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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O céu do mês – Outubro 2015


Amigos (as),

De uma forma geral o mês de outubro destaca as lembranças benéficas da natureza a civilização moderna; isso também vai de encontro ao progresso que o século XX deixou de herança para a humanidade. O céu, até os dias atuais será sempre uma fonte inesgotável  de inspiração a diversos poetas e artistas que brinda aos diletantes e apaixonados pela observação do firmamento com uma gama enorme de eventos, a qual observadores de todos os recantos ficaram sempre admirados; senão vejamos: As propícias ocultações de Aldebaran (sendo a 2ª ocorrência, mais favorável as observações e registros); bem como Theta 2 Tauri e Hyadum II (delta 1 Tauri) darão aos observadores iniciantes a alegria de registrar eventos verdadeiramente significativos envolvendo essas brilhantes estrelas; nesta mesma linha de raciocínio, as ocultações de Vênus, Mercúrio e Urano visíveis no hemisfério austral serão bem interessantes de serem acompanhadas também, uma vez que abrange em dois continentes (América do Sul e Oceania), áreas de observadores extremamente experientes neste tipo de registro.  

Valerá bastante a persistência para o registro fotográfico (antecedendo o nascer do Sol) da conjunção matutina envolvendo, a Lua, os brilhantes planetas Vênus e Júpiter e bem como ainda Marte; esse evento astronômico brinda a celebração da Semana Mundial do Espaço. Saturno ainda continuará o objeto celeste de fácil localização e também o cometa C/2013 US 10 (Catalina) está bastante acessível atravessando a constelação de Centaurus. Enquanto isso as observações em torno das oposições favoráveis dos asteroides (15) Eugenia e (29) Amphitrite, com eles próximos as brilhantes estrelas de conhecidas constelações da maioria dos amadores, serão atividades bastante proveitosa. A moldura celeste ficará ainda mais completa na apreciação dos objetos de céu profundo e registro de variáveis da constelação de Andrômeda. Ao vislumbrar a vizinha e brilhante galáxia lembro-me de objetos celeste que hoje não consigo mais observar no céu noturno de minha região. Então espero que apreciem também a trilha musical, uma homenagem àqueles amigos (as) que sempre me incentivam e inspiram. Noites estreladas para todos! 


Nota 1:

E importante mencionar que neste mês, ocorrerá entre 04 e 10 próximo, a Semana Mundial do Espaço, uma celebração internacional da contribuição da ciência e tecnologia espacial para o melhoramento da condição humana, que dentre seus parceiros encontra-se: Astronomers Without Borders (AWB), International Astronautical Federation (IAF), Universe Awareness (UNAWE), The Space Generation Advisory Council (SGAC), Space Foundation, Yuri’s Night, Planetary Society e SpaceRef. Então e sugiro uma visita ao site http://www.worldspaceweek.org/ para que possam dessa forma também, participar dessa importante solenidade em sua região.  

Nota 2:

Às 00:00h de Brasília (03:00 TU) do dia 18 de outubro próximo, reinicia-se o Horário de Verão em parte do território brasileiro. Ele permanecerá vigorando nas regiões determinadas pelo Decreto n° 6.558 de 08 de Setembro de 2008, até às 00:00h de Brasília (03:00 TU) do dia 21 de fevereiro de 2016, quando então terminará sua vigência neste período.

Assim sendo, as regiões de abrangência no Brasil são: a) – SUL, estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; b) SUDESTE, estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais e, c) CENTRO-OESTE, estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.

Ocultações de estrelas pela Lua 

Aldebaran (alpha Tauri)

Em 02 de outubro, a Lua -74% iluminada e com a elongação solar de 119°, ocultará a brilhante estrela Aldebaran (Alpha Tauri) de magnitude 0.9 e tipo espectral K5+III. Esse evento poderá ser observado na América do Norte conforme demonstra a figura A, apresentada no quadro 1.

Em 29 de outubro ainda, a Lua -91% iluminada e com a elongação solar de 146°, novamente ocultará a estrela Aldebaran. Nesta outra oportunidade então, esse evento poderá ser observado na Ásia, Europa e África de acordo com a figura B, apresentada no quadro 1.

Theta 2 Tauri

Em 02 de outubro a Lua -76% iluminada e com a elongação solar de 121°, ocultará a brilhante estrela theta 2 Tauri  de magnitude 3.4 e tipo espectral A7 III. Esse evento poderá ser observado na América do Norte, nordeste da Ásia e norte da Europa de acordo com a figura A, apresentada no quadro 2.

Em 29 de outubro ainda, a Lua -92% iluminada e com a elongação solar de 148º novamente ocultará a estrela theta 2 Tauri. Nesta outra oportunidade então, esse evento poderá ser observado no norte da Ásia, norte da Europa e norte da América do Norte de acordo com a figura B, apresentada no quadro 2.

Lambda Geminorum

Em 05 de outubro a Lua -44% iluminada e com a elongação solar de 83°, ocultará a estrela lambda Geminorum de magnitude 3.6 e tipo espectral A3V. Esse evento poderá ser observado na América do Norte conforme demonstra a figura A, apresentada no quadro 3.

(Subra) Omicron Leonis

Em 08 de outubro a Lua -18% iluminada e com uma elongação de 50°, ocultará a estrela omicron Leonis (Subra) de magnitude 3.5 e tipo espectral A5V F6II. Esse evento poderá ser observado na América do Norte conforme demonstra a figura B, apresentada no quadro 3.

Rho Sagittarii

Em 20 de outubro a Lua 44% iluminada e com a elongação solar de 83°, ocultará a estrela Rho Sagittarii de magnitude 3.9 e tipo espectral F0III/IV. Esse evento poderá ser observado no continente asiático de acordo com a figura C, apresentada no quadro 3. 

