Em 13 de julho próximo, o asteroide Cybele estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.090), quando então sua magnitude chegará a 11.0 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.
Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 65 Cybele foi descoberto em 08 de março de 1861 pelo astrônomo alemão Ernest Wilhelm Tempel (1821 - 1889) no Observatório de Marselha. Seu nome e homenagem à maior das deusas frigias do Oriente próximo. Importada da Grécia e de Roma, personificou-se sob diferentes nomes: Mãe Grande, Mãe dos Deuses, a Grande Deusa, a potência vegetativa e selvagem da natureza. (MOURÃO, 1987).
As observações realizadas durante a ocultação de AGK3 19 599 deste asteroide ocorrida em 17 de outubro de 1979, registram ocultações secundárias atribuídas a um satélite de diâmetro 11 km localizado a 917 km do centro de (65) Cybele. As observações realizadas em três observatórios nesta ocasião demonstrou-se que o asteroide tem uma forma irregular.
Em abril de 2015, Lorenzo Franco (Observatório de Balzaretto, IAU Code: A81) e Frederick Pilcher Organ Mesa Observatory (Las Cruces, NM - USA) apresentaram uma forma e um modelo do eixo de rotação para o asteróide 65 Cybele. Esse modelo foi elaborado com o processo de inversão da curva de luz, usando dados fotométricos densos combinados obtidos durante quinze aparições de 1977 a 2014 e dados esparsos da USNO Flagstaff. A análise dos dados encontrados encontrou um período sideral P = 6,081434 ± 0,000005 horas (Franco e Pilcher, 2015).
Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).
2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).
3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.
Referências:
Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.
Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 165p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.
Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em: <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.
OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.
IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.
Marsden, B.G. CBAT/IAUC nº 3439, Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/03400/03439.html>, acesso em 07 jul. 2013.
Franco, L, Pilcher. F. - Minor Planet Bulletin (ISSN 1052-8091), Bulletin of the Minor Planets Section of the Association of Lunar and Planetary Observers, Vol. 42, No. 3, 2015pp. 204-206. Available in: <http://adsabs.harvard.edu/abs/2015MPBu...42..204F> Acesso em: 07 Abr. 2018.