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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A ocultação do Aglomerado Aberto M44 (Presépio) pela Lua em 18 de fevereiro 2019!


Em 18 de fevereiro próximo a Lua +96% iluminada e com a elongação solar de 158°, ocultará o Aglomerado Aberto M-44 (Presépio) conforme podemos observar numa visão global apresentada na figura 1), proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado em uma boa parte da superfície terrestre.

Desta forma, os observadores localizados numa grande porção da América do Sul, poderão acompanhar as diversas fases de desaparecimento e reaparecimento deste Aglomerado Aberto, conforme apresentado na tabela 1.

Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 1, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1Daw6MNrrUYAuZkSuwjNHR6uTqD9i3YKc/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para uma totalidade de 843 municípios localizados nas diversas regiões do país.

Nota:

Na publicação acima mencionada, além das circunstâncias mencionadas para a ocultação de M44, e importante informar que também se encontram listadas as circunstâncias observacionais para as seguintes estrelas: 41 Epsilon Cnc (Magnitude Visual 6.3) de classe espectral A8Vn; 38 Cancri (BT) (Magnitude Visual 6.6) de classe espectral F0III, uma variável de baixa amplitude tipo Delta Scuti mas que apresenta um período ultra curto, variando entre máximos e mínimos somente 0.10228 d (AAVSO, 2018); 39 Cancri (Magnitude Visual 6.4) um sistema óctuplo de estrelas (WDS, 2018); 40 Cancri (Magnitude Visual 6.6) uma anã branca de classe e tipo espectral A1V e 42 Cancri (Magnitude Visual 6.8) de classe e tipo espectral A9, que e classificada como uma binária espectroscópica (BIDELMAN, 2018).

A figura 3 abaixo apresenta uma visão desta região celeste, onde pode ser utilizado para a correta identificação dessas estrelas no Aglomerado Aberto podendo servir também como um mapa de busca no interior e adjacências do NGC 2632.

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 4) com a faixa de visibilidade do fenômeno a qual abrange as respectivas regiões, ilhas e reservas naturais localizadas nos oceanos Atlântico e Pacífico em sua porção sul. 

M44 Presépio

Embora esse brilhante Aglomerado Aberto seja catalogado pelo observador de cometas Charles Messier, a região celeste já e conhecida dos astrônomos antigos como Erastótenes, Ptolomeu, dai suas designações como Manjedoura e também Colmeia. Ele foi observado pela primeira vez por Galileu Galilei quando este aplicou um telescópio nestas observações, reportando assim estrelas observáveis separadamente naquela região celeste.

O incentivo cada vez mais constante para que realizem e registrem suas observações visuais sempre e oportuno de pode ser reiterado, desta forma segue abaixo as recomendações de sites e de grupos existentes que poderão colaborar na orientação dos astrônomos iniciantes neste tipo de registro.

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

- BIDELMAN, William P. - Spectral Classification of the Brighter Stars of the Praesepe Cluster, Astronomical Society of the Pacific, Vol. 68, No. 403, p.320. Bibliographic Code: 1956PASP...68..318B - Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1956PASP...68..318B> Acess in 16 Apr 2018.

- WDS Washington Double Star Catalog: Epoch 2014.01. Disponível em: <http://www.handprint.com/ASTRO/>. Acesso em: 10 set. 2014.

- Stelle Doppier - (Double Star Database). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=40365 > Acesso em: 16 Abr. 2018.

- AAVSO (Home) - https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=4901>  Acess in: 16 Apr 2018.

A ocultação de Tejat Posterior (Mu Geminorum) pela Lua em 15 de fevereiro 2019!


Em 15 de fevereiro próximo a Lua +81% iluminada e uma elongação solar de 129°, ocultará a estrela Mu Geminorum (Tejat Posterior) de magnitude 2.9 e tipo espectral M3IIIab (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado na região austral da América do Sul, oceanos Atlântico e Pacífico bem como ainda na península Antártica.