Dabih Major (beta Capricorni)

Em 21 de outubro a Lua 56% iluminada e com a elongação solar de 96°, ocultará a estrela Dabih Major de magnitude 3.1 e tipo espectral F8V+A0. Esse evento poderá ser observado na Oceania de acordo com a figura D, apresentada no quadro 3. 

Ancha (Theta Aquarii)

Em 23 de outubro a Lua 78% iluminada e com a elongação solar de 124°, ocultará a estrela Ancha (Theta Aquarii) de magnitude 4.2 e tipo espectral G8. Esse evento poderá ser observado também na Oceania conforme com a figura E, apresentada no quadro 3.

Hyadum II (delta 1 Tauri)

Em 29 de outubro a Lua neste instante com -93% iluminada e com a elongação solar de 149º, ocultará a estrela Hyadum II (delta 1 Tauri) de magnitude 3.8 e tipo espectral K0-IIICN0.5. Esse evento poderá ser observado na Austrália conforme com a figura F, apresentada no quadro 3.

Ocultações de Hyadum II (delta 1 Tauri) na América do Sul

Em 02 de outubro, a Lua neste instante -76% iluminada e com a elongação solar de 122º, ocultará a estrela Hyadum II (delta 1 Tauri) de magnitude 3.8 e tipo espectral K0-IIICN0.5. Esse evento poderá ser observado na América do Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai). Informações adicionais encontram-se postadas em: http://skyandobservers.blogspot.com/2015/10/a-ocultacao-de-hyadum-ii-delta-1-tauri.html

Ocultações de planetas pela Lua

Vênus

Em 08 de outubro, a Lua neste instante -15% iluminada e com a elongação solar de 45º, ocultará o brilhante disco do planeta Vênus com magnitude -4.7. Esse evento poderá ser observado na Oceania (Nova Zelândia e parte leste da Austrália) conforme figura A, apresentada no quadro 4. As circunstâncias gerais de visibilidade para algumas localidades desta região, são apresentadas na tabela 2 abaixo.

Mercúrio

Em 11 de outubro, a Lua neste instante -2% iluminada e com a elongação solar de 17º, ocultará o disco do planeta Mercúrio com magnitude 0.2. Esse evento poderá ser observado na América do Sul (Argentina, Brasil, Chile e Uruguai) conforme com a figura B apresentada no quadro 4. As circunstâncias gerais de visibilidade para algumas localidades desta região, são apresentadas na tabela 3 abaixo.

Urano

Em 26 de outubro, a Lua neste instante +98% iluminada e com a elongação solar de 165º, ocultará o disco do planeta Urano com magnitude 5.7. Esse evento poderá ser observado na Oceania (Nova Zelândia) conforme figura C, apresentada no quadro 4. As circunstâncias gerais de visibilidade para algumas localidades desta região, são apresentadas na tabela 4 abaixo.


No Sistema Solar!

Mercúrio (-0.4) na direção leste neste princípio de mês, ainda está com suas elongações desfavoráveis as observações visuais sendo durante o período diurno de 11/10, será novamente oculto pelo disco lunar cuja faixa de visibilidade recai sobre o continente sul americano (Argentina, Chile e Uruguai e extremo sul do Brasil). Mas os brilhantes planetas (exceto Saturno) estão chamando bastante a atenção durante o crepúsculo matutino neste período; desta forma e com e presença da Lua (mag. -7.7 e 11,3% iluminada) Vênus (-3.6), Marte (2.8) e Júpiter (-0.2) estarão protagonizando essa magnifica conjunção em 09 de outubro antecedendo o nascer do Sol (figura. 2). Permanece ainda válida a recomendação para a realização de registros desse evento, a busca de um ponto observacional livre de obstrução bem como ainda votos de sorte de que as condições climáticas sejam favoráveis.


A tabela 5 abaixo apresentando as respectivas elongações dos planetas dá uma ideia de como estarão suas respectivas magnitudes e a constelação em que se localizam, neste período extremamente prolífico para os registros observacionais.

Analisando ainda a tabela acima mencionada, podemos observar que Saturno (0.6) poderá ser facilmente observado na primeira parte da noite na constelação de Libra, sendo que em 15 de outubro próximo poderemos facilmente observar um alinhamento entre seus satélites naturais Mimas (13.5), Dione (11.0) e Iapetus (12.2) esses 2 últimos, bem ao alcance de instrumentos de médio porte. Assim sendo a oportunidade de aproveitarem a posição (e consequentemente identificação) de seus satélites naturais e suas respectivas magnitudes e bastante interessante. Desta forma poderemos encontrar na figura 3, além da configuração formada em torno de Saturno para o dia 15 deste mês as respectivas efemérides para 00:00 (UT) neste dia.
 
Como mencionado no mês anterior tivemos a ocorrência da oposição de Netuno (7.8) e na constelação de Aquário; neste período, ocorre a oposição de do planeta Urano (5.7) prevista para 12/10, quando então nesta data ele estará cerca de 18.9843 u.a. de distância a Terra, sendo facilmente localizado por telescópios de médio e pequeno porte na constelação de Peixes. (1) Ceres agora com a magnitude 8.9 e após sua oposição ocorrida em 25 de julho último, continua com suas elongações favoráveis as observações telescópicas, ainda que a missão Dawn esteja realizando um excelente trabalho de mapeamento da superfície deste planeta Menor ele poderá ser localizado na constelação de Sagitário. Na figura 4 abaixo um close-up interessante capturou esta elevação de forma cônica. 

