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terça-feira, 1 de outubro de 2019

A ocultação de Deneb Algedi (Delta Capricornii) pela Lua em 09 de outubro 2019.


Em 09 de outubro próximo a Lua +81% iluminada e uma elongação solar de 128°, ocultará a estrela Delta Capricorni (Deneb Algedi) de magnitude 2.9 e tipo espectral A7mIII (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na América do Sul, Antártida e nos oceanos Atlântico e Pacífico sul e suas respectivas regiões austrais.


Os observadores localizados no continente sul americano (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai), poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela na fase durante a ocorrência do crepúsculo vespertino e fase noturna, conforme apresentado na tabela 1.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 1, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1C6usaNIFY4TkffblV_-5hQtPLKpdJCZu/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 661 municípios localizados nas regiões centro oeste, nordeste, sudeste e sul do Brasil.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico e Índico. 


Delta Capricorni

Delta Capricorni (Deneb Algedi), e uma estrela variável eclipsante do tipo Algol (Beta Persei), de tipo espectral A7mIII. Num período de 1.0227688 dias (figura 4) e sua magnitude varia de 3.05 a 2.83 (AAVSO, 2019). Seu nome árabe, al dhanab al jedy, designa a cauda do cabrito (MOURÃO, 1987).


Conforme acima mencionado, por ser uma variável eclipsante, trata-se de um sistema triplo (figura 5) cujo companheiro de tipo desconhecido causa esse eclipse fazendo com que o brilho aparente apresente variação em cerca de 0.22 magnitude, apenas o suficiente para ser visto (com cuidado) a olho nu (há ainda dois outros companheiros muito distantes e distantes a um e dois minutos de arco de distância).


O componente principal A, e suspeita de ser um pouco variável de tipo denominado "Delta Scuti", que estão presentes em aglomerados globulares. Fonte inesgotável de pesquisas suas observações são altamente recomendadas (WDS, 2019).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R.  Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

Kaler, J. (STAR) - Available in <http://stars.astro.illinois.edu/sow/denebalgedi.html>. Acesso em: 04 Mar. 2019.

AAVSO Home - Available in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=5750> Acess: 04 Mar. 2019.

WDS, (Stelle Doppie). Available in <https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=96560> - Acess in: 04 Mar. 2019.

A ocultação diurna de Saturno pela Lua em 05 de outubro 2019.


Em 05 de outubro próximo, novamente a Lua +52% iluminada e com uma elongação de 92°, ocultará o planeta Saturno (Ocultação diurna) com a magnitude de 0.5 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2018) como: lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente sul americano e também na região meridional da África.


Observadores localizados no continente sul americano (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai), Costa a costa do oceano pacífico ao Atlântico, poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado na tabela 1 abaixo.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Conforme acima mencionado e constante na tabela 1 acima, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1ZBXvij3OSYqjOqYgoZpVCzg9InEerhmv/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 355 municípios localizados nas regiões centro-oeste, sul e sudeste do Brasil.


Já os observadores localizados na região meridional da África (África do Sul, Angola, Moçambique, Ruanda, Zâmbia e Zimbabwe), poderão acompanhar esse evento de forma noturna, conforme apresentado na tabela 2.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange mais regiões localizadas no sul dos oceanos Pacífico, Atlântico e o Índico junto à costa sul e sudeste da África, próximo ao Canal de Moçambique.


Não resta a menor sombra de dúvidas que um dos planetas mais belos objetos de todo o Sistema Solar seja o gigantesco planeta Saturno. Ele é conhecido desde a mais remota antiguidade e a simples visão apresenta-se como uma estrela de primeira grandeza de coloração amarelada. Seus registros de ocultações pela Lua na antiguidade datam de 21 de fevereiro de 583 a.C em Atenas (MOURÃO, 1987); sendo que a ocultação da estrela 28 Sagittarii por Saturno ocorrida em 02 de julho de 1989, foi amplamente acompanhada por diversos observadores (FERRIN, 1989).

As ocultações de planetas pela Lua são fenômenos de rara beleza, onde seus registros constituem uma excelente oportunidade do astrofotógrafo, por exemplo, incrementar sua coleção, bem como ainda, ao astrônomo amador manter um registro significativamente importante destes dados, desde que são encaminhados para associações de pesquisas como a ALPO (Association Lunar and Planetary Observers), IOTA (International Occultation Timing Association) e no Brasil a REA (Rede de Astronomia Observacional).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).


Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

Ferrín, I.R.V.- Ocultacion de 28 Sagitario por Saturno, UNIVERSO - LIADA - Liga Iberoamericana de Astronomia, nº 31, Volume 10, Col. Reportes - 56 p. - Mérida - Venezuela - 1990.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

O asteroide (97) Klotho em 2019.


Em 02 de dezembro próximo, o asteroide Klotho estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.289), quando então sua magnitude chegará a 9.8 (CAMPOS, 2018), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 97 Klotho foi descoberto em 17 de fevereiro de 1868 pelo astrônomo alemão Ernest Wilhelm Tempel (1821 - 1889) no Observatório de Marselha. Seu nome é uma homenagem à Cloto, uma das três Parcas, a que presidia aos nascimentos e assegurava os destinos. (MOURÃO, 1987).  