Desta forma, os observadores localizados na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela, conforme apresentado na tabela 1. 

Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essa região e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico, Pacífico bem como a região mais setentrional da Antártida. 


Mu Geminorum

Tejat Posterior e uma dupla física conforme podemos visualizar na figura 3, sendo que possui uma "companheira" de nona magnitude a dois minutos de arco de distância (STELLE DOPPIE, 2019), que foi descoberta pelo observador norte-americano Sherburne Wesley Burnham utilizando um refrator de 36" (polegadas) do Observatório Lick em Mount Hamilton, Califórnia (BURNHAM, 1900). 


Tejat é uma gigante vermelha que irradia 1540 vezes mais energia do que o Sol e possui um raio 104 vezes maior do que o Sol, ou 0,48 u.a (Unidades Astronômicas), cerca da metade do tamanho da órbita da Terra (KALER, 2019); Mu Geminorum é também variável. 


Classificada como "gigante irregular" (figura 4), essa estrela varia em cerca de dois décimos de magnitude ao longo de um período de 27 dias, apresentando variações entre máximos e mínimos de 2.8 e 3.0 magnitudes e isso importa em um maior interesse no status de evolução dessa estrela quanto a sua temperatura e a luminosidade.

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

- BURNHAM, Sherburne Wesley. A general catalogue of 1290 double stars discovered from 1871 to 1899 by S.W. Burnham (1900). Yerkes Observatory/University of Chicago, Vol. 1. 331p. Disponível em <https://ia802702.us.archive.org/18/items/bub_gb_OnXvAAAAMAAJ/bub_gb_OnXvAAAAMAAJ.pdf> Acesso: 14 Jan 2019.

- KALER, Jim. STARS (Website) - Disponível em <http://stars.astro.illinois.edu/sow/tejat.html> - Acesso em 14 Jan. 2019.

- WDS Washington Double Star Catalog: Epoch 2014.01. Disponível em: <http://www.handprint.com/ASTRO/>. Acesso em: 10 set. 2014.

- Stelle Doppier - (Double Star Database). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=33957> Acesso em: 14 Jan. 2019.

A ocultação de Albaldah (Pi Sagittarii) pela Lua em 02 de fevereiro 2019!


Em 02 de fevereiro próximo, a Lua -5% iluminada e uma elongação solar de 27°, ocultará a estrela Albaldah (Pi Sagittarii) de magnitude 2.8 e tipo espectral F2II (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado em grande parte do continente sulamericano.


Desta forma, os observadores localizados em regiões da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, poderão acompanhar a fase de desaparecimento dessa estrela, conforme apresentado na tabela 1.

E importante ainda mencionar que este fenômeno visível de forma diurna sobre as porções sul dos oceanos Atlântico e Indico (figura 2), terá sua fase de visibilidade sobre a América do Sul ainda na fase noturna, porém ainda dentro dos instantes de ocorrência do crepúsculo matutino.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 1, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1BdPTMm9Wif16fKLIsS32m7FGHB1wVESI/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 429 municípios localizados nas regiões centro oeste, sudeste e sul do Brasil.

Pi Sagittarii

A designação de Bayer para Pi Sagittarii e ainda 41 Sgr para o número de Flamsteed (figura. 4) indica tratar-se de um sistema triplo (STELLE DOPPIER, 2018). São também designações para essa estrela: HR 7264, BD-21 5275, HD 178524, SAO 187756, FK5 720 e ZC 2797 (WDS, 2014). 


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

- WDS Washington Double Star Catalog: Epoch 2014.01. Disponível em: <http://www.handprint.com/ASTRO/>. Acesso em: 10 set. 2014.

- Stelle Doppier - (Double Star Database). Available in: < http://stelledoppie.goaction.it/index2.php?iddoppia=79285> Acesso em: 23 Jan. 2018.

A ocultação de Polis (Mu Sagittarii) pela Lua em 01 de fevereiro 2019!


