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sábado, 1 de agosto de 2020

Largue o cel e olhe para o céu #11

Nebulosa Ômega

Aléxia Lage


Para que você possa guardar um resumo sobre o assunto desta coluna, baixe gratuitamente a ficha que contém dados astronômicos sobre o objeto em foco, de forma que possa sempre consultá-los quando precisar. Você pode baixar o arquivo aqui: Ficha de Catalogação #010 - M 17 - Nebulosa Ômega


M 17 é conhecida como Nebulosa Ômega e se localiza na constelação de Sagittarius (Sagitário). Assim, serão apresentadas primeiramente informações sobre essa constelação. 

Para entender a origem de Sagitário e sua conformação, é preciso compreender a influência das mitologias nas denominações celestes. A constelação é representada como um centauro, uma criatura mítica com a parte inferior como a de um cavalo com quatro patas e, a superior, com o torso e cabeça humanas, com uma capa atada ao pescoço e empunhando um arco e flecha (Figura 01), apontada para a constelação vizinha de Escorpião (Scorpius) (Figura 02). Sagittarius é uma constelação de origem suméria, representando o deus da guerra e da caça, concebido como um arqueiro centauro com asas. Posteriormente, os gregos teriam adotado o centauro, sem as asas (RIDPATH, 2018). Para Eratóstenes, que nós conhecemos como aquele que calculou a circunferência da Terra em tempos idos, tratava-se de Crotus, filho de Eupheme, a enfermeira das musas, e não um centauro, pois este não utilizava arcos, além de possuir uma cauda de sátiro (uma mistura de corpo de homem e bode) (ERATÓSTENES, 1999). Alguns acreditam, erroneamente, que Sagitário representa Quíron, um centauro sábio e erudito, porém ele na verdade é representado na constelação Centaurus. Hyginus, escritor romano, disse que há um círculo de estrelas aos pés de Sagittarius “jogado como por uma pessoa em um jogo”, se referindo à constelação Corona Australis (Figura 02) (RIDPATH, 2018). 

Figura 1 - Constelação de Sagittarius conforme visualizada no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Figura 2 - Constelação de Sagittarius, Scorpius e Corona Australis, conforme visualizadas no software Stellarium. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Sagittarius pode ser vista em latitudes entre + 55° e -90°, tendo como constelações vizinhas Aquila, Scutum, Ophiucus, Serpens, Scorpius, Telescopium, Corona Australis, Microscopium e Capricornus (CONSTELLATION GUIDE, 2020)(Figura 3). 
Figura 3 - Constelações de Aquila, Scutum, Ophiucus, Serpens, Scorpius, Telescopium, Corona Australis, Microscopium e Capricornus, conforme visualizadas no software Stellarium. A linha branca delimita a área de cada constelação. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020)

Oficialmente, a constelação recebe a designação Sagittarius, a abreviatura Sgr e as estrelas pertencentes a ela podem ser referenciadas pelas letras gregas seguidas pelo genitivo Sagittarii. As estrelas principais de Sagittarius são: Rukbat (α Sagittarii ou α Sgr), β1 Sgr e β2 Sgr (dupla ótica), Alnasl (γ Sagittarii ou γ Sgr), Kaus Media (δ Sagittarii ou δ Sgr), Kaus Australis (ε Sagittarii ou ε Sgr),  Kaus Borealis (l Sagittarii ou l Sgr), Nunki (σ Sagittarii ou σ Sgr) e μ Sagittari ou μ Sgr e (Figura 4) (RÉ; DE ALMEIDA, 2000) (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020).

Figura 4 - Constelação de Sagittarius conforme visualizada no software Stellarium e as suas principais estrelas. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020) 

É também nesta constelação que se localiza M 17, uma nebulosa de emissão, difusa, extensa, e brilhante, constituída por grandes massas de gás, especialmente hidrogênio, que é excitado pela luz de estrelas próximas (Figura 5). 
Figura 5 – M 17 – Nebulosa Ômega - Crédito: ESO.

M 17, catalogada também como NGC 6618, foi descoberta em 1745 pelo astrônomo suíço Jean-Philippe Loys de Chéseaux. Está localizada próxima ao limite de Sagittarius com a constelação Scutum (Figura 6), ocupando uma área de aproximadamente 15 anos-luz de diâmetro e à distância de 5.000 a 6.000 anos-luz da Terra. Sua magnitude aparente corresponde a 6,0, sendo uma das nebulosas mais brilhantes e formadoras de estrelas da Via Láctea, possuindo uma massa de cerca de 800 massas solares. O seu brilho advém de um aglomerado de 35 estrelas jovens e brilhantes, com cerca de um milhão de anos. Entretanto, esse grupo estelar não é observado imediatamente em imagens de luz visível, assim como as estrelas mais jovens, porque ficam ofuscadas pela nebulosidade de gás e poeira. Ômega abriga cerca de 800 estrelas e em suas regiões externas acham-se mais de mil estrelas em processo de formação estelar (CONSTELLATION GUIDE, 2020). 

