O Novo Cometa C/2011 L4 (PANSTARRS)

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB


Na noite de 05/06 de junho útima, o cometa denominado C/2011 L4 (PANSTARRS) foi encontrado pela equipe do Telescópio franco-canadense e hawaiano, em Mauna Kea. Esse telescópio de 1,8 metros de diâmetro equipado com a maior câmera digital do mundo (1,4 bilhão de pixels) gera cada imagem de quase 3 gigabytes de tamanho, e a câmera tem uma imagem aproximadamente a cada 45 segundos. A cada noite, as imagens do telescópio cobrem mais de 1.000 graus quadrados do céu noturno (uma área 5.000 vezes o tamanho da lua cheia).


Assim esse cometa foi descoberto, ao pesquisar o céu na procura de asteróides potencialmente perigosos (PHO), aqueles que um dia podem atingir a Terra. O Cometa C/2011 L4 foi batizado de PANSTARRS, visto que foi o segundo cometa descoberto com este telescópio, sendo o primeiro cometa descoberto denomindado, P/2010 T2 (PANSTARRS), sendo que pertencente a família Joviana (Júpiter) ele nunca irá se tornar brilhante o suficiente para ser visível sem o auxílio de um grande telescópio.

Ao que indica, esse objeto já havia sido observado na noite de 20 para 21 de maio, e através de mensurações dessas imagens, calcula-se que o cometa atingirá o periélio em torno de 10 março de 2013, com uma distância periélica de 0,30 UA, cerca de 45 milhões km ou 30% da distância da Terra ao Sol, já dentro da órbita do planeta Mercúrio.

Se os cálculos de órbita desse cometa indicam que seja parabólico, está será a primeira vez que ele chegará próximo do Sol, mas se isso for real, ele pode nunca mais retornar, porque ele possuirá uma excentricidade (uma medida de quão "não-circular" a órbita é) orbital próximo de 1.
Não será conhecido ainda por vários meses se a órbita é elíptica (excentricidade menor que 1), o que significará que seja um cometa periódico. Segundo aquela equipe, ele será observado ainda nos próximos meses, e isso permitirá melhores previsões do quão de brilho ele poderá alcançar.

Prever o brilho de cometas é difícil, como inúmeros cometas no passado que não conseguiram alcançar o brilho esperado. A dificuldade em fazer previsões de brilho reside no fato de que, os astrônomos não sabem com antecedência o quanto de gelo contém num cometa novo, isto porquê a sublimação do gelo (conversão de sólido para gás) é a fonte da atividade cometária e um dos principais contribuintes para o brilho total de um cometa; eventualmente, isto significará que as previsões de brilho mais precisas, não será possível até que o cometa se torne mais ativo, quando se aproximar do sol.

O cometa COMETA C/2011 L4 (PANSTARRS) está atualmente cerca de 1,2 bilhões de km do Sol, além da órbita de Júpiter. com uma magnitude de 18,5 tornando-se 100.000 vezes mais fraco para ser visto demasiado com algum significado, pois somente com um telescópio e um CCD sensível que pode ser observado. A geometria prevista da abordagem do cometa ao sol não é a ideal, ele vai passar por trás do sol, do lado oposto do Sol e a Terra. Isso vai tornar difícil a visualização deste cometa, visto que possui uma órbita altamente inclinada, e se aproximará da Terra e do Sol pelo sul, em seguida, passara para o céu do norte depois de seu periélio.

Em março de 2013, o cometa deverá estar baixo, visível no céu ocidental depois do ocaso do sol. O cometa está previsto para atingir cerca de uma magnitude basntante significativa próximo ao seu periélio, quando então será visivel juntamente com outras estrelas brilhantes.

Em março de 2013, espera-se que este cometa é baixa visível no horizonte oeste após o pôr do sol (que esconde o sol), mas o crepúsculo brilhante fará com que seja difícil a visualização. O cometa deve chegar a um fim magnitude para 1 (como o Pollux estrela em Gêmeos).

Este cometa é considerado oriundo da nuvêm de Oort: Uma nuvem de cometas com objetos localizados no exterior do sistema solar. Provavelmente ele foi perturbado por uma estrela distante gravitacionalmente, ocorrendo seu envio para uma longa jornada em direção ao sol; entretanto o cometa C/2011 L4 (PANSTARRS) dá aos astrônomos a rara oportunidade de estudar este material que talvez tenha-se formado na fase inicial do sistema solar.

Referências:
- http://www.ps1sc.org/blog/?p=319 - Acesso em 22/06/2011.
- http://ssd.jpl.nasa.gov/horizons.cgi#results - Acesso em 22/06/2011.
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