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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Largue o cel e olhe para o céu #12


Nebulosa do Anel

Aléxia Lage


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #011 - M 57 - Nebulosa do Anel

M 57 é conhecida como Nebulosa do Anel e se localiza na constelação de Lyra (Lira). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação. 

Para entender a origem de Lyra e sua conformação, é preciso compreender a influência das mitologias nas denominações celestes. A constelação é representada como uma lira, instrumento musical de cordas. Esse objeto teria sido uma invenção do deus olímpico Hermes, sendo construída com o casco de uma tartaruga, perfurada na borda para que pudessem ser atadas sete cordas de tripa de vaca. A ele também é atribuída a invenção de uma palheta para esse instrumento. Posteriormente, a lira chegou às mãos de Orfeu, um grande músico de sua época, casado com a ninfa Eurídice. Um dia, porém, ela foi picada por uma cobra e morreu, o que o deixou desconsolado, não querendo mais doravante casar-se com alguma das mulheres que se ofereciam a ele. Segundo o poeta romano Ovídio, Orfeu teria morrido em função da agressão de mulheres que se sentiram rejeitadas por ele, sendo atacado por pedras e lanças. Já na versão do poeta da Grécia Antiga, Eratóstenes, ele morreu em função da ira do deus Dioniso, porque Orfeu considerava Apolo a divindade suprema. Por se sentir tão ofendido por tal menosprezo, Dioniso ordenou o esquartejamento dos membros de Orfeu. Em homenagem a ele, as musas colocaram então a lira em meio às estrelas (RIDPATH, 2018) (Figura 1).
 
Figura 1 - Constelação da Lyra conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Lyra pode ser vista em latitudes entre + 90° e -40°, tendo como constelações vizinhas Cygnus, Draco, Hercules e Vulpecula (CONSTELLATION GUIDE, 2020)(Figura 2). 
 
Figura 2 - Constelações de Cygnus, Draco, Hercules,Vulpecula e Lyra, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Oficialmente, a constelação recebe a designação Lyra, a abreviatura Lyr e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Lyrae. As estrelas principais de Lyra são: Vega (α Lyrae ou α Lyr), Sheliak (β Lyrae ou β Lyr), Sulafat (γ Lyrae ou γ Lyr), δ Lyrae ou δ Lyr (dupla ótica (δ1 e δ2)), Nasr Alwaki I (ζ1) (Figura 3) (RÉ; DE ALMEIDA, 2000).
 
Figura 3 - Constelação da Lyra conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

É também nesta constelação que se localiza M 57, uma nebulosa planetária (Figura 4). Contudo, não se deixe levar pela designação “planetária”. No século XIX, quando esse termo foi introduzido, as óticas dos telescópios não eram tão bem desenvolvidas quanto as atuais e as imagens desses objetos pareciam-se com um planeta desfocado, daí a utilização dessa equivocada terminologia. Na verdade, trata-se do resultado de matéria ejetada de uma estrela de cerca de uma massa solar no final de sua vida. A estrela remanescente então se tornará posteriormente uma anã branca (RÉ; DE ALMEIDA, 2000). 

Figura 4 – M 57 – Nebulosa do Anel - Crédito da foto: NASA, ESA, and C. Robert O’Dell (Vanderbilt University) (NASA, ESA, AND C. ROBERT O’DELL (VANDERBILT UNIVERSITY), 2013)

M 57, catalogada também como NGC 6720, foi descoberta em 1779 pelo astrônomo francês Antoine Darquier de Pellepoix. Está localizada ao sul de Vega, a aproximadamente 40% da distância entre as estrelas Sheliak e Sulafat (Figura 5), com dimensão aparente de 230" x 230" e à distância de 2.300 anos-luz da Terra. Sua magnitude aparente corresponde a 8.8, sendo que a anã branca central possui magnitude visual de 14.8. Na imagem da Figura 5, nota-se que há diferentes cores, devido a camadas da anã branca ou de variados elementos em temperaturas diversificadas. A camada avermelhada na imagem é quase toda constituída por hidrogênio, sendo que os outros elementos incluem oxigênio, nitrogênio e enxofre molecular e hélio. O núcleo da nebulosa planetária possui massa estimada de 0,61 a 0,62 massas solares, sendo cerca de 200 vezes mais luminoso do que o Sol (CONSTELLATION GUIDE, 2020).
 
