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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Largue o cel e olhe para o céu #32

 Messier 9 - M 9 - NGC 6333


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #031 - Messier 9.

Messier 9 é um aglomerado globular que se localiza na constelação Ophiuchus (Ofiúco). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação.

Para entender a origem de Ophiuchus e sua conformação, é preciso compreender a influência das mitologias nas denominações celestes. A constelação é representada por um homem que segura uma cobra longa, sendo que a mão direita suporta a cauda da serpente e a esquerda segura-lhe a cabeça (Figura 01)(RIDPATH, [s. d.]). A serpente, por sua vez, deu origem à curiosa constelação Serpens, que se divide em duas partes: Serpens Caput (a cabeça da cobra) e Serpens Cauda (a sua cauda) (Figura 02) separada ao meio pela constelação Ophiuchus (CONSTELLATION GUIDE, 2021). A palavra latina Ophiuchus tem sua origem no grego Ophioukhos (OPHIUCHUS DEFINIÇÃO E SIGNIFICADO | DICIONÁRIO INGLÊS COLLINS, [s. d.]), que significa portador de serpente. Na mitologia grega, o homem que porta a serpente seria a representação de Asclépio, o deus da Medicina e filho do deus Apolo. Asclépio sabia como curar e podia inclusive ressuscitar mortos, conhecimento este aprendido quando observava o corpo afogado de Glaucus, filho do rei Minos. De repente, uma serpente foi em direção ao corpo de Glaucus e Asclépio matou-a. A seguir, outra serpente se aproximou da cobra morta e colocou sobre seu corpo uma erva, que lhe trouxe novamente à vida. Assim, Asclépio usou a mesma erva e ressuscitou Glaucus. Há outra versão sobre como Asclépio adquiriu esse conhecimento, mas fato é que ao ressuscitar mortos, Hades, o deus do submundo, ficou preocupado que essa técnica se tornasse conhecida e ele tivesse reduzida a quantidade de almas que poderiam ir para a sua dominação. Assim, ele reclamou com Zeus, que era seu irmão, e Asclépio foi morto então com um raio. Apolo, seu pai, ficou indignado e para acalmá-lo, Zeus tornou Asclépio imortal e colocou-o no céu como a constelação de Ophiuchus (RIDPATH, [s. d.]). 

Figura 1 - Constelação Ophiuchus conforme visualizada no software Stellarium. 

Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2022)

Figura 2 - Constelação Ophiuchus e Serpens (Serpens Caput e Serpens Cauda), conforme visualizadas no software Stellarium. 

Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2022).


Ophiuchus pode ser vista em latitudes entre +80° e -80°, tendo como constelações vizinhas Aquila, Hercules, Serpens, Libra, Scorpius e Sagittarius (CONSTELLATION GUIDE, 2021)(Figura 3).

Figura 3 - Constelações vizinhas de Ophiuchus: Aquila, Hercules, Serpens, Libra, Scorpius e Sagittarius, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2022).

Oficialmente, a constelação recebe a designação Ophiuchus, a abreviatura Oph e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Ophiuchi. As estrelas principais de Ophiuchus são: Rasalhague (α Ophiuchi ou α Oph), Kappa Ophiuchi (k Ophiuchi ou K Oph), Yed Posterior (ε Ophiuchi ou ε Oph), Yed Prior (δ Ophiuchi ou δ Oph), Saik (ζ Ophiuchi ou ζ Oph), Sabik (η Ophiuchi ou η Oph), 51 Ophiuchi e Cebalrai (β Ophiuchi ou β Oph) (Figura 4) (RÉ; ALMEIDA, 2000) (CONSTELLATION GUIDE, 2021).

Figura 4 - Constelação Ophiuchus conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2022).

É também nesta constelação que se localiza o aglomerado globular Messier 9, também denominado no New General Catalog como NGC 6333 (Figura 5).

Figura 5 – Messier 9 (NGC 6333). Fonte: (NASA & ESA, 2012).

