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segunda-feira, 1 de abril de 2024

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos

Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porção norte-americana Centro dos Estados Unidos e leste do Canadá (Figura 1). Ele é passível de observação, inclusive de modo parcial, no Oeste na Europa, América do Norte, Norte na América do Sul, Pacífico, Atlântico, Ártico.

A Faixa Central da Totalidade em Detalhes

A faixa central de totalidade estimada em 197,5 km de largura inicia-se sobre o Oceano Pacífico em algum lugar a 1230 km a noroeste de Bora Bora, na Polinésia Francesa. Seguindo em direção à costa oeste do México, onde o eclipse atingirá seu ponto máximo a 30 km a noroeste da localidade de Gómez Palacio, no estado de Durango, encontrará este eclipse a duração da totalidade máxima estimada em 04m28.2s. Ela então atravessará o Rio Grande já na fronteira dos Estados Unidos (Texas). Ao cruzar grandes centros urbanos como Austin e Dallas (engloba as localidades contíguas), cortará o sudeste do estado de Oklahoma em direção ao Arkansas. 

A faixa ainda percorrerá o sudeste do Missouri, cortará os estados de Indiana (Dayton, Greenwood e Indianapolis) e Ohio, atravessando o noroeste da Pensilvânia, o norte do estado de Nova York e Marshfield e Montpelier no estado norte-americano de Vermont, quando então alcança o centro do Maine, chegando então à costa leste canadense, pela província de New Brunswick, mergulha no Golfo de São Lourenço, encontra Saint-Pierre e Miquelon próximo à costa de Newfoundland, no Canadá, antes de se perder em algum ponto do Atlântico Norte próximo às coordenadas: Lat: 47 37.0N e Long: 019 47.2W, bem próximo à Europa, após percorrer cerca de 14.880 km (Figura 1).

A tabela 1 abaixo apresentada apresenta os intervalos de tempo em que a totalidade deste eclipse será observada nas regiões da América do Norte abrangendo os Estados Unidos, México e Canadá.

As regiões de Parcialidade 

No entanto, é importante ressaltar que algumas localidades tanto ao norte quanto ao sul desta faixa central observarão um eclipse parcial. Entre essas regiões destacam-se a Polinésia Francesa, Ilha de Clipperton, Ilhas Cook, Ilha de Clipperton, Quiribáti, Ilha Jarvis, Recife Kingman, Atol de Palmira, São Pedro e Miquelon, Groenlândia e Açores em Portugal. 

Nestas áreas, será possível vivenciar uma experiência verdadeiramente singular, mesmo não atingindo a totalidade do eclipse, apresento na tabela 2.

É importante mencionar que localidades situadas ao sul da faixa de totalidade, que se encontram na região da América Central (Aruba, Belize, Costa Rica, Cuba, Ilhas Cayman, República Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Porto Rico, Panamá e São Cristóvão e Nevis), terão visibilidade parcial deste eclipse. Além disso, uma estreitíssima porção da América do Sul, que abrange o norte da Colômbia (Cartagena e Riohacha) e o noroeste da Venezuela até a Península de Paraguaná, também observará o fenômeno de forma parcial.

O Ciclo de Saros

É a periodicidade e recorrência com que os eclipses se repetem aproximadamente na mesma sequência, embora a sua visibilidade seja deslocada em cerca de 120º para oeste, na superfície terrestre. Compreende 6.585,32 dias, ou 18 anos, 11 dias e 8 horas, e é aproximadamente igual ao ciclo de regressão dos nodos da órbita lunar, no curso do qual os centros do Sol e da Lua, e a linha dos nodos quase voltam às mesmas posições relativas (MOURÃO, 1987). Cada série normalmente dura de 12 a 15 séculos e contém 70 ou mais eclipses lunares.

Saros Série 139

Assim sendo sob esse contexto, o Saro deste eclipse que iniciou a serie 139 ocorreu em 17 de maio de 1501, com um eclipse parcial no hemisfério norte e terá seu término com a ocorrência de um eclipse parcial no hemisfério sul em 03 de julho de 2763. Então esse evento é o de número 30 de 71 ocorrências desta série (ESPENAK & MEEUS, 2023) a qual compartilha características semelhantes com outros eventos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Esta informação adiciona profundidade à compreensão do fenômeno e destaca a regularidade e previsibilidade dos eventos astronômicos.

Conclusão

A ocorrência destes eclipses certamente proporciona a todos os nós (amadores e profissionais da astronomia) a apreciação de um fenômeno de rara beleza para aqueles que por ventura estejam dentro de seu cone de sombra (na faixa de totalidade) ou mesmo nas regiões em que se tenha o privilégio de  acompanhar esse fenômeno de modo parcial como acima mencionado. 

Certamente esses observadores novamente darão razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro; não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno (CAMPOS, 2023).

Boas Observações!

