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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

O Almanaque Astronômico Brasileiro de 2020

Caros(as) amigos(as)!

Como ocorre todos os anos nesta data em que comemoramos o Dia da Astronomia no Brasil, informo que já está disponível para download o "Almanaque Astronômico - 2020".

O endereço é:

Nesta oportunidade eu agradeço novamente todas as manifestações recebidas e o carinho com que as edições anteriormente publicadas são recebidas, aproveito ainda para informar que sugestões de melhoria são sempre bem recebidas e serão implementadas na medida do possível. Um exemplo prático foi a inclusão do Dia do Profissional de TI em datas comemorativas, sendo escolhido o dia 19 de outubro, profissionais a qual rendemos nossas sinceras homenagens. Outras sugestões se fazem sentir novamente devido a cooperação dos integrantes da Turma Aquarius que neste período, participaram das atividades levadas a termo pelo GREC (Grupo de Reconhecimento e Estudos do Céu), grupo que de âmbito interno do CEAMIG, tem por missão: "Criar e manter a cultura da observação e reconhecimento da esfera celeste entre os associados recém-ingressos nos quadros do Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais.“ 

Assim sendo deixo novamente registrado a minha gratidão e eterna amizade aos amigos(as): Aléxia Lage de Faria, Vany Antonieta Purry de Oliveira e Thais Purry de Oliveira, Rodrigo de Almeida Jorge, José Fiungo Marzano e Wallison Hudson Vieira, integrantes da jornada de estudos de 2019 ao qual futuramente estarão engajados em novo ciclo de aprendizado e aos amigos que chegaram depois: Alex Guazzi Rodrigues e Antônio Eustáquio da Silva. 

E importante ainda agradecer aos demais integrantes do CEAMIG e da Rede de Astronomia Observacional (Rea-Brasil), e as pessoas de Nelson Alberto Soares Travnik, Hélio de Carvalho Vital, Ricardo José Vaz Tolentino e José Carlos Diniz pelo apoio e incentivo a essa publicação.

A útil plataforma de comunicação digital deste site eletrônico que permite a rápida atualização dessas postagens possibilita a disseminação em tempo hábil, que "pari passu" atua como elo valioso para consultas e complementação dos elementos deste Almanaque Astronômico que agora está disponível. 

Desta forma nossa especial atenção voltar-se-á para os seguintes fenômenos que teremos a oportunidade de acompanhar em 2020:

A) Ocultações de Estrelas pela Lua

- Asellus Borealis (43 Gamma Cancri) - Magnitude 4.66 em 11 janeiro;
- Chow (22 eta Capricorni) – Magnitude 4.84 em 16 abril; (onde somente ocorrerá visibilidade no estado do Rio Grande do Sul);
- Al Jabhah (30 eta Leonis) – Magnitude 3.52 em 02 maio (onde somente ocorrerá visibilidade no estado do Rio Grande do Sul); 
- Asellus Borealis (43 Gamma Cancri) - Magnitude 4.66 em 27 maio (onde somente correrá visibilidade no nordeste do Brasil (Ceará e Rio Grande do Norte);
- Al Jabhah (30 eta Leonis) – Magnitude 3.52 em 22 Julho (sendo visível somente na região Sul e Centro Oeste e numa pequena parte de São Paulo; 
- Nu Scorpii (14 Nu Sco) – Magnitude 4.01 em 25 agosto 2020 e finalmente,
- Mebsuta (27 Epsilon Geminorum); magnitude (2.97 - 3.09 V) em 30 dezembro 2020.

B) Ocultações de Marte pela Lua

Em 09 agosto, Marte (Mv= -1.3) visibilidade matutina;  
Em 06 setembro, Marte (Mv= -1.9) visível no período noturno, e 
Em 03 Outubro, Marte (Mv= -2.5) – visibilidade noturna, visível numa estreita faixa do estado do Rio Grande do Sul.

C) Ocultações de M8 pela Lua

Neste ano estão previstas a ocorrência de 3 ocultações de M8 (NGC 65232 – Nebulosa da Lagoa, Mv= 5.8), sendo em duas oportunidades visíveis no Brasil, conforme abaixo mencionado:

- 07 Junho, visível nos seguintes estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e ainda na região Norte do Brasil os estados: Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Tocantins.