Figura 5 – Localização da Nebulosa do Anel na constelação de Lyra. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Não é possível observar corretamente a nebulosa utilizando-se binóculos pequenos, sendo melhor visualizada em telescópios de 20 centímetros ou maiores (CONSTELLATION GUIDE, 2020). Em um pequeno telescópio, o anel parecerá um disco muito brilhante, nebuloso e, com um aumento maior, um disco de luz um tanto achatado, mais escuro ao centro (CONSOLMAGNO; DAVIS, 2018).  

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

Referências:

CONSOLMAGNO, G.; DAVIS, D. M. Turn left at Orion. 5. ed. Great Britain: Cambridge University Press, 2018. 

CONSTELLATION GUIDE. Lyra Constellation: Facts, Myth, Stars, Deep Sky Objects, Pictures. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/constellation-list/lyra-constellation/>. Acesso em: 20 ago. 2020. 

NASA, ESA, AND C. ROBERT O’DELL (VANDERBILT UNIVERSITY). Hubble image of the Ring Nebula (Messier 57). Disponível em: <https://www.spacetelescope.org/images/heic1310a/>. Acesso em: 30 ago. 2020. 

RÉ, P.; DE ALMEIDA, G. Observar o céu profundo. Lisboa: Plátano, 2000. 

RIDPATH, I. Star Tales. 2. ed. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação da Lira. Boston: Stellarium Developers, 2020. 

A ocultação de Marte pela Lua em 6 de setembro 2020.


Em 6 de setembro, a Lua -86% iluminada e com uma elongação solar de 136°, ocultará o planeta Marte com a magnitude visual estimada em -1.9 (CAMPOS, 2019). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão da superfície terrestre. (Figura 1).

Desta forma os observadores localizados na América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru, e Suriname) conforme apresentado na figura 2, poderão acompanhar esse evento, de acordo com as circunstâncias apresentadas na tabela 1 respectivamente.



Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 1, este evento também será visível em outras localidades do Brasil; sendo que em diversas localidades esse evento ocorre dentro da faixa do crepúsculo matutino. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link; https://is.gd/occ_marte_2_20200906. as condições de desaparecimento e reaparecimento para 995 municípios localizados nas regiões Centro-oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.



Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 4) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange o evento de forma diurna no Sul da Europa, região setentrional da África e partes do oriente médio, não esquecendo também de ilhas localizadas no oceano Atlântico (incluindo o mediterrâneo) e regiões adjacentes do nordeste africano como Mar Vermelho no oceano Índico entre a África e a Ásia. 



Cruzando a região mesoatlântica, esse evento será observado na África (Argélia, Burkina Faso, Cabo Verde, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Níger, Senegal e Tunísia) já na fase noturna do dia, sendo a região equatorial do Atlântico a mais favorável para os registros de Desaparecimento e Reaparecimento consequentemente, conforme apresentado na tabela 2.


No continente europeu com a ocultação correndo já na faixa diurna do dia, a faixa de visibilidade compreende as regiões: Albânia, Chipre, Espanha, Grécia, Itália, Malta, Portugal e Turquia, conforme apresentado na tabela 3.

Na porção oeste do continente asiático do oriente médio, esse fenômenos também visível a luz do dia abrange as seguintes regiões de visibilidade: Israel, Jordânia e Líbano, cujas circunstâncias de desaparecimento são apresentadas tabela 4 abaixo.