Referências:

MOURÃO, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

___________. Sky and Observers: O Eclipse Anular do Sol em 14 Outubro 2023. Disponível em: <https://is.gd/eclipse_out_2023> Acesso em 25 Dez. 2023.

ESPENAK, Fred; MEEUS, Jean. Previsões de Eclipse de Fred Espenak e Jean Meeus (GSFC da NASA). Eclipse Saros 113. https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEsaros/SEsaros139.html. Acesso em: 20 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/news.php?id=20240325_09_100>: Acesso em 18 Dez 2023.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 24 Dez. 2023.

O asteroide (12) Victoria em 2024.

Antônio Rosa Campos

Em 02 de abril próximo, o asteroide Victoria estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.516), quando então sua magnitude chegará a 10.35 (CAMPOS, 2023), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (FORD, 2023), objetivando sua localização nesta data.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 12 Victoria foi descoberto em 13 de setembro de 1850 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. (MOURÃO, 1987). 

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 Km de diâmetro e 3 Km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LON: 007° 24' 00"E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/skymap.php>: Acesso em 20 Fev 2023.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014. 

Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017. 

O asteroide (30) Urania em 2024.

Antônio Rosa Campos

Em 08 de abril próximo, o asteroide Urania estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.009), quando então sua magnitude chegará a 10.88 (CAMPOS, 2023), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (FORD, 2023), objetivando sua localização nesta data.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 30 Urania foi descoberto em 22 de junho de 1854 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é homenagem a musa da Astronomia. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 Km de diâmetro e 3 Km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LON: 007° 24' 00"E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/skymap.php>: Acesso em 20 Fev 2023.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014. 

Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017. 

O asteroide (25) Phocaea em 2024.

Antonio Rosa Campos

Em 21 de abril próximo, o asteroide Phocaea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.920), quando então sua magnitude chegará a 10.26 (CAMPOS, 2023), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (FORD, 2023), objetivando sua localização nesta data.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 25 Phocaea foi descoberto em 06 de abril de 1853 pelo astrônomo pelo astrônomo francês Jean Chacornac (1823 – 1873) no Observatório de Marselha. (MOURÃO, 1987).

Jean Chacornac foi um dedicado astrônomo observacional. Originalmente comerciante em Lyon e depois em Marselha, Benjamin Valz então diretor do Observatório de Marselha, permitiu que ele usasse os telescópios. Chacornac estudou manchas solares e em 1852 descobriu um cometa (C/1852 K1). A partir daí ele se dedicou totalmente à astronomia, auxiliando Valz na descoberta de planetas menores.

Chacornac foi transferido para Paris como parte da reforma promovida por Urbain Le Verrier no Observatório de Paris em 1854, onde mais notavelmente publicou 36 mapas da eclíptica (1860-1863). Chacornac era conhecido como um trabalhador incansável e foi bastante considerado por cientistas como Jean-Bernard-Léon Foucault, mas foi um dos numerosos astrônomos que no devido tempo, incorreram no desagrado de Le Verrier.

Em 1863, Chacornac retirou-se para Villeurbanne, perto de Lyon, onde construiu um observatório privado com um telescópio refletor estilo Foucault voltando se para às observações solares. A partir disso, ele concluiu incorretamente que as manchas solares eram causadas por cadeias de vulcões em erupção (TOBIN, 2007).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/skymap.php>: Acesso em 20 Fev 2023.

Schmadel, Lutz (2003). Dicionário de nomes planeta menor (6 ed.). Alemanha: Springer. p. 15. ISBN 978-3-540-00238-3.  

Tobin, W. (2007). Chacornac, Jean (updated). In: Hockey, T., et al. The Biographical Encyclopedia of Astronomers. Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-0-387-30400-7_9035  - Acesso em 26 Jul. 2023.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (6) Hebe em 2024.

 Antônio Rosa Campos

Em 22 de abril próximo, o asteroide Hebe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.964), quando então sua magnitude chegará a 10.01 (CAMPOS, 2023), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (FORD, 2023), objetivando sua localização nesta data.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 6 Hebe foi descoberto em 01 de julho de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Hencke (1793 - 1866) no Observatório de Dricsen. Seu nome é uma homenagem à deusa da juventude, Hebe, filha de Júpiter e Juno. Hércules a esposou no céu. O nome foi proposto pelo astrônomo Gauss. (MOURÃO, 1987).

Karl Ludwig Hencke, um astrônomo amador, descobriu dois asteroides: (5) Astraea e (6) Hebe, além do cometa C/1845 L1. Ele fez importantes contribuições para os Mapas Estelares Acadêmicos de Berlim e descobriu cinco estrelas variáveis. Hencke realizou suas descobertas com meios simples, trabalhando a partir de seu observatório caseiro. Sua dedicação à astronomia e suas contribuições foram reconhecidas com várias honrarias e prêmios (HAMEL, 2014).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/skymap.php>: Acesso em 20 Fev 2023.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Hamel, J. (2014). Hencke, Karl Ludwig. In: Hockey, T., et al. Biographical Encyclopedia of Astronomers. Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-1-4419-9917-7_596 - Acesso em: 31 Jul 2023.

