O céu do mês - Agosto 2014

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CEAMIG – REA/Brasil – AWB

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

Os versos do poema Via-Láctea do jornalista e poeta brasileiro Olavo Bilac (1865 - 1918), talvez seja uma das mais belas expressões aqui inseridas e destinadas a homenagear aqueles apreciam o céu (tomando por base esse pensamento recordo-me de diversos astrônomos e alguns amigos que já partiram para as estrelas); muitas vezes colocado em música, estrelas, constelações até mesmo a nossa galáxia é contemplada por poetas, músicos e musicistas de nosso tempo. Por este ângulo então, o céu nesta época apresenta a nossa Via-Láctea (figura 1) muito bem posicionada na esfera celeste; senão vejamos: Spica (alfa Virgo) estará a 2.2° Sul da Lua no dia 02 próximo, sendo ainda que nosso satélite, essa fantástica anfitriã indicará a correta localização do planeta Marte no dia seguinte. Mas ela também protagonizará duas ocultações de Saturno neste período, sendo que em 04/08 esse evento pode ser acompanhado por observadores localizados na Oceania isto em período noturno, mas somente em algumas regiões do sudeste da Ásia esse evento poderá ser acompanhado no período diurno; já para o evento do dia 31/08, publicamos em post separado as circunstâncias desse evento. Ela ainda estará nos dias 23 e 24 deste mês denunciando no céu a presença de Júpiter e Vênus no céu matutino. E por falar nos planetas, o poeta Olavo Bilac certamente ficaria novamente deslumbrado, acaso pudesse em comtemplar o céu antes do alvorecer do dia 18/06, quando então teremos a oportunidade de acompanhar a conjunção de Vênus e Júpiter antecedendo o nascer do Sol. 

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

A poesia certamente transformou-se em música, e para fazer acompanhar os textos recitados, a Lyra será o objetivo de nossa apreciação celeste.  


Ocultações Lunares 

A ocultação de Saturno em 04 de agosto 2014

Em 4 de agosto próximo, a Lua + 54% iluminada e com uma elongação de 95°, ocultará o planeta Saturno cuja magnitude estará estimada em 0.6. Os observadores localizados na Oceania (Austrália, Nova Zelândia, Nova Caledônia, Papua Nova Guiné bem como as demais localidades no Mar de Coral e Mar de Salomão), região do sudeste da Ásia (Cingapura, Indonésia e Malásia) e do sul asiático (Sri Lanka, Maldivas e ao sul da Índia), poderão acompanhar esse evento, de acordo com a figura A, apresentada no quadro 1. 
Rho Sagittarii

Em 08 de agosto, a Lua +94% iluminada e com a elongação solar de 153°, ocultará a estrela Rho Sagittarii de magnitude 3.9 e tipo espectral K1III. Esse evento poderá ser observado na porção setentrional do continente africano, oeste da Ásia (oriente médio) e por toda Europa, exceto o extremo norte da Península Escandinava, sendo que na região do Arquipélago dos Açores o evento ocorre no período diurno de acordo com a figura B, apresentada no quadro 1.
Dabih Major (beta Capricorni)

Em 09 de agosto, a Lua +99% iluminada e com a elongação solar de 166°, ocultará a estrela Dabih Major de magnitude 3.1 e tipo espectral F8V+A0. Esse evento poderá ser observado no sul da Ásia e região do Oriente Médio, nem como ainda na região setentrional e partes da região meridional da África de acordo com a figura C, apresentada no quadro 1. 

Hyadum II (delta 1 Tauri)

Em 18 de agosto, a Lua -40% iluminada e com a elongação solar de 79°, ocultará a estrela Hyadum II (delta 1 Tauri) de magnitude 3.8 e tipo espectral K0-IIICN0.5. Esse evento poderá ser observado na numa pequena região da Europa (Península Ibérica e ilhas do Atlântico norte) de forma diurna, chegando a ser visível dessa forma ainda na América Central (região norte do Mar das Antilhas e Bahamas), na América do Norte (Bermudas, Canadá, Estados Unidos e México), sendo que na costa oeste dos Estados Unidos e o norte do oceano Pacífico, o evento já ocorre no período noturno, de acordo com a figura D, apresentada no quadro 1.

