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sábado, 1 de maio de 2021

Largue o cel e olhe para o céu #20

Centaurus A


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #019 - Centaurus A

NGC 5128 é uma galáxia elíptica, conhecida como Centaurus A e se localiza na constelação do Centauro (Centaurus). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação.

Para entender a origem do nome Centauro e sua conformação, é preciso referenciar a tempos idos, quando se cultuavam divindades cujas histórias ficcionais constituíram as mitologias greco-romana.

Na mitologia, há criaturas consideradas como monstros, com partes ou proporções sobrenaturais, às vezes combinando membros de diferentes animais. Por essa razão, eram vistos com temor, pois também lhes atribuíam a ferocidade dos animais. Dentre esses seres havia o Centauro, cuja cabeça e tronco seriam humanas, com o restante do corpo de um cavalo. Apesar de se tratar de um monstro, era o único deles para os quais se reconheciam boas qualidades, como Quíron, centauro que se tornou famoso por suas habilidades com a caça, medicina, música e a arte da profecia. Entretanto, havia outros mais grosseiros, que teriam causado um conflito enorme em um casamento, devido ao comportamento violento (BULFINCH, 2002).

Em relação à constelação, não se sabe exatamente à qual dos centauros os gregos e romanos se referiam. Segundo o poeta romano Ovídio, a constelação de Centauro representa Quíron, embora outras fontes o associem com a constelação de Sagitário (Figura 1). Ainda segundo essas fontes, Centaurus representaria um dos centauros menos civilizados (CONSTELLATION GUIDE, 2020a).

Figura 1 - Constelação do Centauro conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Centauro pode ser vista em latitudes entre +25° e -90° (CONSTELLATION GUIDE, 2020b), tendo como constelações vizinhas Lupus, Circinus, Antlia, Crux, Musca, Carina, Vela, Antlia e Hydra (Figura 2). 

Figura 2 - Constelações de Centaurus, Lupus, Circinus, Antlia, Crux, Musca, Carina, Vela, Antlia e Hydra, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha vermelha delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Oficialmente, a constelação recebe a designação Centaurus, a abreviatura Cen e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Centauri. As estrelas principais de Centauro são: Rigil Kentaurus ou Toliman (α Centauri ou α Cen), Hadar ou Agena (β Centauri ou β Cen), ε Centauri ou ε Cen, Alnair (ζ Centauri ou ζ Cen), ν Centauri ou ν Cen, h Centauri ou h Cen, Menkent (θ Centauri ou θ Cen), Muhlifain (γ Centauri ou γ Cen) e δ Centauri ou δ Cen (Figura 3). 

Figura 3 - Constelação de Centauro conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Centaurus A (Figura 4), também conhecida como Galáxia do Hambúrguer, é uma galáxia elíptica peculiar, estando cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra, sendo a galáxia mais próxima da Via Láctea. No catálogo New General Catalog, foi denominada como NGC 5128 (ESO, 2012a). 

Figura 4 – NGC 5128 – Centaurus A – Crédito da foto: ESO – License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (ESO, 2012b)

Também é a rádio galáxia mais próxima do nosso planeta e a mais forte no céu (CONSTELLATION GUIDE, 2014; ESO, 2012a). Na década de 50,  as fontes de rádio eram denominadas pelo nome da constelação onde eram localizadas, seguidas por letras maiúsculas em ordem alfabética, à medida em que eram descobertas naquela constelação. Foi assim, então, que surgiu o nome Centaurus A, sendo a primeira fonte deste tipo descoberta na constelação Centaurus. Essa nomenclatura foi pouco depois abandonada (ANDERNACH, 1998).

Centaurus A contém estrelas vermelhas em seu bojo e mais de cem regiões de formação estelar em seu disco, apresentando uma faixa escura de poeira, que perturba a homogeneidade de sua natureza elíptica e ofusca a sua região central (Figura 5). Essa faixa contém grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens e, juntamente com a forte emissão de rádio, indicam que Centaurus A possa ser resultado de uma fusão galáctica. Os restos de uma galáxia espiral constituiriam essa faixa de poeira, como resultado da atração gravitacional exercida por uma outra elíptica gigante (CONSTELLATION GUIDE, 2014; ESO, 2012a). 

Acredita-se que a NGC 5128 contenha um buraco negro em sua região central, supermassivo, cuja massa é cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol e que seria responsável pelo núcleo brilhante, a forte emissão de rádio e os jatos originados a partir dele (ESO, 2012a). Destaca-se ainda que Centaurus A pode ser detectada em todas as faixas do espectro eletromagnético (CONSTELLATION GUIDE, 2014).

Centaurus A pode ser visualizada no hemisfério Sul e em baixas latitudes setentrionais. Localiza-se ao norte do aglomerado globular Omega Centauri, à sudeste da estrela Menkent e à noroeste das estrelas Rigil Kentaurus e Hadar (Figura 5). Utilizando-se grandes binóculos e telescópios amadores, poderá ser visto o bojo central e a sua faixa de poeira. Com grandes telescópios, poderão ser visualizados mais detalhes (CONSTELLATION GUIDE, 2014). 

