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domingo, 27 de novembro de 2011

Dia Nacional da Astronomia

* Nelson Travnik

Astrônomos de todo País comemoram nesta Sexta-feira (2 dezembro), o seu dia. Eu estava presente em Recife - PE, durante o 2º Encontro de Astronomia do Nordeste celebrado de 30 de junho a 3 de julho de 1978 quando aprovamos por unanimidade o título de Patrono da Astronomia Brasileira a D. Pedro II (1825-1891). A escolha do dia 2 de dezembro celebra a data de nascimento do mais erudito governante brasileiro. A partir da escolha a efeméride ganhou força e a data passou a celebrar o Dia Nacional da Astronomia, o Dia do Astrônomo.






Motivos

Foram muitas as razões da escolha. Além de astrônomo amador modernizou o Imperial Observatório criado por seu pai D. Pedro I pelo decreto de 15/10/1827 e contratou astrônomos europeus de renome para aqui trabalhar. No dia 29/07/1887 a convite do renomado astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925) esteve presente na inauguração do Observatório de Juvisy, ocasião em que plantou um pinheiro nos jardins do Observatório (que existe até hoje) e concedeu a Flammarion a comenda da Ordem da Rosa.

Membro da Sociedade Astronômica da França, sócio honorário da Academia de Ciências de Paris desde 1877, honraria alcançada por poucos, em seu observatório particular construído no telhado do Palácio de São Cristóvão, hoje Museu Nacional, recebia alunos para aprender a observar o céu e usar os instrumentos. No Imperial Observatório tinha um apartamento para descansar após horas de observação. Sob forte oposição do Parlamento e até merecendo críticas e caricaturas na imprensa, concedeu aos astrônomos as verbas necessárias para instalar três missões científicas, uma delas em Punta Arenas, Patagônia chilena, para a observação da passagem do planeta Vênus pelo disco solar em 6/12/1882, fenômeno que só iria se repetir em 8/6/2004.

As observações foram um sucesso pois permitiram desenvolver cálculos precisos para determinar a distância Terra-Sol e com isto as demais distâncias dos outros planetas. Junto com Louis Cruls no Imperial Observatório efetuou a primeira análise espectroscópica de um cometa. Observou do seu observatório o eclipse do Sol de 1857. Doou vários instrumentos ao Imperial Observatório, dentre eles a luneta astrográfica que deveria ser usada no programa da Carta do Céu. Os trabalhos do Imperial Observatório passaram a ser reconhecidos e admirados internacionalmente. Em 1890, já no exílio, D. Pedro II foi homenageado com o nome do asteróide Brasilia de numero 293 descoberto em Nice pelo astrônomo A. Charlois (1864-1910).

Faltava, contudo, ao Imperial Observatório, atual Observatório Nacional do Rio de Janeiro, um grande telescópio e ele foi encomendado por D.Pedro II na Inglaterra. Desgraçadamente, contudo, o navio que transportou o instrumento chegou ao Rio justamente na ocasião da Proclamação da República e os republicanos não perderam tempo: mandaram o telescópio de volta! Para a astronomia era o inicio da idade das trevas que culminaria em 1930 com a extinção da cosmografia dos bancos escolares pelo então ministro da educação Francisco Luiz da Silva Campos.

Enquanto nossos vizinhos, o Uruguai e a Argentina a conservavam, nós a eliminávamos. Era o inicio de um analfabetismo cósmico que iria perdurar por muitas gerações. É somente na década de 60 com a criação do primeiro curso de formação em astronomia pela UFRJ, pela importação de instrumentos e planetários pelo governo militar, pela implantação em 1980 do Laboratório Nacional de Astrofísica do Observatório Nacional em Brasópolis - MG, pela presença do Brasil nos dois maiores complexos astronômicos do mundo no Havai e no Chile e recentemente com mais um curso de formação em astronomia pela USP, podemos dizer que estamos no caminho certo. Cumpre ressaltar que pós-graduação e doutorado em astronomia é realizado por várias universidades, pelo Observatório Nacional e pelo IAG-USP. Por outro lado a criação de observatórios municipais, em colégios, planetários, clubes de astronomia e a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, OBAA, está desenhando um novo perfil para a astronomia nacional.

