A oposição de Júpiter em 14 de julho 2020.


O gigantesco Júpiter vem chamando novamente a atenção dos observadores neste ano, uma vez que o imponente e massivo planeta estará emoldurando o céu noturno com uma excepcional oposição em 14 de julho próximo quando então sua magnitude chegará a -2.8. Na tabela 1 abaixo e apresentado suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (figura. 1)  da região celeste onde ele se encontra.



A região celeste a qual poderemos encontrar Júpiter e bem conhecida dos astrônomos. Certamente ele juntamente com as conhecidas estrelas conhecidas da constelação de Sagittarius certamente participará no céu com belas conjunções.

Conhecido desde a antiguidade e também vislumbrando seus observadores em todo o mundo (de Galileu Galilei aos astrônomos contemporâneos), Júpiter (assim como Saturno quando visível no céu noturno), com a mais absoluta certeza, será o centro das atenções neste período em qualquer sessão observacional.

O Planeta

Nesta oportunidade Júpiter estará a uma distância da Terra de 4.139575309 u.a (619.271.652 milhões de Km), distância essa considerável, mas superada em sua fantástica oposição de 26 de setembro de 2022, quando então esse planeta estará à distância de 3.9525634 u.a (vide nota 1). Alcançando uma magnitude de -2.8 no presente momento, ele perderá em brilho somente para Vênus e a Lua, quando visíveis no céu.

Satélites galileanos

Além da sua dinâmica superfície, chama a atenção de qualquer observador a dança diária de seus principais satélites naturais Io, Europa, Ganimedes e Callisto (Nota 2); esse fantástico quarteto apresenta formações e eventos mútuos entre si, que também envolvem o disco do planeta. Assim essa dinâmica pode ser acompanhada utilizando-se uma luneta acima de 70 mm de abertura. Isso faz com que o registro preciso dos eventos (particularmente os eclipses, com horários precisos), seja útil para refinar as órbitas destes satélites, mas vai requer uma boa fonte de sinal horária e experiência do observador neste tipo de observação.


Assim sendo, pode-se definir tranquilamente para compor suas efemérides e acompanhamento gráfico num diagrama de saca-rolhas (tabela 2), as seguintes definições e nomenclaturas:

Satélites
1 ou I = Io;
2 ou II = Europa;
3 ou III = Ganimedes;
4 ou IV = Callisto;

Fenômenos
Ec = Eclipse do satélite pela sombra do disco do planeta;
Tr = Trânsito do satélite pelo disco do planeta;
Sh = Trânsito da sombra do satélite pelo disco do planeta;
Oc = Ocultação do satélite pelo disco do planeta;

I = Imersão;
E = Emersão;
D = Desaparecimento;
R = Reaparecimento.


Você pode utilizar as efemérides que se encontram publicada no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2020 (figura 2 – ilustrativa), fazendo gratuitamente o download no seguinte link: https://is.gd/Alma_2020

Importância

Certamente, a edição dos eventos que envolvem a dinâmica de Júpiter e seus principais satélites, e uma constante nesta efeméride o que ocorre sempre nas futuras edições desta mesma publicação.

As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes no planeta. Desta forma esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados destas observações.

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = Em função da distância a Terra, os satélites galileanos apresentam as seguintes magnitudes: Io = 5.5; Europa = 6.1; Ganimedes = 5.1 e Callisto = 6.2.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 136p. Disponível em: < https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 03 Dez 2019.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:   <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 26 Nov. 2015.

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