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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Largue o cel e olhe para o céu #13

Galáxia de Andrômeda

Aléxia Lage


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #012 - M 31 - Galáxia de Andrômeda

M 31 é conhecida como Galáxia de Andrômeda e se localiza na constelação de mesmo nome. Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação. 

Para entender a origem da constelação, é preciso compreender a influência das mitologias nas denominações celestes. Andrômeda teria sido uma linda princesa, filha do Rei Cefeu e da rainha Cassiopeia, a qual era extremamente vaidosa e arrogante. Certo dia, a rainha afirmou que era mais bonita que as ninfas do mar, as Nereidas. Elas pediram então a Poseidon, o deus do mar, que a rainha recebesse uma lição, pois já teria passado de todos os limites. Poseidon então enviou um monstro para devastar a região costeira das terras de Cefeu. Desesperado com isso, o rei consultou um oráculo, que lhe recomendou sacrificar sua filha para que o monstro se acalmasse. Andrômeda foi então acorrentada às rochas chorando muito, apavorada com seu destino. De repente, surgiu o herói Perseu, que salvou a princesa e se casou com ela posteriormente. De acordo com alguns mitólogos, teria sido a deusa Atena quem colocou Andrômeda no céu, entre as constelações de Perseu e a de sua mãe, Cassiopeia (Figura 1) (RIDPATH, 2018).
 

Figura 1 - Constelação de Andrômeda conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Andrômeda pode ser vista em latitudes entre + 90° e -40°, tendo como constelações vizinhas Perseus, Cassiopeia, Lacerta, Pegasus, Pisces e Triangulum (CONSTELLATION GUIDE, 2020)(Figura 2). 
 
Figura 2 - Constelações de Andromeda, Perseus, Cassiopeia, Lacerta, Pegasus, Pisces e Triangulum visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte.(STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Oficialmente, a constelação recebe a designação Andromeda, a abreviatura And e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Andromedae. As estrelas principais de Andromeda são: Alpheratz (Sirrah ou α Andromedae ou α And), Mirach (β Andromedae ou β And), δ Andromedae ou δ And, Almach (γ Andromedae ou γ And), μ Andromedae ou μ And e ν Andromedae ou ν And  (Figura 3) (RÉ; DE ALMEIDA, 2000).

Figura 3 - Constelação de Andromeda conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

É também nesta constelação que se localiza M 31, a galáxia espiral de Andrômeda (Figura 4).  Catalogada também como NGC 224, tem seu registro mais antigo realizado pelo astrônomo persa Abd al-Rahman al-Sufi, que a descreveu como uma “pequena nuvem”. Localize-se a 8° a noroeste da estrela Mirach (Figura 5), com dimensão aparente de 190’ x 60’, estando distante de nós a 2,54 milhões de anos-luz, sendo a galáxia mais próxima da nossa Via Láctea. Sua magnitude aparente corresponde a 3.44 e contém um trilhão de estrelas, 2 vezes mais que a nossa galáxia, que possui de 200 a 400 bilhões delas. Em cerca de 3,75 bilhões de anos, elas irão colidir, resultando na formação de uma nova galáxia (CONSTELLATION GUIDE, 2011).

Figura 4 – M 31 – Galáxia de Andrômeda - Crédito da foto: Mike Herbaut & the ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator (MIKE HERBAUT & THE ESA/ESO/NASA PHOTOSHOP FITS LIBERATOR, [s.d.]).
 
Figura 5 – Localização da Galáxia de Andrômeda na constelação de Andromeda. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)
A Galáxia de Andrômeda possui 14 galáxias satélites, sendo M 32 e M 110 as maiores e mais fáceis de se observar. M 31 contém cerca de 450 aglomerados globulares. Dentre eles, se destaca o aglomerado globular One (G1) com uma magnitude aparente de 13.72, mais brilhante, portanto, que o nosso Omega Centauri. Uma característica peculiar de M 31 é o fato de possuir um núcleo duplo, descoberto pelo telescópio Hubble em 1991. Há duas hipóteses para o segundo núcleo: pode ter sido de outra galáxia que foi incorporada a ela ou de nuvens de poeira que escondem parte de sua região central (CONSTELLATION GUIDE, 2011). 