Lambda Geminorum

Em 21 de agosto, a Lua -12% iluminada e com a elongação solar de 40°, ocultará a estrela lambda Geminorum de magnitude 3.6 e tipo espectral A3V. Esse evento poderá ser observado de forma diurna na costa oeste América do Norte (Canadá e Estados Unidos, inclusive no Alasca e ilhas havaianas) e na região norte do extremo oriente da Ásia (incluindo China, Rússia e Japão) de acordo com a figura E, apresentada no quadro 1.

A ocultação de Saturno em 31 de agosto 2014

Em 31 de agosto próximo, a Lua + 33% iluminada e com uma elongação de 70°, ocultará o planeta Saturno com a magnitude de 0.6 (figura E no quadro 1). Esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente africano e quase toda porção do continente americano. Veja maiores informações em sobre as circunstâncias de visibilidade nas diversas regiões em: http://skyandobservers.blogspot.com.br/2014/08/a-ocultacao-de-saturno-pela-lua-em-31.html.

Planetas, asteroides e cometas!

Finalmente do dia 19 deste mês em diante o crepúsculo vespertino fará a denuncia de Mercúrio (-0.8) no céu, sendo que desta forma poderemos buscar as melhores oportunidades observacionais, neste período de seu diminuto disco planetário no horizonte oeste. Marte (0.5) por sua vez, vem diminuindo gradativamente suas elongações, sendo ainda possíveis suas observações (embora diminua o diâmetro aparente do disco planetário) em meio às estrelas existentes nas constelações de Virgo e Libra; e importante ainda mencionar que em 17/08, tem início a “primavera no hemisfério sul de Marte” e que tem início a temporada de tempestades de poeira na superfície marciana. 

Mais alto no céu noturno, podemos apreciar a beleza de Saturno (0.6) e seus anéis, bem como também seus principais satélites, que quando identificados no campo da ocular sempre chamam a atenção. Eu aproveito essa oportunidade de atendimento ao público, para comentar sobre os eventos que ocorrerão nessa época envolvendo esse planeta e a Lua. Finalmente em chega a oposição do mais afastado gigante gasoso do Sistema Solar. Netuno (7.8) então em 28/08 encontrar-se-á no perigeu, sendo sua distância estimada em 28.9624018 u.a, ocorrendo sua oposição (179.08°) horas depois já no dia seguinte. Urano (5.9) poderá continua aumentando suas elongações e pode ser facilmente localizado na constelação de Pisces (vide tabela 2).
Do outro lado, Vênus (-3.9) dominando a paisagem matutina, neste mês ganhará na manhã do dia 18 próximo (segunda-feira) a companhia de Júpiter (-1.8) em mais um desses alinhamentos planetários (figura. 2); não raro, eles quando alinhados despertam a atenção daquele observador ocasional, e este certamente novamente prenderá a atenção dos observadores mais atentos à dinâmica celeste.
Lua = As fases lunares neste mês, ocorrerão nas datas e horários abaixo mencionadas em Tempo Universal de acordo com a figura 3.

A ocorrência das apsides (Perigeu e Apogeu) lunares dar-se-á neste mês na seguinte sequência: Perigeu em 10/08 às 17:44 (UT), quando a Lua então estará somente 356.896 km do centro da Terra e Apogeu em 24/08 às 06:10 (UT), quando a Lua estará a 406.522 km do centro de nosso planeta.

Asteroides

Neste mês, quatro brilhantes asteroides estarão com seus respectivos posicionamentos favoráveis às observações através de pequenos e médios telescópios. (80) Sappho estará posicionado bem próximo a Theta Aql (3.2) em 04/08 com uma magnitude 9.9, sendo esta estrela de fácil identificação naquela constelação; embora estejamos próximos a Lua cheia, (16) Psyche em Capricornus, estará com uma magnitude bem favorável de 9.2 e próximo à estrela 23 Cap (4.0). 29 Aqr (7.0) é uma boa referência para a correta localização de (26) Proserpina, visto que ele é o asteroide com a menor magnitude (10.8) dos que se encontram favoráveis as observações neste período, entretanto (63) Ausonia (mag. 9.7) estará muito próximo ao planeta Netuno na constelação de Aquarius; a referência para localizar tanto Netuno e (63) Ausonia será a estrela 58 Aqr uma gigante branca de magnitude aparente 6.3.

