O eclipse parcial do Sol em 25 de outubro de 2022.

Antônio Rosa Campos

I – Introdução

Em 25 de outubro teremos a ocorrência do segundo eclipse do Sol (parcial) em 2022, cujas áreas de visibilidade nesta oportunidade recai sobre regiões uma extensa região da superfície terrestre abrangendo o norte da África, Ásia e Europa.


II – Visibilidade na África

Conforme mencionado, esse fenômeno abrange uma grande região do norte da África, o que viabiliza sua  visibilidade nas seguintes nações: Argélia, Egito, Líbia e Tunísia, chegando até a Etiópia, conforme podemos visualizar na figura 1 e também na tabela 1 onde podemos ver as circunstâncias geral de visibilidade para algumas localidades deste continente.

 III – Visibilidade na Ásia

Conforme podemos verificar pela figura 1, a abrangência de visibilidade deste evento recairá sobre uma vasta região do continente asiático abrangendo a região peninsular do Sul da Ásia, naquela região essa visibilidade compreende Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e o Sri Lanka.  

No centro-oeste deste continente na região que abarca essa visibilidade teremos os seguintes países: Afeganistão, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão; isso inclui também o oeste da China onde temos as localidades de Lhasa Tibet e Ürümqi.

Já no Oriente Médio, compreendendo toda a região do golfo Pérsico teremos a visibilidade na Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano Omã; portando todas as regiões asiáticas acima mencionadas encontra-se com suas circunstâncias gerais de visibilidade apresentadas na tabela 2.

IV – Visibilidade na Europa

Como a região de visibilidade recai em cerca de 99% do continente europeu, para uma melhor compreensão de suas respectivas regiões de abrangência elaboramos 4 tabelas para contemplar essa imensa região; desta forma temos:

Europa Ocidental 

Na Europa Ocidental, região geográfica localizada na área oeste do continente europeu, selecionamos as seguintes nações: Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Liechtenstein, Luxemburgo, Países Baixos, Suíça e Reino Unido, conforme dados da Tabela 3.

 Europa Meridional

A Europa Meridional, a qual também conhecemos como Europa mediterrânea compreende os países situados no sul do continente. Desta forma essa visibilidade abarca as seguintes nações: Andorra, Espanha, Chipre, Grécia, Itália, Malta e Turquia; a região de exceção é o território português nesta região, conforme vemos na Tabela 4.

Europa Setentrional

A porção norte do continente europeu a qual denomina-se Europa Setentrional consensualmente inclui as seguintes nações: Dinamarca, Estônia, Finlândia, Ilhas Faroé, Islândia, Lituânia e Noruega, cujas circunstâncias gerais de visibilidade encontra-se informado na tabela 5.

Europa Centro-Oriental

Finalmente na região Centro-Oriental ou Leste europeu que abrange a fronteira germano-polonesa (germano-polaca) até os montes Urais, divisão natural entre Europa e Ásia; então a visibilidade deste eclipse naquela área da Europa abriga os seguintes países: Azerbaijão, Armênia, Albânia, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Geórgia, Hungria, Moldávia, Polônia, República Tcheca, Romênia, Rússia, Sérvia e Ucrânia.

V - Informações Gerais

Este eclipse parcial terá seu maior ponto de visibilidade nas coordenadas de latitude 61° 38' 55,6" N, e longitude 77° 20' 44,7" área que está localizada na parte central da planície da Sibéria Ocidental, estendendo-se de oeste a leste da Cordilheira de Khanty-Mansiysk, na Rússia e em seu momento máximo, a Lua estará encobrindo 82,11% do disco solar da superfície do Sol (Figura 2) com o Sol eclipsado no ocaso para essa localidade.

V - Conclusão

A ocorrência deste eclipse certamente deixará os amigos (as) observadores (as) destas regiões que se encontram nas regiões mencionadas com boas possibilidades de registros fotográficos. Diante do exposto novamente daremos razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro. Não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno (CAMPOS, 2013).

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2022. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2021. 122p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2022 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/17Dy_NOtMyJMDFelunEhPGrbzQuZQG_rf/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2021.

___________. Sky and Observers: O eclipse do Sol em 03 de novembro de 2013. Disponível em: < https://goo.gl/oqCyYQ> Acesso em 13 Jan. 2018.

Espenak, F. NASA's GSFC (Home page), disponível em: < https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEdecade/SEdecade2021.html>, Last Updated: 2013 Dec 09. Acesso em 30 Jan. 2022.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

The Sky Live (HP)  - https://theskylive.com/solar-eclipse?id=2022-10-25 – Acess in 06 Mar. 2022

Google My Maps; <https://www.google.com/maps/d/u/0/> Acesso em: 06 Mar. 2022.

STELLARIUM DEVELOPERS. Versão 0.12.4 Boston: Stellarium.org, Copyright (C) 2000-2013. Disponível em: <https://stellarium.org/pt/>.  Acesso em: 06 Mar. 2022.

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