O Céu do mês – Abril 2013

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CEAMIG – REA/Brasil - AWB

O céu nesta época do ano fica ainda mais realçado com a presença de constelações como: Virgo, Câncer, Gemini e Libra junto à eclíptica; de igual forma Carina, Pictor, Lupus, Norna e Ara marcam o céu austral, assim como: Lynix, Coma Berenices, Bootes e a Coroa Borealis farão a devida sinalização da esfera celeste setentrional. Esse fato aliado as boas condições climáticas que começam a ganhar condições propícias as observações do céu, são ideais a realização das Star Parties no hemisfério sul. Embora o ocaso do gigantesco Júpiter se faça cada vez mais cedo, ele é ainda objeto bastante apreciado no campo ocular de nossa modesta instrumentação, entretanto aquele que vem ganhando o cenário celeste é o planeta Saturno, pois essa favorável oposição permitirá que além da observação de boa parte do hemisfério norte deste planeta, seja a fácil identificação de seus principais satélites naturais. Mas ainda assim e com todos esses argumentos, a Lua será a protagonista dos mais apreciados eventos visíveis na esfera celeste; das conjunções formadas com Aldebarã e Júpiter em 14/04 bem como envolvendo Regulus em 21/04 até a ocultação na noite de 24 para 25 próximo com a brilhante Spica. Não bastante para um mês apenas, teremos nesta Lua Cheia um “Eclipse Penumbral”. Com sobras de tempo, espero que aproveitem também para fazer um profícuo reconhecimento da constelação selecionada para este mês. 



Ocultação de Spica pela Lua em 24/25 de abril de 2013

Na noite de 24 para 25 de abril próximo, a Lua + 99% iluminada e com uma elongação de 169°, ocultará a estrela Spica (alpha Virginis) de magnitude 1.0 A faixa de visibilidade desse evento que poderá ser observado numa grande extensão das Américas Centra e do Sul e também do continente africano, conforme artigo do Sky and Observers e figura 02.


O Eclipse Penumbral da Lua em 25 de abril de 2013

Em 25 de abril próximo, teremos a ocorrência do primeiro eclipse deste ano, desta forma  observadores localizados na Ásia, Oriente Médio, África e Europa poderão acompanhar este evento de acordo com os horários e seqüência de eventos descrito na figura 3.

Embora a variação de magnitude deste eclipse no instante máximo seja pequena, fazendo com que o grande público não perceba o fenômeno num primeiro momento, ele poderá ser compensador para os mais atentos observadores acostumados a observação da superfície lunar com pequenos equipamentos óticos; se utilizarmos aumentos da ordem de 20 vezes por polegada de abertura do instrumento, poderão ser esses instantes uma ocasião bastante propícia a ocorrência de “Fenômenos Lunares Transitórios”.

Esse eclipse será bastante interessante ainda, para aqueles observadores que estejam afastados da poluição atmosférica, pois numa atmosfera límpida é possível perceber a sutileza das nuances e colorações no disco lunar nos momentos em que ela esteja mergulhada na penumbra do cone de sombra da Terra. Os quadros do disco lunar da figura 4, apresentam uma simulação desse eclipse com suas fases distintas. Nos quadros “B”, “C” e “D” isso ficará mais evidente se observamos a borda norte do disco lunar.

Propositalmente, na confecção das imagens deixei nos quadros “B” e “E”, uma simulação (aqui ela apresenta-se bastante exagerada) do desaparecimento e reaparecimento de lambda Virginis (mag. 4.5) uma anã branca, dupla e de classe espectral A1V que será ocultada no momento da ocorrência deste fenômeno.


Planetas!

Mercúrio = No céu matutino, Mercúrio continuará ser uma boa opção observacional alguns minutos antes do nascer do Sol e já neste primeiro dia, estará no seu afélio que indica uma distância de 0,4667 UA ao Sol. Como no último dia do mês de março ele esteve em sua máxima elongação (27,8° W), agora então é o momento assaz oportuno para observamos esse planeta ainda fora da fase crepuscular do dia. Mas essa janela está prevista somente até 23 de abril, quando ele novamente mergulhará nas fases crepusculares; mas mesmo assim é possível registrar as mudanças de suas fases. Suas magnitudes estão estimadas em 0.3 em 02/04 e -0.9 no dia 30. 