Em 01 de fevereiro próximo, a Lua -11% iluminada e uma elongação solar de 38°, ocultará a estrela Polis (Mu Sagittarii) de magnitude 3.8 e tipo espectral B8Iap (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado em uma boa parte da superfície terrestre.


Desta forma, os observadores localizados em uma extensa região do continente africano (África do Sul, Maurício, Mauritânia, Moçambique e Ilha Reunião), poderão acompanhar as fases de desaparecimento e reaparecimento dessa estrela, na fase diurna do dia conforme apresentado na tabela 1.

A figura 2 abaixo ilustra de forma significativa, a região de abrangência deste evento na região de superfície do globo terrestre.

Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

No continente sul americano, somente a fase de reaparecimento deste fenômeno poderá ser observado antecedendo ao nascer do Sol (exceto os municípios de Garopaba e São Bonifácio no estado de Santa Catarina onde que poderá observar ambas as fases) e isso inclui uma extensa faixa de diversas localidades brasileiras conforme apresentado na figura 3.

Já na tabela 2, apresentamos as circunstâncias gerais de visibilidade para as capitais brasileiras que engloba essa extensa região.

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 2, este evento também será visível em diversos municípios do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 4 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1bBwY3I5tnUD2kX2_pE4oxopsKHZFLty0/view?usp=sharing as condições de desaparecimento (isso inclui Garopaba e São Bonifácio em Santa Catarina) e reaparecimento para 791 municípios localizados nas regiões nordeste, sudeste, sul e centro oeste do Brasil.

Mu Sagittarii

A designação de Bayer para Mu Sagittarii e ainda 13 Sgr para o número de Flamsteed indica tratar-se de um sistema quíntuplo (STELLE DOPPIER, 2019), conforme descrito na figura 5 abaixo. São também designações para essa estrela: HR6812, BD-21 4908, HD 166937, SAO 186497 e FK5682 (WDS, 2014). E informado ainda tratar-se a componente de uma supergigante azul (SIMBAD, 2019) apresentando também alterações irregulares no brilho num período de 180.45d.


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

- WDS Washington Double Star Catalog: Epoch 2014.01. Disponível em: <http://www.handprint.com/ASTRO/>. Acesso em: 10 set. 2014.

- Stelle Doppier - (Double Star Database). Available in: < Source: WDS <https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=73741> Acesso em:  13 Jan. 2019.

- SIMBAD - <http://simbad.u-strasbg.fr/simbad/sim-basic?Ident=mu+sgr> - Acesso em 13 Jan 2019.

O asteroide (2) Pallas em 2019!


Em 9 de abril próximo, o asteroide Pallas estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.134), quando então sua magnitude chegará a 7.8, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 2 Pallas foi descoberto em 28 de março de 1802 pelo astrônomo alemão Wilhelm Olbers (1758 - 1840) no Observatório de Bremen. Seu nome é uma homenagem a Palas, filha de Tritão, a quem Júpiter confiou-lhe a educação de Minerva que não tinha mãe. (MOURÃO, 1987).

Pontos de interferometria realizado em 1983 indicou a presença de um grande satélite. Em 1926, van den Bos e Finsen relataram uma observação visual que Pallas era duplo (Apud. Finsen, W.S., 926. In Report of Union Observatory, Mon.Not,R.astr.Soc., 86, 209.) Não há evidências que ocultações secundárias foram obtidos na época das ocultações primárias de estrelas ocorridas em 29 de maio de 1978 e 29 de Maio de 1983. Ambos os eventos foram bem observados.

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas as presenças dos seguintes asteroides: (185) Eunike sendo sua Magnitude Visual estimada em 12.3 e (772) Tanete, com Magnitude Visual estimada em 12.5, portanto acessíveis a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



O asteroide (17) Thetis em 2019!