Assim uma vez acompanhando de igual forma, a carga de informações baixada pela equipe da missão Novos Horizontes, (134340) Plutão não deixa de chamar a atenção de cientistas espaciais e demais pesquisadores. Embora observacionalmente ele não esteja ao alcance de pequenos instrumentos, de alguma sorte podemos ganhar êxito utilizando aberturas acima de 300mm, ele também encontra-se na constelação de Sagitário e sua magnitude (ao alcance dessa instrumentação com essa abertura ótica) está estimada em 14.2. 

Sol = O quadro 5 abaixo, apresenta alguns elementos úteis a observação solar neste mês como: e (P.H) = Paralaxe Horizontal, (PO°) = Ângulo de Posição da extremidade Norte do disco solar, (+) E; (-) W, (BO°) = Latitude heliográfica do centro do disco solar (+) N; (-) S, (LO°) = Longitude heliográfica do meridiano central do Sol e ainda, (NRC) Número de rotação Solar de Carrington da série iniciada em novembro 1853 9,946.
  
Lua = As fases lunares neste mês, ocorrerão nas datas e horários abaixo mencionadas em Tempo Universal de acordo com a figura 5.

A ocorrência das apsides lunares dar-se-á neste mês na seguinte sequência: Apogeu em 11/10 às 13:18 (UT = Universal Time), quando a Lua estará a 406.388 km do centro de nosso planeta; já o Perigeu ocorrerá em 26/10 às 13:00 (UT = Universal Time) quando então a Lua estará somente a 358.463 km do centro da Terra.

Asteroides

Assim como os últimos meses, este período também estará bastante propício às observações de asteroides, sendo que logo em seu início dois brilhantes asteroides estarão em oposição e ao alcance de nossos pequenos instrumentos; então (74) Galatea (com a magnitude 10.6) poderá ser facilmente localizado na constelação de peixes (carta de busca e efemérides disponíveis em: http://goo.gl/nUOGWp) em 02 de outubro; um pouco mais boreal, (15) Eugenia (com magnitude 7.9) também encontrar-se-á em oposição (carta de busca e efemérides disponíveis em: http://goo.gl/U979bD) na constelação de Pegasus, sendo neste período o asteroide (em oposição de maior magnitude). (61) Danae (com magnitude 11.3) também estará na constelação de Andromeda (carta de busca e efemérides disponíveis em: http://goo.gl/id9ZNc) sendo que a oposição será em 12 de outubro. Já na região zodiacal (29) Amphitrite (com magnitude 8.7) será de fácil localização, uma vez que esse asteroide encontra-se na constelação de Aries (carta de busca e efemérides disponíveis em: http://goo.gl/V09tBk), ocorrendo sua oposição em 25/10; da mesma forma (14) Irene (com magnitude 10.4), estará também (carta de busca e efemérides disponíveis em: http://goo.gl/tGLTYp) favorável na constelação da Baleia ocorrendo sua oposição em 30 de outubro.

Cometas

C/2013 US 10 CATALINA

Este período ainda estará bastante favorável às observações e registros deste cometa, principalmente por ele ser bastante acessível aos observadores do hemisfério austral; agora atravessando a constelação de Centaurus (Cen), ele permanecerá ali até do dia 20 próximo quando então no dia seguinte, poderá ser localizado na constelação de Hydra (Hya) onde permanece até o primeiro dia do mês próximo. Suas magnitudes e respectivas coordenadas para este período são apresentadas na tabela 6 abaixo.


CONSTELAÇÃO:

Andromeda

Talvez seja Andromeda ao lado de inúmeros personagens da mitologia grega, a personagem que mais atraia a atenção do publico juvenil uma vez que evoca o nome da princesa etíope, filha de Orfeu e Cassiopéia, que, presa a um penhasco, deveria ser devorada por um monstro marítimo (Cetus) quando a salvou Perseu, que a avistou de seu cavalo Pégaso. Uma vez no céu, sabemos tratar-se da 19ª maior constelação da esfera celeste que ocupa uma área de 722 graus quadrados (figura. 6), compreendida entre as ascensões retas de 22h 56min e 02h 36min, e as declinações de +2º,4 e +52º,9; limitada ao sul pelas constelações de Triangulum (Triângulo), Pisces (Peixes) e Pegasus (Pégaso); a oeste por Lacerta (Lagarto); ao norte por Cassiopea (Cassiopéia) e Perseus (Perseu), e a leste por Perseus (MOURÃO, 1987).

A identificação de suas principais estrelas, será extremamente fácil uma vez que o grande asterismo quadrado de Pégaso (uma boa informação deste asterismo poderá ser encontrada em: http://goo.gl/uNgzD7) e uma gigantesca referência celeste para encontrar as demais estrelas (figura 6); assim nesta área do céu a brilhante Alpheratz (alfa Andromedae) uma estrela branco azulada de magnitude 2.0, classe e tipo espectral B5.5V que encontra-se cerca de 97 anos-luz. Próximo a ela encontraremos Delta Andromedae, uma gigante alaranjada de magnitude visual 3.2 e tipo espectral K3III, componente principal de um sistema múltiplo, ela possui uma companheira (figura 7) de magnitude 12 que foi descoberta por Sherburne Wesley Burnham (1838–1921) com o refrator de 26 polegadas no Observatório Naval dos Estados Unidos em 1878 (BURNHAM'S, 1978). O período de translação de 52.8 anos, sendo o par resolvido com equipamentos de 400 mm de abertura ótica. 

Mirach (Bet And) uma gigante vermelha de magnitude 2.0, classe e tipo espectral M0+ IIIa e a principal componente de um sistema múltiplo de estrelas, sendo que a primeira descoberta desse sistema foi realizada pelo astrônomo norteamericano Edward Emerson Barnard (1857-1923) em 1898 no Observatório Yerkes (Williams Bay, WI-USA). É de forma unânime que os diversos autores informam ser Almach (Gam And), uma gigante luminosa de coloração amarelo ouro (magnitude visual 2.1, classe e tipo espectral K3IIb) é uma bela estrela dupla (na realidade Gama Andromedae é um sistema quádruplo), uma das melhores dentro do alcance de um pequeno telescópio. Sua companheira (magnitude 5.0) aparece numa coloração azul-esverdeado, sendo que o contraste de cores é extraordinariamente bem nítido. 