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; (+) e ou (-) 0.500 = Quarto crescente ou minguante e 1.000 = Cheia; os sinais (-) "negativo e (+) "positivo" mencionado, indicam às (0h - Tempo Universal) como ela encontra-se: "crescente" e/ou "minguante".

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (10) Hygiea em 2019.


Em 26 de novembro próximo, o asteroide Hygiea estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.006), quando então sua magnitude chegará a 10.2 (CAMPOS, 2018), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 10 Hygiea foi descoberto em 12 de abril de 1849 pelo astrônomo italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. Seu nome é uma alusão à deusa da saúde, filha de Esculápio (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00"S e LONG: 050° 42' 00"W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 Km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LONG: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos seguintes asteroides: (47) Aglaja, magnitude visual estimada em 12.0; (88) Thisbe, magnitude visual estimada em 10.9; (409) Aspasia, magnitude visual estimada em 11.1; (416) Vaticana, magnitude visual estimada em 12.6 e também (770) Bali, magnitude visual estimada em 12.3. Assim sendo, todos eles também estão acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. CRATERA DE GASPARIS, Vaz Tolentino Observatório Lunar, jun. 2014. Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (4) Vesta em 2019.


Em 13 de novembro próximo, o asteroide Vesta estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.997), quando então sua magnitude chegará a 6.5 (CAMPOS, 2018), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 4 Vesta foi descoberto em 29 de março de 1807 pelo astrônomo alemão Wilhelm Olbers (1758 - 1840) no Observatório de Bremen. Seu nome é uma alusão a Vesta, filha de Cronos e de Réia. Deusa da casa, particularmente do lar doméstico. Em Roma suas sacerdotisas (as Vestais) constituíam o corpo sacerdotal mais importante e também objeto do mais alto apreço. (MOURÃO, 1987).


Utilizando técnicas de mapeamento geológico uma equipe de 14 pesquisadores concluíram um mapeamento da superfície de (4) Vesta (figura. 2) usando dados fornecidos pela sonda Dawn (lançada em 27 de setembro de 2007). "A campanha de mapeamento geológico de Vesta levou cerca de dois anos e meio e os resultados obtidos com os mapas permitiram reconhecer uma escala de tempo geológico de Vesta para compará-lo a outros planetas" (Ciencia@NASA, 2014).

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos seguintes asteroides: (137) Meliboea, magnitude visual estimada em 12.4 e (393) Lampetia, magnitude visual estimada em 12.1. Assim sendo, todos eles também estão acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Ciencia@NASA. Science@NASA - Portal en idioma inglés. 13 Dez. 2014. Disponível em: <http://ciencia.nasa.gov/ciencias-especiales/17nov_vestamap/> - Acesso em 13 dez. 2014.

Largue o cel e olhe para o céu #1

De onde veio esta frase?


Há um ano atrás, voltando para casa à noite com um motorista chamado Allan, de um dos aplicativos de transporte particular, eu fui surpreendida com uma conversa incrivelmente agradável e muito curiosa. À certa altura, nós falávamos sobre o uso exagerado do celular e como havia tanta coisa boa por aí para se prestar atenção. Foi quando ele me disse:

- "Por que as pessoas não olham para o céu?"

Fiquei com aquela expressão de surpresa, pois eu não havia comentado nada que também gostava muito de observar o céu. Quando ia responder, ele me abordou com uma nova pergunta, que me deixou totalmente sem reação:

- "A senhora por acaso tem visto Marte?"

Marte estava muito visível e brilhante no céu naquela época, sendo facilmente observável. Creio que fiquei uns segundos de boca aberta, completamente admirada, porque o mais comum é perguntarem sobre o nome daquela “estrela” avermelhada.

Então respondi que sim, que estava a cada dia mais bonito havendo um motivo particular para estar dessa maneira. Porém, na minha mente eu me perguntava intrigada: "- Como ele havia identificado que era Marte? Ele falou com uma segurança tão grande!"

Assim, eu perguntei como ele sabia disso. E mais uma vez fiquei perplexa com a sua resposta:

- "Eu pesquisei!", ele me respondeu.

Minha incredulidade era enorme, junto com a felicidade ao perceber que ainda temos gente antenada por aí, que não se contenta em apenas ver as coisas rapidamente, para logo em seguida largar de lado.

E para encerrar a prosa, que já estava com aquele gosto de “quero mais”, ele ainda brincou com as palavras “cel” e “céu”, como que fechando o assunto sobre o que estamos perdendo do Universo, por ficar tanto tempo de cabeça baixa olhando somente o celular:

- "Largue o cel e olhe para o céu!", disse ele.

Desde então essa frase se tornou inesquecível para mim, se tornando um lembrete cotidiano para pararmos um pouco a nossa correria e dedicarmos alguns minutos a contemplar o céu.

Passado um ano do ocorrido, recebi o convite de escrever mensalmente esta coluna, cujo título é essa mesma frase. É minha forma de homenagear o Allan, e também de chamar a atenção para o céu que podemos explorar, bastando querer observá-lo com um pouco mais de atenção. Assim, esta seção se dedicará a abordar diversos temas relacionados à Astronomia, e especialmente os objetos do céu profundo (DSO - Deep Sky Object).

Em novembro, vamos começar abordando um DSO muito bonito: a Nebulosa de Órion. Quer conhecê-la mais? Venha comigo nesta jornada exploratória que estamos apenas começando...

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