A Galáxia de Andrômeda é visível a olho nu em uma noite escura, sendo o objeto mais distante de nós que o olho humano pode visualizar sem um equipamento (CONSOLMAGNO; DAVIS, 2018). Utilizando-se binóculos 10 x 50, a galáxia aparecerá apenas como uma nuvem oval com um núcleo brilhante. Pequenos telescópios também revelam apenas o seu núcleo brilhante, mas instrumentos maiores são capazes de mostrar seu tamanho total, que é seis vezes maior que o diâmetro aparente da Lua cheia. As galáxias anãs M 32 e M 110 também podem ser vistas em binóculos (CONSTELLATION GUIDE, 2011).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

Referências:

CONSOLMAGNO, G.; DAVIS, D. M. Turn left at Orion. 5. ed. Great Britain: Cambridge University Press, 2018. 

CONSTELLATION GUIDE. Andromeda Galaxy (Messier 31): Facts, Location, Images. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/andromeda-galaxy-messier-31-m31-ngc-224/>. Acesso em: 27 set. 2020. 

CONSTELLATION GUIDE. Andromeda Constellation: Facts, Myth, Stars, Deep Sky Objects. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/constellation-list/andromeda-constellation/>. Acesso em: 27 jul. 2020. 

MIKE HERBAUT & THE ESA/ESO/NASA PHOTOSHOP FITS LIBERATOR. M31 Andromeda Galaxy. Disponível em <https://www.spacetelescope.org/projects/fits_liberator/fitsimages/mike_herbaut_1/>. Acesso em: 27 set. 2020. 

RÉ, P.; DE ALMEIDA, G. Observar o céu profundo. Lisboa: Plátano, 2000. 

RIDPATH, I. Star Tales. 2. ed. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Andrômeda. Boston: Stellarium.org, 2020. 

A ocultação de Marte pela Lua em 3 de outubro 2020.

Antônio Rosa Campos

Em 3 de outubro, a Lua -98% iluminada e com uma elongação solar de 165°, novamente ocultará o planeta Marte com a magnitude visual estimada em -2.5 (CAMPOS, 2019), sendo está a última ocorrência neste ano. Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão da superfície terrestre. (Figura 1).


Desta forma os observadores localizados na América do Sul (Argentina, Brasil, Chile e Uruguai) conforme apresentado na figura 2, poderão acompanhar esse evento, de acordo com as circunstâncias apresentadas na tabela 1 respectivamente.



Conforme ainda podemos visualizar na figura 2 acima; cruzando a região mesoatlântica, o reaparecimento de Marte neste evento será observado em regiões costeiras da África (África do Sul e Angola) mas observável na fase diurna do dia, conforme apresentado na tabela 2.


Marte é conhecido desde a mais remota antiguidade; Em 2540 A.C., um dos dias da semana (terça-feira) já lhe era consagrado. Aristóteles teve ocasião de observar uma ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu menciona que Marte esteve próximo à estrela Acrab (Beta Scorpii) em 17 de janeiro do Ano 272 a.C. (Mourão, 1984).

As ocultações de planetas pela Lua são fenômenos de rara beleza, onde seus registros constituem uma excelente oportunidade do astrofotógrafo, por exemplo, incrementar sua coleção, bem como ainda, ao astrônomo amador manter um registro significativamente importante destes dados, desde que são encaminhados para associações de pesquisas como a ALPO (Association Lunar and Planetary Observers), IOTA (International Occultation Timing Association) e no Brasil a REA (Rede de Astronomia Observacional).

Sites recomendados:

www.rea-brasil.org/ocultacoes

"Como observar"

"formulário de reporte"

 (ocultações lunares) ou

(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!


Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

O asteroide (79) Eurynome em 2020.


Em 11 de dezembro, o asteroide Eurynome estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.184), quando então sua magnitude chegará a 9.8 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 79 Eurynome foi descoberto em 14 de setembro de 1863 pelo astrônomo norteamericano James Craig Watson (1838 - 1880) no Observatório de Ann Arbor (Estados Unidos). Seu nome é uma homenagem à ninfa do Eurínome, Filha de Oceano e Tétis. Amada por Júpiter, dele teve os seguintes filhos: Algae, Eufrosina e Tália e o deus-rio Asopo. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos asteroides: (16) Psyche, magnitude visual estimada em 9.4 (https://sky-observers.blogspot.com/2020/10/o-asteroide-16-psyche-em-2020.html) e também (201) Penelope, magnitude visual estimada em 11.9. Assim sendo, estes asteroides também são acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (16) Psyche em 2020.


Em 07 de dezembro, o asteroide Psyche estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.613), quando então sua magnitude chegará a 9.3 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 16 Psyche foi descoberto em 17 de março de 1852 pelo astrônomo amador italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. (MOURÃO, 1987).

