Antônio
Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG
– REA/Brasil – AWB
Marte, ao longo dos tempos, sempre ocupou a mente de nossos antecessores e isso é um fato real, visto que já provocou inúmeras contendas e acaloradas discussões, de cientistas até à população em geral, muito embora eu não creia que nos próximos 50 anos a nossa civilização venha a colonizar este planeta, devido a diversos óbices que temos que superar.
Ele é conhecido desde a mais remota antiguidade. Aristóteles teve ocasião de observar uma ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu informou que Marte passou próximo da estrela Beta do Escorpião no dia 17 de janeiro do ano 272 a.C. (MOURÃO, 1987). Simplesmente observado a visão desarmada, Marte é um astro brilhante de cor avermelhada e fica muito evidente no céu noturno na época de suas oposições ao Sol. As efemérides (Tabela 1) para essa oposição mostram isso.
Ele é conhecido desde a mais remota antiguidade. Aristóteles teve ocasião de observar uma ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu informou que Marte passou próximo da estrela Beta do Escorpião no dia 17 de janeiro do ano 272 a.C. (MOURÃO, 1987). Simplesmente observado a visão desarmada, Marte é um astro brilhante de cor avermelhada e fica muito evidente no céu noturno na época de suas oposições ao Sol. As efemérides (Tabela 1) para essa oposição mostram isso.
Desta forma, observando em um telescópio, é possível distinguir em sua superfície regiões claras e com tons rosáceos, regiões escuras e brancas evidenciando suas calotas polares que se estendem e regridem segundo as suas estações climáticas.
O Quadro 1 (acima) também apresenta dados de referências observacionais para este período, podendo-se utilizar as efemérides (Tabela 1) para plotagem numa carta celeste deste planeta, que se encontram publicadas no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2018 (figura 2 – ilustrativa), cujo download pode ser feito gratuitamente no seguinte link: https://goo.gl/kniuMW
O Planeta
Marte é integrante necessário da lista de objetos observáveis nas atividades práticas de diversos observatórios, clubes de astronomia e planetários que realizam observação ótica também com seus visitantes, sendo uma oportunidade excelente para os astrofotógrafos. Exemplo disso é a imagem obtida pelo observador brasileiro Antonio Martini Júnior, do Observatório Sagitário em Botucatu-SP (Figura 3), realizada em 15 de maio de 2016 (data próxima daquela oposição) quando foram registradas na superfície marciana detalhes como: Sirtes Major, Hellas, Utopia, Sinnus Sabaeus e o Mare Tyrrhenum. Segundo Martini, essa imagem foi realizada com um Telescópio Meade SC 10" contendo 1590 frames empilhados de 9600.
Nesta oportunidade, Marte estará a uma distância da Terra de 0.3861546 u.a (57.767.907 Km), com um diâmetro aparente 24.31", magnitude visual -2.8 e a elongação obviamente de 173.53°, podendo ser facilmente localizado na constelação de Sagittarius.
Importância
Nestas ocasiões, a observação de Marte fica muito mais evidenciada e em algumas épocas temos como perceber particularidades interessantes do planeta como uma sutil diferença de cores em sua atmosfera, desde que se utilize equipamentos de abertura de 300mm ou maiores.
As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes na superfície marciana. Desta forma, esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados dessas observações.
As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes na superfície marciana. Desta forma, esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados dessas observações.
Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância média da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).
Boas
Observações!
Referências:
- MOURÃO,
Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e
Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.
-
_________. Da Terra às Galáxias. Ed. Vozes Ltda. 3ª Ed. revista e ampliada,
1982. 359P.
- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico
Brasileiro 2018. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de
Minas Gerais), 2017. 136p. Disponível em: <https://goo.gl/kniuMW> Acesso em 02 Dez 2017.
- CHEVALLEY,
Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel -
Version 3.8, March. 2013. Disponível em:
<http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. -
Acesso em: 26 Nov. 2015.
- OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.