Figura 6 – Localização da Nebulosa Ômega na constelação de Sagittarius. Fonte: (STELLARIUM DEVELOPERS, 2020) 

Pela sua magnitude, encontra-se no limite de observação a olho nu, sendo melhor visualizado em telescópios e binóculos de baixa potência (CONSTELLATION GUIDE, 2020). Em telescópios pequenos, ela se mostra como uma pequena barra de luz, com uma pequena extensão em uma extremidade, parecida com uma marca de seleção , só que invertida. No lado oposto, uma fraca nebulosidade de luz envolve um aglomerado de cerca de uma dúzia de estrelas (CONSOLMAGNO; DAVIS, 2018).

O texto foi útil para você? Agradecemos a todos aqueles que puderem deixar seus comentários com críticas e sugestões para a coluna e o material por ela disponibilizado.

EDIÇÕES ANTERIORES

Referências:

CONSOLMAGNO, G.; DAVIS, D. M. Turn left at Orion. 5. ed. Great Britain: Cambridge University Press, 2018. 

CONSTELLATION GUIDE. Sagittarius Constellation: Facts, Mythology, Stars, Location, Star Map, 2020. Disponível em: <https://www.constellation-guide.com/constellation-list/sagittarius-constellation/>. Acesso em: 22 jul. 2020

ERATÓSTENES. Mitología del Firmamento (Catasterimos). Tradução: Guerra, Antonio Guzmán. Madrid: Alianza Editorial, 1999. 

ESO. A região de formação estelar Messier 17. Disponível em: <https://www.eso.org/public/brazil/images/eso1537a/>. Acesso em: 22 jul. 2020. 
RÉ, P.; DE ALMEIDA, G. Observar o céu profundo. Lisboa: Plátano, 2000. 

RIDPATH, I. Star Tales. 2. ed. Cambridge: The Lutterworth Press, 2018. 

STELLARIUM DEVELOPERS. Constelação de Sagittarius. Boston: [s.n.]. 

A ocultação de Nu Scorpii (Jabbah) pela Lua em 25 de agosto 2020.


Em 25 de agosto próximo, a Lua +51% iluminada e com uma elongação solar de 92°, ocultará a estrela Jabbah (Nu Scorpii) de magnitude visual 4.0 (figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2019) como: binóculos, lunetas e telescópios. Esse evento poderá ser observado numa extensa região envolvendo as Américas e porção equatorial do continente africano. 

Conforme mencionado, observadores localizados na porção Sul da América do Norte (Bahamas, Estados Unidos e o México), acompanharão o fenômeno em sua fase diurna conforme apresentado na tabela 1.

Observadores localizados nas diversas regiões da América Central (Aruba, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Ilhas Cayman, República Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Porto Rico, São Cristóvão e Nevis, bem como Trinidad e Tobago) também na fase diurna conforme apresentado na tabela 2.


Os observadores localizados na porção norte da América do Sul (Brasil, Colômbia, Equador, Suriname e Venezuela) também observarão esse evento de forma diurna, sendo que na região nordeste, o evento já estará na fase crepuscular vespertina conforme apresentado na tabela 3. 


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://is.gd/occ_nu_scorpii_20200825 as condições de desaparecimento e reaparecimento para 701 municípios localizados nas regiões Centro-oeste, Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil.


Cruzando a região mesoatlântica, esse evento será observado na África (Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Nigéria, São Tomé e Príncipe e Togo) já na fase noturna do dia, sendo a região equatorial do Atlântico a mais favorável para os registros de Desaparecimento e Reaparecimento consequentemente, conforme apresentado na tabela 4.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade acima mencionadas, apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange também ilhas localizadas no oceano Pacífico e também no Atlântico.


