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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Largue o cel e olhe para o céu #16

 Grande Nuvem de Magalhães


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #015 – Grande Nuvem de Magalhães

GNM é conhecida como a Grande Nuvem de Magalhães (em inglês, Large Magellanic Cloud (LMC)) e se localiza entre as constelações de Mensa (Meseta, em português) e Dorado (Dourado, em português). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essas constelações. 

Diferentemente das outras constelações apresentadas nas edições anteriores desta coluna, elas não possuem sua origem relacionada às mitologias grega e romana. Mensa (Figura 1) foi inventada pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille, visando comemorar a Table Mountain, perto da cidade do Cabo (África do Sul), local de onde catalogou as estrelas do sul. Originalmente, Lacaille deu-lhe o nome Montagne de la Table, na primeira versão de seu planisfério publicada em 1756, sendo posteriormente latinizado para Mons Mensae, em 1763. Em 1844, o astrônomo inglês John Herschel sugeriu tratar-lhe apenas por Mensa e desde então é conhecida como tal. Ela contém parte da GNM, que dá à Mensa a sensação de ser coberta por uma nuvem branca, como a chamada nuvem “toalha de mesa”, às vezes visualizada sobre a verdadeira Table Mountain. As estrelas mais brilhantes dessa constelação são de quinta magnitude. Já Dorado (Figura 1) foi introduzida no final do século XVI, pelos navegadores holandeses Pieter Dirkszoon Keyser e Frederick de Houtman. Ela representa o colorido peixe-golfinho Coryphaena hippurus (também conhecido como mahi-mahi), que pode ser encontrado em águas tropicais. É diferente do peixe dourado, comumente encontrado em lagos e aquários. Exploradores holandeses observaram esses grandes peixes predadores perseguindo os peixes voadores. Portanto, Dorado foi colocado no céu seguindo a constelação dos peixes voadores, Volans (RIDPATH, 2018).
 
Figura 1 – Constelações de Mensa e Dorado, conforme visualizadas no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020a)

Mensa pode ser vista nas latitudes entre +4° e -90° e Dorado entre +20° e -90°, tendo como constelações vizinhas Octans, Hydrus, Reticulum, Horologium, Caelum, Pictor, Volans e Chamaeleon (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020a)(Figura 2).

Figura 2 – Mensa e Dorado, com suas constelações vizinhas Octans, Hydrus, Reticulum, Horologium, Caelum, Pictor, Volans e Chamaeleon conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020a).

A primeira menção conhecida da GNM foi do astrônomo persa Al Sufi em seu ‎‎Livro das Estrelas Fixas‎‎. Ela também faz parte do conto aborígene australiano de Jukara, referente a um casal de idosos que se alimentava de peixes do rio do céu, a Via Láctea. A GNM representa o acampamento de um velho, enquanto o acampamento de sua esposa é representado pela Pequena Nuvem de Magalhães (CONSTELLATION GUIDE, 2014).‎

Posteriormente, graças ao diário do escritor italiano Antonio Pigafetta, que participou da viagem de circum-navegação pelo mundo juntamente com Fernão de Magalhães, as nuvens de Magalhães se tornaram conhecidas: 
“O Polo Antártico não tem as mesmas estrelas que o Ártico. Veem-se ali duas aglomerações de estrelinhas luminosas que parecem pequenas nuvens, a pouca distância uma da outra.[6] Em meio a essas aglomerações de estrelas, se destacam duas muito grandes e muito brilhantes, mas cujo movimento é pouco aparente. As duas indicam o Polo Antártico." (PIGAFETTA, 2006, p.69).
A nota [6] acima referenciada no diário foi escrita por Carlos Amoretti, um dos maiores estudiosos dos diários de Pigafetta e baseou-se no manuscrito original do diário da viagem de circum-navegação. Amoretti detalha um pouco mais a informação fornecida por Pigafetta (Figura 3): 
“[6]. Duas nuvenzinhas, isto é, duas aglomerações de estrelas assinaladas pelos astrônomos no polo austral. Uma em cima e outra embaixo da constelação de Hidra. Vê-se perto do polo muitas estrelas que formam a constelação de Octante, porém, como estas estrelas são de quinta e de sexta magnitude, tudo indica que as duas estrelas grandes e brilhantes de que fala Pigafetta são a Alfa e a Beta desta mesma Hidra (PIGAFETTA, 2006, p.100).
Observando-se uma carta celeste, percebe-se que a constelação de Hidra à qual Amoretti se refere é a Hidra Macho (Hydrus). Na Figura 3 abaixo, mostram-se os detalhes descritos por ele na citação acima. 

