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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Largue o cel e olhe para o céu #10

Galáxia do Cata-vento do Sul

Aléxia Lage


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #009 – Galáxia do Cata-vento do Sul


M83 é uma galáxia espiral barrada, conhecida como Galáxia do Cata-vento do Sul e se localiza na constelação de Hydra (Hidra). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação.

Para entender a origem do nome Hydra e sua conformação, é preciso compreender a influência das mitologias greco-romana nas denominações celestes. Existem duas versões de lendas relacionadas à Hydra, a cobra d’água. A primeira é relacionada a uma criatura de nove cabeças, sendo que a localizada no meio seria imortal. No céu, porém, Hydra é ilustrada apenas com uma delas, talvez uma referência àquela cabeça que nunca morre (Figura 1). Ela era tão venenosa que sua respiração e o cheiro do seu rastro, caso aspirados por alguém, levariam a pessoa à morte. Hércules, filho de uma mortal com Zeus, o deus dos deuses, foi ao pântano onde ela vivia, cortou a sua cabeça imortal, e a matou. Isso ficou conhecido como um dos doze trabalhos de Hércules. Entretanto, enquanto ele investia contra a cobra, um caranguejo emergiu do pântano e atacou um dos seus pés, mas ele conseguiu esmagá-lo. Esse animal seria representado na constelação de Câncer, que está próxima à Hydra (RIDPATH, 2018).

Em outra versão da lenda, a cobra d’água teria impedido um corvo de trazer água em um copo, conforme pedido por Apolo, também filho de Zeus. Entretanto, o corvo mentiu, pois na verdade, ele parou no caminho para comer figos e, na volta, o pássaro alegou que Hydra o teria impedido de buscar água. Apolo percebeu a mentira e o castigou colocando-o no céu (constelação do Corvo) próximo à constelação de Hydra, que o impede de beber fora do copo (constelação de Crater) (Figura 2) (CONSTELLATION GUIDE, 2020).

Figura 1 - Constelação de Hydra conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Hydra pode ser vista em latitudes entre +54° e -83°, tendo como constelações vizinhas Libra, Virgo, Corvus, Crater, Leo, Sextans, Cancer, Canis Minor, Monoceros, Puppis, Pyxis, Antlia, Centaurus e Lupus (CONSTELLATION GUIDE, 2020)(Figura 2). 

Figura 2 - Constelações de Hydra, Libra, Virgo, Corvus, Crater, Leo, Sextans, Cancer, Canis Minor, Monoceros, Puppis, Pyxis, Antlia, Centaurus e Lupus, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Oficialmente, a constelação recebe a designação Hydra, a abreviatura Hya e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Hydrae. As estrelas principais de Hydra são: Alphard (α Hydrae ou α Hya), β Hydrae ou β Hya, γ Hydrae ou γ Hya, δ Hydrae ou δ Hya, ε Hydrae ou ε Hya, ζ Hydrae ou ζ Hya, x Hydrae ou x Hya, ν Hydrae ou ν Hya, μ Hydrae ou μ Hya e l Hydrae ou l Hya  (Figura 3) (RÉ; DE ALMEIDA, 2000) (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020). 

Figura 3 - Constelação de Hydra conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

É também nesta constelação que se localiza M83, uma galáxia que apresenta um padrão de estrelas em forma de barra na sua parte central, sendo por isso categorizada como galáxia espiral barrada (Figura 4). O nome Cata-vento do Sul se deve ao fato dela ser muito parecida com outra galáxia do Cata-vento (M101), que se localiza na constelação da Ursa Maior (CONSTELLATION GUIDE, 2014). 