- 28 Agosto, numa pequena faixa da região Centro Oeste, no estado do Mato Grosso; na região nordeste abrangendo os estados Ceará, Maranhão e Piauí e na região norte nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.

D) Eclipse do Sol em 14/12/2020:

Neste ano (muito embora os eclipses lunares sejam penumbrais), teremos novamente uma boa oportunidade de registrar sobre o continente sul americano um eclipse solar, cuja faixa de totalidade, abrange novamente a região austral (Argentina e Chile), sendo que grande parte do Brasil poderá acompanhar este evento de forma parcial. Desta forma uma consulta a sua localidade por região, poderá ser visualizada entre as páginas 40 a 67. 

E) Oposição de Asteroides (principais)

(5) Astraea, Mv= 8.9 em 21 Jan 2020;
(27) Euterpe, Mv= 9.4 em 15 Mar. 2019;
(3) Juno, Mv= 9.5 em 02 Abr 2020;
(6) Hebe, Mv= 9.9 em 04 Abr 2020;
(65) Cybele, Mv=11.0 em 14 Abr 2020;
(40) Harmonia, Mv= 9.8 em 23 Abr 2020;
(42) Isis, Mv= 9.9 em 23 Mai 2020;
(7) Iris, Mv= 8.8 em 28 Jun 2020;
(2) Pallas, Mv= 9.5 em 13 Jul 2020;
(20) Massalia, Mv= 9.6 em 28 Ago 2020;
(19) Fortuna, Mv= 9.2 em 11 Set 2020;
(68) Leto, Mv= 9.5 em 20 Set 2020;
(11) Parthenope, Mv= 9.3 em 23 Out 2020;
(8) Flora, Mv= 7.9 em 01 Nov 2020;
(16) Psyche,  Mv= 9.3 em 07 Dez 2020;
(79) Eurynome, Mv= 9.8 em 11 Dez 2020;
(13) Egeria, Mv= 9.9 em 20 Dez 2020;
(39) Laetitia, Mv 9.8 em 30 Dez 2020.

F) Cometas

Em paridade as condições observacionais com que são analisados os asteroides, os cometas cujo periélio dar-se-ão este ano, ou ainda que estejam dentro do limite observacional dos instrumentos óticos (binóculos, lunetas e telescópios) de pequeno e médio porte, estão apresentadas com as efemérides mais favoráveis. Desta forma as expectativas são:

- Cometa C/2017 T2 (PANSTARRS), já dentro de nosso limite visual e acompanhado durante 2019; esse cometa poderá ser observado até novembro de 2020. Desta forma podemos apresentar suas efemérides com intervalo de 4 dias.
- Cometa 210P/Christensen que poderemos acompanhar dentro dos limites óticos mencionados entre 23 de março a 05 de maio;
- Cometa 2P/Encke, poderemos acompanhar dentro dos limites óticos entre 19 de maio e 22 de agosto;
- Cometa 141P/Machholz, Poderá ser uma grata surpresa se ao fim de 2020 as efemérides previstas para novembro e dezembro de 2020 se confirmarem. 

Nesta edição, a capa ilustrativa traz a “belíssima” imagem da Nebulosa da Lagoa (M-8) cuja autoria de José Carlos Diniz, numa astrofotografia realizada com um telescópio GSO 8" f/8 RC carbon fiber Ritchey-Crètien e Canon T3i Modified, montagem: Sirius HEQ5; Resolução: 1151x768, Frames: 20x180", Captura: 1.0 horas em 2 de Julho de 2016, durante o EBA (Encontro Brasileiro de Astrofotografia) daquele ano realizado em Padre Bernardo - GO.

Novamente eu desejo sempre que essa publicação seja útil ferramenta para todos(as) aqueles amigos(as) que, que fazem da astronomia uma festa e uma inspiração constante, peço ainda que disseminem essas efemérides no âmbito de suas respectivas associações, clubes, grupos, núcleos, observatórios e planetários; endereços certeiros em que a ciência astronômica e sua prática observacional é uma constante.