O asteroide (59) Elpis em 2024.

 Antônio Rosa Campos

Em 29 de abril próximo, o asteroide Elpis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.759), quando então sua magnitude chegará a 12.24 (CAMPOS, 2023), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (FORD, 2023), objetivando sua localização nesta data.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 59 Elpis foi descoberto em 12 de setembro de 1860, no Observatório de Paris pelo astrônomo francês Jean Chacornac (1823 – 1873) (MOURÃO, 1987).

Embora descoberto em Paris sua nomeação ocorreu na Áustria por Karl Ludwig von Littrow então diretor do Observatório de Viena, quando foi escolhido Elpis em alusão à condição política na Europa no momento da descoberta, mas o nome foi adotado de fato na Alemanha. (SCHMADEL, 2003).

Jean Chacornac foi um astrônomo observacional nascido em Lyon, França, em 1823. Ele começou sua carreira no comércio, mas logo se dedicou completamente à astronomia. Estudou manchas solares, descobriu um cometa e colaborou na identificação de planetas menores e no mapeamento da eclíptica. Transferiu-se para o Observatório de Paris em 1854, onde publicou 36 mapas da eclíptica. Mais tarde, aposentou-se em Villeurbanne, próximo a Lyon, continuando suas observações solares, ainda que erroneamente concluísse que as manchas solares eram causadas por vulcões em erupção (TOBIN, 2007).

(59) Elpis - Última Atualização

Em 11 de fevereiro último, o asteroide (59) Elpis foi destacado na lista de "Alvos Prioritários", indicando que as observações existentes ainda necessitam de acompanhamento para completar a curva de luz. O Gaia-GOSA é um serviço interativo para observações de acompanhamento de asteroides, um projeto de ciência cidadã criado pelo Instituto Observatório Astronômico da Universidade Adam Mickiewicz (AO AMU), em colaboração com a ITTI da Polônia, sob o Contrato ESA No. 400011266014/NL/CBi, que é um serviço interativo para observações de acompanhamento de asteroides.

O GOSA (Groundbased Observational Service for Asteroids) apoia a missão Gaia envolvendo membros do público - você - na obtenção de valiosas curvas de luz de asteroides. Os dados coletados pela comunidade GOSA serão utilizados pelo Gaia-DPAC (Data Processing and Analysis Consortium) para aprimorar os conhecimentos do Sistema Solar esperados pela Missão Gaia (Gaia-GOSA, 2024).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/skymap.php>: Acesso em 20 Fev 2023.

Schmadel, Lutz (2003). Dicionário de nomes planeta menor (6 ed.). Alemanha: Springer. p. 15. ISBN 978-3-540-00238-3.  

Tobin, W. (2007). Chacornac, Jean. In: Hockey, T., et al. The Biographical Encyclopedia of Astronomers. Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-0-387-30400-7_257 - Acesso em 26 Jul. 2023.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

http://gaiagosa.eu/ - Acesso em 11/02/2024 - 14:51 BRST

O Cometa 12P/Pons-Brooks em Abril.

 Breno de Castro Campos

Entre 05 de abril e 05 de Junho próximo, o cometa Cometa 12P/Pons-Brooks estará com seu posicionamento favorável às observações, quando então sua magnitude chegará a 4.4 a 4.8 (CAMPOS, 2023, MPC), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte/registros fotográficos. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (aerith.net e MPC), objetivando sua localização nos próximos dias.


Gráfico de Magnitude nos próximos anos:


Carta celeste do cometa:


Nos confins do Sistema Solar, em sua dança cósmica de bilhões de anos, um viajante distinto atravessa os céus com uma majestade efêmera e uma história rica em mistério e fascínio: o Cometa 12P/Pons-Brooks.

Descoberto pela primeira vez em 1812 pelos astrônomos franceses Jean-Louis Pons e americano William Robert Brooks, este cometa cativou gerações de observadores do céu com suas aparições cintilantes e imprevisíveis. Sua órbita, que o leva ao redor do Sol a cada 70,5 anos, o coloca em uma dança cósmica que o traz periodicamente para o interior do Sistema Solar, oferecendo vislumbres espetaculares de sua cauda brilhante e cabeça difusa.

A jornada do Cometa 12P/Pons-Brooks é uma narrativa de extrema beleza e mistério. À medida que se aproxima do Sol em sua trajetória elíptica, os gelos e poeiras que compõem seu núcleo são aquecidos e começam a vaporizar, criando uma cauda luminosa que se estende pelo céu noturno. Essa cauda pode se estender por milhões de quilômetros, deixando um rastro celestial que desafia a imaginação humana.

