O céu do mês – Outubro 2013

arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Uma toada para os planetas! Certamente este poderia ser um dos títulos sugeridos para essa resenha mensal, uma vez que eles dificilmente deixarão de chamar a sua atenção nos primeiros dias desse período, fazendo com que às molduras celestes neste mês tornem-se verdadeiros postais que de forma esplêndida brindará seus observadores nesta época. O distante planeta Urano em sua oposição, será neste início de mês a companhia de todas as límpidas noites de nossas jornadas observacionais, entretanto Vênus no início deste mês atingirá o afélio de sua órbita, chegando também, mas no ultimo dia deste mês em sua meia fase (ou dicotomia), pelo menos isso é o previsto. Júpiter o gigantesco planeta gasoso com sua comitiva de satélites; mas principalmente os galileanos, apresentarão ao longo desse período uma fantástica série de eventos mútuos e/ou múltiplos como: trânsitos de sombras; duplo envolvendo Io e Europa em 05/10; dia 12 envolvendo a sombra de Io, Europa e Callisto; Já no sábado de 19 de outubro, o trânsito duplo de sombras envolverá somente Io e Europa e dará um susto enorme aos observadores menos informados, quando em 28 de outubro devido ao inicio do eclipse de Ganimedes, apresentará somente um satélite visível, pois os demais estão em trânsito ou ocultos pelo disco do Planeta. Você saberá identificar o único satélite natural então visível por volta de 02:50 (UT) naquele dia?.  Enquanto isso, o nosso satélite natural ocultará na noite do dia 12 rho Sagittarii (mag 3.9); em 13/10 Dabih Major (mag 3.1), em 22 de outubro Ain (epsilon Tauri, mag. 3.5) e em 25 de outubro Lambda Geminorum (mag. 3.6). Um eclipse penumbral ocorrerá em 18 de outubro, sendo este o último eclipse lunar deste ano. Mesmo com o início do Horário de Verão no Brasil no dia 20 de outubro próximo, é também uma excelente oportunidade de falar sobre uma ave, cuja migração anual (África e sul da Europa) é observada de forma regular, seja por causa de seu grasnar, ou ainda de seu de vôo em bandos em formação de “V”; mas certo é que, por genialidade do advogado e astrônomo da Baviera Johann Bayer, representou essa ave no hemisfério celeste austral, quando publicou sua Uranometria 1603. O primeiro Atlas a cobrir toda a esfera celeste. 

Nota: Início do Horário de Verão no Brasil.

Às 00:00 H de Brasília (03:00 TU) do dia 20 de outubro próximo, reinicia-se o Horário de Verão em parte do território brasileiro. Ele permanecerá vigorando nas regiões determinadas pelo Decreto n° 6.558 de 08 de Setembro de 2008, até às 00:00 H de Brasília (03:00 TU) do dia 16 de fevereiro de 2014, quando então terminará a vigência desta determinação neste período.

Assim sendo, as regiões afetas são: a) – SUL, estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; b) SUDESTE, estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais e, c) CENTRO-OESTE, estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

As Ocultações de Estrelas pela Lua neste mês

A Ocultação de rho Sagittarii pela Lua em 12 de outubro

Em 12 de Outubro próximo, a Lua  + 51% iluminada e com a elongação solar de 91°, ocultará a estrela rho Sagittarii de magnitude 3.9. Esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente americano; América do Norte: EUA, Canadá, México, Bermudas, Groenlândia e Saint Pierre e Miquelon. Na região do mar do Caribe: Bahamas, Cuba e Montserrat de acordo com o mapa apresentado na figura 2a.

A Ocultação de Dabih Major (Beta Capricorni) em 13 de outubro

Em 13 de Outubro próximo, a Lua + 62% iluminada e com uma elongação solar de 104°, ocultará a estrela Dabih Major (beta Capricorni) de magnitude 3.1. Esse evento poderá ser observado numa grande extensão dos continentes americanos; América do Norte: EUA, Canadá, México, Bermudas, Groenlândia (sul) e Saint Pierre e Miquelon. Na América Central: Bahamas, Cuba, Guatemala, Honduras, El Salvador e Ilhas Cayman de acordo com o mapa apresentado na figura 2b.