E oportuno também a época para desejar a todos, votos de um excelente natal e um ano de 2020 cheio de saúde, paz, harmonia e prosperidade.

Um grande e fraternal abraço,

Antônio Rosa Campos
"Aquele que não comunica aos outros o que conhece parece com a murta do deserto, cujo perfume se perde para todos... Até o último dia então serei inteiramente da ciência e dos meus semelhantes." François Arago

Largue o cel e olhe para o céu #3

Plêiades



Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, disponibilizamos para download gratuito um documento contendo os dados básicos sobre o objeto estudado a cada edição. Denominado como Ficha de Catalogação, a ideia é oferecer-lhe uma forma prática e objetiva de você poder imprimir e guardar essas notas, de forma que possa sempre consultá-las rapidamente quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #002 - Plêiades.


Uma das coisas que gosto muito de utilizar para aprender Astronomia é entender o porquê da denominação das estrelas ou outros objetos celestes, que muitas vezes têm suas origens na mitologia de diversas culturas. Entendendo historicamente como isso ocorreu, descobre-se muitas vezes porque um determinado objeto, por exemplo, uma constelação, tem uma determinada conformação ou proximidade a outra. Esse é justamente o caso da constelação de Touro e das Plêiades, um aglomerado aberto localizado nessa mesma constelação. 

Na mitologia grega, conta-se que Zeus, pai dos deuses olímpicos, se transformou em um touro, como uma estratégia para conquistar a princesa fenícia Europa. Na literatura grega, ele ficou conhecido como "O Busto", pois o touro é representado apenas parcialmente (cabeça, ombros e membros anteriores), simbolizando Zeus em forma taurina, com sua porção inferior imersa nas ondas (WIKIPÉDIA, 2019). Tendo isso entendido, fica mais fácil então compreender como os antigos visualizavam a constelação no céu (Figura 1).

Figura 1 - Constelação de Touro conforme visualizada no software Stellarium. Note ainda a imagem do busto de um touro, conforme descrito no texto. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019)

A constelação recebeu a designação oficial de Taurus, a abreviatura Tau e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pela palavra Tauri (que indica que a estrela pertence à constelação de Touro). Conforme mostrado na Figura 1, algumas estrelas conhecidas são: Aldebaran (α Tauri ou α Tau), Tianguan (ζ Tauri ou ζ Tau), Elnath (β Tauri ou β Tau) e Alcione ou Alcyone (η Tauri ou η Tau) (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019). 

Figura 2 - Localização das Plêiades (M42), no ombro do touro. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019)

Já a denominação de Plêiades também parece ter sua origem na mitologia. É interessante conhecer a descrição mitológica abaixo, pois no céu, Touro se encontra próximo da constelação de Órion, como pode ser visto na Figura 2: 

“Na mitologia grega, o aglomerado representa as Sete Irmãs, companheiras da deusa Ártemis e filhas da ninfa do mar Pleione e do titã Atlas, que seguravam as esferas celestes sobre seus ombros. Existem vários mitos diferentes que contam a história de como as irmãs se tornaram estrelas. Em um deles, uma vez que seu pai foi forçado a carregar os céus, o caçador Órion começou a perseguir as irmãs. Para confortar Atlas, Zeus primeiro as transformou em pombas e depois em estrelas. Dizem que Órion ainda pode ser visto perseguindo-as pelo céu.
Em outra história, as Plêiades ficaram tristes pelo destino de seu pai ou pela perda de suas irmãs, as Hyades. Sua dor os levou a cometer suicídio, e Zeus colocou as irmãs no céu para imortalizá-las.” (MESSIER OBJECTS, 2015).
No ombro do touro, acham-se as Plêiades, sendo um dos DSOs mais fáceis de se observar sem binóculos. Quando nos encontramos em uma região onde o céu é escuro e livre de poluição luminosa, podem-se visualizar até 14 estrelas. O aglomerado, também conhecido pelas designações M45 e Melotte 22, não possui, contudo, uma denominação NGC. Distante de nós a 444 anos-luz, M45 abrange uma área de 110 minutos de arco. A massa estimada é de cerca de 800 vezes a do Sol, possuindo mais de 1000 objetos confirmados. Dentre as estrelas mais brilhantes que representam as Plêiades, temos as sete irmãs Sterope, Electra, Merope, Maia, Celaeno, Taygeta e Alcione, além dos pais delas, Pleione e Atlas, conforme nos mostra a mitologia grega. (MESSIER OBJECTS, 2015). A localização das estrelas pode ser vista na Figura 3.