O aglomerado foi descoberto por Charles Messier em 1764. Com magnitude aparente de +8.42, dista 25.800 anos-luz de nós. A luminosidade total de M 9 equivale aproximadamente a 120.000 vezes a do Sol. É um dos aglomerados mais próximos do centro da nossa galáxia (5500 anos-luz) e, por essa razão, quando observado, nos parece mais achatado em função da influência da gravidade exercida pelo centro galáctico. Messier 9 se afasta rapidamente de nós à velocidade de 224 km/s, possuindo diâmetro angular de 12” de arco (cerca de 90 anos-luz). Ao se observar a Figura 5, observa-se que M 9 apresenta estrelas com cores distintas, sendo que as avermelhadas indicam temperaturas mais baixas e as azuis são bem mais quentes. Além disso, as estrelas deste aglomerado são 2 vezes mais antigas que o nosso Sol, apresentando composição distinta na qual faltam elementos mais pesados como oxigênio, ferro e carbono (MESSIER OBJECTS, 2015). 

Trata-se de um objeto que não é fácil de ser localizado e requer experiência observacional. A luz do aglomerado é afetada de modo significativo pela poeira interestelar advinda da nebulosa escura Barnard 64, que se encontra ao lado de Messier 9.  Para localizar o aglomerado, identifique primeiro onde se encontra a estrela Sabik (magnitude visual de +2.4). M 9 se encontra cerca de 3° a sudeste dessa estrela (Figura 6) (FREESTARCHARTS.COM, [s. d.]). 

Com binóculos e telescópios de 70 mm, o aglomerado se assemelha a uma nebulosa pequena, arredondada e tênue (MESSIER OBJECTS, 2015). Com binóculos maiores de 15x70 ou 20x80 é mais fácil de observá-lo, mas ainda não há muitos detalhes que possam ser percebidos (FREESTARCHARTS.COM, [s. d.]). Com telescópios de 100 mm já se pode notar o formato ovalado da região central do aglomerado, com cerca de 3’ de diâmetro. Com instrumentos acima de 150 mm, já se pode perceber individualmente as estrelas e a região central. Para resolver totalmente o aglomerado, faz-se necessário o uso de telescópios superiores a 300 mm (MESSIER OBJECTS, 2015).                     

Figura 6 - Localização de Messier 9 na constelação Ophiuchus. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2022).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem enviar seus comentários, críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado, por meio do e-mail skyandobservers@gmail.com.

EDIÇÕES ANTERIORES


Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Ophiuchus Constellation. [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/ophiuchus-constellation/. Acesso em: 13 jul. 2022. 

FREESTARCHARTS.COM. Messier 9 - M9 - Globular Cluster. [S. l.], [s. d.]. Disponível em: https://freestarcharts.com/messier-9. Acesso em: 12 jul. 2022. 

MESSIER OBJECTS. Messier 9. [S. l.], 2015. Disponível em: https://www.messier-objects.com/messier-9/. Acesso em: 12 jul. 2022. 

NASA & ESA. Hubble image of Messier 9. [S. l.], 2012. Disponível em: https://www.spacetelescope.org/images/heic1205a/. Acesso em: 12 jul. 2022. 

OPHIUCHUS DEFINIÇÃO E SIGNIFICADO | DICIONÁRIO INGLÊS COLLINS. [S. l.], [s. d.]. Disponível em: https://www.collinsdictionary.com/pt/dictionary/english/ophiuchus. Acesso em: 17 jul. 2022. 

RÉ, Pedro; ALMEIDA, Guilherme de. Observar o céu profundo. Lisboa: Plátano, 2000. 

RIDPATH, Ian. Star Tales – Ophiuchus. [S. l.], [s. d.]. Disponível em: http://www.ianridpath.com/startales/ophiuchus.html. Acesso em: 13 jul. 2022. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação Ophiuchus: conformação, constelações vizinhas, principais estrelas e localização. Versão 0.22.2. Boston: Stellarium.org, 2022. Stellarium Astronomy Software. Disponível em: https://stellarium.org/pt_BR/

A ocultação de Urano pela Lua em 22 de julho 2022!