Nelson Alberto Soares Travnik é astrônomo nos observatórios municipais de Americana e Piracicaba - SP e Membro Titular da Sociedade Astronômica da França.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Phobos-Soil, Últimas Notícias

Breno Castro
brenocastro31@yahoo.com.br
CEAMIG

Caros,

Conforme previsto o foguete Zenit-2SB foi lançado do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão à 20:16:03.145 UTC, de 8/11, mas notícias indicam que ocorrem problemas. Com a primeira queima (1stEB) às 22:55:47.981 UTC - 23:05:18.253 UTC, ele foi observado nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo (Brasil), além de um relato de observação do Equador.

Veja o vídeo de lançamento:


Entretanto informações de astrônomos da Europa e Estados Unidos, indicam que existem dois objetos de mesmo tamanho e em mesma órbita. Acredita-se que o problema possa ser solucionado, mas acretidata-se que será muito improvável.

Sem esperar pelo acontecido, os russos tem menos de 3 dias para reabilitar a programação da Phobos-Soil, antes que volte a Terra, pois os componente de energia deixarão de funcionar. Com uma trajetória muito complicada, sua programação pré destinada deveria funcionar perfeitamente. Contudo o Presidente da Roscosmos Vladimir Popovkin, ainda não considera a missão um fracasso.

Continuamos atentos a novas informações.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Céu do mês – Novembro 2011

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

O mês de novembro deste ano poderá ser marcado simbolicamente pelo envolvimento da Lua, dos planetas mais brilhantes, os mais afastados do Sol e ainda, brilhantes estrelas em bons espetáculos para ser apreciados no céu noturno. Netuno no dia 09 e Mercúrio no dia 20 estarão estacionários. Mas nada disso será tão interessante quanto o eclipse parcial do Sol que ocorrerá no hemisfério sul. Ele será visível no sul dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, abrangendo localidades no continente africano e na Oceania.



O Eclipse Parcial do Sol

Este é o ultimo eclipse solar que ocorre no ano e poderá ser observado em alta latitude do hemisfério sul, então o fenômeno ocorrerá no sul dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico; Antártida, Sul da Nova Zelândia, Tasmânia, Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, sudoeste da África do Sul e extremo sul da Namíbia.

No instante máximo do eclipse (06:21 TU), o fenômeno estará ocorrendo próximo a Peter I Island, um ponto localizado na região Antártida do Mar de Amundsen.



Planetas, Asteróides e Cometas!

Mercúrio = Logo no primeiro dia deste mês, Mercúrio estará na constelação de Libra, juntamente com Vênus. Entretanto já no segundo dia, ingressará na constelação de Scorpius atravessando aquela área do céu até o dia 08, quando então passa a constelação de Ophiuchus. Sua proximidade a constelação de Scorpius e não é tão grande, pois no dia 10, ele estará a 3,9º norte de Antares. Sua permanência nesta constelação de Ophiuchus também será breve, visto que retornará as fronteiras da constelação de Scorpius até o dia 15 de novembro; seu trânsito por essa área do céu não terminará, porque ele retorna constelação de Ophiuchus. As magnitudes estimadas para Mercúrio neste período são: 01/11 = -0.3, 15/11 = -0.2 e em 30/11 = 3.1.

Vênus = Com uma magnitude de -3.9 localizaremos Vênus ainda na constelação de Libra. Juntamente com Mercúrio, ele também já no segundo dia ingressará na constelação de Scorpius atravessando aquela área do céu até o dia 09 quando também, passa a constelação de Ophiuchus. Transitando naquela área do céu até o dia 24, fará ingresso na constelação de Sagittarius. Vênus ainda estará no seu afélio em 29/11 com uma distância ao Sol em 0.73 UA. Suas elongações são favoráveis a observação de suas fases, variando de 0,942 em 01 de novembro a 0,895 em 30/11.