Sua última aparição ocorreu em [inserir ano], quando pintou os céus com sua presença celestial. Observadores de todo o mundo viram-no atravessar os céus, inspirando admiração e contemplação. Cada aparição do Cometa 12P/Pons-Brooks é um lembrete humilde de nossa posição no vasto cosmos, uma oportunidade para refletir sobre a natureza fugaz e espetacular do universo ao nosso redor.

Embora sua presença seja breve, o Cometa 12P/Pons-Brooks deixa uma marca indelével em nossas memórias e nos lembra da beleza efêmera e da grandiosidade do universo. À medida que continua sua jornada através do espaço, aguardamos ansiosamente sua próxima visita, quando mais uma vez iluminará os céus e nos lembrará da maravilha infinita do cosmos. 


Elementos orbitais dados de 26/03/2024: 

Almanaque Astronômico Brasileiro 2024:  



À medida que nos aproximamos dos próximos anos, os observadores do céu estão aguardando com grande expectativa a próxima aparição do Cometa 12P/Pons-Brooks. Prevista para ocorrer em [2024, apesar de estar baixo no horizonte em relação a Belo Horizonte], esta será uma oportunidade emocionante para testemunhar mais uma vez a passagem deslumbrante deste viajante cósmico pelos céus.

À medida que o cometa se aproxima de seu periélio, o ponto mais próximo de sua órbita ao redor do Sol, espera-se que sua atividade aumente, liberando gases e poeira e criando uma cauda espetacular que brilhará no céu noturno. Astrônomos amadores e profissionais estarão preparados para capturar cada momento dessa exibição celestial, utilizando telescópios, câmeras e equipamentos de observação avançados para registrar e estudar o comportamento do cometa.

Os entusiastas da astronomia de todo o mundo estarão ansiosos para testemunhar a passagem do Cometa 12P/Pons-Brooks, planejando viagens para locais com céus escuros e desobstruídos para obter as melhores vistas. A expectativa é alta para uma aparição impressionante e memorável que irá inspirar admiração e contemplação em todos os que tiverem a sorte de testemunhá-la.

À medida que aguardamos com antecipação a chegada deste espetáculo celestial, somos lembrados da beleza e da grandiosidade do universo ao nosso redor. A passagem do Cometa 12P/Pons-Brooks será mais uma oportunidade para nos conectar com o cosmos e apreciar a maravilha e a diversidade dos fenômenos celestes que pontuam nosso céu noturno. 


Boas observações e céus limpos!


Notas:

1 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2023. 158p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2025 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1g5Xx3ckEtmfmdbDM7C4o1CdlJ0FophHx/view?usp=sharing> Acesso em: 26 Mar. 2024.

 IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 26 Mar. 2014.

 Aerith: http://www.aerith.net/index.html -  Acesso em 26 Mar. 2014.

sexta-feira, 1 de março de 2024

O Eclipse Penumbral da Lua em 25 de março de 2024.

Antônio Rosa Campos

Em 25 de março, ocorrerá o primeiro eclipse da Lua de 2024, cuja Abrangência de visibilidade geográfica recai sobre as Américas. Entretanto  o ponto máximo está recaindo sobre a região equatorial do oceano pacífico sendo eventos extremamente sutis de observar. Entretanto com a Lua acima do horizonte este evento recai também sobre a Antártica, Alasca e nordeste da Rússia (CAMPOS, 2023). Os instantes para esse evento são apresentados na tabela 1 abaixo:

Numa breve análise da tabela acima, destaca-se a magnitude do Eclipse Penumbral, atingindo 0.958, evidenciando a significativa interação entre a Lua e a sombra terrestre. O delta T, representando a discrepância entre o tempo atômico e o tempo universal, está calculado em 69.2 segundos, com uma margem de ±1 segundo, conforme as efemérides DE430 (HERALD, 2023).

Este fenômeno (figura 2), cuja proeminência geográfica abrangendo principalmente as Américas, desafia a nossa percepção visual em seu ponto máximo, dada a natureza sutil e desafiadora da observação, embora o evento se revele como uma oportunidade única para os entusiastas da astronomia.

O Ciclo de Saros

É a periodicidade e recorrência com que os eclipses se repetem aproximadamente na mesma sequência, embora a sua visibilidade seja deslocada em cerca de 120º para oeste, na superfície terrestre. Compreende 6.585,32 dias, ou 18 anos, 11 dias e 8 horas, e é aproximadamente igual ao ciclo de regressão dos nodos da órbita lunar, no curso do qual os centros do Sol e da Lua, e a linha dos nodos quase voltam às mesmas posições relativas (MOURÃO, 1987). Cada série normalmente dura de 12 a 15 séculos e contém 70 ou mais eclipses lunares.

Saros Série 113

Assim sendo sob esse contexto, o Saro deste eclipse que iniciou a serie 113 ocorreu em 29 de abril do ano de 888, com um eclipse penumbral próximo à borda sul da penumbra e terá seu término em 10 de junho de 2150, com um eclipse penumbral próximo à borda norte da penumbra em 10 de junho de 2150. Então esse evento e o de número 64 de 71 ocorrências desta série (ESPENAK & MEEUS, 2023), a qual compartilha características semelhantes com outros eventos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Esta informação adiciona profundidade à compreensão do fenômeno e destaca a regularidade e previsibilidade dos eventos astronômicos.