Vênus = As elongações de Vênus começam a aumentar de forma ainda que um pouco tímida, fazendo que com que não percebemos sua presença nas imediações do Sol a luz do dia; isso faz com que sua magnitude (-3.9) fique imperceptível também. Ele estará transitando pela constelação de Pisces até o dia 15/04, quando então chegará a constelação de Áries. Sua elongação chega ao fim deste mês com 8.3° (E) .  

Lua (Fases) = As fases lunares este mês, estão indicadas em Tempo Universal. Fuso Horário Legal em Brasília (UT = - 03:00 h).

Marte = A conjunção com o Sol será no dia 17 de abril próximo; embora separado cerca de 23,9’ do disco solar a sua distância  ao nosso planeta será de 2,432 UA.  Sua suas elongações de 0.8° (E) em 15/04 e 2.7° (W) em 30/04 fazem também (em semelhança à Vênus) com que não percebemos sua presença nas imediações do Sol a luz durante o dia. Sua baixa magnitude (1.2) nesta época faz com que o disco desse planeta fique ofuscado. Marte estará atravessando a constelação de Pisces até o dia 18/04 quando então, chega aos limites da constelação de Áries.

Júpiter = Como foi mencionado logo na abertura desta resenha, os ocasos de Júpiter estão ocorrendo a cada dia mais cedo, entretanto ocorrerão neste período boas janelas observacionais tanto para aqueles que apreciam suas conjunções com a Lua (como a que irá ocorrer no início da noite do dia 14 próximo, exemplificado na figura 5), como aqueles observadores que apreciam os eventos proporcionados pelos satélites jovianos. Assim o Programa Observacional “JEE2013”, realizada pelo observador norteamericano Scott Degenhardt (scotty@scottysmightymini.com) um dos principais pesquisadores da IOTA (International Observations Timing Association), chama a atenção dos demais observadores para o registro desses eventos. Júpiter na constelação de Taurus tem suas magnitudes e elongações estimadas para esse mês em: 01/04 = Mag. -2.1 e Elongação 60°.4 e 30/04 = Mag. -1.9 e Elongação 37°.4, sendo que Io, Europa e Ganimedes chamam bastante a atenção para os fenômenos de ocultação e trânsitos que envolvem aquela dinâmica orbital.
Novamente a tabela 2 abaixo, informa as respectivas magnitudes para o início, meio e término do mês às 00:00 (TU) dos satélites galileanos.


Saturno = Os apreciadores do planeta Saturno e seu fantástico anel neste período, irá fazer com que este planeta novamente seja os centro das atenções em nossas jornadas observacionais e Star Parties; sua oposição ocorre então em 28 de abril próximo, quando então o verdadeiro senhor dos anéis estará a uma distância a Terra de 8.816213 UA e seu diâmetro aparente apresentará 18,77", sendo sua magnitude estimada em 0.1. A fotografia (figura 6) realizada pelo observador brasileiro Antonio Martini Júnior do Observatório Sagitário em São Paulo – Brasil ainda em 12 de fevereiro de 2013 passado, ilustra de forma significativa o que poderemos ser capaz de notar durante nossas jornadas observacionais.

Uma conseqüência direta dessa oposição e que poderemos então identificar de forma fácil alguns de seus principais satélites naturais, então a figura 7 apresenta além da configuração, as magnitudes, separação e ângulos de posição desses objetos celestes que com certeza estarão no campo de visão de nossas oculares.
Urano = As observações de Urano começarão a ser possíveis após o dia 15/04 deste mês visto que suas elongações já estão aumentando progressivamente chegando a 15.7° (W) neste dia. Embora tenha passado com por sua conjunção com o sol no fim do mês passado, ele deverá estar já ao alcance de pequenos instrumentos em torno do dia 19, quando (nessas coordenadas) deverá emergir do crepúsculo astronômico mergulhado na noite. Sua elongação será de 29.5° (W) em 30/04 e sua magnitude estimada em 5.9. Continua na constelação de Pisces.