Marte = Na Constelação de Leo, Marte vem surgindo cada vez mais cedo nas madrugadas. Sua magnitude vem gradativamente apresentando aumentos também (1.1 em 01/11 e 0.8 em 30/11 respectivamente), sendo que seu posicionamento favorece as observações do hemisfério (e conseqüentemente a calota polar) norte. Em 11/11, Marte estará a 1.3° norte de Regulus (mag. 1.41) formando um interessante par com esse alinhamento; Mas muito mais interessante será em 18/11, quando a Lua (fração iluminada = 0,46%), juntar-se-á neste par formando uma bela conjunção.

Júpiter = Resplandecente ainda pela proximidade de sua oposição ocorrida em 28 de outubro último, Júpiter continuará atraindo a atenção dos observadores, pois se encontra com uma magnitude bastante favorável (-2.9) até o dia 21 próximo, quando começa a cair gradativamente, chegando a (-2.8) no dia 30. Entretanto o gigante gasoso Júpiter continua apresentado belos espetáculos no céu; fiquei surpreso ao constatar que durante seu trânsito ainda constelação de Aries, ele ocultará a estrela TYC 626-1030-1 (AR: 01h 58m 48.3100s e Dec: +10° 38' 40.575" - J2000.0) de magnitude 9.6. Infelizmente esse evento não é visível no Brasil.

Saturno = Caso você possa acordar algumas horas antes, dentro do limite dos Crepúsculos matutinos, é possível observar Saturno, mas ainda baixo no horizonte oeste. Aparecendo na linha do nascer a cada dia mais cedo, Saturno pode ser localizado na constelação de Virgo e no dia 15, ele estará próximo a Spica cerca de 4.3° com uma magnitude de 0.7.

Urano = Após sua oposição ocorrida em setembro último o planeta Urano, que foi bastante observado durante nossos Star Parties do Observatório Wykrota, continua sua jornada pela constelação de Pisces. Em 06 de novembro ele estará cerca de 5.7º Sul da Lua que neste dia, estará com 0.80% de fase com uma magnitude 5.8. Essa conjunção é apenas uma referência para buscar sua observação até mesmo com um binóculo, visto que seu ocaso para as regiões do continente sul-americano ocorre na madrugada.

Netuno = Passada a sua oposição, neste mês o planeta Netuno continua com sua magnitude em 7.9 e na constelação de Aquarius. No dia 04 deste mês ele estará localizado apenas 5.6° Sul da Lua, que nesta data apresentará 0.63% de fase. Em 10 de novembro próximo ele estará estacionário.

Ceres e Plutão = Ambos planetas menores encontram-se em posições bastante favoráveis de observação para aqueles que possuem um bom instrumento ótico. Ceres que neste início de mês possui uma magnitude (7.8), após sua oposição ocorrida em 16 de setembro passado, sofrerá uma queda de magnitude (estimada em 8.3) quando no final do mês, permanecendo na constelação de Aquarius. Plutão (14.1) permanece na constelação de Sagittarius, e em 29 de novembro próximo ele estará próximo a brilhante estrela HD 221745 (mag= 5.9) o que facilitará sua identificação.

Asteróides:

De um modo geral, este mês poderá ser considerado muito promissor para as observações dos asteróides, sendo que as oposições ocorrerão em 03/11, (31) Euphrosina (mag 10.2); em 11/11, (68) Leto (mag 9.6); 12/11 o asteróide (40) Harmonia (mag 9.4); 13/11, (14) Irene (mag 10.2) e finalizando este profícuo período, em 24/11, o (63) Ausonia (mag 11.0) poderá estar dentro dos limites de observacionais de equipamentos de médio porte.

A presença da Lua Cheia em 10/11 (20:18 TU) poderá ofuscar as observações planejadas no período de 07 a 14 de novembro, mas as janelas observacionais serão favoráveis antecedendo e procedendo este período.

Cometas:

As expectativas observacionais vão aumentando, na mesma proporção em que as magnitudes do P/2006 T1 (Levy) tornam-se favoráveis. Após a Lua Cheia, ele poderá ser observado na constelação de Lacerta até o dia 28, quando ingressa na constelação de Pegasus.

