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terça-feira, 1 de junho de 2021

Largue o cel e olhe para o céu #21

 M 63 - Galáxia do Girassol


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #020 - M 63 - Galáxia do Girassol

M 63 é uma galáxia espiral e se localiza na constelação Canes Venatici. Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação. 

‎A origem da constelação e seu nome se devem ao astrônomo polonês Johannes Hevelius, que em 1867 criou a constelação representada por dois cães de caça (Figura 1) no encalço de um urso (constelação Ursa Major) sob o comando de Böotes (constelação Bootes) (Figura 2) (RIDPATH, 2018). Canes Venatici significa “cães de caça” em latim, sendo cada cão denominado com um nome, Asterion e Chara (CONSTELLATION GUIDE, 2021).

 

Figura 1 – Constelação Canes Venatici, conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Canes Venatici pode ser vista nas latitudes entre +90° e -40°, tendo como constelações vizinhas Ursa Major, Bootes e Coma Berenices (Figura 2) (CONSTELLATION GUIDE, 2021).

Figura 2 – Canes Venatici, com suas constelações vizinhas Ursa Major, Bootes e Coma Berenices, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Oficialmente, a constelação recebeu a designação Canes Venatici, a abreviatura CVn e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Canum Venaticorum. As estrelas principais de Canes Venatici são (Figura 3): Cor Caroli (α Canum Venaticorum) e Chara (β Canum Venaticorum) (INTERNATIONAL ASTRONOMICAL UNION (IAU), 2018).

Figura 3 – Principais estrelas da constelação Canes Venatici. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

M 63 foi descoberta por Pierre Méchain, amigo de Charles Messier, em 1779, que a incluiu em seu catálogo, descrevendo-a, porém, como uma nebulosa. Com dimensão aparente de 12′,6 x 7′,2, a Galáxia do Girassol (Figura 4)‎ está distante cerca de 37 milhões de anos-luz do sistema solar, na constelação Canes Venatici, com quase o mesmo tamanho da Via Láctea e massa estimada em 140 bilhões de massas solares. Recebeu também a designação no New General Catalog como NGC 5055. Em 1971, uma supernova foi descoberta em um dos seus braços espirais, sendo denominada como SN 1971I, chegando a atingir a magnitude de 11,8. A Galáxia do Girassol é parte integrante de um grupo de galáxias que estão gravitacionalmente interligadas (Grupo M 51), dentre elas, a Galáxia do Redemoinho (M 51).

Figura 4 – Galáxia do Girassol (NGC 5055). 
Crédito da foto: ESA/Hubble & NASA (ESA; HUBBLE; NASA, 2015)

Figura 5 - Localização da M 63 na constelação Canes Venatici. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021).

M 63 não é difícil de ser localizada (Figura 5), estando a 2/3 do caminho de Alkaid (Eta Ursae Majoris), localizada na extremidade da alça do asterismo Caçarola à estrela de Cor Caroli, na constelação de Canes Venatici (Figura 6) (MESSIER OBJECTS, 2015).

Figura 6 – Como localizar M 63, utilizando-se como referência a estrela Alkaid do asterismo Caçarola e a estrela Cor Caroli, da constelação de Canes Venatici. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2021)

A Galáxia do Girassol pode ser vista em binóculos. Entretanto, é visualizada como uma pequena luz nebulosa ou uma estrela desfocada. Com telescópios pequenos, observa-se que é uma galáxia, mas não se distinguem os detalhes de sua estrutura. Telescópios de portes médio ou maiores exibem o núcleo brilhante da galáxia com nebulosidade no seu entorno. Os braços espiralados são observados a partir de telescópios de 200 mm de abertura, enquanto as faixas de poeira aparecem somente utilizando-se instrumentos ainda maiores (MESSIER OBJECTS, 2015). 

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

EDIÇÕES ANTERIORES

Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Canes Venatici Constellation. [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/canes-venatici-constellation/. Acesso em: 29 maio 2021. 

ESA; HUBBLE; NASA. A galactic sunflower. [S. l.], 2015. Disponível em: https://www.spacetelescope.org/images/potw1536a/. Acesso em: 7 maio 2021. 

INTERNATIONAL ASTRONOMICAL UNION (IAU). As Constelações. [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.iau.org/public/themes/constellations/brazilian-portuguese/. Acesso em: 28 fev. 2021. 

MESSIER OBJECTS. Messier 63: Sunflower Galaxy. [S. l.], 2015. Disponível em: https://www.messier-objects.com/messier-63-sunflower-galaxy/. Acesso em: 29 maio 2021. 

