Translate

sábado, 1 de junho de 2019

O Eclipse Total do Sol em 02 de julho 2019.


Em 02 de julho próximo ocorrerá o terceiro eclipse de 2019, sendo que nesta oportunidade o eclipse será total e visível parcialmente em grande parte da região austral da América do Sul (cortando o Chile e a Argentina),  numa estreita faixa da América Central (limite norte), bem como ainda regiões localizadas à oeste da Oceania. A faixa de totalidade terá início na região da Polinésia, finalizando-se na Argentina na província de Buenos Aires já na porção austral da América do Sul de acordo com a figura 1. 

Nas demais regiões (ao norte e ao sul) do continente americano, o eclipse será observado de forma parcial conforme é apresentado inclusive nas tabelas enumeradas de 1 a 3. 

Regiões de visibilidade parcial

Conforme mencionado, na região da Polinésia o eclipse poderá ser observado das seguintes localidades: Ilhas Cook (Rarotonga) e Polinésia Francesa (Papeete), onde o eclipse poderá ser observado em sua fase inicial próximo ao horizonte oeste conforme apresentado na tabela 1.


O eclipse também será observado de forma parcial no sul da América Central (Costa Rica, Nicarágua e Panamá) de acordo com a tabela 2 abaixo.


Na América do Sul onde a tabela 3 abaixo inclui localidades na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, o eclipse terá sua maior região de cobertura em terra firme. Desta forma destacamos a cidade chilena de Coquimbo (destaque em amarelo) cujo tempo total de totalidade será de 01:59.2s.


As regiões adjacentes ao cone de sombra e a visibilidade no Brasil 

A sombra (figura. 1) inicia-se em algum ponto do norte do oceano pacífico sobre as coordenadas de latitude: 87.6577°S e longitude: -160.4279ºW. A duração máxima de 4m32.8s ocorrerá sobre também sobre a região do oceano pacífico e seu término se dará em território argentino ao sul da cidade de La Plata (ESPENAK, 2019). 

As áreas delimitadas ao norte e sul do cone de sombra observarão este evento de forma parcial. Assim realizando uma consulta rápida ao Almanaque Astronômico de 2019 (figura. 2 – Ilustrativa) que se encontra disponível gratuitamente para download no link: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view>, podemos encontrar as circunstâncias gerais de visibilidade para 809 municípios localizados no Brasil (que está ao norte desta região), que terá no município de Santana do Livramento-RS, seu maior obscurecimento (83.8%), entretanto esse instante estará ocorrendo junto a linha do ocaso (CAMPOS, 2018), naquela localidade.


Certamente esses observadores novamente darão razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro; não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno.

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

____________. O Eclipse Anular do Sol em 01 de setembro 2016. Sky and Observers, Disponível em: < http://goo.gl/uBFYSg> Acesso em:  08 Jan. 2017.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0> - Acesso em: 04 Jan. 2019.

Espenak, F. NASA's GSFC" - Eclipse Web Site - Available in <http://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEdecade/SEdecade2011.html> - acess on: 14 Mar. 2019.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acess in 28 Abr. 2016.

A ocultação de Saturno pela Lua em 19 de junho 2019.


Em 19 de junho próximo, a Lua -97% iluminada e com uma elongação de 159°, ocultará o planeta Saturno com a magnitude de 0.4 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente sul americano e regiões da Antártica, bem como ainda de forma diurna na em partes da África.


Observadores localizados na região mais austral da América do Sul. (Argentina, Brasil, Chile e Uruguai), poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado na tabela 1 abaixo.


Como acima mencionado, este evento poderá ser acompanhado de forma diurna ao sul da região meridional da África (África do Sul, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe), conforme apresentado na tabela 2.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange as demais localidades localizadas no sul dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico bem como ainda: Ilhas Falkland e Península Antártica.


