A ocultação de Zubenelgenubi pela Lua em 13 de agosto 2013.

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Na noite de 13 de agosto próximo, a Lua + 44% iluminada e com uma elongação de 84°, ocultará a estrela Zubenelgenubi (alpha Librae) de magnitude 2.8 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente americano. 

Observadores localizados em grande parte da região deste continente (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai e Uruguai), poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado nas tabelas numeradas de 1 a 9 respectivamente.
   
Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e Reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno, visto que abrange também os arquipélagos de Fernando de Noronha e dos Abrolhos no Oceano Atlântico também o arquipélago de Galápagos localizada no Oceano Pacífico, já no período diurno. 

alpha Librae; "A Garra do Sul" é uma estrela de magnitude 2,75; espectro A3IV com fortes linhas metálicas e encontra-se localizada em AR: 14h50m52.70s e Declinação:-16°02'30.0" (2000.0). Zubenelgenubi (ou ainda Kiffa Australis) está a cerca de 62 anos luz de distancia (Mourão, 1987); a atual luminosidade e cerca de 25 vezes a do Sol e a magnitude absoluta próxima de 1,2. A estrela apresenta um movimento próprio anual de 0,13", a  velocidade radial e de 9,65 quilometro por segundo em aproximação (Figura 3).

A companheira no campo da ocular a 231", é a estrela de 8 Librae (HD130819); magnitude 5,16 e espectro F4IV. Apesar da largura da separação, ambas as estrelas mostram o mesmo movimento apropriado, e, sem dúvida, formam um par verdadeiramente físico com uma separação projetada em cerca de 4.800 unidades astronômicas.

Além disso, a estrela primária é por si só uma binária espectroscópica de período incerto. Em 31 de maio de 1966, a duplicidade da estrela foi verificada fotoeletricamente por observações realizadas durante uma ocultação dessa estrela pela Lua. Usando o refletor de 36 polegadas do Kitt Peak National Observatory, no Arizona, (EUA), H.L. Poss e T.R. Kremser obtiveram uma curva de luz que revelou ser o astro uma dupla muito fechada diferindo de 0,4 de magnitude na luz azul e separadas por cerca de 0,01". A partir das estimativas de massas e separação aparente, o período orbital do sistema deverá ser da ordem de 20 dias.

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteróides).

Boas Observações!

Referências:
- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

-  Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2013, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2012, 100P.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham´s Celestial Handbook (23568-8)– An Observer´s Guide to the Universe beyond the Solar System – Vol. Two – Dover Publications, Inc. New York – USA, 1978. 

- Astronomical Software Occult v4.1.0.0 (David Herald - IOTA) - acesso em 27/11/2012.

- Cartes du Ciel - Version 2.76, Patrick Chevalley -  http://astrosurf.org/astropc - acesso em 27/11/2012.

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