O Eclipse Total do Sol de 09 de março 2016

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CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Em 09 de março próximo, novamente teremos a ocorrência de um eclipse do sol, visível em partes da região sudeste da Ásia, partes do território da Austrália, vasta região do oceano Pacífico, bem como ainda ilhas e atóis localizados na região dos Estados Federados da Micronésia. O Eclipse é visível também de forma total numa estreita região do sudeste asiático compreendendo as regiões da Indonésia (Sumatra, Bornéu e Sulawesi). 

O Eclipse ainda é visível a oeste das Ilhas do Hawaii; já para as demais regiões do sudeste, leste e nordeste asiático, incluindo o Japão, China, Coréia, nordeste da Rússia e também grande parte do estado norte-americano do Alasca (incluindo as ilhas Aleutas) e a bacia do Rio Yukon (no Canadá), o eclipse será visível como parcial, conforme ilustra o mapa global deste evento na figura 1 abaixo. O instante máximo do eclipse ocorre às 01:58:19 (TU).


O tempo de duração da totalidade encontra-se estimado em 04m09.4s, quando então Sol e Lua estarão sobre um ponto de seguintes coordenadas: Latitude: 10.0669º N e longitude: 148.7007º E, recaindo em águas internacionais do Oceano Pacífico a cerca de 570 km a sudeste (SE) de Guam, a 1.080 km Oeste-noroeste (WNW) de Palikir na Micronésia e a 1.600 km a Leste-nordeste (ENE) de Melequeoque na região insular do Palau, conforme representação gráfica da figura 1.

A pequena região da superfície terrestre onde este eclipse poderá ser observado de forma total estará recaindo na Indonésia (Sumatra do meridional, Palimbão), ilhas Bangka e Belitung, Pulau Belitung no mar de Java, região sul da ilha de Kalimantan, Celebes Central e Molucas do Norte; conforme representação daquela região na figura 2.


Visibilidade no sudeste da Ásia e pacífico norte

No restante do sudeste asiático e ainda na região do pacífico norte (Hawaii) o eclipse poderá ser acompanho de forma parcial, assim sendo as ilustrações abaixo (Figura 3 e subdivisões) apresentam como deverá ser a fase parcial (instante máximo) do eclipse observada nas seguintes localidades: Jakarta (indonésia), Kuala Lumpur (Malásia), Bancoque (Tailândia), Ho Chi Minh (Vietnã), Díli (Timor Leste) e Honolulu (Hawaii) já no pacífico norte.

Assim sendo na tabela 1 poderemos encontrar as circunstâncias gerais do fenômeno para as seguintes nações: Bangladesh, Camboja, China (Hong Kong e Taiwan), Coreia do Sul, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, Malásia, Myanmar, Nepal, Rússia, Singapura, Sri Lanka, Tailândia, Timor-Leste e Vietnã.

Nota 1:

Conforme podemos observar, o instante de primeiro contato para as algumas localidades no sudeste asiático como: Phnom Penh (Camboja), Jacarta, Padang e Palu na Indonésia, Manila (Filipinas), Kuala Lumpur (Malásia), Singapura, Bangkok (Tailândia), Díli (Timor Leste), e ainda Hanói e Ho Chi Minh (Vietnã) estão grafadas com um asterismo (*), indicando que essa sequencia do evento começa a ocorrer ainda no fuso horário da data anterior.

Visibilidade em regiões do Território Australiano

Conforme podemos ainda analisar pela figura 1, a proximidade continental da Austrália ao sul da linha central do Eclipse fará também que esse evento seja observado de forma parcial para algumas localidades daquela região, conforme podemos observar na tabela 2. 


Nota 2:

Novamente podemos observar que o instante de primeiro contato para as algumas localidades naquela região estão grafadas com um asterismo (*); são elas: Alice Springs e Darwin (NT) e Broome e Geraldton - WA, indicando que essa sequencia do evento começa a ocorrer ainda no fuso horário da data anterior.

Visibilidade no Pacífico e na América do Norte

Cruzando a linha do equador junto ao Mar de Halmahera próximo a região do arquipélago das Molucas na Indonésia, a faixa de totalidade já estará na região do Pacífico Norte; desta forma a tabela 3 engloba toda aquela região oceânica, isto do Hawaii ao Alasca bem como ainda quase a totalidade de localidades inseridas na bacia hidrográfica do Rio Yukon já no território do Canadá.


No cone de sombra

A ocorrência destes eclipses certamente proporciona a todos os nós (amadores e profissionais da astronomia) a apreciação de um fenômeno de rara beleza para aqueles que por ventura estejam dentro de seu cone de sombra (na faixa de totalidade) ou mesmo nas regiões em que se tenha o privilégio de  acompanhar esse fenômeno de modo parcial como acima mencionado. 

Certamente esses observadores novamente darão razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro; não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2016. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2015. 115p. Disponível em: <http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2016.pdf> Acesso em 17 Nov. 2015.

- ____________. Sky and Observers, O Eclipse total do Sol de 20 março 2015: Disponível em: < http://goo.gl/6o7mOv> Acesso em:  01 Fev. 2015.

- ESPENAK, Fred. NASA's GSFC" - Eclipse Web Site - Available in <http://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEdecade/SEdecade2011.html> - acess on: 09 Feb 2016.
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