A Ocultação de Ain em 22 de outubro

Em 22 de outubro próximo, a Lua -89% iluminada e com uma elongação solar de 141°, ocultará a estrela Ain (epsilon Tauri) de magnitude 3.6. Esse evento poderá ser observado numa grande extensão dos continentes americanos (América Central, Sul da América do Norte e noroeste da América do Sul), chegando ainda sua faixa de visibilidade ao oceano pacífico, englobando localidades nas Ilhas Cook e também na Polinésia Francesa de acordo com o mapa apresentado na figura 2c. É importante ainda mencionar que o desaparecimento dessa estrela poderá ser observado do território brasileiro nas localidades de Cruzeiro do Sul, no estado do Acre e Iauaretê, um povoado do município brasileiro de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas.

A Ocultação de lambda Geminorum em 25 de outubro 

Em 25 de outubro próximo, a Lua -62% iluminada e com uma elongação solar de 104°, ocultará a estrela Lambda Geminorum de magnitude 3.6. Esse evento poderá ser observado das localidades situadas no nordeste do continente asiático (China, Japão, Mongólia, Rússia e Cazaquistão), bem como no extremo norte da Europa (Svalbard no território ártico norueguês, englobando o Oceano Glacial Ártico e o Mar de Barents de acordo com o mapa apresentado na figura 2d.

O Eclipse Penumbral

O último eclipse lunar do ano é um eclipse penumbral com uma magnitude de 0,7649. Dificilmente deve ser visível a olho nu (embora seja possível) como uma sombra escura na metade sul da lua, embora isso irá muito depender da acuidade visual dos observadores. Os tempos das fases mais importantes [1], 4 e [7] encontram-se listados na figura 3.

Planetas!

Mercúrio = Nós poderemos buscar o pequeno planeta Mercúrio após o ocaso do Sol, e embora nos primeiros dias desse mês seja essa uma tarefa que poderá ser dificultada pelos eventos de poluição atmosférica naquela área do céu, ou ainda o impedimento físico de alguma elevação civil, ele está emoldurando a tela celeste no dia 09 próximo, quando então teremos um dos mais belos espetáculos na direção do Poente. Pois sua máxima elongação (25.3° E) fará com que ele, ao lado de Saturno, Vênus e as brilhantes Antares (alfa Sco, mag. 0.9) e Zubenelgenubi (alfa Lib, mag. 2.7) roubem a cena celeste nesta data. A fantástica cena poderá ser visualizada neste esboço gráfico apresentado na figura 4. 
Mas a surpresa do disco de Mercúrio ocorrerá em 14 de outubro, quando então ele também atingirá sua dicotomia; aí sim sua magnitude estará em torno de 0.0 com sua elongação ainda estimada em 24.9° E. Entretanto ele baixará bastante esse valor atingindo no último dia 4.4°, quando então estará em sua maior aproximação com o planeta Terra, numa distância de 0.672351 ua. com magnitude estimada em 4.9 e diâmetro aparente de 10,01". 

Vênus = Vênus, como já descrevemos nas resenhas mensais anteriores, marcará sua presença no céu poente e terá nesta época duas situações bem distintas, mas que chamam nossa atenção; seja pela dinâmica orbital visto que estará no afélio em 03/10 numa distância ao Sol de 0.7282 ua, e também pelo aspecto do disco citeriano quando se encontrar próximo a sua fase de dicotomia no fim do mês. Assim suas observações visuais registradas através do método do esboço de fase, sugerido por John E. Westfall da A.L.P.O. (Association of Lunar & Planetary Observers), através de um gabarito apropriado (figura 5), bem como os fotográficos efetuados diariamente nesta época, tornam-se importantes para a continuidade da análise dessa elongação. 

No Brasil, a Rede de Astronomia Observacional desde o início de suas atividades em 1988 realizou campanhas observacionais para contribuir com o estudo do Efeito Schröter em Vênus; na elongação vespertina de 1994 contribui com esta campanha enviando ao seu coordenador 18 observações.
A tabela 2 acima mencionada apresenta os dados de Vênus para esse mês facilitando bastante seu planejamento observacional. Esses e outros dados observacionais de um modo geral poderão ser consultados no Almanaque Astronômico de 2013, a qual eu recomendo o seu download (essa é uma publicação gratuita) no seguinte endereço: http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2013.pdf.