Netuno = A magnitude de Netuno começará a sofrer algum aumento a partir do dia 09 deste mês, quando então já poderá ser estimada em 7.9; mas isso está muito mais influenciado pela elevação continua de suas elongações, do que em função de sua distância a Terra, estimada em 30.7774 UA em 01/04 e 30.4012 UA em 30/04, essa variação ainda faz com que o diâmetro aparente do disco do planeta mantenha-se em torno de 2.4”. Mas ao observamos que na sua oposição prevista para o mês de agosto próximo, esses números sofrerão pouco aumento, essa já se torna uma boa notícia para os observadores iniciarem sua identificação na constelação de Aquarius.

Ceres e Plutão = Embora as elongações estejam sofrendo uma gradual diminuição, o planeta anão (1) Ceres continua sendo um objeto celeste de muito fácil localização, pois o rico campo de estrelas da constelação de Auriga é bastante propício a essa atividade, embora sua magnitude visual também comece a diminuir (8.6 em 01/04 e 8.7 em 30/04). Mas no dia 15/04 ele poderá ser localizado próximo a Kappa Aurigae, uma estrela gigante branco amarelada de magnitude visual de 4.3 e classe espectral G8.5IIIb ao passo que na constelação de Sagittarius (134340) Plutão, continua seu trânsito em meio a brilhantes estrelas. Sua magnitude é estimada em 14.1. Ele será novamente oculto pelo disco Lunar em duas oportunidades este mês, em 03 e 30/04.

CONSTELAÇÃO

Crux 

Embora não seja a menor constelação do céu (em graus quadrados), a constelação Crux possui uma infindável quantidade objetos que numa simples leitura, deixará qualquer observador fascinado com a riqueza visual desses corpos celeste, entretanto sua interessante história remeterá ao leitor a uma viagem pela época das grandes navegações em torno do globo, quando então esse asterisco começa a surgir como uma constelação em meio as já catalogadas por Ptolomeu no Almagesto. Corria o ano de 1500, quando uma das maiores esquadras portuguesas aporta no litoral brasileiro, trazendo entre seus tripulantes o físico e cirurgião “João Emeneslau, ou Mestre João Faras que juntamente a uma missiva escrita pelo então comandante da esquadra Pedro Alvarez Cabral, faz apensar a mesma correspondência datada de 28 de abril de 1500 endereçada a D. Manuel (o venturoso). Nela então mestre João informa a altura do sol ao meio dia, descrevendo ainda Toliman e Hadar (Alpha e Beta Centaurus) como: “Guardas que nunca se esconderam, antes sempre andam em derredor sobre o horizonte” e informando ainda dúvidas, mas descrevendo as “estrelas, principalmente as da Cruz, são grandes quase como as do Carro (uma referência as constelações setentrionais da Ursa Maior e Ursa Minor); e informando que “a estrela que está em cima de toda a Cruz é muito pequena”. Seria então essa a primeira denominação de Cruz para o asterisco Cruzeiro do Sul, o que mais tarde, o florentino em 1515 Andréa Corsali em sua viagem a Índia chama-o de “Cruce Maravigliosa” ele estava seguindo as informações de Mestre João Faras (Barreto, 1987).” Tal denominação tornou-se Universal assim que o médico e astrônomo Jean Bayer incluiu essa denominação em sua obra Uranometrie, publicada em 1604.

Acrux

Normalmente chamamos de "Alpha Crucis" essa estrela, pois é a justaposição da letra A com o nome latino Crux, deixando assim outras formas de tratamento de lado. Acrux (HD108248) de magnitude visual (Mv) 1.3, uma subgigante de coloração branco-azulada e classe espectral (Sp) B0.5IV encontra-se facilmente localizada na extremidade sul do prolongamento de um braço imaginário maior dessa cruz. Em realidade além de ser a 14ª estrela mais brilhante do céu, trata-se de um brilhante sistema quádruplo de estrelas. A tabela inserida juntamente com a figura 9 abaixo, será de validade na interpretação desse sistema cuja identificação das estrelas encontram-se nos catálogos SAO e DM:

A separação projetada dos pares é de cerca de 500 UA, um pouco mais de seis vezes a distância de todo o Sistema Solar. Acrux está a uma distância calculada em cerca de 297 anos de luz, cujo movimento anual próprio é de 0,04", as velocidades radiais das estrelas diferem um pouco devido ao seu movimento orbital em torno de um centro comum de gravidade.