Não resta a menor sombra de dúvidas que um dos planetas mais belos objetos de todo o Sistema Solar seja o gigantesco planeta Saturno. Ele é conhecido desde a mais remota antiguidade e a simples visão apresenta-se como uma estrela de primeira grandeza de coloração amarelada. Seus registros de ocultações pela Lua na antiguidade datam de 21 de fevereiro de 583 a.C em Atenas; sendo que a ocultação da estrela 28 Sagittarii por Saturno ocorrida em 02 de julho de 1989, foi amplamente acompanhada por diversos observadores (FERRIN, 1989).

As ocultações de planetas pela Lua são fenômenos de rara beleza, onde seus registros constituem uma excelente oportunidade do astrofotógrafo, por exemplo, incrementar sua coleção, bem como ainda, ao astrônomo amador manter um registro significativamente importante destes dados, desde que são encaminhados para associações de pesquisas como a ALPO (Association Lunar and Planetary Observers), IOTA (International Occultation Timing Association) e no Brasil a REA (Rede de Astronomia Observacional).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).


Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

Ferrín, I.R.V.- Ocultacion de 28 Sagitario por Saturno, UNIVERSO - LIADA - Liga Iberoamericana de Astronomia, nº 31, Volume 10, Col. Reportes - 56 p. - Mérida - Venezuela - 1990.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

O asteroide (45) Eugenia em 2019.


Em 26 de julho próximo, o asteroide Eugenia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.407), quando então sua magnitude chegará a 10.8, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 45 Eugenia foi descoberto em 27 de junho de 1857 pelo astrônomo Herman Goldschmidt (1802-1866) no Observatório de Paris. Seu nome é uma homenagem a Eugênia de Montijo, esposa de Napoleão III. (MOURÃO, 1987). 

Conforme descrito na IAUC No. 8817, Marchis F. e M. Baek, da Universidade da Califórnia, em Berkeley; e P. Descamps, J. Berthier, D. Hestroffer, e F. Vachier do Institut de Mécanique Celeste et de Calcul des Efemérides, Paris, relatam a descoberta de um novo satélite em órbita de (45), Eugenia. O S/2004 (45) 1 foi detectado após análise cuidadosa de três observações coletadas com filtros de banda-K- utilizando o Very Large Telescope "YEPUN" e seu sistema de óptica adaptativa (NACO) em fevereiro 2004 14,15404, 15,14620 e 16,15435 UT, o satélite aparecendo numa  distância de cerca de "0,4 do primário num Ângulo de Posição (PA) 156, 321, e 124 graus, respectivamente.  Baseado num raio de brilho integrado  cerca de 7,9 entre o satélite e o primário, o diâmetro do S/2004 (45) 1 é calculado em cerca de 6 km.  O parâmetro orbital  do referido satélite apresenta uma massa para o sistema de acordo com a massa a partir dos estudos anteriormente conhecidos do satélite (45) Eugenia I (Petit-Prince;. cf IAUCs 7129, 7503).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00" N, LONG: 003° 48' 00" W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimento de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se estacada a presença do asteroide (791) Ani, sua magnitude visual e estimada em 12.6, portanto também acessível a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.

Green, D.W.E. S/2004 (45) 1. CBAT/IAUC nº 7129. Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/07100/07129.html> - Acesso em: 07 jul. 2013.

________. Satellites of (22) Kalliope and (45) Eugenia. CBAT/IAUC nº 8177, ago. 2003.  Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/08100/08177.html> - Acesso em: 04 mai. 2014.

O asteroide (75) Eurydike em 2019.


