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quarta-feira, 1 de maio de 2019

A ocultação de Ain Al Rami (Nu1 Sgr) pela Lua em 22 de maio 2019.


Em 22 de maio próximo a Lua -87% iluminada e uma elongação solar de 138°, ocultará a estrela Ain Al Rami (Nu1 Sgr) de magnitude 4.8 e tipo espectral K2I+B9V (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado nas Américas Central, Norte e Sul, bem como nos oceanos Atlântico e Pacífico.


Na América Central esse evento será observado abrangendo as seguintes nações: Aruba, Barbados, Belize, Costa Rica, Ilhas Cayman, República Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Porto Rico, São Cristóvão e Nevis, Trinidad e Tobago, em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento), conforme apresentado na tabela 1.


Já os observadores localizados em parte da América do Norte, poderão acompanhar os eventos em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento) no México e sul dos Estados Unidos, conforme apresentado na tabela 2. 


Os observadores localizados na porção norte e noroeste da América do Sul (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela durante a ocorrência do crepúsculo vespertino e fase noturna, conforme apresentado na tabela 3. 


Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico e Pacífico. 


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 3, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1RxyAaA93ShlNCLagYVaRlpQw9Vx_V8RK/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 38 municípios localizados nas regiões norte e nordeste do Brasil.



Ain Al Rami

Ain Al Rami (nu1 Sgr); seu nome, de origem árabe, ain al Rami, significa o olho do arqueiro (MOURÃO, 1987) e um sistema triplo de estrelas (figura. 4) que encontra-se a cerca de 1124 anos luz de distância (WDS, 2019). Seus três componentes são designados Nu1 Sagittarii A (também chamado Ain al rami),  B e C . A e B formam uma binária espectroscópica. 




Gigante brilhante do tipo K, Ain al Rami e uma estrela de cor alaranjada o que permite estabelecer que sua temperatura superficial esteja estimada entre 4000 e 4700 K (ALMEIDA et al, 2000). As raias visíveis no espectro de uma estrela permitem ordenar esses astros em classes de objetos similares. A classificação espectral atualmente em uso é baseada num esquema estabelecido em 1890 (Harvard Spectral Sequence) (COSTA, 2005).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A. R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Almeida, Guilherme; , Pedro. Observar o Céu Profundo. Lisboa – Portugal: Plátano Edições Técnicas, 2000. 339 p.

Costa, J.R.V. As cores das estrelas. Astronomia no Zênite, set. 2005. Disponível em: <http://www.zenite.nu/as-cores-das-estrelas>. Acesso em: 5 mar. 2019.

WDS, (Stelle Doppie). Available in <https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=77709> - Acess in: 05 Mar. 2019.

A ocultação de Ain Al Rami (Nu2 Sgr) pela Lua em 22 de maio 2019.


Em 22 de maio próximo a Lua -87% iluminada e uma elongação solar de 138°, ocultará a estrela Ain Al Rami (Nu2 Sgr) de magnitude 4.9 e tipo espectral K3-II-III:CN1Ba1 (DUCATI, 2002). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento (Figura 1) poderá ser observado na América Central, pequena porção da América do Norte e regiões norte e noroeste da América do Sul, bem como nos oceanos Atlântico e Pacífico.


Na América Central esse evento será observado abrangendo as seguintes nações: Aruba, Barbados, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Porto Rico, São Cristóvão e Nevis, Trinidad e Tobago, em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento), conforme apresentado na tabela 1.



Observadores localizados no sudoeste da América do Norte (região do estado de Guerrero no México), poderão também acompanhar os eventos em ambas as fases (desparecimento e reaparecimento), conforme apresentado na tabela 2. 


Os observadores localizados na porção norte e noroeste da América do Sul (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), poderão também acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela durante a ocorrência do crepúsculo vespertino e fase noturna, conforme apresentado na tabela 3. E importante ainda mencionar que em algumas localidades nos estados brasileiros do Pará e Amapá, o evento ocorrerá ainda à luz diurna. 



Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Conforme acima mencionado e constante na tabela 3 acima, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 3 - Ilustrativa) para download no link: https://drive.google.com/file/d/1MNjEnULjAG98MYiBdnbzIbPYgQ45pdkg/view?usp=sharing as condições de desaparecimento e reaparecimento para 66 municípios localizados nas regiões centro-oeste, norte e nordeste do Brasil.




Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno que abrange essas regiões e demais reservas naturais biológicas localizadas nos oceanos Atlântico (Mar do Caribe) e Pacífico (Ilhas Galápagos). 


