Em 14 de dezembro próximo ocorrerá o último eclipse de 2020, sendo que nesta oportunidade o eclipse será total e visível parcialmente em grande parte da região austral da América do Sul (Chile e Argentina). Ele ainda poderá ser observado no pacífico, observável na Polinésia, quando então seu cone de sombra atravessará o oceano chegando à porção continental sul-americana, adentrando o Atlântico Sul sua parte final poderá ser observada ainda no continente africano, abrangendo a região oeste do continente africano de acordo com a figura 1.
Nas demais regiões (ao norte e ao sul) do continente americano e também o oeste do continente africano o eclipse será observado de forma parcial conforme é apresentado inclusive nas tabelas enumeradas de 1 a 3.
Regiões de visibilidade
Conforme mencionado, na região da Polinésia o eclipse poderá ser observado de Papeete, capital da Polinésia Francesa, onde poderá ser observado já em sua fase final conforme apresentado na tabela 1.
O eclipse também será observado de forma parcial em grande parte na porção austral da América do Sul, incluindo o sul e o norte da Argentina e Chile (exceto na cidade de Temuco onde teremos a faixa totalidade sobre a vertical daquela cidade), Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai de acordo com a tabela 2 abaixo.
A visibilidade parcial no Brasil
Nas áreas delimitadas ao norte do cone de sombra, a observarão este evento será de forma parcial conforme apresentado na figura 2 abaixo.
Desta forma e realizando uma consulta rápida ao Almanaque Astronômico de 2020 (figura. 3 – Ilustrativa) que se encontra disponível gratuitamente para download no link: https://is.gd/Alma_2020 (link alteranativo: https://drive.google.com/file/d/1rGhHQPV0xmPIiaMYJV9uZPXOR48kxN4o/view?usp=sharig), podemos encontrar as circunstâncias gerais de visibilidade para 891 municípios localizados no Brasil (que está a norte desta região), sendo que o percentual de obscurecimento melhor em território Brasileiro (68,9%) dar-se-á na localidade de Santa Vitória do Palmar-RS.
Cruzando o Atlântico sul, o eclipse também será observado de forma parcial na região oeste e sul do continente africano, sendo que localidades em Angola, Costa do Marfim, Gana, São Tomé e Príncipe poderão acompanhar esse evento junto à linha do ocaso; na cidade do Cabo na África do Sul a magnitude do Eclipse (fração do diâmetro do Sol eclipsado) será 0.673 conforme apresentado na tabela 3.
Certamente esses observadores novamente darão razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro; não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno.
Boas Observações!
Referências:
Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.
Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.
____________. O Eclipse Anular do Sol em 01 de setembro 2016. Sky and Observers, Disponível em: <http://goo.gl/uBFYSg> Acesso em: 08 Jan. 2017.
Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em: <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0> - Acesso em: 04 Jan. 2019.
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