Embora inacessível a telescópios de pequeno e médio porte, as componentes BC desse sistema de estrela possuem um período orbital de 63,7 anos, e seu periastro ocorreu neste ano; em 01 de janeiro passado, elas se encontravam com uma separação de 0.019", e seu Ângulo de Posição em 41.6º conforme podemos visualizar na figura 8.

Pi Andromedae uma estrela de magnitude 4.3, classe e tipo espectral B5V e uma anã branco azulada tem dois companheiros visuais que foi medido pela primeira vez por Sir William Herschel no final do século 18; seu período orbital é de 143.53d é isso faz com que esse par possa ser medido utilizado por quase todo o tempo em que essa constelação esteja visível na esfera celeste. Mu Andromedae uma anã branca de magnitude 3.8 tipo e classe espectral A5V. Phi andromedae uma gigante branca azulada de magnitude 4.2 classe e tipo espectral B5IIIe; Lambda Andromedae é uma estrela subgigante amarela de magnitude 3.8 tipo e classe espectral G8IVk, uma estrela binária espectroscópica peculiar, descoberta por W.W. Campbell em 1899 e Omicron Andromedae, uma estrela gigante azul de magnitude 3.6 tipo e classe espectral B6III; Um exame minucioso nas placas fotográficas de Harvard mostrou variações de cerca de uma magnitude para essa estrela. Espectros foram obtidos desde 1890 e muitas vezes mostram as características de uma estrela normal, mas em outros momentos mostram a presença de um escudo gasoso ou anel. 

Variáveis LPV em Andrômeda

A riqueza dessa região celeste também guarda entre suas estrelas, um vasto manancial quando mencionamos estrelas variáveis, e são de vários tipos e amplitudes (entre máximos e mínimos) sendo que dentre as circulares eletrônicas da AAVSO recebidas (status de 11 de setembro) pude fazer uma contagem deste número encontrando de um total aproximado de 4.100 estrelas, pude selecionar cerca de 73 estrelas (tipo LPVs: 39 estrelas, tipo AGN: 3 estrelas e tipo CV: 31 estrelas).

Assim selecionamos as variáveis T And, SZ And, ST And e RS And, uma vez que elas com seus respectivos períodos de amplitude estarão ocorrendo nesta época conforme efemérides apresentada no quadro 6 abaixo.

Variáveis de Longo Período

Variáveis de longo período (LPVs) são estrelas gigantes vermelhas ou supergigantes pulsante com períodos que variam de 30-1000 dias. Eles são geralmente de tipo espectral M, R, C ou N. Há duas subclasses; Mira e semi-regulares.

Mira - Essas variáveis gigantes vermelhas periódicas variam com períodos de 80 a 1000 dias e variações de luz visuais de mais de 2.5 magnitudes. Sendo T And e SZ And assim classificadas e Semiregular – Estas são estrelas gigantes e supergigantes que mostram periodicidade apreciável acompanhadas por intervalos de variação de luz  semiregular ou irregular. Seus períodos variam entre 30 a 1000 dias, geralmente com variações de amplitude inferior a 2.5 magnitudes. Sendo então ST And e RS And assim classificadas.

Objetos de Céu Profundo - Deep Sky

Celeiro de fantásticos Objetos de Céu Profundo (DSO), aquela região guarda também um bom número desses atraentes alvos observacionais que estão ao alcance de pequena instrumentação ótica, fazendo com que (e sempre) permanecemos apaixonados com esses objetos. Selecionamos então alguns que será bastante interessante a observação e de forma igual a M31.  NGC 752 e um grande Aglomerado aberto (de magnitude 5.7) que pode ser facilmente localizado ao utilizar a estrela 56 Andromedae como referência, ele possuir cerca de 60 estrelas visíveis em um campo de 50'; enquanto que NGC 7662 trata-se da brilhante nebulosa planetária (Pequena Bola de Neve ou Bola de Neve Azul) de magnitude 8.3. Entretanto você necessitará de um equipamento de 150mm de abertura ótica e boa ampliação para perceber a forma oval e sua coloração azulada, entretanto a estrela central (embora exista) não é detectada mesmo que estejamos utilizando o dobro dessa abertura ótica (300mm) embora no centro a nebulosa pareça mais escura. A figura 9 abaixo apresenta o desenho de ambos objetos.


A Galáxia Espiral de Andrômeda

O conhecimento da então estrutura nebulosa de "uma pequena nuvem celeste" para a forma em espiral da galáxia de Andrômeda tem referências já no século X pelo astrônomo persa Al-Sufi (903-986). Certamente os navegadores do hemisfério boreal também já assinalavam sua presença de alguma forma em meio às estrelas daquela constelação, embora não existam registros dessas observações como as que foram assinaladas pelo o italiano Antonio Pigafetta com relação as Nuvens de Magalhães (veja em: http://goo.gl/Un5Jsu). Em verdade esse sistema recebeu realmente a primeira observação com uma instrumentação ótica em 1612 realizada pelo astrônomo alemão Simon Marius (1570-1624). Em torno de 1758 o astrônomo francês Charles Messier (1730 - 1817), realizou o registro de número 31 em seu celebre catálogo, por isso também ser chamada Messier 31 (MOURÃO, 1987), sendo sua entrada no New General Catalogue of Nebulae and Star Clusters de John Dreyer (1852 - 1926) como: NGC 224. Messier ainda catalogou como M32 (NGC 221) uma galáxia eclíptica, satélite de Andrômeda de magnitude 8.1 e da mesma forma M110 (ou NGC 205) de magnitude semelhante (8.1); ambas podem também facilmente serem identificadas com binóculos 7x50 e 10x50 e telescópios de pequeno porte. 