Os Cometas

O como o céu está bastante generoso aos madrugadores neste período e a janela para as observações de cometas também muito favorável, podemos ter a oportunidade de observar todos eles numa única noite. Obviamente aqueles observadores que realizam registros diários como: estimativas de magnitude, diâmetro da coma e tamanho da cauda, estarão contribuindo de forma bastante significativa com os diversos programas de observação de cometas ativos nas diversas sociedades e grupos de astronomia que mantem registros dessas informações. Então vejamos: Após seu periélio ter ocorrido em julho passado, o cometa C/2014 E2 (Jacques), poderá ser localizado na constelação Circumpolar norte de Camelopardalis entre os dias 14 e 17; já chegando na sequência a constelação de Cassiopeia, atravessando essa constelação até 25 de agosto; já em 26/08 ele estará na constelação de Cepheus e suas magnitudes para esse período são: 6.3 em 15/08 e 6.7 em 29/08. 

Embora sua respectiva magnitude permaneça mais constante neste período (10.8), o cometa 289P/Blanpain (descoberto em 27 de novembro de 1819, pelo astrônomo francês Blanpain, em Marselha) [Mourão, 1987] 1819/V, pode ser acompanhado na constelação de Gemini até 28/08; em seguida este cometa, que encontra-se diminuindo suas elongações passa a constelação de Cancer. É extremamente válida a recomendação do observador brasileiro Alexandre Amorim para que seus registros sejam realizados utilizando-se por equipamentos de grande abertura e com câmeras CCD acopladas.

Na constelação de Cancer ainda nesta ocasião encontra-se o cometa C/2012 K1 Pan-STARRS, entretanto devido a sua conjunção com o Sol, será ideal aguardar o próximo mês quando seu posicionamento estará um pouco mais favorável. A julgar pela imagem obtida em 31/05 pelo astrônomo amador João Amâncio Ferreira do CEAMIG na cidade de Lagoa Santa-MG (figura. 4), creio que ele será um dos objetos mais observados no próximo período.

Já o cometa C/2013 A1 (Siding Spring), ainda permanece com magnitudes, cujo poder de resolução está mais para os instrumentos de médio porte (200 mm); mas faço aqui a seguinte ressalva: dentro da faixa matutina (entre os dias 15 e 29/08) deste mês, ele poderá ser observado com instrumentos de menor porte entre as seguintes constelações: Horologium, de 15 a 23 de agosto; Hydrus, de 24 a 27/08 passando no dia seguinte à constelação de Tucana, onde permanece até o fim deste mês. 

Nesta época também, fica propícia ao início de observações do Cometa C/2013 V5 Oukaimeden. Este cometa foi descoberto em 12 de novembro de 2013 pelo astrônomo amador suíço Michel Ory, no Oukaïmeden Observatory (Marrakech, Marrocos) [J43]. Com uma magnitude de 10.3 ele encontrar-se-á na constelação de Órion no dia 15, já no dia 16/08 ele estará realizando sua passagem pela constelação de Monoceros e aumentando sua magnitude: 9.9 em 19/08, 9.7 em 21/08 e em 28/08 já em torno de 8.9. Como seu periélio ocorrendo no fim de setembro, teremos boas oportunidades no próximo mês também.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

CONSTELAÇÃO:

Lyra

Ah! A Lyra; obviamente o poeta Olavo Bilac conhecia a história que alude a criação deste instrumento por Hermes, irmão de Apolo o deus da música e da poesia que numa permuta por dois bois, deu ao irmão um instrumento pela qual se podiam tirar sons harmoniosos. Menciona-se ainda que Orfeu, filho do rei da Trácia, Éagro e da musa Calíope um virtuose musico, quando tocava, em volta dele reuniam-se as feras da floresta, amansadas reuniam-se em volta dele (Nardini, 1982).  

