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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Largue o cel e olhe para o céu #7

Caixa de Joias

Aléxia Lage


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #006 – Caixa de Joias. 

NGC 4755 é um Aglomerado Estelar Aberto, conhecido como Caixa de Joias e se localiza na constelação do Cruzeiro do Sul. Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação.

Os gregos antigos consideravam Cruzeiro do Sul originalmente como parte da constelação de Centauro. Naquele tempo, ela era ainda visível no hemisfério norte há cerca de 5000 anos e, embora pudesse ser visualizada em Atenas, aparecia baixa no céu. Porém, com a precessão dos equinócios, ao longo do tempo não foi mais observada e acabou sendo esquecida. Somente durante a Era das Grandes Navegações foi que os portugueses mapearam a constelação para a navegação. Foi nesse mesmo período que ela foi definitivamente separada de Centauro (CONSTELLATION GUIDE, 2014).

Na vizinhança do Cruzeiro do Sul, encontram-se as constelações de Centauro e Mosca (Figura 1).

Figura 1 - Constelação do Cruzeiro do Sul e suas constelações vizinhas Centauro e Mosca. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

É necessário que se faça aqui uma distinção: existe a constelação do Cruzeiro do Sul e o asterismo de mesmo nome. O asterismo é muito conhecido e facilmente reconhecível no hemisfério sul, sendo formado por cinco estrelas que lembram a forma de uma cruz, daí a sua denominação (CONSTELLATION GUIDE, 2014). Já a constelação, envolve muito mais do que essas cinco estrelas do asterismo. É composta por toda a área delimitada para a constelação, a qual inclui o asterismo e todas as outras estrelas que se encontram dentro dessa área, além dos objetos do céu profundo, como a Caixa de Joias e a Nebulosa do Saco de Carvão (Figura 2).

Figura 2 - Constelação do Cruzeiro do Sul (delimitada em vermelho) com suas estrelas principais (que são as mesmas do asterismo Cruzeiro do Sul). Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

A constelação recebeu a designação oficial de Crux, a abreviatura Cru e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pela palavra Crucis (que indica que a estrela pertence à constelação do Cruzeiro do Sul). Conforme mostrado na Figura 2, algumas estrelas conhecidas são:  Acrux (Alpha Crucis ou α Cru), Becrux ou Mimosa (β Crucis ou β Cru), Gacrux (γ Crucis ou γ Cru), δ Cru (δ Crucis ou Delta Cru e Intrometida (ε Crucis ou ε Cru). Essas mesmas estrelas são as que compõem o asterismo Cruzeiro do Sul que, na verdade, mais lembra uma pipa que uma cruz (CONSTELLATION GUIDE, 2014). Se consideramos apenas 4 delas, sem a Intrometida, aí sim teremos uma cruz de fato.

A NGC 4755 encontra-se na região próxima à estrela Mimosa (β Crucis), conforme mostrado na Figura 3:

Figura 3 - Localização da NGC 4755. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

NGC 4755 é também conhecido como Aglomerado Kappa Crucis. Johann Bayer, astrônomo alemão, deu o nome de Kappa Crucis originalmente ao aglomerado porque acreditou que observava somente uma estrela e não um agrupamento delas. Atualmente, Kappa Crucis é a designação de uma estrela supergigante azul, sendo uma das estrelas constituintes da Caixa de Joias. Posteriormente, em 1752, Lacaille descobriu, de fato, que se tratava de um aglomerado. Já a denominação de Caixa de Joias se deve ao astrônomo inglês John Herschel, que descreveu esse objeto como “caixinha com uma variedade colorida de joias preciosas”. Ele ainda especificou a posição de 100 estrelas da NGC 4755, em um período de 4 anos (1834 - 1838). Por essa razão, alguns denominam este objeto do céu profundo como “Caixa de Joias de Herschel” (CONSTELLATION GUIDE, 2015).