Figura 3 - Posição da Pequena e Grande Nuvem de Magalhães na constelação Hydrus e das estrelas Alpha Hydri e Beta Hydri, conforme a nota [6] de Carlos Amoretti. Fonte: (PIGAFETTA, 2006), (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020b).

Para as tribos tupi-guarani, as constelações são compostas por estrelas e pelas manchas claras e escuras da Via Láctea e, em alguns casos, apenas as manchas já compõem uma constelação por si só. Este é o caso da Grande Nuvem de Magalhães. Para eles, trata-se de uma constelação, conhecida como Bebedouro da Anta (Tapi’i Huguá) (AFONSO, 2006).

Com dimensão aparente de 10,75° × 9,17°, GNM está distante cerca de 163.000 anos-luz de distância do sistema solar. Ela compõe, juntamente com a Pequena Nuvem de Magalhães e a Via Láctea, o Grupo Local, um conjunto de cerca de 30 galáxias localizadas na mesma região. Sua magnitude aparente corresponde a 0.9 e a parte visível dessa galáxia tem cerca de 17.000 anos-luz de diâmetro.‎ É classificada como uma galáxia anã irregular por causa de sua aparência, provavelmente resultante de suas interações com a Via Láctea e com a Pequena Nuvem de Magalhães (PNM), localizada na ‎‎constelação de Tucana.‎‎ Possui uma barra destacada em sua região central, o que indica que ela pode ter sido anteriormente uma galáxia espiral barrada.‎ Entretanto, para alguns, parece haver um indício de que tenha uma estrutura espiral barrada distorcida, provavelmente devido à influência gravitacional da Via Láctea. ‎As Nuvens de Magalhães são interligadas por uma ponte de gás, que é uma região de formação de estrelas ativas entre as duas galáxias, o que indica que elas estão interagindo (CONSTELLATION GUIDE, 2014).
 
Figura 4 - Grande Nuvem de Magalhães - Crédito da foto: ESO (ESO, 2019).

Figura 5 - Localização da Grande Nuvem de Magalhães entre as constelações de Mensa e Dorado. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020a)

Para localizar GNM, procure primeiramente a estrela Canopus ligando-a à estrela Achernar (Figura 6). GNM estará ao sul desta linha, estando localizada a cerca de 22 graus do Polo Celeste Sul. ‎No Hemisfério Norte, apenas observadores ao sul de cerca de ‎‎20 graus de latitude norte‎‎ podem ser capazes de observá-la. Isso exclui a América do Norte (exceto o sul do México), Europa, norte da África e norte da Ásia (SESSIONS, 2020). ‎

Figura 6 - Localização da Grande Nuvem de Magalhães em relação às estrelas Canopus e Achernar. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020a)

Visível a olho nu, a GNM pode ser mais facilmente localizada em um céu escuro. Contém dezenas de aglomerados e nebulosas de emissão contra uma névoa de luz de fundo e estrelas salpicadas em primeiro plano. Preenche uma região aproximadamente oval com cerca 5° de largura e 7° de comprimento. Mesmo utilizando baixa potência, isso equivale a cerca de cinquenta campos de visão do telescópio, com muitas nuvens luminosas, manchas brilhantes e partes mais escuras, salpicadas de aglomerados de estrelas. Utilizando-se um telescópio dobsoniano ou um pequeno telescópio, podem ser vistos 47 objetos catalogados pelo NGC: NGC 1711, NGC 1727, NGC 1743, NGC 1755, NGC 1786, NGC 1835, NGC 1837, NGC 1845, NGC 1847, NGC 1850, NGC 1854, NGC 1856, NGC 1858, NGC 1872, NGC 1874, NGC 1901, NGC 1910, NGC 1934, NGC 1962, NGC 1967, NGC 1974, NGC 1983, NGC 1986, NGC 1994, NGC 2001, NGC 2009, NGC 2014, NGC 2015, NGC 2031, NGC 2032, NGC 2033, NGC 2042, NGC 2044, NGC 2048, NGC 2055, NGC 2060,  NGC 2070, NGC 2074, NGC 2077, NGC 2079, NGC 2080, NGC 2081, NGC 2086, NGC 2098, NGC 2100, NGC 2103 e NGC 2122 (CONSOLMAGNO; DAVIS, 2018).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.
Referências:

AFONSO, Germano Bruno. Mitos e estações no céu tupi-guarani. Scientific American Brasil, [s. l.], v. 4, n. 45, p. 46–55, 2006. Disponível em: https://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/tupi_guarani_GA.pdf. Acesso em: 29 out. 2020.

