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segunda-feira, 1 de abril de 2019

A ocultação de Deneb Algedi (Delta Capricornii) pela Lua em 28 de abril 2019.


Em 28 de abril próximo a Lua -36% iluminada e uma elongação solar de 74°, ocultará a estrela Delta Capricorni (Deneb Algedi) de magnitude 2.9 e tipo espectral A7mIII (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na África e América do Sul, bem como nos oceanos Atlântico e Pacífico e suas respectivas regiões austrais.


Na África esse evento será observado de forma diurna na região meridional daquele a continente abrangendo as seguintes nações: Angola, Benin, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Mauritânia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Togo e Zâmbia, em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento) na grande maioria, conforme apresentado na tabela 1.

Já os observadores localizados no continente sul americano (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai), poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela na fase durante a ocorrência do crepúsculo vespertino e fase noturna, conforme apresentado na tabela 2. 


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico e Índico. 


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 2, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/16kqOZruybDBLOd0YRBVUZjyFnek-BVMk/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 717 municípios localizados nas regiões centro oeste, nordeste, sudeste e sul do Brasil.



Delta Capricorni

Delta Capricorni (Deneb Algedi), e uma estrela variável eclipsante do tipo Algol (Beta Persei), de tipo espectral A7mIII. Num período de 1.0227688 dias (figura 4) e sua magnitude varia de 3.05 a 2.83 (AAVSO, 2019). Seu nome árabe, al dhanab al jedy, designa a cauda do cabrito (MOURÃO, 1987).

Conforme acima mencionado, por ser uma variável eclipsante, trata-se de um sistema triplo (figura 5) cujo companheiro de tipo desconhecido causa esse eclipse fazendo com que o brilho aparente apresente variação em cerca de 0.22 magnitude, apenas o suficiente para ser visto (com cuidado) a olho nu (há ainda dois outros companheiros muito distantes e distantes a um e dois minutos de arco de distância).


O componente principal A, e suspeita de ser um pouco variável de tipo denominado "Delta Scuti", que estão presentes em aglomerados globulares. Fonte inesgotável de pesquisas suas observações são altamente recomendadas (WDS, 2019).


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A. R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Kaler, J. (STAR) - Available in <http://stars.astro.illinois.edu/sow/denebalgedi.html>. Acesso em: 04 Mar. 2019.

AAVSO Home - Available in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=5750> Acess: 04 Mar. 2019.

WDS, (Stelle Doppie). Available in <https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=96560> - Acess in: 04 Mar. 2019.

A ocultação de Nashira (Gamma Capricorni) pela Lua em 28 de abril 2019.


Em 28 de abril próximo a Lua -38% iluminada e uma elongação solar de 76°, ocultará a estrela Gamma Capricorni (Nashira) de magnitude 3.6 e tipo espectral F0p (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na porção sul da Ásia (Península Arábica), África e América do Sul, bem como nos oceanos Atlântico sul e Índico.


Na costa sudeste da Península Arábica, esse evento poderá ser observado de forma diurna em Omã, em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento) conforme apresentado na tabela 1.


Também os observadores localizados no continente africano (África do Sul, Angola, Madagascar, Moçambique, Quênia, Ruanda, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe), poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela na fase diurna, conforme apresentado na tabela 2. 


 Atravessando o oceano Atlântico e já na fase noturna observadores localizados na América do Sul (Argentina, Brasil e Uruguai), poderão acompanhar os eventos os eventos de Reaparecimento desta estrela, conforme apresentado na tabela 3, sendo que somente a região nordeste do Brasil poderá acompanhar ambas as fases. 

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico e Índico. 


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1Y323Z9m0-NXGfFz_dhX1QndeDRJPWBG4/view?usp=sharing  as condições de desaparecimento e reaparecimento para 947 municípios localizados nas cinco regiões do Brasil.


Gamma Capricorni

Gamma Capricorni (Nashira), seu nome de origem árabe, al sa'd al nashirah, significa o mensageiro, nome que alude ao Aquário, mensageiro do Capricórnio e encontra-se situada a cerca de 109 anos-luz (MOURÃO, 1987). 



E ainda esta estrela, uma variável (figura. 4)  do tipo ACV (Alpha2 Canum Venaticorum) que são estrelas de sequência principal com tipos espectrais B8p-A7p e exibindo campos magnéticos fortes. Seus espectros mostram linhas anormalmente fortes de Si (Silício), Sr (Estrôncio), Cr (Crômio) e terras raras, cujas intensidades variam com a rotação. Elas exibem mudanças de campo magnético e brilho (períodos de 0,5 a 160 dias ou mais). As amplitudes das mudanças de brilho são normalmente 0.01-0.1 mag em V. (AAVSO, 2019).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A. R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

AAVSO Home - Available in <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=5750> Acess: 04 Mar. 2019.