Andrômeda como também todos os objetos nebulosos celestes (figura 10), fez parte da escola de pensamento do “Universo Ilha” que predominaram o pensamento científico do século XIX e teve um papel fundamental na compreensão das distâncias entre galáxias, quando em 1923 Edwin Powell Hubble encontrou estrelas variáveis cefeídas, estabelecendo definitivamente a natureza da nebulosa de Andrômeda como um objeto extra-galáctico. A descoberta de Hubble foi anunciada na reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Washington DC, em dezembro de 1924, e terminou dramaticamente a longa controvérsia sobre a natureza das "nebulosas espirais" (BURNHAM'S, 1978).

Simples binóculos como os acima mencionados já serão capazes de apresentar aos observadores a mancha larga e oval e também seu brilhante núcleo, embora isso dependerá muito da qualidade do céu em seu local de observação; nestas condições somente poderemos distinguir essa região nuclear, mas o ideal mesmo será buscar condições de visibilidade para que possamos observar todo o disco de Andrômeda e a estrutura de seus braços espirais, suas dimensões são: 189.0 x 61.0'. Será atração também com telescópios (refletores e refratores) de pequeno e média abertura ótica suas galáxias satélites, M32 (α= 00h43m36.02s e δ = +40°57'17.3") e M110  (α = 00h41m17.97s e δ = +41°46'18.1"  - J2000.0).

Desta forma ela sempre oferece objetos interessantes para instrumentação ótica de diversas classes; sendo também um objeto de espaço profundo que você consegue ainda distinguir até mesmo sob um céu de condições de poluição luminosa razoáveis. Bem afastado dos efeitos da poluição luminosa de minha cidade, já distante ano 1997 tive a oportunidade de vislumbrar a visão desarmada a Galáxia de Andrômeda culminando na esfera celeste numa noite extremamente propícia e sem a interferência do luar. Então naquela época eu e também (naquela oportunidade) alguns observadores do CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), fizemos o uso de um telescópio Schmidt-Cassegrain de 12” polegadas, quando pudemos contemplar essa fantástica e inesquecível imagem.  

Talvez seja esse também entre inúmeros motivos que constantemente estamos comentando aqui sobre os efeitos danosos da poluição luminosa, vejam uma interessante matéria de Guilherme de Almeida (APAA – REA/Portugal em: http://goo.gl/TN5q9j), uma vez que naquela época em sítios remotos como esse podiam ser observadas também as Nuvens e Magalhães, discernir a mancha de Omega Centauri (NGC 5139) e também de o aglomerado aberto M44 em Cancer entre outras paisagens celestes. Então deixando um até breve e agradecendo também aqueles compartilham essas informações com seus amigos (as) posto para vocês essa musical mensagem abaixo pois, toda a luz natural que vem do espaço e no fundo “uma bela visão celestial”.



Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: Acesso em: 08 dez. 2014.

- BURNHAM Jr, Robert. – Burnham's Celestial Handbook. Dover Publications, Inc., 1978. ISBN 0-486-23568-8 p. 1221/1222.– Inc. New York – USA, 1978.

- AMORIM, Alexandre. - Anuário Astronômico Catarinense 2015. Florianópolis: Ed: do Autor, 2014. 180p.
  
- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:   <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 11 Jan. 2015.

- RAYMAN, Marc  NASA/JPL-DAWN – News: http://dawn.jpl.nasa.gov/news/news-detail.html?id=4697 – Acess in 15 Sept. 2015.

- Manual para Observação Visual de Estrelas Variáveis - ISBN 1-878174-87-8. Ed. Português – set. 2011 – CEAAL, 70p. Disponível em: <http://www.aavso.org/sites/default/files/publications_files/manual/portuguese/PortugueseManual.pdf> - Acesso em 25 Mai. 2015.

- General Catalog of Variable Stars (GCVS) Sternberg Astronomical Institute, Moscow (Sep., 2009, Epoch 2000): Disponivel em: < www.handprint.com/ASTRO/XLSX/GCVS.xlsx> – Acesso em: 16 Jul. 2015.

 - Palomar Observatory - © Davide De Martin. <http://www.astro.caltech.edu/palomar/homepage.html> Acess in 15 Sept. 2015

- HARRINGTON, Phil. Descubra Andrômeda. Astronomy Brasil. São Paulo, Ed. Duetto, v.1, n.7, p. 14, nov. 2006.

- BAKICH, Michael. Observação do Céu Profundo. ______________, p. 56, nov. 2006.

Washington Double Star Catalog (WDS) - Double Star Database. Available in <http://stelledoppie.goaction.it/index.php>– Acess in: 13 Sept. 2015.

http://www.worldspaceweek.org/ - Acess in:  15 Sept. 2015.

- Coldplay Official - You Tube Channel.  Available in <https://www.youtube.com/watch?v=ljuyyXMYT-M#t=83> Acess in 19 Sept. 2015.

A ocultação de Hyadum II (delta 1 Tauri) pela Lua em 02 de outubro 2015

arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Em 02 de outubro próximo, a Lua -76% iluminada e uma elongação solar de 122°, ocultará a estrela Hyadum II (delta 1 Tauri) de magnitude 3.8 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão da superfície terrestre.

Observadores localizados na América do Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai), poderão acompanhar esse evento conforme e apresentado na tabela 1.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno abrangendo toda a região citada.