  
Marte é conhecido desde a mais remota antiguidade; Em 2540 A.C., um dos dias da semana (terça-feira) já lhe era consagrado. Aristóteles teve ocasião de observar uma ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu menciona que Marte esteve próximo à estrela Acrab (Beta Scorpii) em 17 de janeiro do Ano 272 a.C. (Mourão, 1984).

As ocultações de planetas pela Lua são fenômenos de rara beleza, onde seus registros constituem uma excelente oportunidade do astrofotógrafo, por exemplo, incrementar sua coleção, bem como ainda, ao astrônomo amador manter um registro significativamente importante destes dados, desde que são encaminhados para associações de pesquisas como a ALPO (Association Lunar and Planetary Observers), IOTA (International Occultation Timing Association) e no Brasil a REA (Rede de Astronomia Observacional).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (8) Flora em 2020.


Em 01 de novembro, o asteroide Flora estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.998), quando então sua magnitude chegará a 7.9 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 8 Flora foi descoberto em 18 de outubro de 1847 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é uma alusão à deusa das flores e jardins, esposa de Zefirus. Foi assim designado pelo astrônomo John Herschel. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24' 00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (45) Eugenia, magnitude visual estimada em 11. Assim sendo, este asteroide é acessível observacionalmente a instrumentos de pequeno médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (34) Circe em 2020.


Em 26 de outubro, o asteroide Circe estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.738), quando então sua magnitude chegará a 12.2 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 34 Circe foi descoberto em 6 de abril de 1855 pelo astrônomo francês Jean Chacornac (1823-1872), no Observatório de Paris. O nome é homenagem à célebre feiticeira Circe, filha do Sol de Perseida, que reinava na ilha de Ea, onde Ulisses desembarcou. Para detê-lo a seu lado, Circe fez com que os companheiros do herói bebessem um licor que os transformou em porcos. Apaixonando-se pelo herói, Circe teve com ele vários filhos, de acordo com as lendas, e fez o possível para que Ulisses permanecesse mais tempo junto dela. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças de Urano, magnitude visual estimada em 5.7, fazendo deste planeta acessível observacionalmente a instrumentos de pequeno porte e no limite da visão desarmada; e ainda dos seguintes asteroides: (11) Parthenope, magnitude visual = 9.4 (https://sky-observers.blogspot.com/2020/09/o-asteroide-11-parthenope-em-2020.html); (67) Asia, magnitude visual = 10.8 (https://sky-observers.blogspot.com/2020/09/o-asteroide-67-asia-em-2020.html); (735) Marghanna, magnitude visual =  11.4 e ainda (45) Eugenia, magnitude visual = 11.7. Assim sendo: (11) Parthenope poderá ser observado com a utilização de instrumentos de pequeno porte, e os demais com instrumentação de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (67) Asia em 2020.


Em 24 de outubro, o asteroide Asia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.547), quando então sua magnitude chegará a 10.7 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 67 Asia foi descoberto em 17 de abril de 1861 pelo astrônomo inglês Norman R. Pogson (1829-1891), no Observatório de Madrasta. Seu nome é homenagem do descobridor a Ásia, esposa de Japeto, mãe de Atlas e Prometeu. Nome lembrado porque foi na Ásia que Pogson fez a sua primeira descoberta astronômica. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do Planeta Urano, magnitude visual estimada em 5.7. Assim sendo, este planeta é acessível observacionalmente a instrumentos de pequeno porte e no limite da visão desarmada.


Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (11) Parthenope em 2020.


Em 23 de outubro, o asteroide Parthenope estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.443), quando então sua magnitude chegará a 9.3 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 11 Parthenope foi descoberto em 11 de maio de 1850 pelo astrônomo italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00"S e LONG: 050° 42' 00"W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença dos seguinte asteroide: (735) Marghanna, magnitude visual estimada em 11.4. Assim sendo, este asteroide é acessível  observacionalmente a instrumentos de médio porte.


Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS, Vaz Tolentino Observatório Lunar, jun. 2014. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

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