A ocultação de Spica pela Lua em 01 de março 2013.

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CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Na noite de 01 de março próximo, a Lua - 87% iluminada e com uma elongação de 137°, ocultará a estrela Spica (alpha Virginis) de magnitude 1.0 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente americano. 

Observadores localizados em grande parte da América do Sul, (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado nas tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 respectivamente.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e Reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange além da América do Sul, América Central e porção Sul da América do Norte, englobando os oceanos atlântico e pacífico.

Desta forma também, isonomicamente apresentamos as circunstâncias para algumas localidades da Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Panamá e o México, cujas regiões e cidades são constantes nas tabelas 10, 11, 12, 13, 14 e 15.
 
  
A supergigante branco azulada Spica (1.0) e uma binária espectroscópica (Tripla - AB e AC) cujas companheiras invisíveis foram detectadas por intermédio das raias de seu espectro, e também cerca de 2.300 vezes mais luminosa do que nosso sol. A partir dos resultados de um estudo combinado de espectroscopia e interferometria feito em 1970, a distância parece ser próximo de 275 anos luz. A estrela apresenta um movimento próprio anual de 0,05"; a velocidade radial é inferior a 1 milha por segundo em recessão, com variações definidas.

Seu sistema massivo e binário foi detectado pela primeira vez pelo astrônomo alemão Hermann Carl Vogel em 1890, o período é de 4,0141604 dias (figura 3), extremamente curto para estrelas da classe gigante. Cerca de 80% da luz do sistema que vem da estrela primária que tem uma massa calculada de 10,9 e um diâmetro de 8,1 em valores solar, a mais fraca estrela parece ser, possivelmente, a metade do tamanho da primária, e tem um tipo espectral próximo de B7 e uma massa calculada de 6,8. A partir dos elementos orbitais, a separação centro a centro deve ser algo próximo a 11 milhões de milhas, a órbita é inclinada cerca de 24 graus a partir da posição de lado, e a excentricidade computada é 0,10. Além das alterações pequenas de luz provocadas pelos eclipses, a mais brilhante estrela é em si uma variável pulsante, evidentemente, da classe Beta Canis Majoris, com um período em de cerca de 0,174 dias, tanto na amplitude e na forma da curva de luz são variáveis.

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes
"Como observar"
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm
"formulário de reporte"
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls  (ocultações lunares) ou
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls
(ocultações de estrelas por asteróides).

Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2013, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2012, 100P.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23673-0)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. Three – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978.

- Astronomical Software Occult v4.1.0.0 (David Herald - IOTA) - acesso em 27/11/2012.
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