Em 22 de março próximo, o asteroide Thetis estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.986), quando então sua magnitude chegará a 10.6, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 17 Thetis foi descoberto em 05 de abril de 1853 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1793 - 1866) no Observatório de Dusseldorf. Seu nome é uma homenagem a Tetis, esposa de Peleus rei da Tessália, filha de Nereu e Doris, segundo uma proposta do astrônomo alemão F.N.A. Argelander (1799 - 1875). (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 Km de diâmetro e 1,9 Km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00” N, LON: 024° 06' 00” E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada, encontra-se estacada a presença do asteroide (151) Abundantia também em oposição nesta data, sua Magnitude Visual e estimada em 12.4, portanto também acessível a instrumentos de médio porte.

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



- TOLENTINO, Ricardo J. Vaz; (VTOL) Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> - Acesso: 09/01/2019.

O asteroide (64) Angelina em 2019!


Em 03 de março próximo, o asteroide Angelina estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.116), quando então sua magnitude chegará a 10.3, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 64 Angelina foi descoberto em 04 de março de 1861 pelo astrônomo alemão Ernest Wilhelm Tempel (1821 - 1889) no Observatório de Marselha. Seu nome é homenagem de Benjamin Vals à estação astronômica do Barão de von Zach em Notre Dame des Anges, sobre as montanhas de Mimet, próximo a Marselha. (MOURÃO, 1987).

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

Referências:

- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


Eta Carinae, a morte anunciada de uma estrela.


Eta Carinae, como diz o nome, situa-se na constelação da Carina e é parte da constelação do Navio, Argus, que o astrônomo francês Nicholas L. de La Caille (1713-1762) subdividiu em três constelações menores: Carina, Quilha; Popa, Puppis e Vela, Vela. Eta Carinae é um dos astros mais intrigantes já vistos no firmamento. Um mistério que aos poucos vai sendo desvendado.

Com brilho equivalente a 5 milhões de sóis, é a maior, a mais luminosa e a que emite mais energia na galáxia. O que mais intrigava os astrônomos é que a massa da estrela contrariava o chamado Limite de Eddington, proposta pelo astrofísico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944) no qual estabelecendo o limite para uma estrela massiva de até 160 sóis, a gigante Eta Carinae não deveria existir pelo fato de que, em essência, a pressão da radiação não deve exceder a gravidade. Em 1826 a curiosidade em torno de Eta Carinae começou quando o naturalista inglês William J. Burschell observando-a de São Paulo, notou que a estrela classificada como de magnitude 4 brilhava como uma de magnitude 2. A atenção dos astrônomos aumentou quando o estudioso de Eta Carinae, Kris Davidson, estimou que a explosão dessa estrela em 1843 havia lançado ao espaço uma quantidade de matéria equivalente a duas massas solares. O enigma aumentou ainda mais quando em 1850, com nova explosão, ela atingiu o brilho de Sirius, a estrela mais brilhante do céu. Nessa explosão alguns astrônomos calcularam que Eta Carinae se livrou de uma só tacada, algo ao redor de 10 estrelas como o nosso Sol. Depois dessa ‘explosão’ de brilho, ela desapareceu dentro de um casulo de gás e poeira como a vemos hoje estimado em 9 anos-luz ou, 7,1 trilhões de quilômetros e que é conhecida como Nebulosa Eta Carinae ou NGC 3372. Com isso ela não pode ser vista diretamente porque sua luz espalhada pelo casulo denominado Homúnculo, forma uma borrão impenetrável aos instrumentos. Pesquisas recentes mostram que o gás e poeira à sua volta está se dissipando e ela talvez possa ser vista novamente no próximo século.

