo asteroide ocultou a estrela LQ Aquarii, uma variável e gigante vermelha de classe e tipo espectral M0 cujo raio de magnitude encontram-se em 6.71 e 6.78, (AAVSO, 2017) respectivamente, quando uma boa quantidade de observadores contribuiram para determinar o perfil deste asteroide duplo, cujo satélite (S/2000 (90) 1) foi descoberto em 2000 por William Merline e seus colaboradores, observando ainda que esse asteroide era composto de dois componentes de tamanho semelhante, tornando-se um asteroide "binário” (Astronomy Magazine, 2007).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00"N, LONG: 024° 06' 00"E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

Heavens Above (Home Page). Available: <https://www.heavens-above.com/MinorPlanet.aspx?desig=90&lat=0&lng=0&loc=Unspecified&alt=0&tz=UCT> - Acesso em 24 Jan 2022.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Green. D.W.E (IAU-MPC). Circular No. 7503. Available in: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/07500/07503.html> Acess in: 6 Mar. 2019.

Astronomy Magazine (website). Available in: <http://www.astronomy.com/news/2007/04/double-asteroid-antiope> Acess in: 22 May 2017.

Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

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