Lua = As fases lunares este mês, ocorrerão nas datas e horários abaixo mencionadas em Tempo Universal (UT = - 03:00h,  fuso horário de Brasília) de acordo com a figura 6:


A ocorrência das apsides (Perigeu e Apogeu) lunares dar-se-á neste mês na seguinte seqüência: Perigeu em 10/10 às 23:07 (UT), quando a Lua chegará a distância de 369.822 km do centro da Terra, e seu Apogeu em 25/10 às 14:26 (UT), quando a Lua estará a 404.584 km  do centro de nosso planeta.

Marte = Marte ingressou na constelação de Leo em 26 de setembro, sendo que antecedendo ao nascer do Sol durante as madrugadas podemos facilmente perceber sua presença na esfera celeste. Ele estará formando uma conjunção bastante interessante com a brilhante estrela Regulus (alfa Leo – mag 1.4) em 15/10. Após essa data e em conseqüência do constante aumento de sua elongação e a diminuição de sua distância a Terra como já foi mencionado, será observado a forma sutil do incremento de suas respectivas magnitudes e de seu diâmetro angular. Marte ainda complementará o quadro a cena celeste nos dias 29 e 30 de outubro, quando a presença da Lua naquela região do céu (constelação de Leo), tornar-se-á participe como um dos principais objetos celestes de conjunções no firmamento, que envolvem também a brilhante Regulus.

Júpiter = Muita atenção com este gigante gasoso nesta época!. E o deverá ter os apaixonados pelas observações dessa dinâmica superfície planetária e também, os demais admiradores dos eventos mútuos de seus satélites naturais; principalmente os quatro satélites galileanos (Io, Europa, Ganimedes e Callisto).  Assim sendo, vamos buscar descrever da melhor forma possível Júpiter neste mês. No firmamento matutino ele será (na ausência da Lua) o objeto celeste mais brilhante naquela área; Uma vez localizado na constelação de Gemini. Ele ainda fará compor juntamente com as brilhantes Pollux (beta Gem, mag 1.1), Procyon (alfa CMi, mag 0,4), Sirius (alfa CMa, mag -1.4), Rigel (beta Ori, mag. 0.1), Aldebaran (alfa Tau, mag. 0.8) e a brilhante Capella (alfa Aur, mag. 0.0) o que Donald Howard Menzel  (1901 - 1976) classificou como: Heavenly G ou G-shaped group, mas que muitos o chamam de Hexágono do Inverno (Hexágono do Verão no hemisfério Sul), na realidade um asterismo (aglomeração) de estrelas, não reunidos numa única constelação, conforme as definidas em 1930 pelo astrônomo belga Eugène Joseph Delporte (1882 – 1955) e adotadas pela IAU (International Astronomical Union).

A data de 22 de outubro será também importante para os observadores da superfície joviana, pois em função da constante diminuição de sua distância a Terra, seu diâmetro aparente ultrapassará a 40.0 segundos de arco, e sua magnitude estará estimada em -2.2, atingindo sua elongação em 31/10, 107.3°w; indício que ocorrerá nos primeiros dias de Janeiro do próximo ano, mais uma das fantásticas oposições desse planeta.

Os Eventos Mútuos dos Satélites de Júpiter

Desde suas primeiras observações registradas por Galileu Galilei (1564 — 1642) e também pelo alemão Simon Marius (1573 - 1624) que a translação desses corpos em torno de Júpiter, constitui uma das mais belas atrações ao alcance de telescópios de pequeno porte, sendo que suas observações (principalmente Io) serviram como parâmetros para que o astrônomo dinamarquês Ole Christensen Rømer (1644 - 1710) estabelecer em 1676, que a velocidade da luz é finita, ainda que bastante elevada. Fato também estudado pelo astrônomo neerlandês Christiaan Huygens (1629 - 1695). Mais recentemente e com os laureados esforços de John E. Westfall da A.L.P.O., encontram-se reunidas cerca de 10 mil observações (de 1975 a janeiro de 2006) realizadas por observadores em todo o mundo.

Essa dinâmica é tão gratificante de ser monitorada que em algumas situações os eventos ocorrem numa sucessão rápida, mas que permite aos observadores apreciarem por algumas horas (ou frações de hora), trânsitos de sombra, eclipses, imersão e emersão, desaparecimento e reaparecimento; o quê de modo algum, não são repentinos e perfeitamente identificáveis através do campo das oculares de nossos instrumentos. Neste mês essa sucessão (que designamos como: “multi eventos”) dar-se-ão em dias e horários de fácil acompanhamento e cronometragens, então a figura 7 apresenta as efemérides e o que esperar em nossas observações da superfície de Júpiter.