Becrux

Devido ao tratamento que dispensamos a Acrux, certamente estaremos também muito mais familiarizados com a justaposição da letra B com o também latino Crux. Certeiramente Becrux (a 20ª estrela mais brilhante do céu), uma gigante branco azulada de classe espectral B0.5III e  de magnitude visual 1.2, ilustra de forma belíssima a figuração imaginária na ponta leste dessa constelação. Essa estrela é uma variável pulsante do tipo Beta Canis Majoris, cujo movimento próprio anual de 0.048" indica que essa estrela está em recessão (afastamento). Há também uma companheira de classe espectral B1, descoberto por R.T. Innes em 1901, mas que provavelmente não seja uma verdadeira dupla física.

Gacrux

Gamma Crucis, ou simplesmente Gacrux é a 28ª estrela mais brilhante no céu e assinalada o topo mais alto (ou norte) da constelação; similar a Antares, no entanto nem tão grande ou brilhante, essa gigante vermelha de magnitude visual estimada em 1.6 e classe espectral M3.5III encontra-se a uma distância próxima de 85 anos luz e sua luminosidade é de cerca de 120 vezes a do Sol. Essa estrela tem um movimento próprio anual de 0.023"  num ângulo de posição de 175° e sua velocidade radial indica que essa estrela está também em recessão.

Delta Crucis

Delta Crucis, de magnitude visual de 2.7 e classe espectral B2IV pode ser considerada a estrela menos brilhante dessa constelação, entretanto ela será um importante fator no delineamento dessa constelação, pois assinalará o braço oeste da cruz. A sua distância é calculada em cerca de 418 anos-luz e sua luminosidade indica ser 1020 vezes mais luminosa que o Sol. O movimento próprio anual de delta Crucis e de 0,041", enquanto sua velocidade radial indica que se encontra em recessão.

Epsilon Crucis, uma estrela “Intrometida”

Não fosse sua presença facilmente percebida sob o prolongamento do braço oeste (direito) dessa constelação, certamente a elegância desta região celeste não iria atrair a atenção dos pilotos e demais navegadores dos séculos XV e XVI que mencionamos no início desta resenha, sendo que por essa denominação (“Intrometida”) ficou logo conhecida no Brasil em virtude de sua posição nesta constelação. Epsilon Crucis tem uma magnitude visual de 3.5 e classe espectral K3-4III é uma estrela alaranjada, cuja temperatura superficial indica ser de 3500 a 5000 K. Distante cerca de 240 anos luz, possui ainda uma luminosidade de cerca de 173 maior que o Sol.

Aglomerados de Estrelas e um imenso Saco de Carvão

Crux está situada numa região celeste extremamente rica e particularmente notável quando em condições ideais de observação (quando menciono isso, a interpretação correta é: ausência do luar e céu noturno isento de poluição atmosférica e luminosa principalmente). O binóculo ou a utilização de telescópios com baixo aumento e a disponibilidade de uma carta celeste desta região, ser-lhes-ão as melhores ferramentas para a correta identificação desses aglomerados. Para tal iniciaremos nosso reconhecimento a partir da estrela Gacrux em sentido horário, pois como mencionado ela assinala o topo mais alto (ou norte) do braço maior.

Assim sendo, utilizando um telescópio de 140 mm e empregando uma ampliação de 80 vezes podemos buscar sem muitas dificuldades no campo da ocular o Aglomerado Aberto NGC 4337, que apesar de sua magnitude (8.9) pode ser identificado entre Gacrux e Delta Crucis, muito próximo a uma estrela de magnitude 7.7;  da mesma forma e próximo a Epsilon Crucis, não teremos dificuldades na identificação do NGC 4439 (também um Aglomerado Aberto) de magnitude 8.4; embora um pouco maior que o anterior, ela será facilmente encontrado próximo ao eixo maior do prolongamento das estrelas Acrux e Becrux.  Será bastante interessante ainda continuar explorando este eixo, pois será fácil também a identificação do NGC 4349 um pouco mais brilhante que os aglomerados anteriores, visto que sua magnitude está estimada em 7.4. Uma boa surpresa também, teremos se deixarmos o sentido de orientação norte sul deste braço e buscar o NGC 4103, visto que possui a mesma magnitude (7.4), mas sua a dimensão de 7.0'x  7.0' fará com seu visual seja ressaltado mesmo através de um binóculo.  

