Nebulosa da Roseta
A Nebulosa da Roseta localiza-se na constelação de Monoceros (Unicórnio, em latim). A constelação foi originalmente introduzida pelo cartógrafo e clérigo alemão Petrus Plancius, em 1612, tendo sido criada para preencher a área existente entre duas grandes constelações, Orion e Hydra. A escolha de Plancius por um unicórnio deve-se ao fato de que este ser mítico aparece no Antigo Testamento da Bíblia, embora a constelação em si não esteja associada a qualquer mito (CONSTELLATION GUIDE, 2020).
Na sua vizinhança, encontram-se as constelações de Hydra, Canis Minor, Gemini, Orion, Lepus, Canis Major e Puppis (Figura 1).
A constelação recebeu a designação oficial de Monoceros, a abreviatura Mon e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pela palavra Monocerotis (que indica que a estrela pertence à constelação de Monoceros). Conforme mostrado na Figura 2, algumas estrelas conhecidas são: α Monocerotis (Alpha Monocerotis ou α Mon), γ Monocerotis (Gamma Monocerotis ou γ Mon), δ Monocerotis (Delta Monocerotis) ou δ Mon), ζ Monocerotis (Zeta Monocerotis ou ζ Mon), ε Monocerotis A (Epsilon Monocerotis A ou ε Mon A ) e β Monocerotis (Beta Monocerotis ou β Mon) (STELLARIUM DEVELOPERS, 2022).
Na constelação de Monoceros, a Nebulosa da Roseta se localiza no focinho do unicórnio (Figura 3). Seu nome se deve à aparência semelhante a uma flor de rosa ou a uma roseta (desenho estilizado da flor, utilizado em esculturas desde os tempos antigos). Para outros, se assemelha ao crânio humano e por isso recebeu o apelido de “Caveira” (CONSTELLATION GUIDE, 2013)
Trata-se
de uma nebulosa de emissão com uma grande nuvem de gás e poeira próxima
a uma grande nuvem molecular (Figura 04). Possui
diversas denominações NGC associadas com regiões da nebulosa: NGC 2237, NGC
2238, NGC 2239 (nome obsoleto para NGC 2244), NGC 2246 e NGC 2244, este último
sendo o aglomerado aberto brilhante localizado dentro da nebulosa (CONSTELLATION
GUIDE, 2013).
A cerca de 500.000 anos atrás, acredita-se que as estrelas do aglomerado NGC
2244 formaram uma nebulosa circundante (NIGHTSKYINFO,
2015).
A Nebulosa da Roseta possui magnitude aparente de 9.0, está aproximadamente 5.200 anos-luz distante
da Terra, com cerca de 65 anos-luz de raio, ou seja, mais de um grau de
diâmetro, aproximadamente cinco vezes o tamanho da Lua Cheia. Possui massa
estimada em cerca de 10.000 massas solares, uma das nebulosas de emissão mais
massivas conhecidas. Contém estrelas jovens muito quentes em sua região central,
que emitem quantidades intensas de radiação de raios-X (CONSTELLATION
GUIDE, 2013).
Devido ao seu tamanho que abrange 80×60 arcminutos, a nebulosa é difícil de ser observada por meio de telescópios devido ao seu pequeno campo de visão. Com binóculos, os tufos da nebulosa tornam-se claramente visíveis quando são observados sob céus muito escuros. O aglomerado NGC 2244, quando observado por binóculos ou um pequeno telescópio, aparece como um grande agrupamento contendo 20 estrelas mais brilhantes que a magnitude 11 e mais de uma dúzia de membros mais fracos (NIGHTSKYINFO, 2015).
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EDIÇÕES ANTERIORES
Referências:
CONSTELLATION GUIDE. Monoceros Constellation: Facts, Story, Stars, Deep Sky Objects. [S. l.], 2020. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/monoceros-constellation/ttps://www.constellation-guide.com/constellation-list/monoceros-constellation/. Acesso em: 2 fev. 2020.
CONSTELLATION GUIDE. Rosette Nebula and NGC 2244. [S. l.], 2013. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/rosette-nebula/. Acesso em: 21 dez. 2021.
NIGHTSKYINFO. NGC 2244 e a Nebulosa de Rosette. [S. l.], 2015. Disponível em: http://www.nightskyinfo.com/archive/rosette_nebula/. Acesso em: 6 fev. 2022.
PASTEUR-FOSSE, Samuel. Le nébuleuse de la Rosette. [S. l.], 2021. Disponível em: https://unsplash.com/photos/ZECuLXuwZu4. Acesso em: 6 fev. 2022.
STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Monoceros: conformação, constelações vizinhas, principais estrelas e localização. Versão 0.21.3. Boston: Stellarium.org, 2022. Stellarium. Disponível em: https://stellarium.org/pt/. Acesso em: 31 jan. 2022.