O Planeta anão (1) Ceres em 2019.


Em 28 de maio próximo, o Planeta anão Ceres estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.287), quando então sua magnitude chegará a 7.0, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

 
 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 1 Ceres foi descoberto em 01 de janeiro de 1801 pelo astrônomo italiano Giuseppe Piazzi (1746 — 1826) no Observatório de Palermo. (Mourão, 1987). Tendo recebido inicialmente a designação de Ceres-Ferdinandea, em homenagem à deusa romana da agricultura e a Ferdinando IV (1751 - 1825) rei da Sicília (Schmadel, 2003). (1) Ceres foi designado como Planeta Anão (Dwarf Planet) durante a 26ª Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, ocorrida entre 14 a 25 de agosto de 2006, em Praga na República Checa (IAU, 2006).   

 

Em 2015 a missão espacial DAWN realizou esta fotografia da superfície de (1) Ceres com a cratera 'Occator aqui representada em cores falsas apresentando diferenças na composição da superfície (figura 2). Esta cratera mede cerca de 60 milhas (90 kilometro) de largura. A coloração azul está geralmente associada com um material brilhante, e parece ser consistente com sais, tais como sulfatos. É provável que os materiais de silicato também estão presentes (DAWN, 2016).


Notas:
1 = Nota: (au)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas a presença dos asteroides: (32) Pomona com magnitude visual estimada em 10.5 e ainda (145) Adeona com magnitude visual e estimada em 12.0, portanto acessível a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Dawn Home (NASA-JPL). <http://dawn.jpl.nasa.gov/multimedia/images/image-detail.html?id=PIA20180> - Acess in. 11 Jan. 2017.

O asteroide (32) Pomona em 2019.


Em 27 de maio próximo, o asteroide Pomona estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.472), quando então sua magnitude chegará a 10.5, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 32 Pomona foi descoberto em 26 de outubro de 1854 pelo astrônomo amador alemão Hermann Goldschmidt (1806 - 1880) em Paris. Seu nome é uma alusão à deusa dos frutos e jardins. Nome proposto pelo astrônomo francês Joseph Urban Leverrier. (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00"N, LONG: 003° 48' 00"W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimentos de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT


Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontra-se estacada a presença do asteroide (145) Adeona, sua Magnitude Visual e estimada em 11.9 e também o planeta anão (1) Ceres com magnitude visual estima em 7.0.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (20) Massalia em 2019.


Em 21 de maio próximo, o asteroide Massalia estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.949), quando então sua magnitude chegará a 9.7, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

 
 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 20 Massalia foi descoberto em 19 de setembro de 1852 pelo astrônomo pelo astrônomo A. de Gaspari, no Observatório de Nápoles. Em 1985, o astrônomo Dmitri Lupishko, anunciou que astrônomos da Universidade de Kharkov, na Ucrânia, haviam observado que este asteroide se deslocava no sentido contrário aos demais asteroides. (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00” S e LON: 050° 42' 00” W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 Km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LON: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas a presença dos asteroides (68) Leto, com magnitude visual estimada em 10.8 e ainda (145) Adeona com magnitude visual estimada em 11.9, portanto acessíveis a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J.V. (VTOL) Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (68) Leto em 2019.


Em 15 de maio próximo, o asteroide Leto estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.815), quando então sua magnitude chegará a 10.6, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 68 Leto foi descoberto em 29 de abril de 1861 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822 - 1900) no Observatório de Dusseldorf. Seu nome é uma homenagem á filha do titão Cocus com a titânida Febe, mãe de Diana e Apolo com Júpiter. (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00” N, LON: 024° 06' 00” E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas também a presença dos asteroides: (19) Fortuna com magnitude visual 11.0 e (20) Massalia com magnitude visual e estimada em 9.9, portanto também acessível a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R.  Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J.V. (VTOL) Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (19) Fortuna em 2019.


Em 10 de maio próximo, o asteroide Fortuna estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.276), quando então sua magnitude chegará a 10.7, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 19 Fortuna foi descoberto em 22 de agosto de 1892 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é alusão a uma das mais poderosas divindades dos antigos, a deusa da fortuna. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00" S e LON: 007° 24' 00" E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada, encontra-se estacada também a presença do asteroide (494) Virtus; sua Magnitude Visual e estimada em 12.6, portanto acessível a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J.V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (11) Parthenope em 2019.


