A ocultação de Spica pela Lua em 24/25 Abril 2013.

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CEAMIG – REA/Brasil - AWB


Na noite de 24 para 25 de abril próximo, a Lua + 99% iluminada e com uma elongação de 169°, ocultará a estrela Spica (alpha Virginis) de magnitude 1.0 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão da América do Sul, Central e também na África. 

Observadores localizados em grande parte da América do Sul, (Brasil, Colômbia, Equador e Venezuela, poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado nas tabelas 1, 2, 3 e 4 respectivamente.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e Reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange além da América do Sul, América Central e África, englobando os oceanos índico e atlântico. 
Desta forma também, apresentamos as circunstâncias para algumas localidades na Jamaica, Panamá, Porto Rico e República Dominicana cujas cidades são constantes nas tabelas 5, 6, 7 e 8 na América Central; muito embora nestas localidades poder-se-á acompanhar somente a fase de reaparecimento do fenômeno.

Já no continente africano as nações localizadas na parte continental (África do Sul, Angola, Moçambique e Zâmbia) poderão acompanhar o fenômeno em sua totalidade (conforme previsto nas tabelas 9, 10, 11 e 13); exceto a possessão francesa das Ilhas Reunião no oceano índico, pois conforme mencionado na tabela 12 abaixo, somente o desaparecimento da estrela poderá ser acompanhado.
A supergigante branco azulada Spica (1.0) e uma binária espectroscópica (Tripla - AB e AC) cujas companheiras invisíveis foram detectadas por intermédio das raias de seu espectro, e também cerca de 2.300 vezes mais luminosa do que nosso sol. A partir dos resultados de um estudo combinado de espectroscopia e interferometria feito em 1970, a distância parece ser próximo de 275 anos luz. A estrela apresenta um movimento próprio anual de 0,05"; a velocidade radial é inferior a 1 milha por segundo em recessão, com variações definidas.

Seu sistema massivo e binário foi detectado pela primeira vez pelo astrônomo alemão Hermann Carl Vogel em 1890, o período é de 4,0141604 dias (figura 3), extremamente curto para estrelas da classe gigante. Cerca de 80% da luz do sistema que vem da estrela primária que tem uma massa calculada de 10,9 e um diâmetro de 8,1 em valores solar, a mais fraca estrela parece ser, possivelmente, a metade do tamanho da primária, e tem um tipo espectral próximo de B7 e uma massa calculada de 6,8. A partir dos elementos orbitais, a separação centro a centro deve ser algo próximo a 11 milhões de milhas, a órbita é inclinada cerca de 24 graus a partir da posição de lado, e a excentricidade computada é 0,10. Além das alterações pequenas de luz provocadas pelos eclipses, a mais brilhante estrela é em si uma variável pulsante, evidentemente, da classe Beta Canis Majoris, com um período em de cerca de 0,174 dias, tanto na amplitude e na forma da curva de luz são variáveis.


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteróides).

Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

-  Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2013, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2012, 100P.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23673-0)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. Three – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978. 

- Astronomical Software Occult v4.1.0.0 (David Herald - IOTA) - acesso em 10/02/2013.




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