Nu Scorpii (Jabhah)

Nu Scorpii, também conhecida como Jabbah, nome de origem árabe que significa “à frente” (MOURAO, 1987) e uma estrela de quarta magnitude visual 4.0, classe e tipo espectral B2IV (WDS, 2020), portanto uma subgigante branco-azulada, que John Bayer denominou a letra grega Nu (figura. 3) sendo provavelmente essa estrela um dos membros que compõem a associação de estrelas Scorpio-Centaurus. Observada ao telescópio mostra que é uma magnífica estrela quádrupla, cujos componentes são da classe B. azulada. Foi chamado de "o grupo quádruplo mais bonito do céu" pela astrônoma Agnes Mary Clerke (KALER, 2017). 

 

As estrelas estão dispostas em dois pares próximos, separados por 41 segundos de arco. Os dois do par mais brilhante são divididos em 1,3 segundos, os dois mais fracos em aproximadamente o dobro que, em 2,4 segundos, o conjunto nos lembra de forma impressionante a famosa "Dupla-Dupla de Lyra" (Epsilon 1 e Epsilon 2 Lyrae), conforme visto na figura 5  (STELLARIUM DEVELOPERS, 2019).


Sites recomendados:
"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

Kaler, James B. The StarGazer (Home-page). Jabbah = Nu Scorpii, 27 Sept. 2017. Available: <http://stars.astro.illinois.edu/sow/sowlist.html> Acesso em: 29 Mar. 2020.

WDS, (Stelle Doppie). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=65333> Acess in: 29 Mar. 2020.

STELLARIUM DEVELOPERS. HIP 79374 A. . Boston: Stellarium.org. , 2019

A ocultação de Marte pela Lua em 9 de agosto 2020.


Em 9 de agosto próximo, a Lua -72% iluminada e com uma elongação solar de 116°, ocultará o planeta Marte com a magnitude visual estimada em -1.3 (CAMPOS, 2019). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão do continente americano (Figura 1).

 

Desta forma os observadores localizados na região austral da América do Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) poderão acompanhar esse evento, conforme e apresentado na tabela 1 respectivamente.


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 1, este evento também será visível em outras localidades do Brasil; sendo que em diversas localidades esse evento ocorre dentro da faixa do crepúsculo matutino. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link https://is.gd/occ_marte_1_20200809 as condições de desaparecimento e reaparecimento para 744 municípios localizados nas regiões Centro-oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange ilhas localizadas no oceano Atlântico e reservas biológicas naturais no oceano Pacífico. 


Marte é conhecido desde a mais remota antiguidade; Em 2540 A.C., um dos dias da semana (terça-feira) já lhe era consagrado. Aristóteles teve ocasião de observar uma ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu menciona que Marte esteve próximo à estrela Acrab (Beta Scorpii) em 17 de janeiro do Ano 272 a.C. (Mourão, 1984).

As ocultações de planetas pela Lua são fenômenos de rara beleza, onde seus registros constituem uma excelente oportunidade do astrofotógrafo, por exemplo, incrementar sua coleção, bem como ainda, ao astrônomo amador manter um registro significativamente importante destes dados, desde que são encaminhados para associações de pesquisas como a ALPO (Association Lunar and Planetary Observers), IOTA (International Occultation Timing Association) e no Brasil a REA (Rede de Astronomia Observacional).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

O asteroide (68) Leto em 2020.


Em 30 de setembro próximo, o asteroide Leto estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.966), quando então sua magnitude chegará a 9.5 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.

 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 68 Leto foi descoberto em 29 de abril de 1861 pelo astrônomo alemão Robert Luther (1822 - 1900) no Observatório de Dusseldorf. Seu nome é uma homenagem á filha do titão Cocus com a titânida Febe, mãe de Diana e Apolo com Júpiter. (MOURÃO, 1987).

Robert Luther teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 9 km de diâmetro e 1,9 km de de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas: LAT: 33° 12' 00"N, LONG: 024° 06' 00"E. foi nomeada oficialmente foi nomeada oficialmente em 1935 como LUTHER, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Robert Luther descobriu 24 asteroides, entre 1852 e 1890.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 22 de fevereiro de 2011 pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera LUTHER, fev. 2011. Vaz Tolentino Observatório Lunar, fev. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7636-Cratera-LUTHER> Acesso em 22 mar. 2019.

O asteroide (62) Erato em 2020.


Em 24 de setembro próximo, o asteroide Erato estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.493), quando então sua magnitude chegará a 12.2 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parêntese, 62 Erato foi descoberto em 14 de setembro de 1860 pelos astrônomos Otto Leberecht Lesser (1830 – 1887) e Wilhelm Julius Foerster (1832 – 1921), no Observatório de Berlim. Seu nome é uma homenagem à musa da poesia lírica e, sobretudo erótica; o vocábulo erato, de origem grega, significa amar. Tal designação foi proposta pelo astrônomo alemão J. F. Encke (MOURÃO, 1987).