Figura 3 – As Plêiades e suas estrelas mais brilhantes. Crédito da foto: Arnaud Mariat em Unsplash (MARIAT, 2019)

No aglomerado, há duas nebulosas de reflexão mais destacadas (Figura 4), sendo que também foram encontradas outras ao redor das estrelas Alcyone, Taygeta, Electra e Celaeno: 
  • Nebulosa Maia: de conformação tênue, não está relacionada à formação de M45. Trata-se apenas de uma casual nuvem de poeira, pela qual as estrelas estão atualmente passando. Isso foi constatado por meio da velocidade radial diferente da do aglomerado. 
  • Nebulosa Merope:  de aspecto brilhante, se encontra em torno da estrela de mesmo nome. Também é conhecida como Nebulosa de Tempel, devido ao seu descobridor, o astrônomo alemão Wilhelm Tempel.
Figura 4 – Localização das nebulosas de reflexão Maia e Merope. Crédito da foto: Arnaud Mariat em Unsplash (MARIAT, 2019)

O aglomerado Messier 45 pode ser facilmente identificado e observado a olho nu, sendo identificáveis seis estrelas. Para localizá-lo, basta imaginar uma reta partindo da estrela Betelgeuse (Órion) em direção à estrela Aldebaran (Touro). Na continuação dessa reta, acham-se as Plêiades (COSTA, 2009). 

Entretanto, pode-se observar mais detalhes da seguinte forma (RÉ; ALMEIDA, 2000):
  • Binóculo 7 x 50mm ou Luneta de 80mm f/5: visualização de cerca de 30 estrelas.
  • Telescópio de 114mm:  visualização de mais de duzentas estrelas. 
Por fim, uma importante consideração é utilizar um aumento baixo, inferior a 50x, para que se possa visualizar todo o aglomerado no campo de visão. 

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

EDIÇÕES ANTERIORES


Referências:

COSTA, Fernando. A Constelação de Touro. Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br/dicas10.htm>. Acesso em: 1 dez. 2019. 

MARIAT, Arnaud. M45 or Pleiades Cluster, group of stars in a blue nebulae. Disponível em: <https://unsplash.com/photos/IPXcUYHeErc>. Acesso em: 24 nov. 2019. 

MESSIER OBJECTS. Messier 45: Pleiades. Disponível em: <https://www.messier-objects.com/messier-45-pleiades/>. Acesso em: 24 nov. 2019. 

RÉ, Pedro; ALMEIDA, Guilherme de. Observar o céu profundo. Lisboa: [s.n.], 2000. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação do Touro. . Belo Horizonte: Stellarium.org. , 2019
WIKIPÉDIA. Taurus. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Taurus>. Acesso em: 1 dez. 2019. 

A ocultação de Al Jabhah (eta Leonis) pela Lua em 17 de dezembro 2019.


Em 17 de dezembro próximo, a Lua -72% iluminada e com uma elongação de 117°, ocultará a estrela Al Jabhah (eta Leonis) de magnitude 3.5  (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2018) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado no sudeste da América do Sul e de forma diurna junto à costa do Atlântico sul já na África do Sul. 


Os observadores localizados no continente sul americano (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, e Uruguai), poderão acompanhar este evento a conforme apresentado na tabela 1. 



Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 1, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/19ttFQcIfU1m-S4L2ZuvehkZaDBXQac_i/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 776 municípios localizados nas regiões centro oeste, nordeste, sudeste e sul do Brasil.


Já observadores localizados na província do Cabo Ocidental na África do Sul poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento desta estrela, como acima mencionado de forma diurna apresentado na tabela 2.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico e Índico e também numa pequena porção do continente Antártico. 