Nu2 Sagittarii

Ain Al Rami (nu2 Sgr); seu nome, de origem árabe, ain al Rami, significa o olho do arqueiro (MOURÃO, 1987). Em 1997 dados originais do Hipparcos, a paralaxe da estrela foi calculada em 270,23 anos-luz de distância da Terra (DUCATI, 2002). E uma luminosa estrela gigante laranja avermelhada, conforme podemos identificar na figura 4 (incluso Nu1 Sgr). Em seus registros de ocultações são reportados como não instantâneas. Suas observações são altamente desejadas (HERALD, 2014).

 

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos (PADILHA FILHO, 2016).

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A. R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Padilha Filho. A. A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Sky and Observers, jul 2016. Disponível em:< https://sky-observers.blogspot.com/2016/07/a-ocultacao-de-tyc-5667-00417-1-por-236.html >, Acesso em 22 mai. 2017.

Herald, D. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

Ducati, J. R. - VizieR Online Data Catalog: Catalogue of Stellar Photometry in Johnson's 11-color system. CDS/ADC Collection of Electronic Catalogues, 2237, 0 (2002). Available in: https://ui.adsabs.harvard.edu/?#abs/2002yCat.2237....0D - Acess in: 06 Mar. 2019.

Aladin - CDS/ADC Collection of Electronic Catalogues <http://cdsportal.u-strasbg.fr/?target=HIP%2092845> Acess in: 6 Mar. 2019.

A ocultação do Aglomerado Aberto M44 (Presépio) pela Lua em 11 de maio 2019.


Em 11 de maio próximo a Lua +39% iluminada e com a elongação solar de 77°, ocultará o Aglomerado Aberto M-44 (Presépio) conforme podemos observar numa visão global apresentada na figura 1, proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos (CAMPOS, 2018) como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado em uma boa parte da superfície terrestre.


Desta forma, os observadores localizados na porção oeste da América do norte (Estados Unidos englobando localidades Ilhas do arquipélago havaiano e México), poderão acompanhar ambas fases de desaparecimento e reaparecimento deste Aglomerado Aberto. Entretanto esse evento ocorre à luz do dia em algumas localidades desta região e também ao crepúsculo vespertino, conforme apresentado na tabela 1.


Já os observadores localizados na região do istmo da América Central (Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá) poderão acompanhar as fases de desaparecimento e reaparecimento já no período noturno, conforme apresentado na tabela 2.


Na região norte e noroeste da América do Sul (Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) os observadores que se encontram nas localidades listadas na tabela 3 (abaixo) poderão somente acompanhar a fase de desaparecimento deste evento.


 Além das circunstâncias de gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 2) com a faixa de visibilidade do fenômeno a qual abrange além das regiões mencionadas, ilhas e reservas naturais localizadas nos oceanos Pacífico e Atlântico. 


M44 Presépio

Novamente torna-se importante destacar neste Aglomerado aberto a existência das seguintes estrelas: 41 Epsilon Cnc (Magnitude Visual 6.3) de classe espectral A8Vn; 38 Cancri (BT) (Magnitude Visual 6.6) de classe espectral F0III, uma variável de baixa amplitude tipo Delta Scuti mas que apresenta um período ultra curto, variando entre máximos e mínimos somente 0.10228 d (AAVSO, 2018); 39 Cancri (Magnitude Visual 6.4) um sistema óctuplo de estrelas (WDS, 2018); 40 Cancri (Magnitude Visual 6.6) uma anã branca de classe e tipo espectral A1V e 42 Cancri (Magnitude Visual 6.8) de classe e tipo espectral A9, que e classificada como uma binária espectroscópica (BIDELMAN, 2018).

Desta forma seus registros são altamente importantes, uma vez que individualmente cada uma apresentará aspectos distintos e de fácil compreensão. A figura 3 abaixo apresenta uma visão desta região celeste, onde pode ser utilizado para a correta identificação dessas estrelas no Aglomerado Aberto podendo servir também como um mapa de busca no interior e adjacências do NGC 2632.


Embora esse brilhante Aglomerado Aberto seja catalogado pelo observador de cometas Charles Messier, a região celeste já e conhecida dos astrônomos antigos como Erastótenes, Ptolomeu, dai suas designações como Manjedoura e também Colmeia. Ele foi observado pela primeira vez por Galileu Galilei quando este aplicou um telescópio nestas observações, reportando assim estrelas observáveis separadamente naquela região celeste.