Antônio Rosa Campos

I – Introdução

Na noite de 22 de julho próximo, a Lua - 34% iluminada e uma elongação do Sol 71° ocultará o planeta Urano, magnitude 5.8. Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; a fase de reaparecimento deste evento poderá ser observada numa grande parte do continente sul americano (Figura 1).

II – Regiões de visibilidade

Desta forma os observadores localizados no Brasil, poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado na tabela 1 onde grande parte dos estados da região norte, nordeste e também do sudeste encontram-se na região geográfica de Abrangência.

E importante mencionar que na América do Sul a faixa de visibilidade de reaparecimento abrange também as localidades de Rémire-Montjoly na Guiana Francesa e Paramaribo no Suriname conforme apresentado na tabela 2.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange demais ilhas localizadas no oceano Atlântico (norte e sul).

 

III – Visibilidade na África

Observando a figura 2 acima e com os dados apresentados abaixo, podemos averiguar que na região da costa noroeste da África noroeste do continente o evento ainda ocorre na faixa noturna, isso abrange nações como Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Niger, Senegal e Togo. Já nas demais regiões daquele continente o evento ocorrerá durante o crepúsculo matutino e na fase diurna conforme e apresentado na tabela 3.

IV – Visibilidade na Europa

Diversas nações em território europeu também poderão acompanhar esse evento também na fase diurna sendo que em determinadas regiões do leste da Europa na montanhosa região do Cáucaso estaremos na segunda fase do dia, conforme podemos averiguar na análise da tabela 4; destaca-se ainda que nações localizadas na península Jutlândia (que contém territórios da Dinamarca e do extremo norte da Alemanha) e nações junto ao Mar do Norte e também no Oceano Báltico não estão na região de abrangência.

V – Visibilidade na Ásia

Após atravessar o continente europeu a área de abrangência deste evento também na fase diurna irá abranger regiões a oeste da Ásia conforme podemos averiguar na análise da tabela 5; destaca-se ainda que em algumas nações somente a fase de reaparecimento de Urano poderá ser acompanhada.

VI - Urano

Numa análise pessoal, creio que podemos creditar a descoberta de Urano em 13 de março de 1781 como um dos marcos iniciais na busca de objetos celeste dentro do Sistema Solar exterior, visto que o fantástico observador Sir William Herschel o identifica em mais uma observação através da ocular. Mencionado que vê um disco ligeiramente alongado (ângulo de fase de 3.0°); desta forma, o planeta Urano torna-se o primeiro descoberto com um telescópio. A imagem na figura 3 demonstra o quando ainda estamos aprendemos sobre esse fantástico planeta.

As ocultações de planetas pela Lua são fenômenos de rara beleza, onde seus registros constituem uma excelente oportunidade do astrofotógrafo, por exemplo, incrementar sua coleção, bem como ainda, ao astrônomo amador manter um registro significativamente importante desde que enviado para associações de pesquisas como a ALPO (Association Lunar and Planetary Observers), IOTA (International Occultation Timing Association) e no Brasil a REA (Rede de Astronomia Observacional).

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

Herald, D. Occult v 4.0.8.18, (IOTA). Disponível em <http://www.lunar-occultations.com/iota/occult4.htm>. Acesso em: 09 set. 2014. Windows 7/ Professional.

Villard, R. News Release Number: STScI-2005-33, 22 Dec. 2005. Disponível em: <http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2005/33/text/> Acesso em 24 dez. 2014.

A oposição de Saturno em 14 de Agosto 2022.