Al Jabhah (eta Leonis)

Facilmente identificada no céu como uma das estrelas que ajudam a compor a juba do Leão juntamente com Algieba e também Adhafera, eta Leo essa supergigante azul de magnitude 3.5, tipo e classe espectral A0Ib é um dos membros que compõem a associação de estrelas OB Scorpio-Centaurus; essa estrela possui ainda grande abundância de hélio. Incluída como “suspeita de variável” (NSV 4738) até o presente momento (AAVSO, 2019) não existem registros observacionais; entretanto trata-se de um sistema binário fechado (WDS, 2019), isso torna seus registros de ocultações altamente desejados (HERALD, 2016).


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R.  Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:<https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html>, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: <https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=46057> Acess in: 31 Mar. 2019.

AAVSO. American Association of Variable Star Observers (Home Page), version 1.1 - The International Variable Star Index. Avaiblabe in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=43362> - Acesso em 02 Abr, 2019.

O asteroide (63) Ausonia em 2020.


Em 18 de janeiro próximo, o asteroide Ausonia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.340), quando então sua magnitude chegará a 11.0 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 63 Ausonia foi descoberto em 10 de fevereiro de 1861 pelo astrônomo italiano Annibale de Gasparis (1819-1892) no Observatório de Capadimonte, Nápoles. Seu nome é homenagem de Capocci aos ausônios, primeiros habitantes da Itália. Os ausônios eram, segundo a lenda, descendentes de Ausônio, um filho de Ulisses e Calipso, que governou a Península itálica. O asteroide, a princípio, teve a denominação de Itália. (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54'  00"S e LONG: 050° 42' 00"W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (511) Davida, sua Magnitude Visual e estimada em 9.7, portanto acessível a instrumentos de pequeno porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 12 Out. 2019.

O asteroide (5) Astraea em 2020.


Em 18 de janeiro próximo, o asteroide Astraea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.155), quando então sua magnitude chegará a 8.9 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 5 Astraea foi descoberto em 08 de dezembro de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Hencke (1793 - 1866) no Observatório de Driesen. Seu nome é uma homenagem do astrônomo Johann Franz Encke (1791-1865) a deusa da justiça, Astréia, filha de Júpiter e Têmis.

Karl-Ludwig Hencke foi um astrônomo amador que trabalhou como empregado de uma Agência dos Correios, após a descoberta do asteroide (5) Astraea e (6) Hebe passou a receber uma pensão anual de 300 marcos do rei da Prússia. (MOURÃO, 1987).
Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se ilustrada a presença do asteroide (198) Ampela, sua Magnitude Visual e estimada em 11.8, portanto acessível a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (43) Ariadne em 2020.


Em 02 de fevereiro próximo, o asteroide Ariadne estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.495), quando então sua magnitude chegará a 11.0 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


 Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 43 Ariadne foi descoberto em 15 de abril de 1857 pelo astrônomo pelo astrônomo inglês Norman Robert Pogson (1829 - 1891) no Observatório de Oxford. Seu nome é uma alusão à filha de Minos, mitológico rei de Creta, Ariadna. (MOURÃO, 1987).  

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustrada as presenças dos asteroides (107) Camilla com magnitude visual estimada em 11.8 e 173 (Ino) com magnitude visual estimada em 11.7, portanto ambos acessíveis a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (37) Fides em 2020.


Em 03 de fevereiro próximo, o asteroide Fides estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.592), quando então sua magnitude chegará a 10.1 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 37 Fides foi descoberto em 5 de outubro de 1855 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822 - 1900) no Observatório de Dusseldorf. Seu nome é uma homenagem a Fides, deusa romana da paz e da honestidade (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00"N, LONG: 024° 06' 00"E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER 

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustrada as presenças dos asteroides: (83) Beatrix, Mv= 11.5; (120) Lachesis, Mv= 12.0; (346) Hermentaria, Mv= 11.1 e ainda (172) Baucis, Mv= 12.2. Todos eles portanto acessíveis a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

Um olhar real em direção ao Universo.