Constelação:

Pisces


Normalmente quando nos referimos às constelações, estamos mentalmente realizando a mesma interpretação que nossos observadores do céu no passado faziam. É também bastante interessante a associação feita no "Guia de Campo das Estrelas e Planetas" por Donald H. Menzel. Então para falar dessas Águas Celestiais, este mês ilustraremos essa crônica com a grande constelação de Pisces.

Embora não seja uma constelação com inúmeras estrelas brilhantes, Pisces torna-se um bom desafio aos observadores de céu profundo, visto que ali encontramos o M 74, uma Galáxia Espiral de magnitude 9.4 e dimensões: 10.0' x 9.4'. Entretanto um desafio realmente interessante para telescópios de 12” será a observação deste fantástico grupo de galáxias (figura 4) abaixo, cuja mais brilhante, NGC 524 (Mag 10.3) é uma espiral.


Outra particularidade desta constelação é Alpha Piscium (Alrescha 4.1), uma binária fácil de ser observada que, juntamente com seu par secundário (mag. 5.2), descrevem uma órbita de 720 anos em torno de um centro de gravidade comum.

Finalmente a carta celeste dessa gigantesca constelação.


Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2011, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais) Belo Horizonte (MG) - 2010, 93P.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23567-X, 23568-8, 23673-0)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. One – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978.

- Espenak, Fred - http://eclipse.gsfc.nasa.gov - Acesso em 05/10/2011.

O Relógio de sol do Cemitério do N. S. do Bonfim em Belo Horizonte

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

“Meu interesse está no futuro, pois é lá que vou passar o resto de minha vida” – Charles Kettering.

“Dizem que nós astrônomos somos pessoas excêntricas. Talvez tenham razão, pois até na futura morada pensamos em astronomia” – Nelson Travnik



I - Introdução

As afirmativas acima citadas apresentam uma realidade que talvez, estejam mais ligadas ao espírito humano do que uma simples perquirição científica. A necessidade preexistente da raça humana em mensurar o tempo, leva-nos a indagações de fórum íntimo que somente (e individualmente) podemos encontrar respostas também no campo religioso e filosófico. Nelson Travnik igualmente em outro artigo específico (veja em: Em Finados, Cemitérios guardam curiosidades), mostra o quanto isso é verdadeiro.

No segundo semestre de 1989, estávamos realizando um levantamento sobre os relógios de sol existentes em Belo Horizonte, a pedido do físico Marcomede Rangel Nunes (ver: Marcomede, Uma Luz Diferente (e Alegre) no Céu!), quando dentro dos quadros de associados do CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), pudemos colher uma informação importante; a existência de um “Relógio de Sol Cemitério do Nosso Senhor do Bonfim em Belo Horizonte”.

II - A Necrópole

Inaugurado em 08 de fevereiro de 1897, pela Comissão Construtora da Nova Capital, o Cemitério do Bonfim, como é conhecido, é a necrópole mais antiga da cidade. O local é fonte de pesquisa de vários profissionais, devido a seu acervo histórico, caracterizado por esculturas decorativas de túmulos e mausoléus. Muitas dessas são de autoria de escultores italianos que vieram para o Brasil em fins do século XIX. Em todo o Cemitério, podem ser observadas obras de arte de estilos diversos, desde a Belle Èpoque, o Art Deco, ao modernismo brasileiro.

Dentre os túmulos mais visitados e personalidades alí sepultadas estão: Padre Eustáquio, Irmã Benigna, Menina Marlene, Presidente da República Olegário Maciel; Senador Bernardo Pinto Monteiro, Francisco Silviano de Almeida Brandão - Vice Presidente da República; Governador Benedito Valadares; Senhora Julia Kubitschek, Senhor Carlos Flávio – filho do poeta Carlos Drummond de Andrade e do escritor Roberto Drumond (Ontem a noite era sexta-feira - 1988 - e Hilda Furacão - 1991).