Figura 4 – M83 – Galáxia do Cata-vento do Sul - Crédito da foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/R. Gendler, S. Guisard (www.eso.org/~sguisard) and C. Thöne  – License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (ESO/IDA/DANISH 1.5 M/R. GENDLER, S. GUISARD (WWW.ESO.ORG/~SGUISARD) AND C. THÖNE, 2009)

M83, catalogado também como NGC 5236, está localizado próximo ao limite da constelação de Hydra com Centaurus (Figura 5) e foi descoberto em 1752 pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille. Charles Messier incluiu esse DSO em seu catálogo em 1781. A galáxia contém aproximadamente 3000 aglomerados de estrelas, sendo que alguns possuem menos de 5 milhões de anos. Estende-se por uma área superior a 40 000 anos-luz e, comparada à Via Láctea, possui cerca de 40% do seu tamanho. Dista 15 milhões de anos-luz da Terra e o seu núcleo visível está descentralizado. Isso sugere que a galáxia tenha absorvido uma outra menor no passado. Além disso, foram também observadas em M83 seis supernovas (SN 1923A, SN 1945B, SN 1950B, SN 1957D, SN 1968L e SN 1983N) e posteriormente os cientistas encontraram aproximadamente 300 remanescentes de supernovas. Sabe-se ainda que NGC 5236 está tendo uma formação estelar mais rápida que a da Via Láctea, especialmente na sua região central. Em 2008, a NASA revelou que foram descobertas inúmeras estrelas de formação recente nas regiões externas da galáxia (CONSTELLATION GUIDE, 2014).

Figura 5 – Localização da Galáxia do Cata-vento do Sul na constelação de Hydra. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Messier 83 é visível com a ajuda de um binóculo com uma abertura de 40-50mm ou um pequeno telescópio (THE SKYLIVE.COM, 2020). Refratores de 80 milímetros mostram um núcleo brilhante rodeado por uma nebulosa difusa que abrange cerca de 1/3 do diâmetro aparente da lua cheia. Refletores de 250 milímetros mostrarão uma galáxia com braços em espiral bem formados, numerosas faixas de poeira e a barra central totalmente visível (FREESTARCHARTS.COM, [s.d.]).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.
Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Southern Pinwheel Galaxy - Messier 83. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/messier-83-southern-pinwheel-galaxy/>. Acesso em: 4 jul. 2020. 

CONSTELLATION GUIDE. Hydra Constellation. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/constellation-list/hydra-constellation/>. Acesso em: 4 jul. 2020. 

ESO/IDA/DANISH 1.5 M/R. GENDLER, S. GUISARD (WWW.ESO.ORG/~SGUISARD) AND C. THÖNE. The Southern Pinwheel. Disponível em: <https://www.eso.org/public/images/m83/>. Acesso em: 4 jul. 2020. 

FREESTARCHARTS.COM. Messier 83 - M83 - Southern Pinwheel Galaxy (Barred Spiral Galaxy). Disponível em: <https://freestarcharts.com/messier-83>. Acesso em: 4 jul. 2020. 

RÉ, P.; DE ALMEIDA, G. Observar o céu profundo. Lisboa: Plátano, 2000. 

RIDPATH, I. Star Tales. 2. ed. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Hydra. Boston: [s.n.]. 

THE SKYLIVE.COM. Messier 83 (Southern Pinwheel Galaxy). Disponível em: <https://theskylive.com/sky/deepsky/messier-83-southern-pinwheel-galaxy-object>. Acesso em: 4 jul. 2020. 

A ocultação de Eta Leonis (Al Jabhah) pela Lua em 22 de julho 2020.


Em 22 de julho próximo, a Lua +6% iluminada e com uma elongação de 28°, novamente ocultará a estrela de Al Jabhah (30 eta Leo) de magnitude visual 3.5 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2019) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na região equatorial e austral da América do Sul e de forma diurna no Pacífico Sul abrangendo a Polinésia Francesa. 


Conforme mencionado, observadores localizados na região do Oceano Pacífico (Polinésia Francesa), acompanharão o fenômeno em sua fase diurna conforme apresentado na tabela 1.


Cruzando o oceano pacífico rumo ao continente sul americano, este evento também será observado na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai conforme apresentado na tabela 2.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 2, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://is.gd/occ_eta_leonis_20200722 as condições de desaparecimento e reaparecimento para 366 municípios localizados nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade acima mencionadas, apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também ilhas localizadas no oceano atlântico e oceano pacífico.