RIDPATH, Ian. Star Tales. 2. ed. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação Canes Venatici, suas estrelas principais,  vizinhança e localização de M51. Versão 0.20.4. Boston: Stellarium.org, 2020. Stellarium. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Localização de M 63 - Galáxia do Girassol. Versão 0.21.0. Boston: Stellarium.org, 2021. Stellarium. 

A ocultação de Eta Leonis (Al Jabhah) pela Lua em 15 de junho 2021

Antônio Rosa Campos

Em 15 de junho próximo, a Lua +27% iluminada e com uma elongação de 63°, novamente ocultará a estrela de Al Jabhah (30 eta Leo) de magnitude visual 3.5 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2020) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado de forma diurna na América do Norte, na fase crepuscular em partes da América Central e noturna na região equatorial da América do Sul. 

Conforme mencionado, observadores localizados nas regiões acima mencionadas, acompanharão o fenômeno conforme apresentado nas tabelas de Circunstâncias Gerais de Visibilidade abrangendo as seguintes localidades: Bahamas, Canadá, Estados Unidos e México: 

Já na América Central , este evento também será observado em todas as regiões conforme apresentado na tabela 2, abrangendo Aruba, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Ilhas Cayman, Republica Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, São Cristóvão e Nevis, Porto Rico e Trinidad e Tobago.


Na região norte e nordeste da porção sul americana, este evento também será observado no Brasil, Colômbia, Equador, Suriname e Venezuela, sendo no território venezuelano visível somente a fase de reaparecimento, conforme apresentado na tabela 3.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download gratuito no link: Suplemento AAB-2021 Eta Leonis (2) às condições de desaparecimento e reaparecimento para 219 municípios localizados nas regiões Centro-oeste, Norte, Nordeste e sudeste do Brasil.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade acima mencionadas, apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também ilhas localizadas no oceano atlântico e oceano pacífico.


Al Jabhah (eta Leonis)

Facilmente identificada no céu como uma das estrelas que ajudam a compor a juba do Leão juntamente com Algieba e também Adhafera, eta Leo essa supergigante azul de magnitude 3.5, tipo e classe espectral A0Ib é um dos membros que compõem a associação de estrelas OB Scorpio-Centaurus; essa estrela possui ainda grande abundância de hélio. Conforme apresentado na figura 4 abaixo, essa estrela está incluída como “suspeita de variável” (NSV 4738) e até o presente momento (AAVSO, 2019) não existem reportes observacionais; entretanto trata-se de um sistema binário fechado (WDS, 2019), isso torna seus registros de ocultações altamente desejados (HERALD, 2016).


Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte" 

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Padilha Filho, A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=46057> Acess in: 31 Mar. 2019.

AAVSO. American Association of Variable Star Observers (Home Page), version 1.1 - The International Variable Star Index. Avaiblabe in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=43362> - Acesso em 02 Abr, 2019.

O asteroide (12) Victoria em 2021.

 Antônio Rosa Campos

Em 30 de julho próximo, o asteroide Victoria estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.649), quando então sua magnitude chegará a 8.7 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 12 Victoria foi descoberto em 13 de setembro de 1850 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24' 00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

E importante ainda mencionar que durante o período de sua oposição ocorrida em 2020, (12) Victoria foi registrado por câmaras fotográficas e pequeno instrumental, isso da região de Pelotas-RS – Brasil, conforme reporta o observador brasileiro Carlos Arlindo Adib com as seguintes estimativas: 20200220 às 02:09 (UT) mag. 10.6.

Na exposição fotográfica realizada pelo astrofotógrafo brasileiro Luiz Antônio Reck Araújo apresentada na figura 2, o asteroide (12) Fides encontra-se identificado muito próximo as estrelas: HIP 47849, Uma estrela Alaranjada K0III sendo estimada sua magnitude visual em , sendo essa essa estrela uma gigante alaranjada podendo ser facilmente localizada nas coordenadas: AR 09h45m11.4s e Decl: -00º 27m 53.5s (2000.0) e também HIP 47604, K1.5III sendo Mv= 8.9, sendo essa estrela uma também uma gigante alaranjada podendo ser facilmente localizada nas coordenadas: AR 09h05m15.8s e Decl: +14º14m43s (2000.0) na constelação de Sextants.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Adib, C.A. Correspondência Pessoal (e-mail: 12 - Victoria). <adibcd@yahoo.com> to: <arcampos_0911@yahoo.com.br> em 20 de fev de 2020 11:10.

Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

CDS: http://simbad.u-strasbg.fr/simbad/sim-id?Ident=HD%20%2077823&NbIdent=1 - Acesso em 28/02/2020.

CDS: http://cdsportal.u-strasbg.fr/?target=HIP%2047849 - Acesso em 28/02/2020.

O asteroide (6) Hebe em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 18 de julho próximo, o asteroide Hebe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.567), quando então sua magnitude chegará a 8.4 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 6 Hebe foi descoberto em 01 de julho de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Hencke (1793 - 1866) no Observatório de Dricsen. Seu nome é uma homenagem à deusa da juventude, Hebe, filha de Júpiter e Juno. Hércules a esposou no céu. O nome foi proposto pelo astrônomo Gauss. (MOURÃO, 1987).

Karl-Ludwig Hencke foi um astrônomo amador que trabalhou como empregado de uma Agência dos Correios, após as descobertas dos asteroides (5) Astraea e (6), Hebe passou a receber uma pensão anual de 300 marcos do rei da Prússia. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014. 

O asteroide (92) Undina em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 14 de julho próximo, o asteroide Undina estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.159), quando então sua magnitude chegará a 10.3 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 92 Undina foi descoberto em 07 de julho de 1867 pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma referência à heroína do romance Undine, de autoria do escritor alemão Barão Friedrich H. K. de la Motte Fouqué (1777 - 1843); Ondina. (MOURÃO, 1987). 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 192p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (65) Cybele em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 13 de julho próximo, o asteroide Cybele estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.090), quando então sua magnitude chegará a 11.0 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 65 Cybele foi descoberto em 08 de março de 1861 pelo astrônomo alemão Ernest Wilhelm Tempel (1821 - 1889) no Observatório de Marselha. Seu nome e homenagem à maior das deusas frigias do Oriente próximo. Importada da Grécia e de Roma, personificou-se sob diferentes nomes: Mãe Grande, Mãe dos Deuses, a Grande Deusa, a potência vegetativa e selvagem da natureza. (MOURÃO, 1987).

As observações realizadas durante a ocultação de AGK3 19 599 deste asteroide ocorrida em 17 de outubro de 1979, registram ocultações secundárias atribuídas a um satélite de diâmetro 11 km localizado a 917 km do centro de (65) Cybele. As observações realizadas em três observatórios nesta ocasião  demonstrou-se que o asteroide tem uma forma irregular.

Em abril de 2015, Lorenzo Franco (Observatório de Balzaretto, IAU Code: A81) e Frederick Pilcher Organ Mesa Observatory (Las Cruces, NM - USA) apresentaram uma forma e um modelo do eixo de rotação para o asteróide 65 Cybele. Esse modelo foi elaborado com o processo de inversão da curva de luz, usando dados fotométricos densos combinados obtidos durante quinze aparições de 1977 a 2014 e dados esparsos da USNO Flagstaff. A análise dos dados encontrados encontrou um período sideral P = 6,081434 ± 0,000005 horas (Franco e Pilcher, 2015). 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 165p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Marsden, B.G. CBAT/IAUC nº 3439, Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/03400/03439.html>, acesso em 07 jul. 2013.

Franco, L, Pilcher. F. - Minor Planet Bulletin (ISSN 1052-8091), Bulletin of the Minor Planets Section of the Association of Lunar and Planetary Observers, Vol. 42, No. 3, 2015pp. 204-206. Available in: <http://adsabs.harvard.edu/abs/2015MPBu...42..204F> Acesso em: 07 Abr. 2018.

O asteroide (84) Klio em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 13 de julho próximo, o asteroide Klio estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.090), quando então sua magnitude chegará a 11.2 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 84 Klio foi descoberto em 25 de agosto de 1865 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822 - 1900) no Observatório de Düsseldorf. Seu nome é uma homenagem à musa da história, Clio. (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00"N, LONG: 024° 06' 00"E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 184p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

O asteroide (24) Themis em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 12 de julho próximo, o asteroide Themis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.040), quando então sua magnitude chegará a 11.9 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de medio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 24 Themis foi descoberto em 05 de abril de 1853 pelo astrônomo amador italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. Seu nome é uma alusão à deusa da justiça. Têmis filha do céu e da terra. Este nome foi proposto pelo astrônomo italiano Angelo Secchi (1818 - 1878) pioneiro da espectroscopia estelar (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00"S e LONG: 050° 42' 00"W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS, Vaz Tolentino Observatório Lunar, jun. 2014. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

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