Nesta segunda-feira, 2, astrônomos de todo País, estarão comemorando o Dia Nacional da Astronomia, o Dia do Astrônomo. A grata efeméride celebra a data de nascimento de D. Pedro II (1825-1891), o governante que mais fez pela astronomia no País. A escolha teve inicio em Recife - PE, durante o 2º Encontro de Astronomia do Nordeste celebrado de 30 de junho a 2 de julho de 1978 quando, astrônomos por unanimidade, aplaudiram de pé a moção apresentada pelo Dr. Marijeso Alencar Benevides, Diretor de Relações Públicas da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia, concedendo a Dom Pedro II, o título de Patrono da Astronomia Brasileira. A partir daí a escolha ganhou força e a data passou a comemorar o Dia Nacional da Astronomia, o Dia do Astrônomo oficialmente instituído mais tarde pela Lei nº 13.556 de 12/12/2017.

A astronomia fascinava o Imperador que nela encontrou a noção do todo, do universo, não havendo limites para sua imaginação. Conhecia a fundo a ciência do céu. No telhado do Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista inaugurado por Dom João VI em 6/06/1818, mais tarde Museu Nacional quase destruído por um incêndio em 2/09/2018, tinha um observatório onde atendia alunos para ensinar a observar o céu. No Imperial Observatório criado por seu pai, Dom Pedro I, tinha um quarto para descansar após horas de observação. Mantinha contato com grandes luminares da astronomia entre eles o francês Camille Flammarion (1842-1925) que o convidou para inaugurarem juntos o seu Observatório de Juvisy em 29/07/1887, algo que ele aceitou e compareceu. 

Para o Imperial Observatório, contratou astrônomos de renome como o francês Emmanuel Liais (1826-1910) e o belga Ferdinand Cruls (1848-1902) além de importar modernos instrumentos e doar alguns seus. Isso possibilitou ao Imperador realizar inúmeras observações importantes dentre as quais se destacam a primeira análise espectroscópica de um cometa usando equipamentos fotográficos pela primeira vez; observação de dois eclipses solares de 1858 e 1865 quando foi utilizada pela primeira vez em todo mundo a fotografia para fins astrométricos; a rara passagem de Vênus pelo disco solar em 06/12/1882 e a observação e estudo do cometa Finlay em 18/01/1887 quando estimou sua cauda em 50 graus como foi registrado na revista L’Astronomie publicada pela Sociedade Astronômica da França no tomo de 1887, pág.114. Na passagem de Vênus pelo disco solar em 06/12/1882, mesmo sob forte oposição do Parlamento, concedeu as verbas necessárias para três missões científicas  observarem a passagem uma de Punta Arenas na Patagônia chilena , outra na ilha de Saint Thomas nas Antilhas e a terceira em Olinda-PE.

Em suas freqüentes visitas ao exterior, fazia questão de visitar alguns observatórios se inteirando com as pesquisas e progressos recentes. Acredita-se que sua devoção ao céu veio através do litógrafo francês Louis Boulanger (1798-1874), de frei Pedro de Santa Mariana (1782-1864) e dos livros de Camille Flammarion. Era membro sob numero 85 da Sociedade Astronômica da França  fundada por Camille Flammarion em 1887, sócio da Academia de Ciências da França, membro da Royal Society de Londres, da Academia Imperial das Ciências de São Petersburgo, da de Moscou e membro do Instituto Histórico do Rio de Janeiro. Dom Pedro II não foi um astrônomo profissional mas um astrônomo amador dos mais conceituados. Para o Imperial Observatório faltava um telescópio de grande porte e ele foi encomendado na Inglaterra pelo Imperador. Desgraçadamente o navio que o transportava chegou ao Rio de Janeiro justamente na ocasião da Proclamação da República e os republicanos não perderam tempo: mandaram o telescópio de volta!

Em 1890 já no exílio foi homenageado com o nome do asteróide Brasília de nº 291 descoberto no Observatório de Nice, França, pelo astrônomo A. Charlois (1864-1910). Em 1891 escreveu em seu diário: “Pensava na instalação de um observatório astronômico moldado nos mais modernos estabelecimentos desse gênero que poderia ser superior ao de Nice”. Sua devoção à ciência do céu certamente levou seu espírito para muito além do asteroide Brasília, para junto das estrelas. 

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...