Em 14 de maio próximo, o asteroide Parthenope estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.718), quando então sua magnitude chegará a 9.5, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 11 Parthenope foi descoberto em 11 de maio de 1850 pelo astrônomo italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. (MOURÃO, 1987).

Annibale de Gasparis teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de impacto de 30 km de diâmetro e 1,08 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 25° 54' 00” S e LON: 050° 42' 00” W, foi nomeada oficialmente em 1935 como DE GASPARIS pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Também o sistema de canais de origem tectônica, conhecido com Rimae de Gasparis (93 Km de comprimento e coordenadas selenográficas LAT: 24° 36' 00" e LON: 051°06' 00") foi nomeado pela IAU em 1964, em sua homenagem.

Diretor do Osservatorio Astronomico di Capodimonte (IAU Code 044), em Nápoles de 1864 até 1889, em 1851 foi agraciado com a Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society, sendo ainda laureado om o Prêmio Lalande, em 1851 e 1852. O asteróide "4279 De Gasparis", pertencente ao cinturão principal e descoberto em 1982 pelo Osservatorio San Vittore (IAU Code 552) de Bolonha, foi nominado em sua homenagem. 

O Observatório Lunar Vaz Tolentino fotografou a cratera DE GASPARIS, a Rimae De Gasparis e sua região, com apenas 1 frame, em 10 de junho de 2014 às 00:09:34 UT. Essa imagem poderá ser vista em: http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.


Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J.V. (VTOL) Disponível em: <http://vaztolentino.com/conteudo/824-Cratera-DE-GASPARIS> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (8) Flora em 2019.


Em 12 de maio próximo, o asteroide Flora estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.496), quando então sua magnitude chegará a 9.7, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 8 Flora foi descoberto em 18 de outubro de 1847 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é uma alusão à deusa das flores e jardins, esposa de Zefirus. Foi assim designado pelo astrônomo John Herschel. (MOURÃO, 1987).

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00" S e LON: 007° 24' 00" E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND


Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

IAU (MPC). http://www.minorplanetcenter.net/iau/lists/NumberedMPs000001.html - Acesso em 04 Mai. 2014.

Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

Sol, uma estrela ainda mal conhecida

Para o leigo, ela é apenas uma esfera de luz que nos ilumina e aquece. Contudo, essa magnífica estrela situada nos braços de uma galáxia espiral, a Via Láctea, é um astro que tem uma importância crítica para a humanidade, pois tudo que existe sob a superfície da Terra é fruto de uma cadeia energética que começou quando núcleos atômicos se fundiram em seu interior. Portanto, o que você come, bebe, o combustível que abastece o seu carro, aquele corpo bronzeado que lhe provoca suspiros, enfim, sua própria existência é um presente do astro-rei. Somos, por conseguinte, filhos de uma estrela e recuando ainda mais, da nebulosa primitiva que lhe deu origem. Isso explica o motivo pelo qual, intuitivamente, muitos povos antigos viam nele a razão da vida e o veneravam como deus. O Hino ao Sol do faraó Akhenaton que de um só golpe derrubou crenças milenares e introduziu o culto a Áton, o Sol, é uma das mais belas páginas dessa devoção ao astro-rei.


UMA USINA NUCLEAR NATURAL

O Sol é uma bola de plasma, gás altamente aquecido a temperaturas que não permite que os átomos estejam ‘inteiros’ e dizemos então que estão ionizados. Ele é 1.300.000 vezes maior em volume que  a Terra e por isso o seu núcleo é submetido a uma pressão externa da ordem de 340 bilhões de vezes a pressão do ar em nosso planeta, o que origina temperaturas próximas a 15 milhões de graus C!  Submetido a essa gigantesca pressão e temperatura, quatro átomos de hidrogênio se transformam em um átomo de hélio e este por sua vez em outros elementos. Na fase atual, o Sol é composto de 71% de hidrogênio, 27% de hélio e 2% de outros elementos. Isto caracteriza as estrelas amarelas do tipo G, uma espécie comum onde existem bilhões delas apenas na Via Láctea. O segredo, portanto, do Sol e das estrelas gerarem energia é de serem usinas naturais de transformadores de matéria através do processo da fusão nuclear. Para entendermos esse processo, basta dizer que a fusão de um grama de hidrogênio libera tanta energia quanto a combustão de 20 mil litros de gasolina! Agora o leitor está apto a compreender a razão desta corrida desenfreada pelos institutos avançados de pesquisa de molde a obter a fusão nuclear do hidrogênio em condições seguras. Estima-se que até 2050 isso será possível o que propiciará a humanidade dispor de uma fonte inesgotável de energia limpa, eficiente, sustentável e duradoura.