Á direita e ao sul da região próxima a brilhante Acrux, ainda poderemos encontrar algumas nebulosas planetárias que já estarão com magnitudes bastante baixas (em torno de 11.0 e 13.0) que fatalmente não conseguiremos resolver com o emprego de um binóculo ou telescópios de pequeno porte e baixo aumento, mas pode-se obter algum êxito na busca do NGC 4052 de magnitude 8.8, pois sua localização nas proximidades de theta1 (magnitude 4.3) e theta2 (magnitude 4.7), farão com que elas sinalizem como faróis portuários a indicação que ele está muito próximo. Mas embora mais brilhante com uma magnitude em torno de 6.9, com sorte poderemos localizar a esquerda (leste) de Acrux o NGC 4609. Entretanto vai ressaltar mesmo a visão desarmada a extensa mancha escura chamada de “Saco de Carvão”, uma gigantesca nuvem de matéria interestelar medindo cerca de 7° x 5° de largura e que a faz certamente, uma das mais conhecidas nebulosas escuras visíveis a visão desarmada.

A Caixa de Jóias, o NGC 4755

O nome popular de “Caixa de Jóias” para o NGC 4755, fatalmente levar-nos-á ao astrônomo John Herschel (1792 – 1871), a qual em 1833 iniciou na África do Sul um grande levantamento de estrelas duplas e demais objetos celeste do hemisfério sul. Desses apontamentos iniciais, não  se admira que anos mais tarde ele realize a compilação do General Catalogue of Nebulose and Clusters (1888); mas naquela época e segundo ele, as brilhantes estrelas desse aglomerado lembravam a existência de diversas peças existentes num pequeno porta jóias. Não nos esqueçamos que a visualização é de uma região bastante brilhante do céu e o aglomerado aberto de magnitude 4.2 ao lado de uma nebulosa de grande contraste escuro como o Saco de Carvão; a impressão de John Herschel é a mais acertada, visto que a existência mais de 50 estrelas brilhantes, fiquem comprimidas numa área de dimensão 10.0'x 10.0'.

As componentes mais brilhantes desse aglomerado possuem as seguintes magnitudes e classes espectrais conforme é apresentado na tabela 3:

Desta forma é fácil perceber que as estrelas mais brilhantes possuem uma coloração branco azulada, exceto SAO252073 uma vermelha cujo índice de cor a faz muito semelhante a supergigante Betelgeuse (alfa Orionis) e isso certamente chamará nossa atenção quando estivermos com esse aglomerado no campo de nossos telescópios, sendo que embora a escala de ampliação esteja bastante elevada, a figura 10 poderá ser uma fonte de identificação dessas estrelas que formam esse magnífico objeto celeste.

Agora fica muito mias fácil perceber os motivos pela qual essa constelação ainda chama a atenção, não somente de marinheiros, mas da grande maioria dos observadores do céu!  

Glossário: 

(UA) = Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

(a.l) = Ano Luz. Unidade de distância e não de tempo, que equivale à distancia percorrida pela luz, no vácuo, em um ano, a razão de aproximadamente 300.000 Km por segundo. Corresponde a cerca de 9 trilhões e 500 bilhões de quilômetros.

Afélio = Maior distância do Sol de um corpo em órbita ao seu redor.

Dicotomia = Aspecto de um planeta ou de um satélite quando apresenta exatamente a metade do disco iluminada.

Periélio = Menor distância do Sol de um corpo em órbita ao seu redor. 


Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2013, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2012, 100P.

- Barreto, Luiz Muniz   - Observatório  Nacional    160  Anos  de  História – MCT - CNPq - ON - SCT do Estado do Rio  de Janeiro -  Acad. Brasileira de Ciências - 400 P. Rio de Janeiro - Setembro  1987.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham's Celestial Handbook. Dover Publications, Inc., 1978. ISBN 0-486-23568-8 pp. 727–734.– Inc. New York – USA, 1978.

- Cartes du Ciel - Version 2.76, Patrick Chevalley -  http://astrosurf.org/astropc - acesso em 19/02/2013.


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