Caixa de Joias (Figura 4) possui uma magnitude aparente de 4.2, está a 6440 anos-luz de nosso planeta formando um dos objetos mais bonitos e mais jovens (cerca de 14 milhões de anos) no céu austral. Abrangendo uma área de 10 minutos de arco, contém uma estrela supergigante vermelha rodeada por estrelas azuis massivas, surpreendendo os nossos olhos com um belo efeito de contraste ao observá-las. O aglomerado poderá ser visto somente em latitudes meridionais e tropicais. Nesse último caso, poderá ser observado por pouco tempo bem próximo ao horizonte sul. Para observar a NGC 4755, localize primeiramente a estrela Mimosa. A cerca de 1º dela, à sudeste, procure uma estrela de brilho aparentemente difuso. Se você utilizar grandes telescópios e binóculos, poderá facilmente distinguir as suas estrelas mais brilhantes em uma configuração piramidal ou de A maiúsculo (CONSTELLATION GUIDE, 2015).

Figura 4 – NGC 4755 – Aglomerado Estelar Aberto Caixa de Joias - Crédito da foto: ESO - License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/   (EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY (ESO), 2009).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.
Referências:

CONSTELLATION GUIDE. Jewel Box Cluster. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/jewel-box-cluster/>. Acesso em: 29 mar. 2020.

______. The Southern Cross. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/the-southern-cross/>. Acesso em: 21 mar. 2020.

EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY (ESO). A snapshot of the Jewel Box cluster with the ESO VLT. Disponível em: <https://www.eso.org/public/brazil/images/eso0940a/>. Acesso em: 29 mar. 2020.

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação do Cruzeiro do Sul. Boston: Stellarium.org. , 2020.

A ocultação de Eta Leonis (Al Jabhah) pela Lua em 02 de maio 2020.


Em 02 de maio próximo, a Lua +64% iluminada e com uma elongação de 106°, ocultará a estrela de Al Jabhah (30 eta Leo) de magnitude visual 3.5 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2019) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na região austral da América do Sul e de forma diurna no Pacífico Sul abrangendo a Polinésia Francesa e Ilhas Cook.


Conforme mencionado, observadores localizados na região do Oceano Pacífico (Ilhas Cook e Polinésia Francesa), acompanharão o fenômeno em sua fase diurna conforme apresentado na tabela 1.


Cruzando o oceano pacífico na sua porção austral e já em solo do continente sul americano, este evento também será observado na Argentina, Brasil, Chile, e Uruguai conforme tabela 2.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade acima mencionadas, apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também ilhas localizadas no oceano atlântico e oceano pacífico.


Al Jabhah (eta Leonis)

Facilmente identificada no céu como uma das estrelas que ajudam a compor a juba do Leão juntamente com Algieba e também Adhafera, eta Leo essa supergigante azul de magnitude 3.5, tipo e classe espectral A0Ib é um dos membros que compõem a associação de estrelas OB Scorpio-Centaurus; essa estrela possui ainda grande abundância de hélio. Conforme apresentado na figura 3 abaixo, essa estrela está incluída como “suspeita de variável” (NSV 4738) e até o presente momento (AAVSO, 2019) não existem registros observacionais; entretanto trata-se de um sistema binário fechado (WDS, 2019), isso torna seus registros de ocultações altamente desejados (HERALD, 2016).



Sites recomendados:
www.rea-brasil.org/ocultacoes
"Como observar"
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/observar.htm
"formulário de reporte"
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/1reporte_ocultacoes_lunares_v2.0c2_portugues.xls (ocultações lunares) ou
http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/reporte_asteroides.xls
(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=46057> Acess in: 31 Mar. 2019.

AAVSO. American Association of Variable Star Observers (Home Page), version 1.1 - The International Variable Star Index. Avaiblabe in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=43362> - Acesso em 02 Abr, 2019.





A ocultação de Chow (eta Capricorni) pela Lua em 16 de abril 2020.


Em 16 de abril próximo, a Lua -36% iluminada e com uma elongação de 74°, ocultará a estrela Chow (eta Capricorni) de magnitude visual 4.8. Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2018) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado numa vasta extensão austral da América do Sul e também de forma diurna em diversas localidades da África. 


Os observadores localizados no continente sul americano (Argentina, Brasil, Chile e Uruguai), poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela conforme apresentado na tabela 1. 

Já observadores localizados a oeste da região meridional da África (África do Sul, Angola, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe.) poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento desta estrela conforme apresentado na tabela 2.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, numa breve análise do mapa global observamos que a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico em sua porção austral. 