Al Jabhah (eta Leonis)

Facilmente identificada no céu como uma das estrelas que ajudam a compor a juba do Leão juntamente com Algieba e também Adhafera, eta Leo essa supergigante azul de magnitude 3.5, tipo e classe espectral A0Ib é um dos membros que compõem a associação de estrelas OB Scorpio-Centaurus; essa estrela possui ainda grande abundância de hélio. Conforme apresentado na figura 4 abaixo, essa estrela está incluída como “suspeita de variável” (NSV 4738) e até o presente momento (AAVSO, 2019) não existem registros observacionais; entretanto trata-se de um sistema binário fechado (WDS, 2019), isso torna seus registros de ocultações altamente desejados (HERALD, 2016).


Sites recomendados:
"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=46057> Acess in: 31 Mar. 2019.

AAVSO. American Association of Variable Star Observers (Home Page), version 1.1 - The International Variable Star Index. Avaiblabe in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=43362> - Acesso em 02 Abr, 2019.


A oposição de Júpiter em 14 de julho 2020.


O gigantesco Júpiter vem chamando novamente a atenção dos observadores neste ano, uma vez que o imponente e massivo planeta estará emoldurando o céu noturno com uma excepcional oposição em 14 de julho próximo quando então sua magnitude chegará a -2.8. Na tabela 1 abaixo e apresentado suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (figura. 1)  da região celeste onde ele se encontra.



A região celeste a qual poderemos encontrar Júpiter e bem conhecida dos astrônomos. Certamente ele juntamente com as conhecidas estrelas conhecidas da constelação de Sagittarius certamente participará no céu com belas conjunções.

Conhecido desde a antiguidade e também vislumbrando seus observadores em todo o mundo (de Galileu Galilei aos astrônomos contemporâneos), Júpiter (assim como Saturno quando visível no céu noturno), com a mais absoluta certeza, será o centro das atenções neste período em qualquer sessão observacional.

O Planeta

Nesta oportunidade Júpiter estará a uma distância da Terra de 4.139575309 u.a (619.271.652 milhões de Km), distância essa considerável, mas superada em sua fantástica oposição de 26 de setembro de 2022, quando então esse planeta estará à distância de 3.9525634 u.a (vide nota 1). Alcançando uma magnitude de -2.8 no presente momento, ele perderá em brilho somente para Vênus e a Lua, quando visíveis no céu.

Satélites galileanos

Além da sua dinâmica superfície, chama a atenção de qualquer observador a dança diária de seus principais satélites naturais Io, Europa, Ganimedes e Callisto (Nota 2); esse fantástico quarteto apresenta formações e eventos mútuos entre si, que também envolvem o disco do planeta. Assim essa dinâmica pode ser acompanhada utilizando-se uma luneta acima de 70 mm de abertura. Isso faz com que o registro preciso dos eventos (particularmente os eclipses, com horários precisos), seja útil para refinar as órbitas destes satélites, mas vai requer uma boa fonte de sinal horária e experiência do observador neste tipo de observação.


Assim sendo, pode-se definir tranquilamente para compor suas efemérides e acompanhamento gráfico num diagrama de saca-rolhas (tabela 2), as seguintes definições e nomenclaturas:

Satélites
1 ou I = Io;
2 ou II = Europa;
3 ou III = Ganimedes;
4 ou IV = Callisto;

Fenômenos
Ec = Eclipse do satélite pela sombra do disco do planeta;
Tr = Trânsito do satélite pelo disco do planeta;
Sh = Trânsito da sombra do satélite pelo disco do planeta;
Oc = Ocultação do satélite pelo disco do planeta;

I = Imersão;
E = Emersão;
D = Desaparecimento;
R = Reaparecimento.


Você pode utilizar as efemérides que se encontram publicada no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2020 (figura 2 – ilustrativa), fazendo gratuitamente o download no seguinte link: https://is.gd/Alma_2020

Importância

Certamente, a edição dos eventos que envolvem a dinâmica de Júpiter e seus principais satélites, e uma constante nesta efeméride o que ocorre sempre nas futuras edições desta mesma publicação.

As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes no planeta. Desta forma esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados destas observações.

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = Em função da distância a Terra, os satélites galileanos apresentam as seguintes magnitudes: Io = 5.5; Europa = 6.1; Ganimedes = 5.1 e Callisto = 6.2.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2020. 136p. Disponível em: < https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 03 Dez 2019.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:   <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 26 Nov. 2015.

O Planeta anão (1) Ceres em 2020.