III - O Relógio de Sol

Por ocasião do falecimento do senhor Teófilo José Ribeiro (09/03/1950 - 02/12/1976), seu pai, o bancário Fenelón Ribeiro edificou em sua lápide, um relógio de sol com as seguintes caracteristicas:



Dimensões:
40 x 40 cm da ponta da cruz ao pedestal em mármore no qual está sua base. A medida (de leste para oeste também é de 40 cm. a haste tem cerca de 12 cm, alinhada ao pólo.

Material:
Mármore branco, com os contornos e numeradores pintados de preto.

Segundo as informações que puderam ser colhidas em 1989, foram reportados ao Prof. Marcomede Rangel Nunes os seguintes tópicos:

Comentários:
(1) - O relógio esta situado a quadra 5, jazigo nº 247;

(2) - Segundo informações do zelador, Senhor Celso Gabriel da Cruz, o relógio foi construído por Eustáquio Pinto, um escultor que trabalhava numa firma especializada na ornamentação de jazigos, localida próxima ao cemitério;

(3) - O pedido para a construção foi solicitada pelo paí do falecido Senhor Fenelon Ribeiro (fotografia abaixo).

(4) - Este relógio foi visitado pelo Arquiteto Júlio Araújo Teixeira, por ocasião das pesquisas que estava realizando para o projeto do Relógio de sol na Savassi em Belo Horizonte.

Posteriormente foi possível encontrar suas coordenadas de sua localização.

Latitude: -19. 910926°
Longitude: -43.952814°
Altitude: 884 metros.

O endereço para visitas é:

Rua Bonfim, 1120 - Bonfim
Belo Horizonte - MG


Em 02 de janeiro de 1978, o Senhor Fenelon Ribeiro tornou-se associado do CEAMIG, conforme registro constante em respectiva ficha de associação, devidamente arquivada na secretaria deste Centro de Estudos Astronômicos.


Referências
:

- http://portalpbh.pbh.gov.br - Acesso em 26/10/2011.
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Drummond - Acesso em 26/10/2011.
- Antônio Rosa Campos - Correspondência pessoal de 08/11/1989.
- Ficha Proposta de Sócios nº 201 (327) de 02/01/1978 - CEAMIG.

Em Finados, Cemitérios guardam curiosidades

Nelson Alberto Soares Travnik
Observatório Astronômico de America - SP - Observatório Astronômico de Piracicaba - SP


Na época de finados, muitos cemitérios exibem sempre sepulturas que despertam atenção seja por sua construção, importância de seus ocupantes e religiosidade. No Cemitério Municipal de Matias Barbosa, MG, a curiosidade é outra e fica por conta de um túmulo pertencente a família Travnik. Nele foi colocado um Relógio de Sol. As pessoas que visitam o túmulo constatam que ele marca a hora certa. Pequena diferença fica por conta da chamada "equação do tempo" pois ele marca a hora do Sol verdadeiro.


Ele é do tipo vertical, em mármore branco e com a figura de um Sol radiante. Foi construído em 2006 pelo astrônomo Nelson Travnik que durante muitos anos morou na cidade e que com mais dois amigos instalou o Observatório Astronômico Flammarion (1954-1976).

Igualmente em Belo Horizonte - MG existe outra ornamentação no Cemitério do Bonfim também instalado em sepultura. Outro relógio de Sol, também projeto de Travnik, pode ser admirado no adro da histórica Capela do Rosário que foi instalado em 2009 no ano das comemorações dos 300 anos do termo de doação das Sesmarias de Mathias Barbosa da Silva. O relógio é do tipo equatorial, em pedra sabão, idêntico ao que está localizado no adro da Igreja de Santo Antônio da cidade mineira de Tiradentes.

HISTÓRICO

O mais antigo instrumento concebido pelo homem para determinar o tempo é o relógio de Sol. A partir de uma simples estaca no chão, os relógios de Sol evoluíram em tamanho e formas das mais diversas objetivando sempre determinar a hora, o calendário e as estações do ano com a melhor precisão possível. De extraordinário valor pedagógico, eles se encontram presentes dos mais variados tipos em praças, paredes de prédio e até em igrejas. No velho continente é comum depararmos com eles e sempre constituem atração.