Figura 5 – Localização da NGC 5128 em relação às estrelas Menkent, Rigil Kentaurus e Hadar, da constelação Centaurus. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

Referências:

ANDERNACH, Heinz. Internet Resources for Radio Astronomy. arXiv:astro-ph/9807346, [s. l.], 1998. Disponível em: http://arxiv.org/abs/astro-ph/9807346. Acesso em: 30 abr. 2021.

BULFINCH, Thomas. O Livro de Ouro da Mitologia. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. 

CONSTELLATION GUIDE. Centaurus A - NGC 5128. [S. l.], 2014. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/centaurus-a/. Acesso em: 6 abr. 2021. 

CONSTELLATION GUIDE. Centaurus Constellation. [S. l.], 2020a. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/centaurus-constellation/. Acesso em: 21 abr. 2020. 

CONSTELLATION GUIDE. Constellation List. [S. l.], 2020b. Disponível em: https://www.constellation-guide.com/constellation-list/. Acesso em: 25 abr. 2020. 

ESO. Um olhar profundo em Centaurus A. [S. l.], 2012a. Disponível em: https://www.eso.org/public/brazil/news/eso1221/. Acesso em: 30 abr. 2021. 

ESO. Um olhar profundo na estranha galáxia Centaurus A. [S. l.], 2012b. Disponível em: https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1221a/. Acesso em: 1 abr. 2021. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Centauro. Boston: [s. n.], 2020.  


EDIÇÕES ANTERIORES

A ocultação de Acrab pela Lua em 26 maio 2021.

Antônio Rosa Campos

Na madrugada de 26 de maio próximo, a Lua + 100% iluminada e com uma elongação de 178°, novamente ocultará a estrela Acrab de magnitude 2.6 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2020) como: binóculos, lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão a partir da região da Melanésia e Polinésia na Oceânia até a região central da América do Sul.

 

Desta forma observadores localizados naquela região (Melanésia e Polinésia) da Oceânia (Ilhas Cook, Nova Caledônia e Polinésia Francesa) poderão acompanhar esse evento em ambas as fases (Desaparecimento e Reaparecimento) conforme descrito na tabela 1.

 

Já os observadores localizados nas regiões oeste e central da América do Sul, (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai), poderão também acompanhar esse evento em ambas as fases (Desaparecimento e Reaparecimento) conforme descrito na tabela 2.

 

Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 2, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Desta forma, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: Suplemento Nr 3 – AAB 2021 – Acrab 20210526. as condições de desaparecimento e reaparecimento para 250 municípios localizados nas regiões Centro oeste e sul do Brasil, muito embora o município de Teodoro Sampaio no estado de São Paulo, possa acompanhar o desaparecimento deste evento.

 

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e Reaparecimento acima mencionadas, abaixo está o mapa global com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange além da América do Sul, mais ilhas situadas no oceano atlântico e pacífico sul (figura 3).


Acrab, Beta 1 Scorpii ou 8 Scorpii

Beta Scorpii é uma das melhores estrelas duplas brilhantes no céu para telescópios de pequeno porte, e não será nada difícil de ser encontrada com um bom refrator de duas polegadas (WDS, 2021). 


Magnitudes individuais dos componentes foram medidos como 2,63 e 4,92; separação de 13,7" em Ângulo de Posição de 23°. Há cores de muito pouco contraste neste par, embora C.E Barns chama-os: "Intenso e colorido". Para T.W. Webb eles eram "Pálidos amarelo e verde", W.T. Olcott os chama "branco e azul", Proctor Mary pensou que eles são "branco e lilás", enquanto E.J. Hartung fala deles como um "par pálido e esplêndido amarelo" vistos à luz do dia eles dão a impressão de uma tonalidade amarelada, provavelmente devido ao contraste com o céu azul. Contra o céu escuro da noite a maioria dos observadores irá encontrá-los simplesmente branco talvez com um tom cinzento ou azulado na estrela mais fraca.

A segunda companheira, de magnitude 9,5, foi descoberta por S.W. Burnham com uma abertura de 18,5 polegadas em 1879, e é difícil de observar mesmo em grandes telescópios. Hartung acha que foi possivelmente visíveis com telescópios de 30 centímetros em 1960, desde então fechou um pouco, cerca de 0,5", o ângulo de posição aumentou de 88 graus em 1880 para cerca de 132 graus em 1959.

Evidentemente, as duas estrelas estão em revolução orbital com um lento período, provavelmente se aproximando de 1000 anos. Durante uma ocultação de Beta Scorpii pela lua em 08 julho de 1976, a estrela fraca foi encontrada para ser consideravelmente mais brilhante do que o esperado, provavelmente cerca de magnitude 6.5; ou a estrela é variável, ou a estimativa de magnitude 9,5 foi uma grande subestimativa resultantes da dificuldade de observação. Este par fechado, aliás, é chamado de "A-B"; a terceira estrela em 13,7" é designada "C".