Em 28 de agosto próximo, o Planeta anão Ceres estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.739), quando então sua magnitude chegará a 7.7 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 1 Ceres foi descoberto em 01 de janeiro de 1801 pelo astrônomo italiano Giuseppe Piazzi (1746 — 1826) no Observatório de Palermo. (Mourão, 1987). Tendo recebido inicialmente a designação de Ceres-Ferdinandea, em homenagem à deusa romana da agricultura e a Ferdinando IV (1751 - 1825) rei da Sicília (Schmadel, 2003). (1) Ceres foi designado como Planeta Anão (Dwarf Planet) durante a 26ª Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, ocorrida entre 14 a 25 de agosto de 2006, em Praga na República Checa (IAU, 2006).   


Em 2015 a missão espacial DAWN realizou esta fotografia da superfície de (1) Ceres com a cratera 'Occator aqui representada em cores falsas apresentando diferenças na composição da superfície (figura 2). Esta cratera mede cerca de 60 milhas (90 quilômetros) de largura. A coloração azul está geralmente associada com um material brilhante, e parece ser consistente com sais, tais como sulfatos. É provável que os materiais de silicato também estão presentes (DAWN, 2016).

E importante ainda mencionar que durante o período de sua oposição ocorrida em 2019, O planeta menor (1) Ceres foi registrado por câmaras fotográficas e pequeno instrumental, isso do município de Arambaré, RS – Brasil, conforme reporta o observador brasileiro Carlos Arlindo Adib com as seguintes estimativas: Ceres 20190526 às 00:04 TU, mag. 7,0 (usando 72). 


  
Na exposição fotográfica apresentada na figura 3, (1) Ceres encontra-se identificado com o número e também suas iniciais (1-CE) muito próximo da estrela 7 Chi Oph mV: 4.42 de cor azul com as coordenadas equatoriais: AR=16 27 1.435, Decl: -18 27 22.49 (J2000.0), na constelação de Ophiuchus.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Schmadel, L.D. (2003). Dicionário de nomes planeta menor (6 ed.). Alemanha: Springer. p. 15. ISBN 978-3-540-00238-3. Press Release IAU 0601. Disponível em <http://www.iau.org/news/pressreleases/?search=iau0601> - Acesso em 31 out. 2014.

Dawn Home (NASA-JPL). <http://dawn.jpl.nasa.gov/multimedia/images/image-detail.html?id=PIA20180> - Acess in. 04 Ago. 2016.

Adib, C.A. Correspondência Pessoal (e-mail: Asteróide 1-Ceres (foto 1677), <adibcd@yahoo.com> to: <Sky & Observers <skyandobservers@gmail.com> em 28 de mai de 2019 18:34.

O asteroide (61) Danae em 2020.



Em 22 de setembro próximo, o asteroide Fortuna estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.276), quando então sua magnitude chegará a 11.0 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 61 Danaë foi descoberto em 09 de setembro de 1860 pelo astrônomo alemão Hermann Mayer Salomon Goldschmidt (1802 – 1866) no Observatório de Paris. Seu nome é uma alusão a Danae, filha de Acrísio, rei de Argos, e de Eurídice. (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00"N, LONG: 003° 48' 00"W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimentos de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (20) Massalia em 2020.


Em 28 de agosto próximo, o asteroide Massalia  estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.739), quando então sua magnitude chegará a 9.6 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 20 Massalia foi descoberto em 19 de setembro de 1852 pelo astrônomo pelo astrônomo A. de Gaspari, no Observatório de Nápoles. Em 1985, o astrônomo Dmitri Lupishko, anunciou que astrônomos da Universidade de Kharkov, na Ucrânia, haviam observado que este asteroide se deslocava no sentido contrário aos demais asteroides. (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00” S e LONG: 050° 42' 00” W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

E importante ainda mencionar que durante o período de sua oposição ocorrida em 2019, (20) Massalia foi registrado por câmaras fotográficas e pequeno instrumental, isso da região urbana de Porto Alegre, RS – Brasil, conforme reporta o observador brasileiro Carlos Arlindo Adib com as seguintes estimativas: 20190408 às 04:18 TU, mag. 10.5 (usando 102 e 108).