Os eclipses, de uma forma geral, revelam-se como uma mecânica celeste de harmonia singular (Figura. 3). Em todos os casos, ao observar a Lua, os espectadores geralmente ficam fascinados pela sutileza do fenômeno, tornando-se uma oportunidade única para que possamos nos reconectar às maravilhas da natureza, apreciando a interconexão entre os corpos celestes. Não apenas isso, possibilita o mergulho na riqueza científica e estética dos eclipses.

Referências:

MOURÃO, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

ESPENAK, Fred; MEEUS, Jean. Previsões de Eclipse de Fred Espenak e Jean Meeus (GSFC da NASA). Eclipse Saros 113. Disponível em: https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEsaros/LEsaros113.html. Acesso em: 18 Dez. 2023.

Ford, Dominic ©; Website: The In-The-Sky.org Planetarium <Online Planetarium - https://in-the-sky.org/news.php?id=20240325_09_100>: Acesso em 18 Dez 2023.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 13 Dez. 2023.

A ocultação de Iota Geminorum pela Lua em 18 de março de 2024.

 Antônio Rosa Campos

Em 18 de março próximo, a Lua +67% iluminada e com uma elongação 110°, ocultará a estrela Iota Geminorum de magnitude visual 3.7 (Figura 1). Isso proporcionará um espetáculo notável para os observadores equipados com instrumentos ópticos (CAMPOS, 2023) como: binóculos, lunetas e telescópios. Este evento poderá ser observado na região das Américas Central e do Sul.

Conforme mencionado, os observadores localizados na região insular da América Central (São Cristóvão e Nevis e Trinidad e Tobago) no Caribe poderão acompanhar o fenômeno em sua fase noturna, de acordo com as Circunstâncias Gerais de Visibilidade apresentadas na Tabela 1 abaixo. 

Em uma imensa porção do continente sul-americano, observadores localizados na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela poderão acompanhar esse evento. Dependendo, obviamente, de sua localização, esse fenômeno ocorrerá à luz do dia, durante o entardecer vespertino e na fase noturna do ciclo diário, conforme apresentado na Tabela 2.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar que, além das localidades já mencionadas na Tabela 2, este evento também será possível de ser acompanhado em uma vasta extensão das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Na região Sul do território brasileiro, essa faixa de visibilidade se estende por toda a extensão do estado do Paraná. Já no estado de Santa Catarina, a linha de limite sul para este fenômeno estará incidindo sobre essa região, onde possivelmente, ao norte da cidade de Chapecó, ocorrerá uma rasante.

Desta forma, encontra-se disponível para download gratuito no link: A Ocultação de Iota Geminorum em 18 de março de 2024, o Suplemento nº 5 ao Almanaque Astronômico Brasileiro de 2024 (Figura 2 – Ilustrativa), efeméride contendo as circunstâncias de visibilidade para 978 localidades nas regiões acima mencionadas.

Além das circunstâncias gerais de visibilidade apresentadas, na figura 3 incluímos o mapa global com a faixa de visibilidade do fenômeno, que abrange todas as regiões mencionadas, bem como as ilhas na região norte e sul dos oceanos Atlântico e Pacífico, junto à costa leste e oeste da América do Sul.

Iota Geminorum

Iota Geminorum é uma estrela gigante amarela do tipo espectral G9IIIb-B. Sua magnitude aparente é 3,78 (SIMBAD, 2022). Com base no tipo espectral constante nas notas da Universidade de Harvard, pode-se deduzir que a temperatura da superfície da estrela está na ordem de 5.000 a 6.000K (CFA, 2022).

Distante da Terra por cerca de 120,3 anos-luz, Iota Geminorum é considerado um sistema binário, mas existem incertezas sobre isso. Em 2018, após apresentar os parâmetros fundamentais de 87 estrelas com base em medições de diâmetro angular realizadas com o Interferômetro Óptico de Precisão da U.S Navy (Figura 4), um grupo de pesquisadores liderados por Ellyn K. Baines do Naval Research Laboratory (Divisão de Sensoriamento Remoto) não confirmou essa duplicidade (BAINES et al., 2018).

Iota Geminorum é uma estrela de fácil localização e bastante conhecida entre os astrônomos amadores e proprietários de pequenos instrumentos óticos, dentro da constelação de Gêmeos. O mapa simplificado apresentado na Figura 5 acima demonstra claramente essa proximidade em relação às brilhantes Castor, de magnitude visual 1,14, classe e tipo espectral K0III, e Pollux, de magnitude visual 1,98, classe e tipo espectral A1V (The Sky Live, 2022).