A nuvem de gás e poeira que envolve o sistema binário de Eta Carina dificulta a visão, mas com os dados do Fuse foi possível identificar os sinais espectrais de duas estrelas separadas

Decifrando o Enigma

Eta Carinae está situada a 7.500 anos-luz e foi catalogada pela primeira vez em 1677 pelo astrônomo inglês Edmond Halley (1656-1742). Seu tamanho gigantesco atualmente calculado em 126 massas solares, é raríssimo, contrariava o Limite de Eddington e não explicava os grandes saltos de brilho. Isso foi solucionado pelo astrofísico brasileiro Augusto Damineli do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas do IAG,USP, estudando o estranho comportamento da estrela. Uma hipótese apresentada por ele em 1977, sugeria que Eta Carinae era uma estrela dupla numa órbita excêntrica quando elas na aproximação máxima (periastro) estariam separadas  por menos de 200 milhões de quilômetros, distância relativamente pequena, pouco mais da distância da Terra ao Sol. Isto resolvia as restrições impostas pelo Limite de Eddington ao dividir a massa mas restava  a explicação para os saltos e diminuição do brilho. Damineli estimou o período da órbita em 5,53 anos ou, 2020 dias e que havia uma queda de brilho chamado ‘apagão’ quando uma estrela passava à frente da outra com relação a linha de visão que liga a Terra a Eta Carinae e isto provocava outrossim uma súbita queda na emissão de raios X. Contudo era necessário a comprovação da hipótese, da parceria de Eta Carinae A e Eta Carinae B e essa veio através do satélite Fuse , sigla em inglês de “Explorador Espectroscópico do Ultravioleta Distante” da NASA. As medidas no ultravioleta permitiram identificar a presença de Eta Carinae B, comprovando também que a estrela no periastro entra dentro do vento estelar de Eta Carinae A. Vento estelar são chuvas de partículas altamente energéticas  produzidas e ejetadas pelas estrelas. O fenômeno conhecido como ‘apagão’ ocorre portanto quando a componente B com massa calculada de 36 vezes a do Sol e mais quente, penetra no periastro no vento estelar  da principal A com 90 massas solares, maior e mais fria. O resultado é uma espécie de eclipse estelar de alta energia que faz com que certas faixas do espectro eletromagnético em especial os raios X, sejam bloqueados. Para monitorar o comportamento de ambas estrelas, o astrônomo amador de Campinas-SP, Rogério Marcon, através de um espectroscópio por ele construído, está empenhado na imagem diária do sistema que irá possibilitar flagrar o inicio, o meio e o fim do ‘apagão’.

Morte Anunciada 

Resta saber quando irá ocorrer a terceira que poderá ser a última explosão. Há 7.500 anos-luz ela já poderá ter ocorrido e portanto está a caminho um tsunami cósmico. Pesquisas mostram que Eta Carinae é um barril de pólvora estelar com o pavio quase no fim. A teoria que conhecemos da evolução estelar nos mostra que o final da vida de uma estrela de grande massa é curta cujo final é a transformação em uma supernova. Explosões dessas estrelas são freqüentes e registradas em outras galáxias a muitos milhões, bilhões de anos-luz. O caso contudo de Eta Carinae face ao seu gigantismo será ainda maior, uma hipernova. Por uma fração de segundo, estrelas hipernovas emitem tanta luz como a galáxia inteira! No caso de Eta Carinae, em sua explosão final – quando o combustível nuclear não bastar para fornecer energia capaz de suportar a contração gravitacional – será o espetáculo mais grandioso da história da nossa galáxia. Nosso céu será inundado por uma luz tão forte que fará a noite virar dia durante um mês! Para nós do hemisfério sul, isso acontecerá nas estações do outono e inverno.  Essa explosão irá significar que a energia liberada – a terrível radiação gama – será trilhões de vezes mais intensa. Mesmo distante 7.500 anos-luz, essa radiação direcionada à Terra, varrerá toda a vida do planeta. Um funeral luminoso e segundo alguns pesquisadores uma dessas explosões pode ter atingido a Terra no final do período Ordoviciano, há 450 milhões de anos e que tenha conseguido exterminar mais de 80% de todas as espécies viventes aquela época. Contudo para nossa felicidade, o grupo do astrônomo Kris Davidson descobriu recentemente que o eixo de rotação de Eta Carinae A não está em nossa direção e assim como os raios gama saem em feixe estreito na direção do eixo de rotação, ufa! estamos salvos!

O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...