Na exposição fotográfica realizada pelo astrofotógrafo brasileiro Gilberto Klar Renner apresentada na figura 2, o asteroide Massalia encontra-se identificado com a letra inicial “M” muito próximo a estrelas: (HIP = Hipparcos catalogue) HIP: 79785, mV: 6.61, de cor azul, classe espectral B9V com as coordenadas equatoriais: AR=16 16 58.766, Decl: -21 18 14.87 (J2000.0) e ainda HIP: 79945 (AR=16 19 7.722 e Decl: -20 13 5,05 ( J2000.0), uma gigante alaranjada mV= 6.29, classe e tipo espectral K0III; ambas localizadas na constelação de Escorpião.


Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (308) Polyxo, mV: 11.7, portanto acessível à observação com instrumentos de médio porte.


Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS, Vaz Tolentino Observatório Lunar, jun. 2014. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

Adib, C.A. Correspondência Pessoal (e-mail: Fw: Foto de (20) Massalia ....melhorada). <adibcd@yahoo.com> to: <Sky & Observers <skyandobservers@gmail.com> em 14 de mai de 2019 10:17.

O asteroide (19) Fortuna em 2020.


Em 11 de setembro próximo, o asteroide Fortuna estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.441), quando então sua magnitude chegará a 9.2 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 19 Fortuna foi descoberto em 22 de agosto de 1892 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é alusão a uma das mais poderosas divindades dos antigos, a deusa da fortuna. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24' 00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND  

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos seguintes asteroides: (49) Pales, magnitude visual estimada em 11.1 (ver dados de oposição em: https://sky-observers.blogspot.com/2020/08/o-asteroide-49-pales-em-2020.html) e (375) Ursula, magnitude visual estimada em 11.3. E importante ainda destacar a presença do planeta Netuno em oposição nesta data, magnitude visual estimada em 7.8. Assim sendo, todos eles também estão acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

O asteroide (17) Thetis em 2020.


Em 9 de setembro próximo, o asteroide Thetis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.635), quando então sua magnitude chegará a 10.6 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 17 Thetis foi descoberto em 05 de abril de 1853 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1793 - 1866) no Observatório de Dusseldorf. Seu nome é uma homenagem a Tetis, esposa de Peleus rei da Tessália, filha de Nereu e Doris, segundo uma proposta do astrônomo alemão F.N.A. Argelander (1799 - 1875). (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00"N, LONG: 024° 06' 00"E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER


Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

O asteroide (22) Kalliope em 2020.


Em 10 de setembro próximo, o asteroide Kalliope estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.540), quando então sua magnitude chegará a 10.5 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 22 Kalliope foi descoberto em 16 de novembro de 1852 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres (MOURÃO, 1987).

Conforme descrito na IAUC No. 7703, W.J. Merline do Southwest Research Institute (SRI) e F. Ménard do Observatoire de Grenoble reportaram que, com a colaboração de (L. Close, da Universidade do Arizona; C. Dumas do Jet Propulsion Laboratory;  C.R. Chapman e D.C Slater, SRI) a detecção de um satélite em órbita de (22) Kalliope em 02 de setembro de 2001. O S/2001 (22) 1 foi detectado com o telescópio franco-canadense-hawaiano, (com sistema de óptica adaptativa) de 3.6 m em Mauna Kea. Na mesma circular e informado que J.L. Margot e M.E. Brown do California Institute of Technology, apresentam a separação entre o primário e o secundário de  0".51 (1000 km), com imagens obtidas em 29 de agosto daquele ano, quando então utilizaram o telescópio Keck II também em Mauna Kea.

Já na Circular No. 8177 ( 08, Aug. 2003) é informado que o Committee on Small Bodies Nomenclature (CSBN), adotou o nome "Linus" para o satélite S/2001 (22) 1, orbitando em torno de (22) Kalliope.

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00"S e LONG: 007° 24' 00"E , foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

Green, D.W.E. S/2001 (22) 1. CBAT/IAUC nº 7703, sept. 2001. Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/07700/07703.html> - Acesso em: 07 jul. 2013. 

________. Satellites of (22) Kalliope and (45) Eugenia. CBAT/IAUC nº 8177, ago. 2003.  Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/08100/08177.html> - Acesso em 04 mai. 2014.

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