As Camelopardalídeas de Outubro (281 OCT) apresentam atividade anual entre 05 e 06 de outubro, com o máximo previsto para o dia 05 de outubro de 2025, quando a Terra atinge a longitude solar λ☉ = 192,58°. O radiante situa-se em α = 164° e δ = +79°, na constelação da Girafa (Camelopardalis).
Figura 1. Concepção artística de uma atividade meteóritica média-rápida. — Fonte: LeonardoIA.
Os meteoros dessa chuva possuem uma velocidade meteórica pré-atmosférica (V∞) de 47 km/s, o que corresponde a uma velocidade média-rápida. O índice populacional (r) é de 2,5, indicando uma proporção equilibrada entre meteoros brilhantes e mais tênues. O ZHR de trabalho é estimado em 5, caracterizando-a como uma chuva fraca.
Contudo, em 2025, a ocorrência do máximo dar-se-á sob céu iluminado pela Lua, prejudicando bastante a visibilidade dos meteoros mais tênues.
Condições de visibilidade na América do Sul
Devido à posição extremamente setentrional do radiante (δ = +79°), a chuva favorece observadores do Hemisfério Norte, onde a constelação da Girafa pode alcançar maiores elevações no céu.
No Brasil e demais regiões da América do Sul, o radiante permanece muito baixo sobre o horizonte norte, próximo ao círculo polar ártico, o que limita fortemente a observação. Nessas latitudes, apenas alguns meteoros ocasionais, de trajetória longa e rasante, poderão ser registrados. Assim, a contribuição prática da chuva para observadores sul-americanos em 2025 será mínima.
Em contrapartida, localidades em latitudes médias e altas do Hemisfério Norte terão melhores condições de acompanhamento, ainda que afetadas pela luminosidade lunar.
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987. 914 p.