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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Largue o cel e olhe para o céu #5

NGC 2264



Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #004 – NGC2264. 


O DSO deste mês, NGC 2264, abrange uma área que contempla um aglomerado e uma nebulosa, na constelação de Monoceros (Unicórnio, em latim). A constelação foi originalmente introduzida pelo cartógrafo e clérigo alemão Petrus Plancius, em 1612, tendo sido criada para preencher a área existente entre duas grandes constelações, Órion e Hidra.  A escolha de Plancius por um unicórnio deve-se ao fato de que este ser mítico aparece no Velho Testamento da Bíblia, embora a constelação em si não esteja associada a qualquer mito. (CONSTELLATION GUIDE, [s.d.]).

Na sua vizinhança, encontram-se as constelações de Hidra, Cão Menor, Gêmeos, Órion, Lebre, Cão Maior e Popa (Figura 1). 

Figura 1 - Constelação de Monoceros conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019).

Figura 2 - Constelação de Monoceros com suas estrelas principais. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019)

A constelação recebeu a designação oficial de Monoceros, a abreviatura Mon e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pela palavra Monocerotis (que indica que a estrela pertence à constelação de Monoceros). Conforme mostrado na Figura 2, algumas estrelas conhecidas são: α Monocerotis (Alpha Monocerotis ou α Mon), γ Monocerotis (Gamma Monocerotis ou γ Mon), δ Monocerotis (Delta Monocerotis) ou δ Mon), ζ Monocerotis (Zeta Monocerotis ou ζ Mon), ε Monocerotis (Epsilon Monocerotis ou ε Mon) e β Monocerotis (Beta Monocerotis ou β Mon)  (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019).

Figura 3 - Localização da NGC 2264, na base do chifre do unicórnio, conforme mostrado na ilustração. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019)

Na ilustração da constelação exibida no software Stellarium, a região do NGC 2264 se encontra na base do chifre do unicórnio.

Figura 4 – NGC 2264 – Aglomerado da Árvore de Natal e a Nebulosa do Cone. Crédito da foto: ESO (EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY, 2008).

A designação NGC 2264 abrange oficialmente dois DSOs: o Aglomerado da Árvore de Natal e a Nebulosa do Cone, porém ainda há mais dois objetos que se encontram dentro dessa região, mas não estão oficialmente incluídos: o Aglomerado do Floco de Neve e a Nebulosa da Pele de Raposa. Esses dois últimos serão abordados em momento oportuno. (CONSTELLATION GUIDE, [s.d.]).

A Árvore de Natal é um jovem aglomerado aberto com magnitude visual de 3.9, estando distante de nós cerca de 2.600 anos-luz. Sua designação se deve à disposição triangular das estrelas que a compõem, que se assemelham a uma árvore com luzes acesas. no “tronco”, se localiza a estrela variável brilhante S Monocerotis (15 Monocerotis) e a ponta da árvore está onde se encontra a Nebulosa do Cone É visível a olho nu em boas condições de observação (CONSTELLATION GUIDE, 2015a).  

A Nebulosa do Cone é uma região HII, isto é, uma nebulosa que surge quando estrelas jovens e massivas ionizam nuvens de gás que estão próximas com radiação, tendo em sua composição, principalmente, hidrogênio ionizado (HII). O formato cônico, que deu origem ao seu nome, advém de uma nebulosa escura que está absorvendo a luz de uma outra que está por detrás dela. Distante cerca de 2.700 anos-luz, se observada a olho nu, seu brilho é fraco. A nebulosa compõe a porção meridional da NCG 2264, ao passo que o aglomerado compõe a parte setentrional (CONSTELLATION GUIDE, 2015b).   

Para observar a NGC 2264, considere as seguintes referências de utilização de equipamentos (RÉ; ALMEIDA, 2000) (CONSTELLATION GUIDE, 2015a) (CONSTELLATION GUIDE, 2015b):

  • Aglomerado Árvore de Natal: com um binóculo de 7x50, pode-se ver cerca de 10 estrelas. Em telescópios de baixa potência, pode-se ver a forma da árvore.
  • Nebulosa do Cone: pode ser vista com telescópios superiores a 254mm. Em fotografias de alta exposição, fica simplesmente deslumbrante.

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

EDIÇÕES ANTERIORES


Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Christmas Tree Cluster. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/christmas-tree-cluster/>. Acesso em: 26 jan. 2020a. 