Chow (eta Capricorni)

Eta Capricorni, 22 Cap e também nominada Chow (HERALD, 2016), conforme podermos apreciar na figura 2 abaixo e uma estrela branca e dupla (WDS, 2019). 



Anã na sequência principal do Diagrama H-R (Hertzsprung-Russell), possui a classe espectral A4V+F2V; sua companheira eta Capricorni B já possui uma coloração amarelo-esbranquiçada sendo seu período orbital estimado em 27.85 +/- 0.15 anos (figura 3). Seu último periastro correu em 2002  (WDS, 2019).


Devido à duplicidade desta estrela (um par cerrado) as observações de suas ocultações são altamente desejadas, para que essa determinação orbital possa ser aprimorada.

A ocultação de Chow registrada no Brasil

Conforme previsto no Almanaque Astronômico de 2019 (CAMPOS, 2018), a ocultação de eta Capricorni ocorrida 01 Dezembro 2019, foi reportada pelos observadores brasileiros David Duarte Cavalcante Pinto e Romualdo Arthur Alencar Caldas da cidade de Maceió - AL, integrantes do CEAAL (Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas), quando obtiveram êxito no registro das fases de imersão e emersão da ocultação lunar.

Após sincronização do sinal horário através do site do Observatório Nacional (http://www.horalegalbrasil.mct.on.br/HoraLegalBrasileira.php) e confirmação por GPS, eles obtiveram os seguintes instantes:

Imersão: 22:34:53.4 (UTC)
Emersão: 23:10:49   (UTC) Nota: menor precisão devido ao brilho da área iluminada da Lua pelo Sol.

As coordenadas reportadas são:
Latitude: 09º37'14.2" S
Longitude: 35º43'12.5" W
Altitude: 53,6 m =/- 3,22 m

Foram ainda gentilmente encaminhadas as imagens de Imersão e Emersão desta ocultação, podendo serem visualizadas acessando os links: Imersão e Emersão.

Imersão

Emersão


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R.  Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2019> Acesso em 02 Dez 2018.

-__________. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Cavalcante Pinto, D.D. Re: Este mês no Sky and Observers - Novembro 2019! E-Mail [Personal Communication]. Message received by arcampos_0911@yahoo.com.br  13 Jan. 2020 21:47 (PM).

-__________. Re: Ocultação Lunar de Sistema Binário Eta Cap. E-Mail [Personal Communication]. Message received by arcampos_0911@yahoo.com.br 7 de dez. de 2019 às 16:11 (PM). 

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=92775> Acess in: 28 Mar. 2019.

O asteroide (2) Pallas em 2020.


Em 13 de julho próximo, o asteroide Pallas estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.499), quando então sua magnitude chegará a 9.5 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.
 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 2 Pallas foi descoberto em 28 de março de 1802 pelo astrônomo alemão Wilhelm Olbers (1758 - 1840) no Observatório de Bremen. Seu nome é uma homenagem a Palas, filha de Tritão, a quem Júpiter confiou-lhe a educação de Minerva que não tinha mãe. (MOURÃO, 1987).

Pontos de interferometria realizado em 1983 indicou a presença de um grande satélite. Em 1926, van den Bos e Finsen relataram uma observação visual que Pallas era duplo (Apud. Finsen, W.S., 926. In Report of Union Observatory, Mon.Not,R.astr.Soc., 86, 209.) Não há evidências que ocultações secundárias foram obtidos na época das ocultações primárias de estrelas ocorridas em 29 de maio de 1978 e 29 de Maio de 1983. Ambos os eventos foram bem observados.

E importante ainda mencionar que durante o período de sua oposição ocorrida em 2019, (2) Pallas foi registrado por câmaras fotográficas e pequeno instrumental, isso da região urbana de Porto Alegre e também no município de Arambaré, RS – Brasil, conforme reporta o observador brasileiro Carlos Arlindo Adib com as seguintes estimativas:


Na exposição fotográfica apresentada na figura 2, o asteroide Pallas encontra-se identificado com a letra inicial “P” muito próximo a estrela HD 118775 mV: 88, uma estrela amarela classe espectral G0 com as coordenadas equatoriais: AR=3 38 38.3, Decl: +22 43 30 (J2000.0), na constelação de Boötes.