Importância

As ocultações de estrelas pela Lua oferecem uma oportunidade ímpar para contribuir com a ciência enquanto se explora o céu. Ao testemunhar e registrar esses momentos, os astrônomos amadores desempenham um papel crucial na coleta de dados valiosos. Seu envolvimento não apenas enriquece o conhecimento coletivo sobre as estrelas envolvidas, mas também proporciona uma jornada única e emocionante de descoberta pessoal do meio interestelar que nós encontramos. A união de esforços para observar, registrar e compartilhar esses eventos inspira a todos com a maravilha do universo. 

Suas observações são peças fundamentais no quebra-cabeça cósmico. Mãos à obra?

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

https://www.facebook.com/groups/806932362709528/

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'; Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em: <https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, David. Occult v 4.0.8.18, (IOTA). Disponível em <http://www.lunar-occultations.com/iota/occult4.htm>. Acesso em: 09 set. 2014. Windows 7/ Professional.

Fernique, P. Centre de Données astronomiques de Strasbourg [CDS]: Available in <http://simbad.u-strasbg.fr/simbad/sim-basic?Ident=HD+58207&submit=SIMBAD+search> - Acesso em 13 Fev. 2022.

Baines. Ellyn K. et al. - AAS/IOP The Astronomical Journal, 155:30 (16pp), 2018 January. - Disponível em <https://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-3881/aa9d8b> - Acesso em 13 Fev. 2022.

UNIVERSE GUIDE, N. John Whitworth, 2022 - (Blog); Available in <https://www.universeguide.com/star/36046/iotageminorum> - Acesso em 16/10/2021.

CFA - Center for Astrophysics - Harvard & Smithsonian (Homepage) - <https://lweb.cfa.harvard.edu/~pberlind/atlas/htmls/note.html> - Acesso em 13 Fev. 2022.

The Sky Live (HP) - <https://theskylive.com/sky/stars/iota-geminorum-star> - Acess in: 13 Feb. 2022. 

A ocultação de Antares pela Lua em 03 de março de 2024.

 Antônio Rosa Campos

Em 03 de março próximo a Lua -53% iluminada e uma elongação solar de 93° ocultará a brilhante Antares (Alfa Scorpii), Magnitude visual: 1.07 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; nesta oportunidade esse evento poderá ser observado em uma grande extensão das América do Sul, região do Atlântico norte e Sul e de forma diurna na região oeste do continente africano.

Como mencionado anteriormente, observadores localizados na costa oeste do continente africano, incluindo países como: Benin, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Níger, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo, terão a oportunidade de observar esse evento durante o período diurno. Conforme indicado na Tabela 1, este fenômeno já está ocorrendo durante o dia.

Os observadores localizados na região do mar do Caribe, como Aruba, Barbados, Cuba, Ilhas Cayman, República Dominicana, Guadalupe, Jamaica, Porto Rico, São Cristóvão e Nevis, Trinidad e Tobago, bem como aqueles que se encontram na região do Istmo, incluindo Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, terão a oportunidade de observar ambas as fases (desaparecimento e reaparecimento) de acordo com as Circunstâncias Gerais de Visibilidade apresentadas na Tabela 2.

Também os observadores localizados na região sudeste e sul da América do Norte (Estados Unidos e México) poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado na tabela 3. 

Já em uma imensa porção do continente sul-americano, os observadores localizados no Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa e Venezuela poderão acompanhar esse evento, dependendo obviamente de sua localização entre as fases noturna, durante o alvorecer matutino e após o crepúsculo civil, já à luz do dia, conforme apresentado na tabela 4. É importante mencionar que o norte do Peru e regiões ao norte e nordeste da Bolívia também são abrangidas pela faixa de visibilidade, entretanto essa faixa de visibilidade está abrangendo uma região de baixa densidade populacional.

Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar que, além das localidades mencionadas na Tabela 4, este evento abrange de forma geral uma vasta extensão da região norte, todo o nordeste e também grande parte do centro-oeste e sudeste do território brasileiro. Dessa forma, essa e outras efemérides para 712 municípios do Brasil podem ser consultadas utilizando o Suplemento nº 4 (Figura 2 - Ilustrativa) do Almanaque Astronômico Brasileiro de 2024, que está disponível para download gratuito no seguinte link: A Ocultação de Antares em 03/03/2024.

Além das circunstâncias gerais de visibilidade apresentadas, na figura 3 incluímos o mapa global com a faixa de visibilidade do fenômeno, que abrange todas as regiões mencionadas, bem como as ilhas na região norte e sul do oceano Atlântico e no norte do oceano Pacífico, junto à costa oeste da América do Norte e Central.

Registro de Ocultações de Antares pela Lua no Brasil: 1986-1991

Durante a série de 68 ocultações de Antares pela Lua ocorridas entre 30 de março de 1986 e 04 de abril de 1991 (CORREA et al., 1990), diversos observadores brasileiros registraram as ocultações de alguns desses eventos, os quais podem ser visualizados na Tabela 5 abaixo. 