CONSOLMAGNO, Guy; DAVIS, Dan M. Turn left at Orion. 5. ed. Great Britain: Cambridge University Press, 2018. E-book.

CONSTELLATION GUIDE. Grande Nuvem de Magalhães. [S. l.], 2014. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/large-magellanic-cloud/. Acesso em: 30 out. 2020. 

ESO, VMC Survey. A Grande Nuvem de Magalhães observada pelo VISTA. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1914a/. Acesso em: 26 dez. 2020. 

PIGAFETTA, Antonio. A Primeira Viagem ao Redor do Mundo. Tradução: Jurandir Soares dos Santos. [S. l.]: L&PM Pocket, 2006. 

RIDPATH, Ian. Star Tales. 2. ed. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. 

SESSIONS, Larry. The Large Magellanic Cloud, our galactic neighbor. [S. l.], 2020. Disponível em: https://earthsky.org/clusters-nebulae-galaxies/the-large-magellanic-cloud. Acesso em: 26 dez. 2020. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelações de Mensa e Dorado. Versão 0.20.3. Boston: Stellarium.org, 2020a. Stellarium. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Posição da Pequena e Grande Nuvem de Magalhães na constelação Hydrus. Versão 0.20.3. Boston: [s. n.], 2020b. Stellarium. 

A ocultação de Eta Leonis (Al Jabhah) pela Lua em 30 de janeiro 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 30 de janeiro próximo, a Lua -98% iluminada e com uma elongação de 162°, novamente ocultará a estrela de Al Jabhah (30 eta Leo) de magnitude visual 3.5 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2020) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na região sul da América do Norte, América Central e região equatorial da América do Sul. 

Conforme mencionado, observadores localizados nas regiões acima mencionadas, acompanharão o fenômeno em sua fase noturna conforme apresentado nas tabelas de Circunstâncias Gerais de Visibilidade abrangendo as seguintes localidades: Bahamas, Bermudas, Estados Unidos e México: 

Já na América Central , este evento também será observado em todas as regiões conforme apresentado na tabela 2, abrangendo Aruba, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Ilhas Cayman, Republica Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, São Cristóvão e Nevis, Porto Rico e Trinidad e Tobago.


Na região norte e nordeste da porção sul americana, este evento também será observado no Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela conforme apresentado na tabela 3.

Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download gratuito no link: Suplemento AAB-2021 (Link alternativo: https://drive.google.com/file/d/1Z6cwwi4Lo5AdPRX0L8hjR3CBMMgXscon/view?usp=sharing) às condições de desaparecimento e reaparecimento para 350 municípios localizados nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade acima mencionadas, apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também ilhas localizadas no oceano atlântico e oceano pacífico.


Al Jabhah (eta Leonis)

Facilmente identificada no céu como uma das estrelas que ajudam a compor a juba do Leão juntamente com Algieba e também Adhafera, eta Leo essa supergigante azul de magnitude 3.5, tipo e classe espectral A0Ib é um dos membros que compõem a associação de estrelas OB Scorpio-Centaurus; essa estrela possui ainda grande abundância de hélio. Conforme apresentado na figura 4 abaixo, essa estrela está incluída como “suspeita de variável” (NSV 4738) e até o presente momento (AAVSO, 2019) não existem registros observacionais; entretanto trata-se de um sistema binário fechado (WDS, 2019), isso torna seus reportes de ocultações altamente desejados (HERALD, 2016).


Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Padilha Filho, A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em: < https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=46057> Acess in: 31 Mar. 2019.

AAVSO. American Association of Variable Star Observers (Home Page), version 1.1 - The International Variable Star Index. Avaiblabe in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=43362> - Acesso em 02 Abr, 2019.

O asteroide (93) Minerva em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 08 de março próximo, o asteroide Minerva estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.292), quando então sua magnitude chegará a 11.7 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 93 Minerva foi descoberto em 24 de agosto de 1867 pelo astrônomo pelo astrônomo norte-americano James Graic Watson (1838 - 1880), no Observatório de Ann-Arbor. Seu nome é uma homenagem à minerva, uma das três divindades romanas de origem etrusca, personificação dos pensamentos elevados, das letras, das artes, das músicas, da sabedoria e da inteligência e equiparada à Palas-Atena grega. (MOURÃO, 1987).

