Em 15 de julho próximo a Lua +99% iluminada e uma elongação solar de 170°, ocultará a estrela Ain Al Rami (Nu1 Sgr) de magnitude 4.8 e tipo espectral K2I+B9V (CAMPOS, 2018). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento (Figura 1) poderá ser observado no sudoeste da Ásia (oriente médio), África (setentrional e meridional) e na América do Sul (região norte e nordeste), bem como nos oceanos Atlântico e Índico.
Na região sudoeste da Ásia (oriente médio) esse evento será observado abrangendo as seguintes nações: Arábia Saudita, Catar, Kuwait, Omã e Iêmen, onde somente a fase de reaparecimento será observável, conforme apresentado na tabela 1.
Já os observadores localizados em partes do continente africano (Angola, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Mauritânia, Níger, Nigéria, Quênia, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo, e Uganda), poderão acompanhar os eventos em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento) exceto na Etiópia, onde somente o reaparecimento não será observável, conforme apresentado na tabela 2.
Os observadores da América do Sul (Brasil e Guiana Francesa) localizados na região nordeste, poderão acompanhar os eventos em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento); entretanto algumas regiões ao norte acompanhara somente a fase de reaparecimento. Este evento ocorrerá em algumas localidades durante o crepúsculo vespertino, conforme apresentado na tabela 3.
Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico e Pacífico.
Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil
Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1FzgINjp-Lt5663cjXSYu2WHi6flu2uY-/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 155 municípios localizados nas regiões norte e nordeste do Brasil.
Ain Al Rami
Ain Al Rami (nu1 Sgr); seu nome, de origem árabe, ain al Rami, significa o olho do arqueiro (MOURÃO, 1987) e um sistema triplo de estrelas (figura. 4) que encontra-se a cerca de 1124 anos luz de distância (WDS, 2019). Seus três componentes são designados Nu1 Sagittarii A (também chamado Ain al rami), B e C . A e B formam uma binária espectroscópica.
Gigante brilhante do tipo K, Ain al Rami e uma estrela de cor alaranjada o que permite estabelecer que sua temperatura superficial esteja estimada entre 4000 e 4700 K (ALMEIDA et al, 2000). As raias visíveis no espectro de uma estrela permitem ordenar esses astros em classes de objetos similares. A classificação espectral atualmente em uso é baseada num esquema estabelecido em 1890 (Harvard Spectral Sequence) (COSTA, 2005).
Sites recomendados:
"Como observar"
"formulário de reporte"
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou
(ocultações de estrelas por asteroides).
No Facebook:
“Ocultações Astronômicas”.
Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).
Boas Observações!
Referências:
Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.
Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.
Padilha Filho, A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em: <https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.
Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.
Almeida, Guilherme; RÉ, Pedro. Observar o Céu Profundo. Lisboa – Portugal: Plátano Edições Técnicas, 2000. 339 p.
Costa, J.R.V. As cores das estrelas. Astronomia no Zênite, set. 2005. Disponível em: <http://www.zenite.nu/as-cores-das-estrelas>. Acesso em: 5 mar. 2019.
WDS, (Stelle Doppie). Available in <https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=77709> - Acess in: 05 Mar. 2019.