______. Cone Nebula. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/cone-nebula/>. Acesso em: 26 jan. 2020b. 

______. Monoceros Constellation: Facts, Story, Stars, Deep Sky Objects | Constellation Guide. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/constellation-list/monoceros-constellation/>. Acesso em: 26 jan. 2020. 

EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY. NGC 2264 e o aglomerado da Árvore de Natal. Disponível em: <https://www.eso.org/public/brazil/images/eso0848a/>. Acesso em: 26 jan. 2020. 

RÉ, Pedro; ALMEIDA, Guilherme de. Observar o céu profundo. Lisboa: [s.n.], 2000. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Monoceros. Boston: Stellarium.org., 2019

O asteroide (89) Julia em 2020.


Em 17 de abril próximo, o asteroide Julia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.599), quando então sua magnitude chegará a 10.9 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 89 Julia foi descoberto em 06 de agosto de 1866 pelo astrônomo pelo astrônomo francês Édouard Jean-Marie Stephan (1837 – 1923) no Observatório de Marselha. O nome é uma homenagem a uma jovem das relações do descobridor. (MOURÃO, 1987).


Em 2018 o asteroide (89) Julia foi observado pelos integrantes da Equipe do programa ESO/VLT/SPHERE ao longo de sua rotação, quando foi derivada sua forma 3D revelando a presença de uma grande cratera (Figura. 2) (D ~ 75 km) no hemisfério sul de (89) Julia. Por outro lado, as simulações numéricas sugerem que (89) Julia foi impactado por um asteróide D ~ 8 km, criando assim uma cratera de impacto D ≥ 60 km em sua superfície de Julia (VERNAZZA, 2018).


Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Vernazza, P., et al.The impact crater at the origin of the Julia family detected with VLT/SPHERE?, A&A 618, A154 (2018) Available in: <https://www.aanda.org/articles/aa/pdf/2018/10/aa33477-18.pdf>. Acess: 21/01/2020.


O asteroide (6) Hebe em 2020.


Em 4 de abril próximo, o asteroide Hebe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.769), quando então sua magnitude chegará a 9.9 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 6 Hebe foi descoberto em 01 de julho de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Hencke (1793 - 1866) no Observatório de Dricsen. Seu nome é uma homenagem à deusa da juventude, Hebe, filha de Júpiter e Juno. Hércules a esposou no céu. O nome foi proposto pelo astrônomo Gauss. (MOURÃO, 1987).

Karl-Ludwig Hencke foi um astrônomo amador que trabalhou como empregado de uma Agência dos Correios, após as descobertas dos asteroides (5) Astraea e (6), Hebe passou a receber uma pensão anual de 300 marcos do rei da Prússia. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (154) Bertha com magnitude visual estimada em 11.8, portanto também acessível a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (3) Juno em 2020.


Em 2 de abril próximo, o asteroide Juno estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.562), quando então sua magnitude chegará a 9.5 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 3 Juno foi descoberto em 01 de setembro de 1804 no Observatório Lilienthal pelo astrônomo Karl Ludwig Harding (1765 – 1834). Possui um diâmetro de 250 km, com albedo relativamente elevado (0.2). Seu período de rotação de 7,21 horas. Descreve uma órbita de 1.594 dias, com um semi-diâmetro de 2,67 ua, uma excentricidade de 0.256 e uma inclinação de 13º. O nome é uma alusão a Juno, filha de Saturno e de Réia, esposa de Júpiter, rainha do céu, deusa da luz e do casamento. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (154) Bertha com magnitude visual estimada em 11.8, portanto também acessível a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (78) Diana em 2020.


Em 16 de março próximo, o asteroide Diana estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.544), quando então sua magnitude chegará a 10.5 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 78 Diana foi descoberto em 15 de março de 1863 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822 - 1900) no Observatório de Düsseldorf. O nome é referência a Diana, filha de Júpiter com Latona, considerada a deusa romana da caça e que também simbolizava a Lua. (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00"N, LONG: 024° 06' 00"E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

O asteroide (27) Euterpe em 2020.


Em 15 de março próximo, o asteroide Euterpe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.651), quando então sua magnitude chegará a 9.4 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 27 Euterpe foi descoberto em 08 de novembro de 1853 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823-1895) no Observatório de Londres. O seu nome é alusão à musa da música (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24' 00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (122) Gerda com magnitude visual estimada em 12.3, portanto também acessível a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

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