Antônio Rosa Campos

Não resta a menor sombra de dúvidas que um dos planetas mais belos objetos de todo o Sistema Solar seja o gigantesco planeta Saturno. Ele é conhecido desde a mais remota antiguidade e a simples visão apresenta-se como uma estrela de primeira grandeza de coloração amarelada. Seus registros de ocultações pela Lua na antiguidade datam de 21 de fevereiro de 583 a.C em Atenas e a sua conjunção com Gamma Virginis (Porrima) foi registrada pelos astrônomos caldeus, na Babilônia, em 1 de março do ano 228 a.C (MOURÃO, 1982). A ocultação da estrela 28 Sagittarii por Saturno ocorrida em 02 de julho de 1989, também foi amplamente acompanhada por diversos observadores.

A região celeste a qual poderemos encontrar Saturno e bem conhecida dos astrônomos até mesmo pelos  objetos Deep-Sky existentes naquela região dentro dos limites da constelação de Aquário (Tabela  1 e figura 1). Desta forma esse planeta, juntamente com as conhecidas estrelas da constelação de Capricórnio realizarão algumas conjunções interessantes como: Deneb Algedi (Mv = 2.85, Tipo espectral: A5mF2) essa sendo uma binária eclipsante e que também é uma estrela subgigante de coloração azul esbranquiçada.

Encontra-se naquela região celeste a estrela Nashira, uma variável rotativa do tipo Alpha2 Canum Venaticorum, (Mv = 3,69, tipo espectral A7III) e aproximadamente 64 vezes mais luminosa que o Sol.

O Planeta

Saturno e integrante necessário da lista de objetos observáveis nas atividades observacionais de diversos observatórios, clubes de astronomia e planetários que realizam observação ótica também com seus visitantes. Em nossas visitas realizadas às escolas, podemos novamente apreciar o efeito Uau pelo público presente, quando os estudantes são aqueles que mais ficam admirados pela beleza deste planeta. Um exemplo claro e a fotografia realizada pelo observador brasileiro Antonio Martini Júnior (figura 2) abaixo, quando constatam isso através da ocular; com a mais absoluta certeza, será o centro das atenções neste período em qualquer Star Party.


Nesta oportunidade Saturno estará a uma distância da Terra de 8.8569660 u.a (1.328.544.906 km), com um diâmetro aparente 18,76", magnitude visual 0.3 e a elongação obviamente de 178,5°.

Você pode utilizar as efemérides (Tabela 1) para plotagem deste planeta, bem como a realização de registros fotográficos e determinar a Longitude do Meridiano Central (Tabela. 2) de Saturno que se encontram publicadas no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2022 (figura 3 – ilustrativa); faça gratuitamente o download desta publicação acessando o seguinte link: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing

Os satélites de Saturno

Além da sua fantástica visualização quando empregamos um telescópio em nossas observações o que chamará também a atenção de um observador mais atento à configuração de seus principais satélites naturais, e sua correta identificação de forma individualizada naquele momento, conforme é apresentado na figura 4 sendo uma gratificante atividade. 

 

Neste dia você poderá utilizar as efemérides apresentadas na tabela 3 abaixo como referência, uma vez que esses satélites naturais, serão observáveis no campo visual de nossas oculares. 


Importância

Nestas ocasiões a observação de Saturno fica mais evidenciada e em algumas épocas temos como perceber (desde que se utilize equipamentos de abertura de 450mm ou maiores) particularidades interessantes do planeta como uma sutil diferença de cores em sua alta atmosfera; 


As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes no planeta. Desta forma esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados destas observações.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Heavens Above (Home Page). Available: < https://www.heavens-above.com/PlanetSummary.aspx?lat=0&lng=0&loc=Unspecified&alt=0&tz=UCT> - Acesso em 28 Fev. 2022.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/saturn-info - Acess: 28 Feb. 2022.

Fernique, P. Centre de Données astronomiques de Strasbourg [CDS]: Available in < http://cdsportal.u-strasbg.fr/?target=Deneb%20Algedi> - Acesso em 28 Fev. 2022.

UNIVERSE GUIDE, N. John Whitworth, 2022 - (Blog); Available in < https://www.universeguide.com/star/106985/nashira> - Acesso em: 28 Fev. 2022.

