O Eclipse Anular do Sol em 26 de fevereiro 2017

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CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Em 26 de fevereiro ocorrerá o segundo eclipse de 2017 (a primeira ocorrência e o Eclipse Penumbral da Lua em 11/02/2017), sendo nesta oportunidade o eclipse será anular, será visível integralmente em grande parte da região sul dos oceanos pacífico e Atlântico; Já a faixa de totalidade recai sobre a superfície da região austral da América do Sul (Argentina e Chile) e região meridional do continente africano (Angola, sul da República Democrática do Congo e o extremo norte de Zâmbia) de acordo com a figura 1. 

Nas demais regiões (ao norte e ao sul) da África e isso incluindo regiões da África do Sul, Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Quênia, Mauritânia, Moçambique, Níger, Nigéria, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Tanzânia, Togo, Uganda e Zimbabué de acordo com a tabela 1.

De igual forma isso também ocorrerá no continente sul americano; isso inclui partes da Argentina e do Chile, Bolívia, Brasil, Paraguai, Peru e Uruguai, onde o eclipse será visível de forma parcial de acordo com as tabela 2 abaixo.

O cone de sombra e a duração do Eclipse

O cone de sombra recairá na região Austral da América do Sul como: Puerto Chacabuco e Coyhaique Alto na região da província de Aisén (Patagônia chilena); Facundo e Bahia Camaronês no Chubut (província da Patagônia argentina); e parte da região meridional da África (Huambo em Angola) e Likasi na província de Katanga (República Democrática do Congo). Observadores localizados nestas regiões acompanharão esse evento em sua totalidade.

A sombra inicia-se ao sul do oceano Pacífico em algum ponto sobre as coordenadas de latitude: 43.2765°S e longitude: 112.8806W. O instante máximo do eclipse ocorre sobre o Atlântico sul em algum ponto sobre as coordenadas de latitude: 34.6797°S e longitude: 31.1909° W, quando então a duração da anularidade está estimada em 0.44s. O eclipse se encerra sobre o continente africano em algum ponto sobre as coordenadas de latitude: -10.9629°S e longitude: 26.8646E°, região sul da República Democrática do Congo, conforme figura 2.

Certamente esses observadores novamente darão razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro; não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2017. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2016. 135p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/0B92tNur3vviSSGoyYW9lNlg5SFU/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez. 2016.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acess in 28 Abr. 2016.

- ____________. Sky and Observers, O Eclipse Anular do Sol em 01 de setembro 2016: Disponível em: < http://goo.gl/uBFYSg> Acesso em:  08 Jan. 2017.

- ESPENAK, Fred. NASA's GSFC" - Eclipse Web Site - Available in <http://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEdecade/SEdecade2011.html> - acess on: 08 Jan 2017.
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