Saturno = Na medida em que sua distância a Terra vai aumentando, o diâmetro do disco de Saturno também vai ficando cada vez menor, sendo que as observações neste período somente estarão favoráveis nesta primeira quinzena, pois ele uma vez mergulhado na luz do crepúsculo vespertino começará a ficar também com suas elongações menores, essas estimadas em 32.1° em 01/10, 19.9° em 15/10 e 7.8° em 29 de outubro na constelação de Libra; despedindo-se no horizonte, não resta a menor dúvida que Saturno foi uma das principais atrações no atendimento ao público dos diversos clubes de astronomia e planetários nesses meses anteriores. Entretanto será bastante aguardado para o próximo ano o momento de sua nova oposição prevista para maio do próximo ano.

Urano = Urano será outra gratificante surpresa aos observadores dos planetas gasosos do Sistema Solar, pois que sua oposição neste início de mês, até mesmo pela ausência da Lua nestes primeiros dias, assim ele é facilmente observável na constelação de Pisces em meio a um aglomerado de galáxias de magnitude acima de 10. Isso fará com que o disco do planeta (diâmetro: 3.70"), fique bastante evidenciado no campo da ocular. Já no dia 03 próximo teremos sua oposição quando então Urano estará a 19.03984 ua de distância da Terra. Assim sendo continua a recomendação para as observações desse planeta e consequentemente de seus satélites de maiores magnitudes: Titânia (III) (mag. 13.9), Oberon (IV) (mag. 14.1) e Ariel (I) (mag. 14.4), posam ser percebidos no campo da imagem. Então a recomendação do emprego de um telescópio de porte médio (300mm ou acima), e de boa ótica, sempre é válida.

Netuno = A lenta movimentação de Netuno na esfera celeste faz com que ao observarmos esse planeta noite após noite, notemos seu movimento dentre as estrelas da constelação de Aquarius, então para sua identificação será ideal fazemos um prolongamento entre as estrelas Sigma Aquarii (mag:  4.8) e classe espectral A0IV s e desta vez a estrela 38 Aquarii (mag: 5.4) e classe espectral  B7III. Novamente poderemos voltar a observar seu satélite natural Tritão (mag. 13.5) a qual em 15 de outubro estará separado 11.7" segundos de arco do disco do planeta num ângulo de posição de 321.1° conforme é apresentado na figura 8 abaixo. 

Ceres e Plutão = É fato que (1) Ceres possa ser identificado instantes antes do nascer do Sol durante a fase do crepúsculo matutino entre as estrelas da constelação de Leão; ele permanecerá nesta constelação até 17/10, quando então passará entra nos limites da constelação de Virgo, com sua magnitude sendo estimada em 8.7, mas suas condições observacionais ficarão melhores a parir de dezembro próximo; mas isso não se dará com o planeta anão (134340) Plutão, que peregrina entre as estrelas da constelação de Sagittarius. O aglomerado aberto M 25 de magnitude 4.6 naquela constelação e ainda uma ótima referência para sua localização; sua magnitude está estimada em 14.2.

Asteroides = Neste mês ocorrerão diversas ocultações de estrelas por asteroides, sendo que chamo a atenção para as seguintes ocultações cuja faixa de visibilidade estarão recaindo sobre a América do Sul: TYC 0005-00110-1 de magnitude 8.9, na constelação de Pisces em 13/10 às 06:56 (TU) pelo asteroide (94) Aurora, com uma duração prevista do fenômeno estimada em 19,1 segundos; e recaindo no  leste da Rússia a ocultação de HIP 97157 de magnitude 6.7, na constelação de Áquila em 25/10 às 12:31 (TU) pelo asteroide (41 Daphne, com uma duração prevista do fenômeno estimada em 9,0 segundos. 

