Janeiro de 2025 será um mês repleto de eventos astronômicos importantes. As fases da Lua pontuam o mês com a Lua Crescente em 06/01, a Lua Cheia em 13/01, a Lua Minguante em 21/01 e a Lua Nova em 29/01, todas ajustadas para a Hora Legal de Brasília (HLB). Além disso, conjunções lunares e planetárias como Marte e a Lua (14/01) e Mercúrio e Plutão (29/01) proporcionarão espetáculos celestes imperdíveis para quem tiver céus limpos.
Entre os destaques do mês, a oposição de Marte (figura 1) em 16/01 promete encantar os observadores. O planeta, localizado na constelação de Gêmeos, alcançará magnitude -1,3, exibindo um diâmetro aparente de 14,5”; detalhes como calotas polares e regiões escuras são visíveis com telescópios. Ainda no campo dos asteroides, teremos as oposições de (77) Frigga, (79) Eurynome (figura. 2) e (93) Minerva, que alcançarão brilho significativo nas constelações de Gêmeos e Câncer, ideais para telescópios pequenos.
Outro ponto alto serão as chuvas de meteoros. As Quadrântidas, com pico em 03/01 e taxa zenital de 80 meteoros por hora, se destacam como a mais ativa do mês. A γ-Ursae Minorídeas (pico em 18/01) e a Corrente Antélio (ativa durante todo o mês) completam o cenário, garantindo rastros luminosos para os observadores. Já o cometa C/2024 G3 (ATLAS), que atinge seu periélio em 13/01, promete brilho entre magnitudes 1,5 e 7,7, sendo uma visão interessante com binóculos ou telescópios pequenos.
Por fim, a coluna "Largue o cel e olhe para o céu #39" (figura.3) destaca o aglomerado aberto Messier 41 (NGC 2287), localizado na constelação de Canis Major, cerca de 4° ao sul de Sirius. Visível a olho nu em céus escuros, M41 contém cerca de 100 estrelas em um diâmetro de 25 anos-luz, incluindo anãs brancas e estrelas alaranjadas, sendo um objeto fascinante para estudos e observação. Agradeço à autora pela sua contribuição e divulgação desse objeto na coluna "Largue o cel e olhe para o céu".
Este mês oferece uma verdadeira jornada de descobertas no céu noturno!
Boas observações e céus limpos!
