Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB
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Certamente não era exatamente essa informação que eu gostaria de postar aqui, mas inevitavelmente isso irá ocorrer no próximo mês. Lançada em 08 de novembro último do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão tendo como um propulsor um foguete Zenit-2SB, após sobrevoar o continente sul americano, a missão russa Phobos-Grunt, destinada ao satélite marciano Phobos, ficou presa a órbita da Terra e segundo informações da agência espacial Roskosmos, ela irá cair na Terra entre 06 e 19 de janeiro.
Ainda de acordo com o comunicado da Roskosmos, "o local e a data da queda (da sonda) somente poderão ser determinados apenas alguns dias antes". Segundo ainda o informe o peso total dos fragmentos que atingirão o solo "não ultrapassará 200 quilos". A Phobos-Grunt foi lançada durante a noite de 08 para 09 de novembro, mas uma falha ainda sob investigação fez com que ela ficasse presa na órbita terrestre.
Daquela data em diante, foram envidados inúmeros esforços para se reestabelecer contato com uma nave espacial, até que após captar um sinal da sonda em 23 de novembro em uma estação terrestre na Austrália, a Agência Espacial Europeia (ESA) ficou no rastreamento da Phobos-Grunt, como parte de um esforço conjunto com a Agência Espacial Federal Russa.
A reentrada de fragmentos de foguetes e restos de satélites artificiais na atmosfera terrestre hoje, já não é mais nenhuma novidade, sendo que o primeiro fato mundialmente acompanhado tenha ocorrido em 11 de julho de 1979, quando o Skylab retornou a Terra, sendo que seus destroços atigiram uma área de dispersão se estendeu-se do sudeste do Oceano Índico por uma área escassamente povoada na Austrália Ocidental. A comercialização do fato para o público também não faltou, visto que chamou a atenção um anúncio de seguro de queda do Skylab (Figura. 01).
De forma mais controlada, a Rússia também passou por esta situação quando em 23 de março de 2001 a Estação Espacial Mir também retornou para a atmosfera, entretando esse reingresso foi realizado de maneira controlada, visto que uma nave de carga Progress M1-5, foi conectado a Mir para realizar a manobra de desorbitagem até sua queima, mas isso não impediu que detritos chegasse até o solo (Figura 02).
Em 10 de dezembro de 2011, a Roskosmos e Ministério da Defesa da Rússia formaram um grupo operacional comum com a tarefa de controlar a reentrada da nave Phobos-Grunt. O anúncio sobre a criação desta força-tarefa essencialmente confirma que a agência esgotou todas as esperanças para o estabelecimento de controle sobre a missão e a reentrada da nave já torna-se um fato inevitável.
Referências:
http://science.ksc.nasa.gov/history/skylab/skylab-operations.txt - Acesso em 18/12/2011.
http://spacefellowship.com/ - Acesso em 18/12/2011.
http://www.russianspaceweb.com/mir_2001.html - Acesso em 18/12/2011.
www.russianspaceweb.com/phobos_grunt.html - Acesso em 17/12/2011
www.msnbc.msn.com/ - Acesso em 17/12/2011