__________________, N. John Whitworth, 2022 - (Blog); Available in < https://www.universeguide.com/star/107556/denebalgedi> - Acesso em: 28 Fev. 2022.

O Planeta menor (134340) Plutão em 2022.

Antônio Rosa Campos

Em 20 de julho o planeta menor Plutão estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.562), quando então sua magnitude chegará a 14.3 (CAMPOS, 2020). Embora apresentando essa magnitude, ele estará dentro do limite de magnitude observável para instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (THE SKY LIVE, 2022), objetivando sua localização neste dia.


 

A história deste planeta anão que até 24 de agosto de 2006 (ocasião da 26ª Assembleia Geral da IAU - União Astronômica Internacional) foi considerado como o nono e último dos planetas clássicos (por assim dizer) do Sistema Solar, mistura-se a descoberta das pequenas irregularidades no movimento observado de Urano e Netuno, estes descobertos em 13 de março de 1781 por William Herschel e em 23 de setembro de 1846 por Johann Gottfried Galle e também e Louis d'Arrest no Observatório de Berlim, após as análises matemáticas feitas por Urbain Jean Joseph Le Verrier.

As descobertas em torno de Plutão 

Obviamente o frisson causado em torno das análises matemáticas realizadas por Urbain Le Verrier e consequentemente, a descoberta de 23 de setembro de 1846 em Berlim levaram mais especulações com relação à existência de outros planetas ainda mais distantes. O astrônomo norte-americano Percival Lowell (1855-1916), conhecido pelos seus trabalhos sobre o planeta Marte, em 1915 indicou a trajetória provável de um planeta transnetuniano (Plutão), o qual foi efetivamente descoberto em 1930 (figura. 2) por Clyde William Tombaugh (1906 - 1997) a seis graus da posição prevista (MOURÃO, 1987).

Com uma órbita bastante elíptica ele teve seu periélio em 1989, fazendo de Netuno realmente o último planeta do Sistema Solar, como agora e conhecida à sequência em ordem de afastamento do Sol. Mas as surpresas dessa região do Sistema Solar continuaram a chegar uma vez que um espectrograma de Plutão, obtido em 1944 por Gerard Peter Kuiper (1905–1973), demonstrou haver em Plutão uma atmosfera; em 13 de abril de 1978 o astrônomo norte-americano James Walter Christy, utilizando o telescópio astrométrico de 1,55 metros do Observatório Naval dos EUA, em Flagstaff, Arizona descobriu seu imenso satélite natural Caronte, que possui uma órbita circular de 6,4 dias ao redor de Plutão, a uma distância média de 20 mil quilômetros.

Na medida em que a pesquisa observacional também chegou ao espaço através do Telescópio Espacial Hubble, uma equipe de busca liderada por Alan Stern e Hal Weaver encontrou em maio e junho de 2005, dois novos e pequenos satélites orbitando a cerca de 44000 km de distância de Plutão; catalogados provisoriamente de S/2005 P1 e S/2005 P2 em 2006 foram nominados Hydra e Nix. Ainda graças às observações realizadas por integrantes da equipe Missão Novos Horizontes, utilizando o Telescópio Espacial Hubble (figura 3), foram descobertos ainda em torno de Plutão em 2011 e 2012 respectivamente mais dois (também pequenos) satélites naturais Kerberos e Styx.

A Missão Novos Horizontes

Lançada a bordo de um foguete Atlas V em 19 de janeiro de 2006 da Base da Força Aérea dos EUA em Cabo Canaveral, Flórida em 19 de janeiro de 2006; desde essa data uma longa jornada começou (perfazendo uma duração de 6007 dias) seus resultados já são notórios, sendo que as imagens captadas pela Long Range Reconnaissance Imager (Lorri) são nossos olhos naquela região do Sistema Solar como podemos identificar na figura 4 abaixo Plutão (esquerda) e Caronte (direita).