(93) Minerva, um asteroide triplo

Este e um asteroide do tipo C, pois contem um alto teor de carbono; este tipo de asteroide tem espectros muito semelhantes aos condritos carbonáceos. Esta composição química é aproximadamente a mesma que o Sol e a nebulosa solar primitiva, exceto que eles não contêm hidrogênio, hélio e outros voláteis possuindo albedos extremamente escuros, necessitando dessa forma de telescópios de boa abertura para sua observação (SIMONSEN, 2009).

A história da descoberta dos companheiros de (93) Minerva foi uma questão de sorte quando em 16  de agosto de 2009, os astrônomos Franck Marchis, Pascal Descamps, Jerome Berthier e Frédéric Vachier usando um conjunto de observações do sistema de óptica adaptativa do W.M. Keck telescope (Mauna Kea, Hawaii) identificaram dois objetos provisoriamente identificados como: 2009 (93) 1 e S/2009 (93) 2. Um estudo publicado em 2013 (Icarus 05/2013) revelou que esses satélites tem um diâmetro estimado em 2 e 5 km e orbitam seu primário (93) Minerva a 375 e 625 km respectivamente.

Em 17 de dezembro de 2013 ainda, a M.P.C. 85284 do Minor Planet Center, publicou os respectivos nomes de Aegis para o satélite S/2009 (93) 1 e Gorgoneion para o satélite S/2009 (93) 2 (MARCHIS, 2013). Aegis era um escudo mágico usado pela deusa Minerva (ou Athena), com a cabeça de Medusa, e que poderia paralisar qualquer um dos seus inimigos; já gorgoneion era um poderoso amuleto mágico, mostrando a cabeça do gorgon, que foi usado por Minerva (Athena) e usado como um pingente protetor (IAU, 2013).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se também destacadas a presença dos seguintes asteroides: (36) Atalante, magnitude visual estimada em 12.7; (55) Pandora, magnitude visual estimada em 12.2 e (116) Sirona, magnitude visual estimada em 10.7. Portanto também todos acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

SIMONSEN, Mike. (Mike Simonsen's stellar astronomy blog). Available in <http://simostronomy.blogspot.com.br/2009/08/93-minerva-is-triple-asteroid.html> Acess in 10 July. 2013. 

MARCHIS, Franck. Cosmic Diary (Franck Marchis Blog). Available in: <http://cosmicdiary.org/fmarchis/2013/12/20/asteroid-minerva-finds-its-magical-weapons-in-the-sky/> Acess in: 20 Jan. 2017.

IAU (MPC) Smithsonian Astrophysical Observatory, Cambridge, MA 02138, U.S.A. Available in: <http://www.minorplanetcenter.net/iau/ECS/MPCArchive/2013/MPC_20131217.pdf> Acess in: 20 Jan. 2017.

O asteroide (4) Vesta em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 04 de março próximo, o asteroide Vesta estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.729), quando então sua magnitude chegará a 5.8 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 4 Vesta foi descoberto em 29 de março de 1807 pelo astrônomo alemão Wilhelm Olbers (1758 - 1840) no Observatório de Bremen. Seu nome é uma alusão a Vesta, filha de Cronos e de Réia. Deusa da casa, particularmente do lar doméstico. Em Roma suas sacerdotisas (as Vestais) constituíam o corpo sacerdotal mais importante e também objeto do mais alto apreço. (MOURÃO, 1987).

Utilizando técnicas de mapeamento geológico uma equipe de 14 pesquisadores concluíram um mapeamento da superfície de (4) Vesta (figura. 2) usando dados fornecidos pela sonda Dawn (lançada em 27 de setembro de 2007). "A campanha de mapeamento geológico de Vesta levou cerca de dois anos e meio e os resultados obtidos com os mapas permitiram reconhecer uma escala de tempo geológico de Vesta para compará-lo a outros planetas" (Ciencia@NASA, 2014).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se também ilustrada a presença do seguinte asteroide: (247) Eukrate, magnitude visual estimada em 12.1. Assim sendo, este asteroide também está acessível observacionalmente a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Ciencia@NASA. Science@NASA - Portal en idioma inglés. 13 Dez. 2014. Disponível em: <http://ciencia.nasa.gov/ciencias-especiales/17nov_vestamap/> - Acesso em 13 dez. 2014. 

