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CEAMIG – REA/Brasil - AWB
I – Introdução
Em 28 de setembro próximo teremos a ocorrência do segundo eclipse total da Lua deste ano, quando então observadores de toda a região este do Pacífico, Américas, Europa e no oeste da Ásia, terão a oportunidade registrar este evento, conforme apresentado na figura 1. O evento será observado em sua totalidade para os observadores localizados na região do oceano Atlântico.
Já observadores localizados no oeste da Ásia e oeste da África bem como ainda parte da Europa oriental, terão a visibilidade do eclipse com o fenômeno ocorrendo no ocaso; já observadores localizados na região central, (incluindo partes do sudeste da Europa) setentrional e ocidental da Europa; oceano Atlântico (América Central e América do Sul e grande parte da América do Norte), bem como regiões do oceano Pacífico (região Este) observarão o evento em sua totalidade; já observadores localizados no oeste da América do norte (Estados Unidos e Canadá) observarão o eclipse ocorrendo no nascer conforme apresentado na figura 2 abaixo. Os instantes de contatos primários e as principais fases deste eclipse, também são apresentados na figura 1 acima com tempos estimados em UTC = Tempo Universal Coordenado (em inglês: Coordinated Universal Time).
II – Imersão e Emersão de crateras
Da mesma forma na tabela 1 abaixo, são apresentados em tempo universal coordenado, os horários previstos para os contatos com centro de crateras e outros acidentes lunares mais facilmente identificáveis no relevo lunar.
III – Avaliações da coloração segundo a Escala de Danjon
Outro fato curioso é que a Lua permanecerá mais escura durante este o evento, devido a influência de aerossóis provenientes de explosões vulcânicas que ocorreram entre abril e agosto deste ano, desta forma recomendo a todos uma visita as páginas da Seçcão Lunisolar da REA/Brasil (link:
http://www.geocities.ws/lunissolar2003/2015Sep28.htm) atualizadas por Hélio C. Vital
Outro ponto de igual importância será a avaliação, do quanto este eclipse poderá estar claro ou escuro e felizmente temos como avaliar isso. O astrônomo francês André-Louis Danjon (1890 - 1967) propôs uma escala de cinco pontos úteis para avaliar o aspecto visual e o brilho da Lua durante a fase de totalidade dos eclipses lunares. Os valores "L" (inseridos na tabela 2) para várias luminosidades são definidos da seguinte forma:
IV – Ocultações de estrelas pela Lua durante o Eclipse
Durante a ocorrência deste eclipse, o disco lunar também ocultará brilhantes estrelas localizadas na constelação de Peixes conforme apresentado no quadro 1 abaixo.
Desta forma então a tabela 3 abaixo indica algumas estrelas entre as magnitudes 6.4 a 7.9, cujos registros observacionais serão bastante interessantes:
V – Conclusão
Se ocorrer um eclipse mais claro ou escuro certamente a gigantesca tela lunar revelará essa informação aos observadores durante a ocorrência deste eclipse. Da mesma forma que os eclipses de 09 dezembro de 1992, 29 de novembro de 1993 e 16 maio de 2003 mostraram-se significativamente mais escuros que o previsto. Os eventos vulcânicos responsáveis por esses efeitos foram identificados, destacando-se dentre eles: a violenta explosão do Monte Pinatubo em Junho de 1991 e a erupção do Monte Reventador em Novembro de 2002 (VITAL, 2007).
Caso algum observador nesta área possa realizar algumas cronometragens de imersão e emersão das crateras ou mesmo realizar estimativas da coloração utilizando a Escala de Danjon, a coordenadoria de Eclipses da REA, que foi criada em 2003 acolherá seus dados da melhor forma possível, visto que a influência de explosões vulcânicas ocorridas no período acima mencionado, poderão ser capazes de injetar novamente uma grande quantidade de cinzas na estratosfera terrestre.
Durante a ocorrência deste eclipse, o disco lunar também ocultará brilhantes estrelas localizadas na constelação de Peixes conforme apresentado no quadro 1 abaixo.
Se ocorrer um eclipse mais claro ou escuro certamente a gigantesca tela lunar revelará essa informação aos observadores durante a ocorrência deste eclipse. Da mesma forma que os eclipses de 09 dezembro de 1992, 29 de novembro de 1993 e 16 maio de 2003 mostraram-se significativamente mais escuros que o previsto. Os eventos vulcânicos responsáveis por esses efeitos foram identificados, destacando-se dentre eles: a violenta explosão do Monte Pinatubo em Junho de 1991 e a erupção do Monte Reventador em Novembro de 2002 (VITAL, 2007).
Caso algum observador nesta área possa realizar algumas cronometragens de imersão e emersão das crateras ou mesmo realizar estimativas da coloração utilizando a Escala de Danjon, a coordenadoria de Eclipses da REA, que foi criada em 2003 acolherá seus dados da melhor forma possível, visto que a influência de explosões vulcânicas ocorridas no período acima mencionado, poderão ser capazes de injetar novamente uma grande quantidade de cinzas na estratosfera terrestre.
Boas Observações!
Referências:
- MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.
- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2015. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2014. Disponível em http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2015.pdf: Acesso em 03 dez. 2014.
- VITAL, Hélio Carvalho. E-Mail (Correspondência Pessoal). 19 Ago. 2015, 01:25 (PM).
- ___________. Monitorando Explosões Vulcânicas na tela Lunar. REA/Brasil. REPORTE Nº 12, págs. 67/69. 2007. Disponível em: http://www.rea-brasil.org/reportespdf/reporte12-artigo11.pdf Acesso em: 05 mar. 2015.
- ESPENAK. Fred - Fred Espenak`s Eclipse Home Page (NASA/GSFC) - Available http://eclipse.gsfc.nasa.gov/eclipse.html- Acess in: 23 Aug. 2015.