Em 30 de julho próximo, o asteroide Eurydike estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.064), quando então sua magnitude chegará a 10.5, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 75 Eurydike foi descoberto em 22 de setembro de 1862 pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma homenagem à Eurídice, esposa de Orfeu, que desceu aos infernos para conseguir sua volta, depois que ela morreu. Hades assegurou sua volta com a condição que não olhasse o rosto dela até alcançar o mundo superior. No último momento da subida, Orfeu não resistiu ao desejo de olhá-la, e ela, impulsionada por uma força terrível, desapareceu para sempre nos infernos: Eurídice.  (MOURÃO, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas a presença dos asteroides: (96) Aegle, com magnitude visual estimada em 12.3; (178) Belisana com magnitude visual estimada em 12.2 e também (618) Elfriede, com magnitude visual estimada em 12.4. Todos acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (51) Nemausa em 2019.


Em 31 de julho próximo, o asteroide Nemausa estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.019), quando então sua magnitude chegará a 10.5, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 51 Nemausa foi descoberto em 22 de janeiro de 1858 pelo notável aluno da escola de Marselha, A. Laurent que observava no Observatório particular de Benjamin Valz, em Nîmes. Seu nome e uma homenagem à cidade e a fonte dedicada ao deus Nemausus. Forma feminina de Nemausum, nome latino de Nîmes, cidade onde foi descoberto. (MOURÃO, 1987).

Em 1939 (51) Nemausa foi selecionado por Bengt Strömgren (1908 - 1987) do observatório de Copenhagen com o objetivo de melhorar os catálogos fundamentais das estrelas (MARDSEN, 2013); uma das ocultações favoráveis para a determinação de curva de luz, tamanho e forma foi à ocorrida em 11 de setembro de 1983, quando então (51) Nemausa ocultou a estrela 14 Piscium, visível numa faixa densamente povoada dos Estados Unidos de modo que um perfil detalhado pode então ser determinado; entretanto não foi observada nenhuma ocultação secundária nesta oportunidade (DUNHAM, 1984).

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas a presença dos asteroides: (34) Circe, com magnitude visual estimada em 12.5; (218) Bianca, com magnitude visual estimada em 12.0; (345) Tercidina, com magnitude visual estimada em 12.0 e (441) Bathilde, com magnitude visual estimada em 12.7 respectivamente. Desta forma todos eles tornam-se acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

Mardsen, B.G. CBAT/IAUC nº 3480. (51) Nemausa. Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/03400/03480.html> - Acesso em: 19 ago. 2013.

Dunham, E.W. et al. “Results from the Occultation of 14 Piscium by (51) Nemausa”, American Astronomical Society. Astronomical Journal 89: 1755-1758, 1984. Available in: <http://adsabs.harvard.edu/abs/1984AJ.....89.1755D>. Acesso em: 07 mar. 2019.

Memória - Há 60 anos, abria-se na região uma janela para o Universo


Há 60 anos, na cidade de Matias Barbosa, MG, três entusiastas pela ciência do céu se reuniram para criar um local destinado a observar e estudar os astros do Universo. Em abril de 1954 era inaugurado o Observatório Astronômico Flammarion, assim denominado em homenagem ao renomado astrônomo francês Camille Flammarion (1842-1925), cujos livros contribuíram decisivamente para a criação do Observatório. 


Contando apenas com um modesto telescópio, os três discípulos de Urânia, (a Musa da Astronomia), Fausto B. de Andrade, Ruy Q. Fabiano Alves e Nelson Travnik, passaram a observar e estudar os astros mais acessíveis ao telescópio. Com isto podemos dizer que estava introduzida oficialmente a astronomia na região e o Flammarion era um dos poucos existentes no Estado. Para o aprimoramento dos trabalhos científicos, muito contribuiu o estreito relacionamento com os: Observatório Nacional do Rio de Janeiro, CNPq - MST e o Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Além desses contatos o Flammarion filiou-se a algumas das mais importantes associações astronômicas do mundo como as: ‘Société Astronomique de France, SAF, França, a British Astronomical Association, BAA, Inglaterra, a Association of Lunar and Planetary Observers, ALPO, Estados Unidos, a Schweizerischen Astronomischen Gesellschaft, SAG, Suiça e a Vereinigung der Sternfreunde VdS, Alemanha. 