Essa tabela foi construída após consulta ao Acervo Astronômico mantido pelo astrônomo Edvaldo Trevisan e no presente texto voltaremos a fazer menção ao registro contido na CBA (Circular Popular de Astronomia) nº 121.

O observador brasileiro Carlos Adib de Porto Alegre-Rs reportou que durante a ocultação ocorrida em 11/02/1988 na fase de reaparecimento, a estrela companheira (mag. 5,4) de Antares  foi  visualizada por "alguns segundos"; ele utilizou um refrator de 7,6 cm  (DF= 90 cm) e ainda que: "Isso somente foi possível porque o reaparecimento (nesta ocultação) ocorreu no limbo escuro da  Lua.  A estrela  companheira de Antares foi a primeira a reaparecer, mas, em seguida, ela  deixou de ser  vista ao ser ofuscada  pelo brilho da  estrela principal (mag 1.1) que reapareceu no mesmo lugar" (ADIB, 2023).

Antares

Antares é a 15ª estrela mais brilhante do céu sendo a guia perfeita ao delinearmos uma das grandes constelações existentes na esfera celeste sendo seu nome romano Cor Scorpionis, o "Coração do Escorpião", uma escolha por demais acertada para a designação desta magnífica estrela de primeira magnitude (BURNHAM'S, 1978) naquela região celeste. Flanqueiam Antares a inferior Paikauhale (Tau Scorpius) e a superior Al Niyat, ambas consideradas diretamente como: "as artérias", ligadas a estrela brilhante no coração do Escorpião (KALER, 2017) conforme vemos no mapa celeste (figura 4).

Antares e uma supergigante vermelha de classe e tipo espectral M1.5Iab-Ib sendo considerada uma variável semirregular de tipo tardio apresentando cerca de 1 magnitude em períodos entre máximos e mínimos de luz com variações entre: 0.75 - 1.21 V (AAVSO, 2023).  Suas dimensões excepcionalmente grande (aproximadamente 700 vezes maior que o do Sol) faz com que provavelmente seja superada em tamanho apenas por Betelgeuse (BURNHAM'S, 1978). Entretanto novos dados indicam que sua atmosfera se estende por um tamanho 12 vezes maior que esse diâmetro (MOTA, 2020) conforme concepção artística apresentada na Figura 5.

Durante o início da década de 1950, Evans e outros reconheceram que uma série única de ocultações lunares de Antares e Aldebaran, eventos que ocorrem em um ciclo de 19 anos, proporcionaria a oportunidade de tentar medir os diâmetros angulares dessas estrelas. Usando técnicas fotométricas convencionais, foram obtidas cinco observações bem-sucedidas da ocultação de Antares. Evans analisou os dados dessas ocultações e concluiu que Antares possivelmente não era esférica ou tinha manchas severas. Embora os resultados de Evans tenham sido recebidos com ceticismo na época, sua análise foi posteriormente confirmada por medidas interferométricas e estudos posteriores de ocultações (GLASS, 2014).

Observadores interessados não devem deixar de aproveitar as ocultações de Antares, especialmente aquelas que ocorrem entre a lua cheia e a nova, quando o reaparecimento ocorrerá na borda escura da Lua, e o companheiro surgirá primeiro, permanecendo visível por 5 ou 6 segundos antes que a primária apareça. As ocultações de Antares para esta série iniciaram em 23 de agosto de 2023 e encerrarão em 27 de agosto de 2028, totalizando 68 ocultações, sendo que 18 serão possíveis de ser registradas na América do sul.

A companheira verde

Alpha Scorpii tem uma pequena estrela companheira (figura 6) geralmente descrita de coloração verde, Mv = 5.4, classe e tipo espectral B3V (MULLANEY, 2005), isso seja possivelmente um efeito ótico devido ao contraste com o "amarelo-dourado e rosa" profundo da primária. No entanto, existem pequenas controvérsias em relação a quem foi o primeiro a registrar essa observação em primeira mão. Durante uma ocultação de Antares pela Lua em 13 de abril de 1819, realizada em Viena, há um relato intrigante fornecido pelo Professor Johann Tobias Bürg. Ele descreveu o reaparecimento da seguinte maneira: "Às 12h 03m 17,1s, observei a emersão de uma estrela com magnitude 6,7. Cerca de 5 segundos depois, ela subitamente se transformou em uma estrela de primeira magnitude. Foi a partir dessa transição que o momento da emersão foi datado" (BURNHAM'S, 1978). Essa pequena estrela foi vista novamente pelo astrônomo escocês James William Grant (SHUBINSKI, 2021), na Índia em 1844 e, independentemente por Ormsby Macknight Mitchel com o refrator de 11,7 polegadas no Observatório de Cincinnati em 1845-1846 (BURNHAM, 1978; BELL, 2014).