Texto: Nelson Alberto Soares Travnik, astrônomo dos observatórios astronômicos de Americana e Piracicaba, SP.

Campaña de Meteoros - Noviembre 2011 LIADA


SECCIÓN MATERIA INTERPLANETARIA: METEOROS Y BÓLIDOS LIADA

Pável Balderas E.
pavelba@hotmail.com
Tarija-Bolivia
Coordinador General
Sección Meteoros
LIADA

&

Josep M. Trigo
trigo@ieec.uab.es
Barcelona-España
Co-coordinador
Sección Meteoros
LIADA

El mes de noviembre se caracteriza por presentar una lluvia de meteoros muy esperada: las Leónidas. Los observadores nuevos podrán centrar su atención en esta particular lluvia en una zona del cielo muy conocida, la constelación Leo.

Entre el 14 y el 21 de noviembre es cuando nuestro planeta atraviesa el enjambre de meteoroides dejados por su cometa progenitor el Tempel-Tuttle, su máximo es entre el 17 y 18 de Noviembre. Este año la Luna en menguante en la constelación Cáncer la fecha del máximo, nos podría impedir observar los meteoros débiles, pese a esto intentemos realizar observaciones prolongadas por lo menos 5 días antes y 5 días después del máximo, después de las 02 horas 30 minutos.

La radiante se encuentra en AR. = 153º, Decl. = +22º

Al igual que toda lluvia de meteoros, también las Leónidas están asociadas a un cometa, en este caso el Tempel-Tuttle. El período del cometa es de 33 años. El Tempel-Tuttle fue observado nuevamente en marzo de 1997 y alcanzó su distancia más cercana al Sol a fines de febrero de 1998.

El Tempel-Tuttle fue "redescubierto" nuevamente en marzo de 1997 y alcanzó su distancia más cercana al Sol a fines de febrero de 1998. Este cometa no es particularmente brillante, a comienzos del año 1998 los aficionados necesitaron de ayuda óptica para observarlo

Durante los años 1799, 1833, 1866 y 1900 las Leónidas produjeron lluvias muy intensas con más de 1000 meteoros por hora, lo que atrajo la atención de la población mundial. No ocurrió lo mismo en 1933, decepcionando a un gran número de entusiastas. Por el contrario, la lluvia del año 1966 fue espectacular, así como los 350 meteoros por hora en 1998. Los estallidos en la actividad de esta lluvia de meteoros ocurre cada 33 años, por lo que el 2011 se espera un moderado número de meteoros, como lo ocurrido el año 2006 cuando esta lluvia alcanzó un pico el 19 de noviembre, habiendo registrado también otro pico de actividad el 21 de noviembre del mismo año. El año 2009 se observaron un promedio de 25 meteoros por hora el 17 de noviembre; lo propio el 2010. En aquello radica la importancia de observar las Leónidas, podría este año producirse un estallido de actividad, aunque no estemos en el periodo de 33 años como indican las proyecciones.

LLUVIAS MENORES EN NOVIEMBRE

TAURIDAS SUR (STA)
Actividad: 1 al 25 de noviembre. Máximo: 3 de noviembre. Con un promedio de 5 meteoros por hora.
Radiante: AR. = 50º Decl. = 13º
TAURIDAS NORTE (NTA)
Actividad: 1 al 25 de noviembre. Máximo: 12 de noviembre. Con un promedio de 5 meteoros por hora.
Radiante: AR. = 58º Decl. = 22º

ALFA MONOCEROTIDAS (AMO)
Actividad: 15 al 25 de noviembre; Constelación Monoceros. Máximo: 21 de noviembre. Según la IMO es otra lluvia capaz de producir picos intensos, como el de 400 meteoros de 1995 que sólo duró 5 minutos. Se desconoce si existe periodicidad en la actividad. Por eso es importante el seguimiento continuo todos los años
La observación se la puede hacer simultánea sin problemas con las Leónidas.
La radiante es AR. = 117º, Decl. = 01º
Esta lluvia poco observada nos puede dar sorpresas. Observar en lo posible antes y después de la fecha del máximo.

Les deseamos excelentes cielos y esperamos sus reportes.

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...