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustrada a presença do seguinte asteroide: (161) Athor, magnitude visual estimada em 11.3 Assim sendo, também acessível observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.


O asteroide (32) Pomona em 2020.


Em 19 de setembro próximo, o asteroide Pomona estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.038), quando então sua magnitude chegará a 11.2 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 32 Pomona foi descoberto em 26 de outubro de 1854 pelo astrônomo amador alemão Hermann Goldschmidt (1806 - 1880) em Paris. Seu nome é uma alusão à deusa dos frutos e jardins. Nome proposto pelo astrônomo francês Joseph Urban Leverrier. (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00' 00"N, LONG: 003° 48' 00"W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimentos de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT

E importante ainda mencionar que durante o período de sua oposição ocorrida em 2019, (32) Pomona foi registrado por câmaras fotográficas e pequeno instrumental, isso da região urbana de Porto Alegre, RS – Brasil, conforme reporta o observador brasileiro Carlos Arlindo Adib com as seguintes estimativas: 20190526 às 00:04 TU, mag. 10.2 (usando 98 e 104).


Na exposição fotográfica realizada pelo astrofotógrafo brasileiro Gilberto Klar Renner apresentada na figura 2, o asteroide Pomona encontra-se identificado com a letra inicial “P” muito próximo a estrela: HIP: 79895 (HIP = Hipparcos catalogue), mV: 7.36, de coloração branca, classe espectral F3V com as coordenadas equatoriais: AR=16 18 27.130, Decl: -17 23 15.68 (J2000.0) localizada na constelação de Escorpião.

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos seguintes asteroides: (49) Pales, magnitude visual estimada em 11.0 (ver dados de oposição em: https://sky-observers.blogspot.com/2020/08/o-asteroide-49-pales-em-2020.html) e (737) Arequipa, magnitude visual estimada em 10.9, e ainda (375) Ursula, magnitude visual estimada em 11.4. Assim sendo, todos eles também estão acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatório Lunar. O grande descobridor de asteroides Hermann GOLDSCHMIDT. ago. 2011. Disponível em: <http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT> - Acesso: 13 Nov. 2017. 

Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

Adib, C.A. Correspondência Pessoal (e-mail: Fw: Visualização de 32 Pomona por fotografia (texto em .txt). <adibcd@yahoo.com> to: <Sky & Observers <skyandobservers@gmail.com> em 28 de mai de 2019 17:23.

O asteroide (49) Pales em 2020.


Em 16 de setembro próximo, o asteroide Pales estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.033), quando então sua magnitude chegará a 11.0 (CAMPOS, 2019), portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa (CHEVALLEY, 2017), objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 49 Pales foi descoberto eem 19 de setembro de 1857 pelo astrônomo alemão Hermann Mayer Salomon Goldschmidt (1802-1866) no Observatório de Paris. Seu nome é uma alusão a Pales, gênio latino protetor dos pastores e dos rebanhos. (MOURÃO, 1987).

Hermann Mayer Salomon Goldschmidt teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera localizada próxima do polo norte lunar (diâmetro: 113 km, profundidade: 1,3 km, coordenadas selenográficas LAT: 73° 00'  00"N, LONG: 003° 48' 00"W) foi nomeada oficialmente em 1935 pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Os descobrimentos de Hermann Goldschmidt são ao total 14 asteroides.

Esse relevo foi registrado fotograficamente em 07 de agosto de 2011, (22:58:02 UT). Essa imagem poderá ser visualizada em: http://vaztolentino.com.br/imagens/7590-O-grande-descobridor-de-asteroides-Hermann-GOLDSCHMIDT

Notas:

1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente; 1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

4 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se ilustradas as presenças dos seguintes asteroides: (32) Pomona, magnitude visual estimada em 11.3 (ver dados de oposição em: https://sky-observers.blogspot.com/2020/08/o-asteroide-32-pomona-em-2020.html) e (737) Arequipa, magnitude visual estimada em 10.9, e ainda (375) Ursula, magnitude visual estimada em 11.4. Assim sendo, todos eles também estão acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2020. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2019. 146p. Disponível em: <https://is.gd/Alma_2020> Acesso em 02 Dez 2019.

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O Eclipse Total do Sol em 08 de abril de 2024.

Antônio Rosa Campos Em 08 de abril próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse neste ano; visível na América Central (México) e na porç...