Quando as condições atmosféricas estão boas, ele aparece claramente em um telescópio de 6 polegadas (152 mm) como uma pequena centelha de esmeralda cintilante, quase afogada na luz rubra ardente da gigante Antares.  W. Dawes, na década de 1850, observou a estrela repetidamente utilizando igual abertura; E.J. Hartung (1968) a acha visível "em boas condições com 75 mm". W. Edgecomb usou Antares como objeto de teste para seu novo espelho de 15½" (393 mm) em julho de 1887 e relatou que: "o companheiro... destaca-se claro e ousado com 140 vezes o aumento. Imagens muito boas." (BURNHAM, 1978). 

Robert Burnham Jr. sempre a achou bastante fácil no refrator de 7 polegadas (177,8 mm) do Observatório Lowell quando o ar está calmo. Quanto à cor do companheiro, há as diferenças usuais de opinião; Hartung a considera: "verde pálido”,  a qual menciona: que vi bem com 300 mm sob luz solar forte contra o céu azul". W.T. Olcott a chama de "verde vivo", enquanto K. McKready (1912) se refere a ela como azul; Mary Proctor em Evenings With the Stars (1924) a descreve como: "a astuta companheira de matiz verde", enquanto E. Crossley, J. Gledhill e J.M. Wilson, em seu Handbook of Double Stars (1879), citam as estimativas de cor de vários observadores: "azul", "roxo", "muito azul" e "verde".

Unicamente pelo efeito de contraste, não é surpreendente que a pequena estrela pareça realmente esverdeada (BURNHAM, 1978), pois foi identificada essa coloração por uma equipe de astrônomos amadores do CEAMIG utilizando o Telescópio 0,6 m Zeiss do Observatório Astronômico Frei Rosário da UFMG em Caeté-MG em 1980. Registro semelhante ocorreu durante o reaparecimento de Antares em 22 de janeiro de 1990 (tabela 5 acima), quando o observador Roberto Ferreira Silvestre de Uberlândia reportou ter observado a companheira verde por pouco mais de 3s (SILVA, 1990).  

Importância

As ocultações de estrelas pela Lua oferecem uma oportunidade ímpar para contribuir com a ciência enquanto se explora o céu. Ao testemunhar e registrar esses momentos, os astrônomos amadores desempenham um papel crucial na coleta de dados valiosos. Seu envolvimento não apenas enriquece o conhecimento coletivo sobre as estrelas envolvidas, mas também proporciona uma jornada única e emocionante de descoberta pessoal do meio interestelar que nós encontramos. A união de esforços para observar, registrar e compartilhar esses eventos inspira a todos com a maravilha do universo. 

Suas observações são peças fundamentais no quebra-cabeça cósmico. Mãos à obra?

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

https://www.facebook.com/groups/806932362709528/

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'; Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

CAMPOS, Antônio Rosa (Org.). Almanaque Astronômico Brasileiro 2024. Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG), 02 de dezembro de 2023. 163 páginas. Disponível para download gratuito em: [https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view?usp=sharing]. Acesso em: 02 Dez. 2023.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em: <https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23567-X, 23568-8, 23673-0)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. Three – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978.

AAVSO, (Web Site) The International Variable Star Index (VSX).Available in: <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=34002> Acess: 07 Set. 2023.

Kaler, JB. Stars (HP WEB; last update on June. 26, 2009) - <http://stars.astro.illinois.edu/sow/antares.html> Acess in: 07 Set. 2023.

Stelle Doppie (Database), WDS - Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=66437> Acess in: 07 Setp. 2023.

Mota, R. Olhar Digital (HP) Ciência e Espaço > Mapeamento atmosférico de Antares mostra o quão gigante a estrela é, (2020). Disponível em: <https://olhardigital.com.br/2020/06/17/ciencia-e-espaco/mapeamento-atmosferico-de-antares-mostra-o-quao-gigante-a-estrela-e/> - Acesso em: 07 Set. 2023.

Mullaney, James. Double and Multiple Stars and How to Observe Them. 131 p. (Astronomers' Observing Guides). Editor: © Springer-Verlag London Limited, 2005. ISBN 1-85233-751-6 (acid-free paper).

Shubinski, R. Astronomy Magazine (HP) 22 Dec. 2021, Available in: <https://www.astronomy.com/observing/discover-the-skys-best-double-stars/> - Acess: 04 Setp. 2023.

Glass, I.S. (2014). Evans, David Stanley. In: Hockey, T., et al. Biographical Encyclopedia of Astronomers. Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-1-4419-9917-7_429 - Acesso em: 04 Set. 2023

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ADIB, Carlos. RE: Re: Vídeos Postados no YouTube. E-mail recebido em 26 de dezembro de 2023 às 16:31. De: adibcd@yahoo.com. Para: Antonio Rosa Campos. - O conteúdo discutido no e-mail pode ser encontrado no site pessoal do autor: Carlos Adib - Astronomia. Acesso em 26/12/2023.

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...