Hyadum II

Hyadum II (delta 1 Tauri) de magnitude 3.8 e tipo espectral K0-IIICN0.5. (AAVSO, 2009) é uma estrela variável cuja magnitude e estimada entre 3.72 e 3.77. O alto interesse nas observações das ocultações dessa estrela prende-se ao fato dessa estrela ser um conjunto binário fechado conforme podemos vislumbrar através da figura 3.

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 24 dez. 2014.

- HERALD, David. Occult v 4.0.8.18, (IOTA). Disponível em <http://www.lunar-occultations.com/iota/occult4.htm>. Acesso em 09 set. 2014. Windows 7. Professional.

- AAVSO: Editor: Rebecca Turner. Present Plot a light curve, check recent observations and Search VSX. Disponível em < http://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=40206>. Acesso em 10 set. 2014.

Total Lunar Eclipse, 27-28 September 2015 - Observational Report

arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brazil and AWB

1º Team: 
a) Observer: Antônio Rosa Campos - CEAMIG - REA/Brazil and AWB 
b) Notes: Breno de Castro Campos - CEAMIG
c) Support: Mônica Campos

2º - Observational Site: 
Lat.: 19° 54' 23.231" S;
Long: 43° 57' 14,497" W;
Height.: 862.0 meters (above sea level)

3º - Equipments: 
a) - MEADE 102 ED/APO, Focal Lenght 920mm - 76.3 power;
b) - Digital stopwatch Class, Model CLA-1063

4º - Signal Time: Observatório Nacional - RJ – Time Service Department - DSHO. Available: <http://pcdsh01.on.br/>

5º  - Limb Contacts:


Notes:
U1 - Umbral Eclipse Begins.
U2 - Total Eclipse Begins.
U3 - Total Eclipse Ends.
U4 - Umbral Eclipse Ends.

5º - Crater and Features Contacts - Immersions and Emersions:

6º - Danjon Number (Estimates)

7º - 2015, September 28th Lunar Total Eclipse Occultations:



8º - Photograph and Records:  
a) Figure 1 by William Souza, REA/Brazil . Available in: <http://spaceweathergallery.com/indiv_upload.php?upload_id=118042
b – Cristóvão Jacques Lage de Faria, CEAMIG - REA/Brazil. Available in: <https://www.youtube.com/watch?v=RqcdfOYI8q4
 c - João Amâncio Ferreira, CEAMIG - REA/Brazil. Available in:< https://www.youtube.com/watch?t=1&v=1UibPbCSsPY>

d) Figure 2 by José Carlos Diniz, CEAMIG - REA/Brazil and NGC 51. Available in: <http://www.astrobin.com/214885/

 
e) Figure 3 by Gleison Quintão, CEAMIG. Available in:  <http://ceamig.blogspot.com.br/2015/09/eclipse-lunar-27092015.html>  

f - Divyadarshan Purohit. Gurudev Observatory. India - Available in: <https://www.youtube.com/watch?v=91dy97nVmsU&feature=youtu.be

8º Acknowledgments:

CEAMIG - Minas Gerais Astronomical Studies Group.
Aléxia Lage de Faria, Breno Castro, Cristóvão Jacques Faria, Euller Soares Monteiro, Gleison Quintão, João Amâncio Ferreira and José Carlos Diniz.

REA/Brasil - Brazilian Astronomical Network.
Alexandre Amorim, Hélio Carvalho Vital and William Souza.

Gurudev Observatory in India.
Divyadarshan D.Purohit

Special Gratefulness.
Mônica Castro.

9º References:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro – Brazil: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte - Brazil: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 03 dez. 2014.

- VITAL, Hélio Carvalho. Eclipse total Lunar de Setembro 2015! E-Mail [Personal Communication]. Message received by arcampos_0911@yahoo.com.br 19 Aug. 2015, 01:25 (PM).

- PUROHIT, Divyadarshan. E-Mail [Personal Communication]. Message received by arcampos_0911@yahoo.com.br 28 Sep. 2015, 4:23 (AM).

- FARIA, Cristovão Jacques Lage. [Ceamig] Time-lapse Eclipse. ceamig@yahoogrupos.com.br. Mensagem disponível em: https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ceamig/conversations/messages/34555 Acess in 29 Sep. 2015.

- FERREIRA JÚNIOR, João Amancio. - [Ceamig] Eclipse total da Lua. ceamig@yahoogrupos.com.br. Mensagem disponível em: https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ceamig/conversations/topics/34549 Acess in 29 Sep. 2015.

  - DINIZ. José Carlos. - [Ceamig] Totalidade. ceamig@yahoogrupos.com.br. Mensagem disponível em: https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ceamig/conversations/messages/34524  Acess in 29 Sep. 2015.

- QUINTÃO. Gleison. [Ceamig] Acompanhei o Eclipse. ceamig@yahoogrupos.com.br. Mensagem disponível em: https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ceamig/conversations/messages/34519 Acess in 29 Sep. 2015.

- SOUZA, William. – [Reanet] Eclipse da Lua. reanet@yahoogrupos.com.br. Mensagem disponível em: https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/reanet/conversations/messages/18808 Acess in 29 Sep 2015.

O asteroide (39) Laetitia em 2015

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Em 07 de novembro próximo, o asteroide Laetitia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.191), quando então sua magnitude chegará a 9.4, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias.  


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 39 Laetitia foi descoberto em 08 de fevereiro de 1856 pelo astrônomo pelo astrônomo francês Jean Chacornac no Observatório de Paris. (Mourão, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 03 dez. 2014.