CONSTELAÇÃO:

Grus

Grou situa-se ao sul da constelação de Piscis Austrinus, e no passado fazia parte desta constelação conforme vemos na figura 9. Grou (a Grua) foi o nome inventado por Johann Bayer, e faz parte do seu atlas de 1603. A constelação está repleta de galáxias espirais muito tênues, com magnitudes entre 11 e 13, e um grande número de estrelas binárias. Alfa Gruis é chamada Al Nair, ou "A Brilhante", e uma referência óbvia à sua antiga associação com Piscis Austrinus. A estrela é quase tão brilhante como Fomalhaut. O restantes das estrelas que encontram-se nesta constelação estão entre a 2ª e a 5ª magnitudes. 
Al Nair é uma estrela branco azulada de magnitude 1.7 e classe espectral B7IV, já Beta Gruis e uma gigante vermelha de magnitude 2.1 e classe espectral M5III. Entretanto Gamma Gruis (Al Dhanab) de magnitude 3.0 e classe espectral B8III e uma estrela branco azulada; essas encontram-se numa média de 100 a 200 anos luz de distância do Sol. Epsilon Grouis (mag: 3.4) e classe espectral A3V; Iota Grouis (mag: 3.9) e classe espectral K1III; Zeta Grouis (mag: 4.1) e Thetha Grouis (mag: 4.2) darão a delimitação final nesta constelação.

Um par binário a visão desarmada

Como foi acima mencionado, existem nessa constelação uma quantidade muito grande de galáxias muito tênues, sendo que uma das mais brilhantes, a NGC 7213 (Ascensão reta: 22h09m18.00s e Declinação: -47°10'00.0" – J2000.0), com uma magnitude estimada em 10.1  possui a dimensão de  3.7'x  3.4' encontrando-se localizada a 16' sudeste de Al Nair.

Entretanto Delta 1 Gruis (mag: 3.9) e Delta 2 Gruis (mag: 4.1) foram um par binário de resolução já dentro do limite da visão desarmada, sendo Delta 1 Gruis de classe espectral G6-8III (uma gigante amarela) e Delta 2 Gruis uma gigante vermelha de classe espectral M4.5IIIa.

É ainda fato que bandos de Grus são observados na Europa todos os anos, emigrando de setembro desde seu habitat da primavera e do verão europeus, na Finlândia, Suécia e Rússia, para o sul, na Espanha, e inclusive até a região do Sahel, no norte da África. Assim uma vez eternizada no céu, esperamos que elas continuem voando pelos céus europeus.

(a.l) = Ano Luz. Unidade de distância e não de tempo, que equivale à distancia percorrida pela luz, no vácuo, em um ano, a razão de aproximadamente 300.000 Km por segundo. Corresponde a cerca de 9 trilhões e 500 bilhões de quilômetros.

Apogeu = Para um corpo em órbita elíptica em torno da Terra (a Lua ou um satélite artificial, por exemplo), é o ponto da órbita onde um astro tem o maior afastamento da Terra. Oposto de perigeu.

Apside = Nome genérico dos pontos de maior afastamento ou de menor afastamento de um corpo que está em órbita de outro. Quando nos referimos ao Sol ou à Terra, existem nomes específicos (apogeu e perigeu para a Terra, e afélio e periélio para o Sol).

Dicotomia = Aspecto de um planeta ou de um satélite quando apresenta exatamente a metade do disco iluminada.

MPa = Movimento Próprio anual, sendo: (-) em aproximação, (+) em recessão.

NGC = Catálogo de Objetos; Abrev. (New General Catalogue - NGC).

Periélio = Menor distância do Sol de um corpo em órbita ao seu redor. 

Perigeu = Para um corpo em órbita elíptica (em forma de elipse) em torno da Terra (a Lua ou um satélite artificial, por exemplo), é o ponto da órbita onde um astro tem a maior proximidade da Terra. Oposto de apogeu.

(ua) = Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

" = Segundos de arco.

Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2013, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2012, 100P.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham's Celestial Handbook. Dover Publications, Inc., 1978. ISBN 0-486-23568-8,  pp. 1181 – Inc. New York – USA, 1978. 

- Cartes du Ciel - Version 2.76, Patrick Chevalley -  http://astrosurf.org/astropc - acesso em 19/02/2013.

- http://www.asteroidoccultation.com/ - Acesso em 22 julho 2013.
- http://www.astrostudio.org/index.html - Acesso em 23 julho 2013.
- http://server1.sky-map.org/ - Acesso em 23 julho 2013
- http://www.alpo-astronomy.org/jupiter/GaliInstr.pdf - Acesso em 16 Agosto 2013.
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