Acredita-se que (16) Psyche esteja entre os dez corpos mais massivos do cinturão principal de asteroides; ele também causa surpresas em alguns pesquisadores que se surpreendem com a detecção de depósitos de água em um asteroide, o que antes era pensamento comum de serem corpos de puro metal. Devido ao seu diâmetro ele deve conter um pouco menos de 1% da massa de todo o cinturão principal de asteroides e que, seja o seu exposto núcleo de ferro um protoplaneta (The Watchers).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00"S e LONG: 050° 42' 00"W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos asteroides: (79) Eurynome, magnitude visual estimada em 10.0 (https://sky-observers.blogspot.com/2020/10/o-asteroide-79-eurynome-em-2020.html); (74) Galatea, magnitude visual estimada em 11.6 (https://sky-observers.blogspot.com/2020/10/o-asteroide-74-galatea-em-2020.html) e ainda (201) Penelope, magnitude visual estimada em 11.9. Assim sendo, estes asteroides também são acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



The Watchers, November 30, 2016 - 10:22 PM (arcampos_0911@yahoo.com.br): https://watchers.news/2016/11/30/asteroid-psyche-water/ - Acess: in 13 Jan 2017.

Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS, Vaz Tolentino Observatório Lunar, jun. 2014. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (13) Egeria em 2020.


Em 20 de dezembro, o asteroide Egeria estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.310), quando então sua magnitude chegará a 9.9 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 13 Egeria foi descoberto em 02 de novembro de 1850 pelo astrônomo italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. Seu nome é uma alusão à ninfa romana Aricia, esposa de Numa, segundo rei de Roma. Este asteroide foi designado pelo astrônomo francês Joseph Urban Leverrier. (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00"S e LONG: 050° 42' 00"W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS, Vaz Tolentino Observatório Lunar, jun. 2014. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (74) Galatea em 2020.


Em 04 de dezembro, o asteroide Galatea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.878), quando então sua magnitude chegará a 11.4 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 74 Galatea foi descoberto em 29 de agosto de 1862 pelo astrônomo alemão Ernest Wilhelm Tempel (1821 - 1889) no Observatório de Marselha. Seu nome latino, oriundo do grego Galathea, é homenagem à ninfa desse nome (que significa "corpo branco"), filha de Nereu e Doris. Objeto do amor de do cíclope Polifemo, que não lhe correspondeu, amando e casando com Ácis. Enciumado Polifemo destruiu-a; Galatéia. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos asteroides (16) Psyche, magnitude visual estimada em 9.4 (https://sky-observers.blogspot.com/2020/10/o-asteroide-16-psyche-em-2020.html) e também (201) Penelope, magnitude visual estimada 11.9. Assim sendo, estes asteroides é acessível observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (51) Nemausa em 2020.


Em 25 de novembro, o asteroide Nemausa estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.760), quando então sua magnitude chegará a 10.6 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 51 Nemausa foi descoberto em 22 de janeiro de 1858 pelo notável aluno da escola de Marselha, A. Laurent que observava no Observatório particular de Benjamin Valz, em Nîmes. Seu nome e uma homenagem à cidade e a fonte dedicada ao deus Nemausus. Forma feminina de Nemausum, nome latino de Nîmes, cidade onde foi descoberto. (MOURÃO, 1987).

Em 1939 (51) Nemausa foi selecionado por Bengt Strömgren (1908 - 1987) do observatório de Copenhagen com o objetivo de melhorar os catálogos fundamentais das estrelas (MARDSEN, 2013); uma das ocultações favoráveis para a determinação de curva de luz, tamanho e forma foi à ocorrida em 11 de setembro de 1983, quando então (51) Nemausa ocultou a estrela 14 Piscium, visível numa faixa densamente povoada dos Estados Unidos de modo que um perfil detalhado pode então ser determinado; entretanto não foi observada nenhuma ocultação secundária nesta oportunidade (DUNHAM, 1984).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (202) Chryseis, magnitude visual estimada em 11.7. Assim sendo, este asteroide é acessível observacionalmente a instrumentos de pequeno médio porte.


Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Mardsen, B.G. CBAT/IAUC nº 3480. (51) Nemausa. Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/03400/03480.html> - Acesso em: 19 ago. 2013.

Dunham, E.W. et al. American Astronomical Society. “Results from the Occultation of 14 Piscium by (51) Nemausa”, Astronomical Journal 89: 1755-1758, 1984. Available in: <http://adsabs.harvard.edu/abs/1984AJ.....89.1755D>. Acesso em: 07 mar. 2019.

Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

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