Nesta imagem (figura 5), podemos observar algumas caraterísticas circulares e formas poligonais bem sugestivas como apresentadas na figura 5 que poderiam ser possíveis falésias. Esta imagem inclui um diagrama que apresenta o polo norte de Plutão, equador e meridiano central.

Caronte, entretanto apresenta em seu relevo abismos, crateras, e uma região polar norte escura como apresentada na figura 6 abaixo, nesta imagem realizada em 11 de julho de 2015. Esta imagem também inclui um diagrama que apresenta o polo norte de Caronte, equador e meridiano central, com as características informadas.


Iluminando a fronteira dos mundos

Pessoalmente, a manhã de quinta-feira de 07 de julho de 2005 seria mais um dia comum na minha rotina pessoal de trabalho, quando me deparei com uma comunicação para participação (figura 7) em um esforço histórico rumo a Plutão (e além)! 

A ideia do disco que contém 434.738 nomes chegou a plutão. Isso me lembrou das missões Voyager 1 e 2 bem como do esforço de Carl E. Sagan (1934 – 1996), para que através daquelas missões, pudéssemos começar a buscar novos conhecimentos do Sistema Solar para além da órbita de Saturno. Nestes 17 anos portanto, acompanho (mais ansioso e com um otimismo impar) relembrando o esforço e a dedicação com que a nave espacial New Horizons chegou naquela região do espaço e atualmente segue além (figura 8). 

Completamos o reconhecimento do sistema solar? Creio que uma parte sim, embora muita coisa ainda exista para ser pesquisado.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/planetarium - Acess: 12/ Jan 2022.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

Hamilton, C.J. Netuno. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/solar/neptune.htm> Acesso em: 13 Julho 2015.

Zolfagharifard, E., O'Callaghan, J. MAILONLINE, 13 may 2015, Disponível em: <http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3079045/Meet-family-Nasa-probe-spots-Pluto-s-moons-Kerberos-Styx-time-ahead-daring-flyby-later-year.html#ixzz3fojWQ2P5> - Acesso em 13 Julho 2015.

O asteroide (14) Irene em 2022.

Antônio Rosa Campos

Em 06 de julho o asteroide Irene estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.388), quando então sua magnitude chegará a 9.7 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (THE SKY LIVE, 2022), objetivando sua localização neste dia.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 14 Irene foi descoberto em 19 de maio de 1851 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 Km de diâmetro e 3 Km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00? S e LON: 007° 24' 00? E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HINDconteudo/823-Cratera-HIND

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/planetarium - Acess: 12/ Jan 2022.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (93) Minerva em 2022.

Antônio Rosa Campos

Em 16 de julho o asteroide Minerva estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.925), quando então sua magnitude chegará a 10.9 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela 1 abaixo apresenta suas efemérides para este dia bem como ainda um mapa celeste ilustrativo na figura 2 (HEAVENS ABOVE.COM, 2022) apresentando FoV = 60º e Mv=5, com detalhe de FoV = 2º e Mv=12 objetivando sua localização neste dia.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 93 Minerva foi descoberto em 24 de agosto de 1867 pelo astrônomo norte-americano James Graic Watson (1838 - 1880), no Observatório de Ann-Arbor. Seu nome é uma homenagem à minerva, uma das três divindades romanas de origem etrusca, personificação dos pensamentos elevados, das letras, das artes, das músicas, da sabedoria e da inteligência, e equiparada à Palas-Atena grega. (MOURÃO, 1987).

(93) Minerva, um asteroide triplo

Este e um asteroide do tipo C, pois contem um alto teor de carbono; este tipo de asteroide tem espectros muito semelhantes aos condritos carbonáceos. Esta composição química é aproximadamente a mesma que o Sol e a nebulosa solar primitiva, exceto que eles não contêm hidrogênio, hélio e outros voláteis possuindo albedos extremamente escuros, necessitando dessa forma de telescópios de boa abertura para sua observação (SIMONSEN, 2009).