O asteroide (75) Eurydike em 2015

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Em 05 de novembro próximo, o asteroide Eurydike estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.359), quando então sua magnitude chegará a 11.2, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

 
Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 75 Eurydike foi descoberto em 22 de setembro de 1862 pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma homenagem à Eurídice, esposa de Orfeu, que desceu aos infernos para conseguir sua volta, depois que ela morreu. Hades assegurou sua volta com a condição que não olhasse o rosto dela até alcançar o mundo superior. No último momento da subida, Orfeu não resistiu ao desejo de olhá-la, e ela, impulsionada por uma força terrível, desapareceu para sempre nos infernos: Eurídice.  (Mourão, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 03 dez. 2014.

O asteroide (43) Ariadne em 2015

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Em 19 de novembro próximo, o asteroide Ariadne estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.471), quando então sua magnitude chegará a 10.8, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 
 
Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 43 Ariadne foi descoberto em 15 de abril de 1857 pelo astrônomo pelo astrônomo inglês Norman Robert Pogson (1829 - 1891) no Observatório de Oxford. Seu nome é uma alusão à filha de Minos, mitológico rei de Creta, Ariadna.  (Mourão, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 03 dez. 2014.

O asteroide (49) Pales em 2015

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Em 26 de novembro próximo, o asteroide Pales estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.998), quando então sua magnitude chegará a 10.6, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 
  
Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 49 Pales foi descoberto eem 19 de setembro de 1857 pelo astrônomo alemão Hermann Mayer Salomon Goldschmidt (1802-1866) no Observatório de Paris. Seu nome é uma alusão a Pales, gênio latino protetor dos pastores e dos rebanhos. (Mourão, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 03 dez. 2014.

O asteroide (26) Proserpina em 2015

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Em 23 de novembro próximo, o asteroide Proserpina estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.881), quando então sua magnitude chegará a 11.2, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 
  
Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 26 Proserpina foi descoberto em 05 de maio de 1853 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822 - 1900) no Observatório de Düsseldorf. Seu nome é uma alusão ã figura mitológica romana de Proserpina (equivalente à grega Perséfone), filha de Ceres que raptada por Plutão, foi morar no inferno seis meses a cada ano. Seu nome foi proposto pelo Barão Alexander Von Humbolt (1769 - 1859), notável naturalista. (Mourão, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf> Acesso em 03 dez. 2014.

GREC - Grupo de Estudos de Reconhecimento do Céu: da Concepção à Realização

Aléxia Lage de Faria
alagef@gmail.com

"Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo."
Provérbio africano

O Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais - CEAMIG é uma entidade sem fins lucrativos, voltado para o estudo e a divulgação da astronomia e ciências afins (CEAMIG, 2015), oferecendo para este fim atividades semanais e mensais tanto para o seu quadro de associados, quanto para o público em geral. Além disso, possui também diversos grupos organizados com um determinado propósito, tais como o grupo ATM, destinado à fabricação amadora de telescópios, e o grupo de Automação de Telescópios, para a construção de hardware e desenvolvimento de software para sistemas de localização e acompanhamento.

Em novembro de 2014, alguns associados do CEAMIG propuseram a realização de um projeto-piloto para a criação de um novo grupo, denominado Grupo de Estudos de Reconhecimento do Céu – GREC, com o objetivo de criar e manter a cultura da observação e reconhecimento da esfera celeste entre os associados recém-ingressos nos quadros da entidade (CAMPOS, 2014). Foram então definidos a metodologia aplicável, os locais onde seriam realizados os estudos teóricos e os práticos, a bibliografia utilizada como material de referência, a quantidade inicial de participantes, bem como estabelecida a data inicial dos trabalhos, conforme exposto abaixo:

Metodologia 
Estudo sistemático de temas relacionados ao reconhecimento do céu, utilizando-se como base a bibliografia proposta, por meio de reuniões semanais realizadas aos sábados, no horário de 15:10 às 16:50h, e práticas observacionais mensais, das 18:00 às 19:30h. Para as observações, serão utilizados equipamentos do próprio CEAMIG. Todas as atividades são presenciais, organizadas e conduzidas pelo coordenador do grupo, Antônio Rosa Campos.

Locais
Biblioteca e Terraço da sede do CEAMIG, bem como o Observatório Wykrota (IAU Code 859), localizado na Serra da Piedade.

Bibliografia
- Observando as Constelações; Observação "Deep-Sky" com Pequenos Telescópios - Luiz Augusto L. da Silva;
- Observar o Céu Profundo - Guilherme de Almeida e Pedro Ré; 
- Burnham's Celestial Handbook.

Participantes
08 associados

Data inicial
21/02/2015

Definidas as bases para o início do projeto, a primeira reunião do grupo aconteceu na data programada, 21 de fevereiro de 2015, com os 08 participantes previstos e o coordenador do grupo. Foram discutidas algumas questões relacionadas às dúvidas comuns de quem inicia sua participação em um grupo de estudos de astronomia e comentada a bibliografia utilizada como base. Desde esta primeira reunião, todos os encontros seguintes tiveram seu áudio gravado para serem disponibilizados aos membros do grupo, com o objetivo de permitir rever algum tópico abordado ou para acompanhar o que foi discutido na reunião, caso o participante não pudesse estar presente. Acrescente-se ainda que todas as reuniões são formalizadas por meio de ata, onde registram-se as atividades realizadas e os tópicos estudados, assim como os nomes de seus participantes e eventuais convidados.

Desde então, as reuniões do grupo têm ocorrido conforme programado, entremeando-se os estudos teóricos com sessões práticas. É importante mencionar que as atividades práticas não se relacionam tão somente às observações. Como exemplos, podem-se citar a familiarização com os tipos de telescópios (FIG.1 e FIG.2) e o aprendizado da leitura e interpretação de informações existentes em um atlas celeste e efemérides astronômicas (FIG.3). As observações, por sua vez, têm sido realizadas de maneira sistemática, por meio de registros documentados, tal como pode ser visto na FIG. 4.