TUDO QUE ACONTECE NO SOL REFLETE NA TERRA

O Sol até certo ponto comparado a outras classes de estrelas, é um astro bem comportado. Isto deve-se a uma situação de equilíbrio que é mantido pela força de gravidade e pela pressão da radiação que flui do seu interior. Essa fase de equilíbrio e estabilidade só irá alterar quando acabar o hidrogênio do núcleo. Apesar atualmente de seis observatórios solares no espaço (SOHO, TRACE, RHESSI, SORCE, STEREO E YOKOHO) e outros tantos em terra monitorando o Sol em todas as faixas do espectro, podemos dizer que ele ainda é uma estrela que guarda alguns segredos. Em um período médio de 11 anos, irrompem no Sol uma série de fenômenos ainda mal entendidos, que causam imensos transtornos ao planeta azul. No aumento da atividade solar tal como estamos vivenciando agora, surgem gigantescos agrupamentos de manchas escuras passíveis até mesmo de serem observadas a olho nu com um filtro indicado ou mesmo sem filtro protetor quando o Sol está próximo ao horizonte mergulhado a nebulosidade ou névoa seca. 

Os chineses foram os primeiros a relatar que havia manchas no Sol. Em determinados períodos quando isso acontece, ninguém entende a razão pela qual o Sol inteiro reverte sua polaridade magnética geral: o pólo magnético norte se torna pólo sul e vice-versa. Mais estranho ainda é que o campo magnético da Terra também se reverte a intervalos aparentemente aleatórios. O mais recente foi a 780 mil anos. As pesquisas mostram que o Sol é como um coração pulsante, um ser vivo inquieto, palco constante de violentas convulsões que começam a partir do aparecimento cada vez maior de manchas em sua parte externa denominada fotosfera. Associadas as manchas irrompem imensas protuberâncias, flares, fulgurações e tempestades que liberam feixes contínuos de radiações altamente energéticas dos tipos ultravioleta, raios X e gama, extremamente nocivos aos seres vivos e que afetam o clima como está comprovado por pesquisas arqueológicas e exames nos anéis concêntricos de troncos de árvores centenárias. 

Felizmente nossa atmosfera e a magnetosfera nos protegem contra as radiações mais perigosas. Esse fluxo de partículas chamado vento solar é que mais preocupa os cientistas, pois enquanto algumas emissões a uma velocidade de 447,9 km/s levam quatro dias para chegar a Terra, outras nos atingem em poucas horas, tempo demasiadamente curto para proteger a frota de satélites de comunicação, de posicionamento global, alertas meteorológicos, as redes de energia elétrica e a Estação Espacial Internacional, ISS. Em 1989 uma fortíssima ‘Ejeção de Massa Coronal’, CME, provocou sobrecarga e incêndios nos equipamentos da rede elétrica Hidro-Quebec, Canadá, danificando e causando prejuízos de milhões de dólares! Em 1999 o satélite Galaxy 4 foi atingido deixando 40 milhões de usuários sem televisão além de bloquear contas bancárias. Em 28 de outubro de 2003, explodiu uma fulguração (flare) de proporções nunca vista nos últimos 40 anos. Felizmente a mega tempestade aconteceu na borda do disco solar e as radiações atingiram de leve nosso planeta. Mesmo assim, danificou três satélites japoneses, problemas em vários outros, na “Mars Odyssey” ao redor de Marte que perdeu um instrumento além de aviões que optaram por rotas mais ao sul. Na ocasião os astronautas da Estação Espacial Internacional, ISS, tiveram que se alojar no módulo ‘Zvesda’ que os protege do nível das radiações. 

O mundo atual está globalizado, ligado a uma rede de satélites. Se eles forem seriamente danificados por uma forte tempestade solar, o mundo pára e para sua reposição será necessário tempo e bilhões de dólares que irá afetar a economia de muitos países. Um fato intrigante é que as piores tempestades solares ocorrem nos anos em que o máximo solar vai esmorecendo. Até agora ninguém pode explicar porque isso ocorre e nem o chamado “Mínimo de Maunder”, um estranho período de 1645 a 1715 no qual praticamente não houve manchas no Sol. Esta diminuição da atividade solar coincidiu com a ‘Pequena Idade do Gelo’ na Europa. Rios congelaram e foi possível passear e patinar sobre eles. Por outro lado, não há ainda explicação convincente para que a chamada atmosfera solar (coroa) atinja temperaturas que vão a 2 milhões de graus C quando deveria ser bem mais fria.  Esses aspectos compõe um quebra-cabeça ainda longe de ser montado razão pela qual o Sol é monitorado intensivamente em terra e no espaço. 

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...