Uma gigantesca Bola de Golfe

Recentemente observações de alta resolução angular do asteroide Pallas realizadas com o instrumento de imagem SPHERE (Spectro-Polarimetric High-contrast Exoplanet REsearch) do VLT (Very Large Telescope) do ESO evidenciou que (2) Pallas registra uma violenta história colisional, com inúmeras crateras com mais de 30 km de diâmetro preenchendo sua superfície e duas grandes bacias de impacto que podem estar relacionadas a um impacto de formação famíliar.

Esse alto nível de detalhe somente foi possível evidenciar com a utilização do dispositivo de Otica Adaptativa que acompanha o instrumento de imagem SPHERE. As imagens altamente sugestivas fazem com que (2) Pallas se assemelhe a uma gigantesca bola de Golfe conforme apresentado na figura 3.


Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.

Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

Adib, C.A. Correspondência Pessoal (e-mail Fw: Nova foto registrando 2 Pallas (2019/05/13), <adibcd@yahoo.com> to: <Sky & Observers <skyandobservers@gmail.com> em 15 de mai de 2019 18:29.

Celestial. J. The Watchers: First detailed images reveal violent history of asteroid 2 Pallas. Available in: <https://watchers.news/2020/03/07/first-detailed-images-reveal-violent-history-of-asteroid-2-pallas/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+adorraeli%2FtsEq+%28The+Watchers+-+watching+the+world+evolve+and+transform%29> Encaminhado para: arcampos_0911@yahoo.com.br via e-mail em sáb., 7 de mar de 2020. às 21:41.

O asteroide (56) Melete em 2020.


Em 29 de junho próximo, o asteroide Melete estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.577), quando então sua magnitude chegará a 10.4 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 56 Melete foi descoberto em 9 de setembro de 1859 pelo astrônomo alemão Herman Goldsmidt (1802-1866), no observatório de Paris. Seu nome é alusão à filha de Urano, uma das três musas que viveram no Monte Hélicon. Foi designado por sugestão do astrônomo-calculador norteamericano Ernest Schubert, de Ann Arbor. (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00"N, LONG: 003° 48' 00"W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimentos de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (100) Hekate em 2020.


Em 08 de junho próximo, o asteroide Hekate estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.939), quando então sua magnitude chegará a 11.3 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, Hecate foi descoberto em 11 de julho de 1868 pelo astrônomo pelo astrônomo norte-americano James Graic Watson (1838 - 1880), no Observatório de Ann-Arbor. Seu nome é uma referência a Hêcate, que na mitologia grega, foi primeiramente associada a Artemis, divindade lunar, presidindo aos bens materiais e ao dom da eloquência, à vitória nas guerras e nos jogos; mais tarde tida como tríplice Hécate, entidade infernal, presidiu as magias e aos encantamentos. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (85) Io em 2020.


Em 08 de junho próximo, o asteroide Io estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.622), quando então sua magnitude chegará a 10.6 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 85 Io foi descoberto em 19 de setembro de 1865 pelo astrônomo alemão Christian Heinrich Friedrich Peters (1813 - 1890) no Observatório de Clinton (Estados Unidos). Seu nome é uma homenagem a Io, filha de Ícaro, que, seduzida por Júpiter, foi transformada em uma novilha para enganar a sua esposa e cuja guarda foi confiada a Argos, um gigante de cem olhos. Depois da morte de Argos por Mercúrio, a mando de Júpiter, Juno inspirou a Io um furor cego que a fez andar errante por todo o universo. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos asteroides: (57) Mnemosyne, mV: 12.1 e também (59) Elpis, mV: 12.0; portanto todos acessíveis à observação com instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (42) Isis em 2020.


Em 23 de maio próximo, o asteroide Isis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.001), quando então sua magnitude chegará a 9.9 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 42 Isis foi descoberto em 23 de maio de 1856 pelo astrônomo inglês Norman Robert Pogson (1829 - 1891) no Observatório de Oxford. O nome é uma homenagem à divindade egípcia Ísis (a Lua), mulher de Osíris, que foi mãe de Hórus. O culto de Ísis difundiu-se na Grécia e em Roma. Ísis é o nome sob o qual Io foi adorada no Egito. (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (451) Patientia, mV: 11.5; portanto já acessível à observação com instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


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