                    Figura 1 - Atividade prática - Tipos de Telescópios. Foto registrada por Pedro Eymard.
Fonte: EYMARD, 2015a.

                        Figura 2 - Atividade prática - Tipos de Telescópios – Foto registrada por Cícero Antônio.
Fonte: ANTÔNIO, 2015.

                           Figura 3 - Atividade Prática - Leitura de Atlas Celestes. Foto registrada por Pedro Eymard.
Fonte: EYMARD, 2015b.

Figura 4 - Exemplo de Ficha de Registro de Observação Astronômica.
Fonte: FARIA, 2015.


Outra experiência importante vivenciada por alguns membros do grupo foi a oportunidade de participar da I Jornada Observacional, ocorrida em Bom Despacho, em junho de 2015 (FIG. 5). O objetivo foi divulgar a astronomia para os estudantes das escolas estaduais Irmã Maria e Miguel Gontijo, por meio de palestras sobre constelações, sistema Terra-Sol-Lua e as pesquisas realizadas pelo CEAMIG. Ao final, foram realizadas observações no pátio da escola Miguel Gontijo, momento no qual muitos dos jovens estudantes puderam, pela primeira vez, ter a oportunidade de fazer a observação de constelações e planetas utilizando telescópios e binóculos.


Figura 5 - Equipe integrante da I Jornada Observacional em Bom Despacho, em junho de 2015. Foto registrada por Ronaldo Lúcio Ferreira, Diretor da Escola Estadual Miguel Gontijo. 
Fonte: FERREIRA, 2015.

Uma característica bastante interessante do grupo é a diversificação do nível de conhecimento pré-existente em astronomia, indo desde o iniciante até membros com conhecimento mais avançado. Por um primeiro momento, isso poderia soar como contraproducente, mas é talvez uma das razões que mais tem contribuído para a continuidade do projeto. O GREC é um grupo democrático, que abarca essa diversidade, usufruindo disso da melhor forma possível, ao extrair de cada membro a contribuição que lhe é possível oferecer dentro de seu grau de conhecimento, interesse e motivação pessoal. Além disso, destaca-se aqui um outro ponto extremamente relevante: o espírito altamente colaborativo de seus integrantes, que procuram compartilhar seu conhecimento das mais diversas formas, por meio da divulgação de links sobre matérias, notícias, referências a livros sobre o assunto, dentre outros, e que por isso mesmo, constantemente contribuem para a evolução da construção do conhecimento individual. Aliado a isso tudo, a experiência e o conhecimento do coordenador Antônio Campos tem beneficiado o aprendizado contínuo e sistemático de todo o grupo, assim como a sua proposta de dosar a teoria e prática, de forma equilibrada, propiciando um estudo bem mais rico e prazeroso.

Hoje, esta experiência piloto se mantém em franca atividade, totalizando 54 horas, distribuídas em 21 reuniões de estudo teórico (26 horas) e 11 atividades práticas (28 horas) até o momento.

Conforme mencionado anteriormente, como trata-se de um projeto-piloto, estão sendo experimentadas as mais diversas formas de abordagem e aprendizado, e por essa razão, não há previsão de término. É fato, contudo, que o coordenador empenha-se na condução do grupo, onde a aquisição de conhecimento de cada um depende extremamente do grau de esforço individual e contínuo de estudo dedicado à astronomia, revisando a teoria quando necessário, e praticando o que foi aprendido no seu cotidiano observacional. Também depende sobretudo de muita disciplina, determinação, persistência, e da capacidade de estudar e trabalhar em equipe, especialmente para aqueles que anseiam obter um conhecimento tão vasto quanto o proporcionado por esta ciência. Só o tempo dirá a cada um qual será a resposta a todo este empenho.

REFERÊNCIAS

ANTÔNIO, Cícero. 20150411_165235.jpg. Altura: 1536 pixels. Largura: 2560 pixels. 72 dpi. 24 bits. 1,24 MB. Formato JPEG. Imagem obtida na reunião do GREC sobre tipos de telescópios. Belo Horizonte, 11 abr. 2015.

CAMPOS, Antônio Rosa. (arcampos_0911@yahoo.com.br). [Ceamig] Grupo de Estudos de Reconhecimento do Céu! [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por ceamig@yahoogrupos.com.br em 24 nov. 2014.

CENTRO DE ESTUDOS ASTRONÔMICOS DE MINAS GERAIS - CEAMIG. Quem Somos. 2015. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/>. Acesso em: 27 ago. 2015. 

EYMARD, Pedro. 20150411_164434.jpg. Altura: 1536 pixels. Largura: 2560 pixels. 72 dpi. 24 bits. 1,10 MB. Formato JPEG. Imagem obtida na reunião do GREC sobre tipos de telescópios. Belo Horizonte, 11 abr. 2015. 

EYMARD, Pedro. 20150411_181939.jpg. Altura: 1536 pixels. Largura: 2560 pixels. 72 dpi. 24 bits. 1,25 MB. Formato JPEG. Imagem obtida na reunião do GREC sobre leitura de atlas celestes. Belo Horizonte, 11 abr. 2015. 

FARIA, Aléxia Lage de. Ficha de Registro de Observação Astronômica realizada no Observatório Wykrota. Belo Horizonte, 18 jul. 2015.

FERREIRA, Ronaldo Lúcio. 11055332_827383143977369_5985277375363586853_o.jpg. Altura: 1228 pixels. Largura: 2048 pixels. 96 dpi. 24 bits. 1,25 MB. Formato JPEG. Imagem obtida da equipe na I Jornada Observacional em Bom Despacho. Bom Despacho, 06 jun. 2015. 

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...