Além desses dois companheiros visíveis, a principal brilhante é uma binária espectroscópica com período de 6.828145 dias. Da órbita conhecida, as massas dos dois componentes parecem ser cerca de 21 e 13 massas solares, e a órbita da componente brilhante é cerca de 8 milhões de quilômetros do centro gravitacional do sistema, com uma excentricidade de 0,27.

Um evento amplamente observado e raro foi a ocultação do sistema Beta Scorpii por Júpiter 13 de maio de 1971. Na ocasião, a componente brilhante passou por trás do disco do planeta muito perto de seu pólo sul, permanecendo escondida durante cerca de 90 minutos, a magnitude 5 do componente "C" de 13,7" foi ocultado quase centralmente por um intervalo de 2,2 horas de "totalidade". No reaparecimento, cada estrela foi vista pela primeira vez como um ponto fraco da luz, aparentemente dentro do disco de Júpiter, a estrela mais brilhante requer cerca de 7 minutos para recuperar o brilho total. Ambas as estrelas brilharam irregularmente com "flares", aparentemente o resultado da estrutura estratificada da atmosfera de Júpiter Durante este evento, um fenômeno ainda mais raro foi observado; a ocultação de Beta Scorpii C pelo satélite de Júpiter Io, a estrela permaneceu ocultada por 4m 11s como observado na Jamaica, e um pouco mais de 5 minutos como pode ser visto a partir do Observatório da Universidade da Flórida. Durante este evento, uma forte evidência foi encontrada para o fim da duplicidade de Beta Scorpii C, de acordo com os astrônomos no McDonald Observatory a estrela é provavelmente um par perto de cerca de 0,10" de separação em AP de 308 graus com um diferença de brilho de cerca de 2 magnitudes. O sistema Beta Scorpii então se torna um quíntuplo, embora apenas o brilhante par A-C possa visto na maioria dos telescópios amadores.

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm

"formulário de reporte"

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou

http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls 

(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

https://www.facebook.com/groups/806932362709528/

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23567-X, 23568-8, 23673-0)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. Three – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em: <https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=64938> Acess in: 28 Fev. 2021.

O asteroide (48) Doris em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 08 de julho próximo, o asteroide Doris estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.040), quando então sua magnitude chegará a 11.7 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 48 Doris foi descoberto em 19 de setembro de 1857 pelo astrônomo alemão Hermann Mayer Salomon Goldschmidt (1802 - 1866) no Observatório de Paris. Seu nome é uma homenagem a Doris, mulher de Nereu, mãe das Nereidas. Dóris (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00"N, LONG: 003° 48' 00"W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimentos de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT 

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (83) Beatrix em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 05 de julho próximo, o asteroide Beatrix estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.219), quando então sua magnitude chegará a 11.7 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 83 Beatrix foi descoberto em 26 de abril de 1865 pelo astrônomo italiano Anibale de Gasparis (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. Seu nome é homenagem à Beatriz, nobre mulher florentina de família Portinari, imortalizada por Dante da Divina Comédia. Convém lembrar que o descobridor tinha uma filha com esse nome. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (27) Euterpe em 2021.

Antônio Rosa Campos


Em 03 de julho próximo, o asteroide Euterpe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.393), quando então sua magnitude chegará a 10.4 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 27 Euterpe foi descoberto em 08 de novembro de 1853 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823-1895) no Observatório de Londres. O seu nome é alusão à musa da música (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24' 00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (5) Astraea em 2021.

Antônio Rosa Campos 

Em 05 de junho próximo, o asteroide Astraea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.247), quando então sua magnitude chegará a 10.6 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 5 Astraea foi descoberto em 08 de dezembro de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Hencke (1793 - 1866) no Observatório de Driesen. Seu nome é uma homenagem do astrônomo Johann Franz Encke (1791-1865) a deusa da justiça, Astréia, filha de Júpiter e Têmis.

Karl-Ludwig Hencke foi um astrônomo amador que trabalhou como empregado de uma Agência dos Correios, após a descoberta do asteroide (5) Astraea e (6) Hebe passou a receber uma pensão anual de 300 marcos do rei da Prússia. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada também encontram-se ilustrada a presença do asteroide: (419) Aurélia, Mv= 10.4. Portanto acessível a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

O asteroide (30) Urania em 2021.

Antônio Rosa Campos

Em 15 de junho próximo, o asteroide Urania estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.117), quando então sua magnitude chegará a 10.5 (CAMPOS, 2020), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 30 Urania foi descoberto em 22 de junho de 1854 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é homenagem a musa da Astronomia. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24'00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustrada também a presença do asteroide: (131) Vala, Mv= 12.6. Portanto acessível a instrumentos óticos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2021. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 137p. Disponível em: https://is.gd/Alma_2021 <URL Alternativa: https://drive.google.com/file/d/1ESmvylsxCV-akd40ttTsAJq2kW_GgVGX/view?usp=sharing> Acesso em 02 Dez 2020.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

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