A história da descoberta dos companheiros de (93) Minerva foi uma questão de sorte quando em 16  de agosto de 2009, os astrônomos Franck Marchis, Pascal Descamps, Jerome Berthier e Frédéric Vachier usando um conjunto de observações do sistema de óptica adaptativa do W.M. Keck telescope (Mauna Kea, Hawaii) identificaram dois objetos provisoriamente identificados como: 2009 (93) 1 e S/2009 (93) 2. Um estudo publicado em 2013 (Icarus 05/2013) revelou que esses satélites tem um diâmetro estimado em 2 e 5 km e orbitam seu primário (93) Minerva a 375 e 625 km respectivamente.

Em 17 de dezembro de 2013 ainda, a M.P.C. 85284 do Minor Planet Center, publicou os respectivos nomes de Aegis para o satélite S/2009 (93) 1 e Gorgoneion para o satélite S/2009 (93) 2 (MARCHIS, 2013). Aegis era um escudo mágico usado pela deusa Minerva (ou Athena), com a cabeça de Medusa, e que poderia paralisar qualquer um dos seus inimigos; já gorgoneion era um poderoso amuleto mágico, mostrando a cabeça do gorgon, que foi usado por Minerva (Athena) e usado como um pingente protetor (IAU, 2013).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

Heavens Above (Home Page). Available: <https://www.heavens-above.com/MinorPlanet.aspx?desig=41&lat=0&lng=0&loc=Unspecified&alt=0&tz=UCT> - Acesso em 24 Jan 2022.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

_________ Smithsonian Astrophysical Observatory, Cambridge, MA 02138, U.S.A. Available in: <http://www.minorplanetcenter.net/iau/ECS/MPCArchive/2013/MPC_20131217.pdf> Acess in: 20 Jan. 2017.

Simonsen, M. (Mike Simonsen's stellar astronomy blog). Available in <http://simostronomy.blogspot.com.br/2009/08/93-minerva-is-triple-asteroid.html> Acess in 10 July. 2013. 

Marchis, F. Cosmic Diary (Franck Marchis Blog). Available in: <http://cosmicdiary.org/fmarchis/2013/12/20/asteroid-minerva-finds-its-magical-weapons-in-the-sky/> Acess in: 20 Jan. 2017.

O asteroide (9) Metis em 2022.

Antônio Rosa Campos

Em 20 de julho o asteroide Metis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.562), quando então sua magnitude chegará a 9.6 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (THE SKY LIVE, 2022), objetivando sua localização neste dia.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 9 Metis foi descoberto em 26 de abril de 1848 pelo astrônomo irlandês Andrew Graham (1815 - 1848) no Observatório Markree. O seu nome é referência a Metis, primeira esposa de Zeus (Júpiter), uma feiticeira que lhe ofereceu uma poção mágica que Cronos, ao beber obrigou-a a devolver seus filhos. (MOURÃO, 1987).

Astrônomos chineses afirmam ter fotografado um satélite de Metis girando em torno do asteroide com um período de 4,61 dias. A magnitude do satélite foi relatada ser mais fraca do que duas grandezas de Metis, e a separação angular foi de 1,2 segundos de arco, o que corresponde a 1100 km. Resultados semelhantes foram obtidos durante a ocultação de uma estrela secundária por astrônomos de Barquisimeto na Venezuela em 11 de dezembro de 1979. No entanto, os astrônomos americanos observaram Metis durante 1982 e 1983, quando na oposição do asteroide – a linha da Terra era perpendicular ao plano de rotação do satélite. Usando o Telescópio de Espelhos Múltiplos (Multiple Mirror Telescope) não encontraram nenhuma evidência de um satélite, mesmo sob excelentes condições de observação (SKY & TELESCOPE, 1981).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

The Sky Live (HP) - https://theskylive.com/planetarium - Acess: 12/ Jan 2022.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

Sky & Telescope, 1981. 62, 545

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

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