Então nossa junção entre instrumento e estrelas será de fácil identificação a estrutura da constelação da Lyra (figura 5), pois uma das mais conhecidas estrelas do firmamento, Vega (a 5ª estrela mais brilhante do céu) é uma estrela de excepcional beleza observada com um telescópio; branco-azulada variável, de magnitude 0.0 e tipo espectral A1V, encontra-se cerca de 25.1 anos-luz do Sol; ela será o jugo que liga as cordas até a outra parte transversal.


Sheliak (beta Lyrae), uma dupla espectroscópica, é uma estrela que empresta seu nome a toda uma classificação e tipo de estrelas binária eclipsante; O sistema binário está tão muito próximo entre si, que a variação de brilho é contínua e é muito difícil de ser resolvida visualmente no telescópio. 

Sulafat (Gamma Lyrae) é uma estrela branco-azulada de magnitude 3.2 e classe espectral A1III, encontra-se 615,4 anos luz do Sol e auxiliará para completar o cavalete de nosso instrumento musical, juntamente com suas cordas que são representadas por Zeta1 Lyrae e uma estrela de magnitude 4.3 e classe espectral kA5hF0mF2, encontrando-se cerca de 156 anos luz do Sol, enquanto que Zeta2 Lyrae de magnitude 5.7 e classe espectral F1Vnn e uma estrela branco amarelada que encontra-se cerca de 155 anos luz de distância e ambas são duplas.

Epsilon1 e 2 Lyr – A Dupla dupla 

O simples fato de mencionar estrelas binárias nesta época do ano e mais especificamente na constelação da Lyra, fatalmente levar-nos-á a uma dos mais conhecidos sistemas múltiplos que existe no céu e isso é a opinião unanimidade de todos os observadores. Quando William Herschel as observou em 1779 mencionando: “Um par de estrelas duplas muito curiosas” (Burnham, 1977), certamente ele estava referindo-se a suas respectivas colorações, dado a sua facilidade observacional no campo da ocular.. 
Separadas cerca de 208” de arco, o sistema físico de Epsilon1 e 2 Lyr apresentado na figura 6, quadro A, sendo que em uma luneta, cada uma delas desdobra-se em um sistema duplo de 2” a 3” de arco de separação (Mourão, 1987). As componentes do sistema Epsilon2 Lyr (figura 6, quadro B) por sua vez é composto por HR 7053, uma estrela branca de magnitude 5.1 e classe espectral A8Vn e HR 7054, outra estrela branca de magnitude 5.3 e classe espectral F0Vn; esse sistema gravita em torno de um centro comum de massa num período orbital de aproximadamente 585 anos encontrando-se cerca de 162 anos luz do Sol. Já os componentes do sistema Epsilon1 Lyr (figura 6, quadro C) são HR 7051, uma estrela de coloração branca, magnitude 5.1 e tipo espectral A4V; já HR 7052, magnitude 6.1 e tipo espectral F1V, possuindo coloração respectivamente amarela e avermelhada (Mourão, 1987). Esse sistema entretanto gravita em torno de seu centro de massa num período orbital de 1.165 anos, estando esse conjunto cerca de 160 anos de distância do Sol.     

Objeto Messier 56

Geralmente os aglomerados globulares são encontrados fora do disco galáctico e contêm grandes qualidades de estrelas mais velhas. Em um pequeno telescópio a maioria deles vão parecer fora de foco isto devido ao tamanho de discos difusos. Isso torna o M 56 diferente, pois ele localiza-se numa região celeste bem rica e brilhante do braço da galáxia, muito próximo ao limite da constelação de Cygnus, mas cuja melhor referência para localização será 19 Lyr, uma variável bastante conhecida dos observadores de magnitude 5.9 e classe espectral A0. Como indicado no mês anterior, se você obteve êxito na observação do aglomerado globular NGC 5946 (magnitude 8.4 e dimensões de 7.1 x 7.1'), certamente as mesmas condições de resolução podem ser aplicadas para que obtenhamos sucesso observacional de mais esse aglomerado, visto que eles parecem ficar polvilhados de estrelas individuais, não raro brilhantes.