TRABALHOS CIENTÍFICOS

O Observatório passou a adquirir notoriedade com as observações das aproximações máximas de Marte (oposições periélicas) de 1956 e 1971. Nesta última contando já com uma excelente luneta “Jaegers” americana de 152mm de abertura, na época a segunda maior do Estado, flagrou em primeira mão no Brasil o inicio de uma tempestade de poeira bem como logrou obter com boa resolução, 90 diapositivos coloridos que, enviados para o ‘International Mars Comitee’ sediado no Lowell Observatory, Flagstaff, Arizona, EEUU, recebeu do seu coordenador Charles Capen, os maiores elogios. Outras pesquisas foram centradas no planeta Júpiter e nos cometas. Assim, os cometas Bradfield 1974b em 17/03/1974 e o West 1975n em 22/02/1975, viram-se fotografados em primeira mão no Brasil com grande repercussão no meio astronômico e na imprensa do País.  Contudo, a maior participação do Flammarion viria em 1969 quando por indicação do Astrônomo Chefe do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, Ronaldo R. F. Mourão, foi credenciado pela NASA-JPL-SMITHSONIAN INSTITUTION,  a colaborar com observações no Programa LION (Lunar International Observers Network), destinado a registrar a ocorrência dos chamados fenômenos transitórios lunares, TLPs, importantes para o  êxito do Projeto Apollo, que realizaria em 20/7/1969, a descida do primeiro homem em nosso satélite. Neste Programa, três importantes constatações foram consignadas pelo Flammarion que após analisadas foram confirmadas e publicadas pela NASA.

DIVULGAÇÃO

O Flammarion desempenhou também importante papel na área da divulgação através de uma coluna mensal “O Mês Astronômico” publicada a partir de 1956 pelos jornais ‘Gazeta Comercial’ e ‘A Tarde’ de Juiz de Fora, MG. Mantido com recursos particulares e impossibilitado de evoluir em seus trabalhos científicos com aquisição de novos instrumentos e periféricos modernos, a saída encontrada foi propor um convênio com a Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, visando a instalação sob sua orientação, de um moderno observatório astronômico no campus ao lado do Estação Meteorológica do Deptº de Geociências. Projeto neste sentido foi elaborado mas não sensibilizou o Conselho Universitário que optou apenas por um Convênio de Colaboração Técnica. Importa também registrar o grande empenho do Flammarion em dotar Juiz de Fora de um moderno Panetário Zeiss. Projetos neste sentido foram elaborados por Nelson Travnik e Antonio Resende Guedes a partir da Administração Itamar Franco. Nunca lograram êxito apesar de reiteradas promessas.  Após 38 anos, reconhecendo enfim sua importância para o ensino e cultura, a UFJF estará inaugurando nos próximos meses um moderno Planetário Zeiss modelo ZKP 4 junto a um observatório astronômico no campus próximo a Biblioteca, concretizando assim um sonho acalentado por Travnik e Guedes, este último já falecido. 

CREPÚSCULO

Em agosto de 1976 sem apoio e falta de perspectivas favoráveis para ampliar suas atividades científicas, o Flammarion encerrou suas atividades. O triste episodio foi destaque em alguns dos principais jornais do País como ‘A Tarde’ de São Paulo e ‘O Globo’ do Rio de Janeiro. Em Juiz de Fora foi destaque na primeira página do ‘Diário Mercantil’ de 18/7/1976. Muito concorreu para isto a ida do seu diretor Nelson Travnik para a cidade de Campinas/SP, afim de, a convite, integrar a equipe do recém inaugurado Observatório Municipal de Campinas, ainda o maior em seu gênero no País. Estava assim encerrada uma época importante da ciência astronômica na região, desconhecida de muitos mas que após 38 anos será retomada pela UFJF.

O autor é atualmente diretor do Observatório Astronômico de Piracicaba, SP e desde 1959 é Membro Titular da Sociedade Astronômica da França, SAF.

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...