O asteroide (70) Panopaea em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 26 de fevereiro próximo, o asteroide Panopaea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.975), quando então sua magnitude chegará a 12.4 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 70 Panopaea foi descoberto em 05 de maio de 1861 pelo astrônomo alemão Herman Goldschmidt (1802 - 1866) no Observatório de Paris. Seu nome é uma homenagem a uma das Nereidas, a que os navegadores invocavam diante das tormentas; Panopéia. (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 Km, profundidade: 1,3 Km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00 N, LON: 003° 48' 00 W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimento de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se também destacadas a presença dos seguintes asteroides: (26) Proserpina, magnitude visual estimada em 11.2 e (109) Felicitas, magnitude visual estimada em 11.5. Portanto também acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

TOLENTINO, Ricardo J. Vaz; (VTOL) Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.



O asteroide (29) Amphitrite em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 22 de fevereiro próximo, o asteroide Amphitrite estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.708), quando então sua magnitude chegará a 9.1 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 29 Amphitrite foi descoberto em 01 de março de 1854 pelo astrônomo alemão Albert Marth (1828 - 1897) no seu observatório de Bishop em Londres. Seu nome é uma alusão a deusa grega do mar, Anfitrite, esposa de Netuno e Mãe de Tritão. (MOURÃO, 1987).

Em 1981 Edward F. Tedesco e Robert E. Sather do Lunar and Planetary Laboratory da University of Arizona, publicaram dados fotométricos de UBV e análises das curvas de luz observadas entre março de 1956 e maio de 1977, com a finalidade de obtenção de fase de um coeficiente linear de 0,030 = / - 0.002. Segundo a publicação Amphitrite é um objeto interessante para estudos posteriores, pois é o melhor exemplo conhecido de um grande asteroide com uma superfície muito áspera e/ou variada.

Em 1985 esse asteroide foi previamente selecionado para um sobrevoo, aproveitando a oportunidade do lançamento da sonda Galileo, entretanto essa missão não se realizou (BEGGS, 2014).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se também estacadas a presença dos seguintes asteroides: (77) Frigga, magnitude visual estimada em 12.0; (113) Amalthea, magnitude visual estimada em 11.1; (240) Vanadis, magnitude visual estimada em 12.7 e (443) Photographica, magnitude visual estimada em 12.4. Portanto também, todos acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Schmadel, L.D. Astronomical Notes. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/asna.2113070604/abstract> - Acesso em 04 mai. 2014. 

Beggs, J.M. JPL/NASA, Press Release #1062. Disponível em: <http://www.jpl.nasa.gov/releases/80s/release_1985_1062.html> - Acesso em 04 mai. 2014.

O asteroide (77) Frigga em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 21 de fevereiro próximo, o asteroide Frigga estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.616), quando então sua magnitude chegará a 11.8 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 77 Frigga foi descoberto em 12 de novembro de 1862 pelo astrônomo pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma homenagem a divindade escandinava semelhante a Juno, que foi esposa de Odin; Friga. (MOURÃO, 1987). 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se também destacadas a presença dos seguintes asteroides: (29) Amphitrite, magnitude visual estimada em 9.2; (113) Amalthea, magnitude visual estimada em 11.1 e (443) Photographica, magnitude visual estimada em 12.3. Portanto também, todos acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (72) Feronia em 2021.

 Antônio Rosa Campos

Em 13 de fevereiro próximo, o asteroide Feronia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.018), quando então sua magnitude chegará a 12.3 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 72 Feronia foi descoberto em 29 de maio de 1861 pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma homenagem a uma deusa italiana de origem etrusca que assegurava a fertilidade (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se também destacadas a presença dos seguintes asteroides: (88) Thisbe, magnitude visual estimada em 11.9 e (233) Asterope, magnitude visual estimada em 12.5. Portanto também, ambos acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.



O asteroide (88) Thisbe em 2021.

 Antônio Rosa Campos

Em 08 de fevereiro próximo, o asteroide Thisbe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.164), quando então sua magnitude chegará a 11.6 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 88 Thisbe foi descoberto em 15 de junho de 1866 pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma homenagem a Tisbe, jovem moça da Babilônia, que foi apaixonada por Píramo. Ela cometeu suicídio em desespero, quando soube que o amante havia falecido (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se também destacadas a presença dos seguintes asteroides: (18) Melpomene, magnitude visual estimada em 9.6; (60) Echo, magnitude visual estimada em 10.5 e (72) Feronia, magnitude visual estimada em 12.4. Portanto também, todos acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

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