A Nebulosa Anular da Lyra

Posso afirmar que seja talvez M57, um dos objetos de céu profundo (Deep-Sky Objetcs) mais admirados quando observado através de um telescópio! 

Dessa forma, uma vez que é explicado (e ao mesmo tempo observado) corretamente aos que se encontram pela primeira vez presentes numa Star Party, a sua origem oriunda de gases ionizados provenientes de certas estrelas extremamente quentes no final de sua evolução. Isso ganha uma importância sui generis.
Muito embora a ilustração utilizada na figura 7 da Nebulosa do Anel seja uma imagem realizada pela equipe do Telescópio Espacial Hubble, ela ilustra de forma excepcional o motivo pela qual, através de instrumentos de menor porte baseados no solo, temos uma visão dessa forma anelar a qual não raro chamamos M57 por Nebulosa Anular da Lyra (Monteiro, 1988). 

Alguns observadores reportam que já seja possível localizar M57 (magnitude 9.4 e dimensões 86.0 x 62.0")  através de binóculos 7x50 ou 10x50, outros já mencionam dificuldades. Confesso que ainda não busquei observar com esses equipamentos, entretanto não faltará oportunidade. Entretanto como minha primeira observação desse objeto tenha ocorrido com um telescópio Questar de 100mm, já podia-se antever o que seria sua observação empregando aberturas maiores. 

Em algumas ainda oportunidades pude observar M57, utilizando um Newtoniano de 180mm (f9.7) aplicando 75 e 140 vezes de ampliação respectivamente. Com essa abertura e pouco aumento (75x) já podemos perceber a aparência do anel; dobrando esse aumento (140x) percebemos que a luminosidade em torno do anel não é uniforme. Quanto à estrela central de magnitude 14.7 (Frommert et al. 2007), fiz sua identificação em algumas poucas oportunidades, observando no telescópio Cassegrain de 600mm f/D=12.5 da ZEISS/JENA pertencente a UFMG e mais recentemente e com mais frequência utilizando o telescópio de 640mm f/D= 4 (Atlas) do CEAMIG.  

Novamente e com a mais absoluta razão o poeta Olavo Bilac, o mais importante dos poetas parnasianos do Brasil, será o mensageiro que concluirá nosso post mensal, pois seu entendimento e conclusão final do poema Via-Láctea, traduz “in fine” toda expressão daqueles que apreciam o firmamento. 

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
(Poesias, Via-Láctea, 1888.)

Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2014, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2013, 111P.

- Monteiro, Mario Jaci – As Constelações – Cartas Celestes, Ed. CARJ (Clube de Astronomia do Rio de Janeiro), Rio de Janeiro (RJ), Brasil – 1988, 129p.

- Nardini, Bruno. - Primo Incontro con la Mitologia, (Mitologia: O Primeiro Encontro), Trad. Marcella Mortara, Ed. Circulo do Livro, 160p. 1982; São Paulo - SP. Brasil.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23567-X, 23568-8, 23673-0)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. Two – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978.

- Wil Tirion's - BRIGHT STAR ATLAS 2000.0, Willmann-Bell, Inc., Richmond, Vir. (USA), 1990. ISBN 0-943396-27-1.

- Menzel, Donald H. A Field Guide to the Stars and Planets Including the Moon, Satellites, Comets and Other Features of the Universe; Houghton Mifflin Company; (March, 1975), Boston, MA (USA), 397p.

- Frommert, Hartmut et al. (2007)- http://messier.seds.org/m/m057.html - Acesso em 09/06/2014.

- http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/especial/docs/200712-dicionariomusica.pdf - Acesso em 03/06/2014.

- Cartes du Ciel - Version 3.8, Patrick Chevalley -  http://astrosurf.org/astropc - acesso em 31/04/2014.





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