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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Largue o cel e olhe para o céu #24

 M71


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #023 - M71

M71 é um aglomerado globular e se localiza na constelação Sagitta. Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação.

Para entender a origem de Sagitta (Figura 1) e sua conformação, é preciso compreender a influência das mitologias nas denominações celestes. Há três versões diferentes para explicar sua origem (RIDPATH, 2018):

  1. De acordo com Eratóstenes, Apolo matou os Ciclopes com uma flecha. Eles produziram os raios de Zeus, que teriam atingido Asclépio, filho de Apolo. 
  2. Para Hyginus, foi a flecha utilizada por Héracles para golpear uma águia, que comia o fígado de Prometeu, o qual teria moldado os homens à semelhança dos deuses e roubado deles o fogo para dar aos humanos. Como castigo, Zeus enviou a águia para roer o fígado de Prometeu.
  3. Já na versão de Germânico César, Eros atirou uma flecha em Zeus fazendo com que ele se apaixonasse pelo pastor Ganimedes. Essa flecha seria guardada pela águia de Zeus, que se encontra ao lado da constelação Sagitta, sendo reconhecida por nós como a constelação Aquila. 
Figura 1 - Constelação de Sagitta conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021).  

Sagitta pode ser vista em latitudes entre +90° e -70°, tendo como constelações vizinhas Hercules, Vulpecula, Delphinus e Aquila (CONSTELLATION GUIDE, 2021) (Figura 2).

Figura 2 - Constelações de Hercules, Sagitta, Vulpecula, Delphinus e Aquila, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021)

Oficialmente, a constelação recebe a designação Sagitta, a abreviatura Sge e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Sagittae. As estrelas principais de Sagitta são: Sham (Alpha Sagittae ou α Sge), Beta Sagittae (β Sge), Gamma Sagittae (γ Sge), Delta Sagittae (δ Sge), e η Sagittae (η Sge) (Figura 3) (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021).

Figura 3 - Constelação de Sagitta conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021)

É nesta constelação que se localiza M71, também denominada no New General Catalog como NGC 6838 (Figura 4).

Figura 4 – Aglomerado globular M71. Fonte: (ESA/HUBBLE AND NASA, 2010).

O aglomerado globular M71 (NGC 6838) foi descoberto pelo astrônomo suíço Jean-Philippe Loys de Chéseaux em 1746. Com diâmetro de 27 anos-luz, sua idade é estimada em 9 a 10 bilhões de anos. É cerca de 13.200 vezes mais luminoso que o Sol, contendo pelo menos 20.000 estrelas, totalizando 17.000 massas solares. Durante muito tempo, houve dúvidas se seria um aglomerado aberto ou globular, devido às suas características peculiares como sua composição contendo 17% de metais, entre outros. Houve muito debate, mas posteriormente foi classificado como um aglomerado globular escassamente povoado, com densidade classificada como sendo X ou XI. M71 se localiza cerca de 2° a sudeste da estrela Gamma Sagittae (Figura 5) (MESSIER OBJECTS, 2015).

Figura 5 - Localização de M71 em relação à estrela Gamma Sagittae (γ Sge). Fonte:  (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021).

Com magnitude aparente de 6.1 e distando aproximadamente 13.000 anos-luz, M71 aparenta ser um fragmento nebuloso de luz por meio de binóculos. Entretanto, para resolver as estrelas do aglomerado, é necessário ao menos utilizar um telescópio de tamanho médio. A melhor época para observá-lo é no verão (hemisfério norte) e no inverno (hemisfério sul) (MESSIER OBJECTS, 2015). 

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem enviar seus comentários, críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado, por meio do e-mail skyandobservers@gmail.com.

EDIÇÕES ANTERIORES

Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Sagitta Constellation (the Arrow): Stars, Myth, Facts... [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/sagitta-constellation/. Acesso em: 8 ago. 2021. 

ESA/HUBBLE AND NASA. Messier 71: an unusual globular cluster. [S. l.], 2010. Disponível em: https://www.spacetelescope.org/images/potw1018a/. Acesso em: 8 ago. 2021. 

MESSIER OBJECTS. Messier 71. [S. l.], 2015. Disponível em: https://www.messier-objects.com/messier-71/. Acesso em: 8 ago. 2021. 

RIDPATH, Ian. Sagitta. In: STAR TALES. 2 ed. expandida. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. p. 5189. E-book. Disponível em: Acesso em: 28 ago. 2021.

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação Sagitta: conformação, constelações vizinhas, principais estrelas e localização. Versão 0.21.1. Boston: Stellarium.org, 2021. Stellarium. Disponível em: https://stellarium.org/pt/. Acesso em: 28 ago. 2021.

A ocultação de Theta Ophiuchi pela Lua em 13 de setembro 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 13 de setembro próximo, a Lua +50% iluminada e com uma elongação d 90°, ocultará a estrela de Theta Ophiuchi de magnitude visual 3.2 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2020) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na região sul da América do Norte, América Central e região equatorial da América do Sul e região oeste da África. 


 

Conforme mencionado, observadores localizados nas regiões acima mencionadas, poderão acompanhar o fenômeno em sua fase noturna conforme apresentado nas tabelas abaixo com as Circunstâncias Gerais de Visibilidade abrangendo as seguintes localidades: Bahamas, Estados Unidos e México: 

Já na América Central , este evento também será observado em todas as regiões conforme apresentado na tabela 2, abrangendo Aruba, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Ilhas Cayman, Republica Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, São Cristóvão e Nevis, Porto Rico e Trinidad e Tobago.

Na região norte e nordeste da porção sul americana, este evento também será observado no Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela conforme apresentado na tabela 3.

Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download gratuito no link: Ocultação de Theta Ophiuchi 13 de setembro de 2021 às condições de desaparecimento e reaparecimento para 591 municípios localizados nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil.

Na região oeste da África, este evento também será nas seguintes regiões: Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Níger, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo, conforme apresentado na tabela 4.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade acima mencionadas, apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também ilhas localizadas no oceano atlântico e oceano pacífico.

Theta Ophiuchi

Theta Ophiuchi e uma das mais brilhantes estrelas da constelação de Ophiuchus, que se extende através da eclíptica, ajudando a tornar o Portador da Serpente a "décima terceira" constelação do Zodíaco. A subgigante azul, quente de tipo e classe espectral B2IV fica a 560 anos-luz de distância, o suficiente para que a poeira intermediária na Via Láctea diminua sua luz em cerca de 14%. Fácil de localização ele está posicionada bem entre Antares e a chacelira de Sagitário.  Após uma correção considerável da luz ultravioleta, a estrela muito quente (22.500 Kelvin) brilha com a luz de 11.500 raios de sol, a partir do qual calculamos um raio 7,3 vezes solar. A velocidade mínima de rotação de apenas 31 quilômetros por segundo fornece um período máximo de rotação de 11 dias (o que poderia ser muito menor, pois não sabemos a inclinação axial). Como subgigante, essa estrela de 9 a 10 massas solares está chegando ao fim do seu estado central de fusão de hidrogênio. Com apenas 25 milhões de anos (estrelas massivas queimam rapidamente), em breve se tornará uma verdadeira gigante vermelha enorme. 

Theta Ophiuchi está exatamente na linha divisória entre estrelas que produzem anãs brancas maciças e aquelas que explodem - só o tempo dirá. Como muitas de seu tipo, ela pertence as variáveis " Beta Cephei" que pulsam com períodos múltiplos, este em 0,04 magnitudes (cerca de 4%), principalmente durante 0,140531 dias, a pulsação impulsionada por uma camada profunda na qual os metais estão sendo ionizados (tendo seus elétrons removidos pela alta temperatura interna). Theta Oph é pelo menos uma estrela binária (e provavelmente uma múltipla), mas os dados são conflitantes quanto à quantidade e à distância que os componentes estão separados. Apenas dois graus ao sul da eclíptica, ele é ocasionalmente oculta pela Lua. A luminosidade poderia tornar a companheira uma estrela de 7 massas de massa solar B2 (aproximadamente). Ao mesmo tempo, Theta é uma "dupla espectroscópica" com um período de 11,44 dias, o que colocaria a companheiro em cerca de 0,25 UA. Como a observação de ocultação pode ter diminuído, essa pode ou não ser a mesma estrela. Mas também há evidências de uma ou duas outras estrelas. Às vezes, é surpreendente o que não sabemos sobre estrelas brilhantes. Talvez o papel mais proeminente de Theta Oph seja que, estando na Via Láctea não muito longe (em projeção) do centro da Galáxia, ela chama a atenção para as estrelas localizadas na vasta nuvem de poeira escura que jazem na vizinhança, em particular a impressionante "Nebulosa do Tubo" que fica logo abaixo dela, todas essas e outras dando grande beleza à extraordinária faixa de luz circundante que é o disco da nossa galáxia (KALER, 2020).

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

Kaler, Jim. http://stars.astro.illinois.edu/sow/thetaoph.html - Acesso em 31 March, 2020.

O asteroide (59) Elpis em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 10 de outubro próximo, o asteroide Elpis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.168), quando então sua magnitude chegará a 10.9 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 59 Elpis  foi descoberto em 12 de setembro de 1860,no Observatório de Paris pelo astrônomo francês Jean Chacornac (1823 – 1873) (MOURÃO, 1987).

Embora descoberto em Paris sua nomeação ocorreu na Áustria por Karl Ludwig von Littrow então diretor do Observatório de Viena, quando foi escolhido Elpis em alusão à condição política na Europa no momento da descoberta, mas o nome foi adotado de fato na Alemanha. (SCHMADEL, 2003). 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p Disponível em:. https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Schmadel, Lutz (2003). Dicionário de nomes planeta menor (6 ed.). Alemanha: Springer. p. 15. ISBN 978-3-540-00238-3.  

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (100) Hekate em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 11 de outubro próximo, o asteroide Hekate estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.265), quando então sua magnitude chegará a 11.4 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, Hecate foi descoberto em 11 de julho de 1868 pelo astrônomo pelo astrônomo norte-americano James Graic Watson (1838 - 1880), no Observatório de Ann-Arbor. Seu nome é uma referência a Hêcate, que na mitologia grega, foi primeiramente associada a Artemis, divindade lunar, presidindo aos bens materiais e ao dom da eloquência, à vitória nas guerras e nos jogos; mais tarde tida como tríplice Hécate, entidade infernal, presidiu as magias e aos encantamentos. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (50) Virgínia em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 16 de outubro próximo, o asteroide Virgínia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.793), quando então sua magnitude chegará a 10.6 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 50 Virgínia foi descoberto em 4 de outubro de 1857 pelo astrônomo Ferguson, no Observatório de Washington. Seu nome é uma homenagem a Virgínia, filha do centurião Virginius, morta pelo pai para evitar que fosse possuída por Ápio Cláudio. O episódio de Virgínia serviu de base ao conto "Virginius" de Machado de Assis.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (25) Phocaea em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 25 de outubro próximo, o asteroide Phocaea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.836), quando então sua magnitude chegará a 10.0 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 25 Phocaea foi descoberto em 06 de abril de 1853 pelo astrônomo pelo astrônomo francês Jean Chacornac (1823 – 1873) no Observatório de Marselha. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.Notas:

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...