O incentivo cada vez mais constante para que sejam realizadas e registradas suas observações visuais sempre e oportuno de ser reiterado; desta forma segue abaixo as recomendações de sites e de grupos existentes que poderão colaborar na orientação dos astrônomos iniciantes neste tipo de registro.

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

Campos, A. R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Herald, D.. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

Bidelman, W. P. - Spectral Classification of the Brighter Stars of the Praesepe Cluster, Astronomical Society of the Pacific, Vol. 68, No. 403, p.320. Bibliographic Code: 1956PASP...68..318B - Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1956PASP...68..318B> Acess in 16 Apr 2018.

WDS Washington Double Star Catalog: Epoch 2014.01. Disponível em: <http://www.handprint.com/ASTRO/>. Acesso em: 10 set. 2014.

____ Stelle Doppier - (Double Star Database). Available in: < https://www.stelledoppie.it/index2.php?iddoppia=40365 > Acesso em: 16 Abr. 2018.

AAVSO (Home) - Available in: <https://www.aavso.org/vsx/index.php?view=detail.top&oid=4901>  Acess in: 16 Apr 2018.

O asteroide (18) Melpomene em 2019.


Em 2 de julho próximo, o asteroide Melpomene estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = -0.009), quando então sua magnitude chegará a 9.2, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de pequeno porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

Nesta oportunidade (18) Melpomene, vem atravessando uma região celeste próxima a diversos aglomerados e cúmulos de estrelas, onde o observador poderá identificar com mais facilidade esses objetos de céu profundo, utilizando os apontamentos contidos na tabela 2 (DSO – Informations) abaixo. 

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 18 Melpomene foi descoberto em 24 de junho de 1852 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres. Seu nome é alusão à musa da tragédia na mitologia grega. (MOURÃO, 1987).

Durante a ocultação da estrela SAO 114159 em 11 de dezembro de 1978 observada por quatro observadores, dentre eles R. M. Williamon do Fernbank Observatory, Fernbank Science Center, Atlanta, Geórgia. Foi relata a observação de um evento secundário provavelmente associado com a ocultação. Isso torna o asteroide (18) Melpomene suspeito de possuir satélites menores, cujo diâmetro e estimado em 48 km e localizado a 750 quilometros a partir de Melpomene.

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00" S e LON: 007° 24' 00" E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Cooper, T. P. Suspected Binary Asteroids and Satellite of Asteroids. SAO/NASA Astrophysics Data System (ADS), jan. 1986. Available in <http://adsabs.harvard.edu/full/1986MNSSA..45...73C> - Acesso em: 29 jul. 2013.

Marsden. B.G. (1978 (18) 1. CBAT/IAU. Dec 1978. Available in: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/03300/03315.html> - Acess in 7 Jul. 2013.

Tolentino, R.J. V. Vaz Tolentino Observatorio Lunar. Cratera HIND, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

O asteroide (22) Kalliope em 2019.


Em 15 de junho próximo, o asteroide Kalliope estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.938), quando então sua magnitude chegará a 10.8, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos de médio porte. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste ilustrativa, objetivando sua localização nos próximos dias. 

Nesta oportunidade (22) Kalliope, vem atravessando uma região celeste muito próxima a diversos aglomerados e cúmulos de estrelas, onde o observador poderá identificar com mais facilidade esses objetos de céu profundo, utilizando os apontamentos contidos na tabela 2 (DSO – Informations) abaixo. 


Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, 22 Kalliope foi descoberto em 16 de novembro de 1852 pelo astrônomo inglês John Russel Hind (1823 - 1895) no Observatório de Londres (MOURÃO, 1987).

Conforme descrito na IAUC No. 7703, W.J. Merline do Southwest Research Institute (SRI) e F. Ménard do Observatoire de Grenoble reportaram que, com a colaboração de (L. Close, da Universidade do Arizona; C. Dumas do Jet Propulsion Laboratory;  C.R. Chapman e D.C Slater, SRI) a detecção de um satélite em órbita de (22) Kalliope em 02 de setembro de 2001. O S/2001 (22) 1 foi detectado com o telescópio franco-canadense-hawaiano, (com sistema de óptica adaptativa) de 3.6 m em Mauna Kea. Na mesma circular e informado que J.L. Margot e M.E. Brown do California Institute of Technology, apresentam a separação entre o primário e o secundário de 0".51 (1000 km), com imagens obtidas em 29 de agosto daquele ano, quando então utilizaram o telescópio Keck II também em Mauna Kea.

Já na Circular No. 8177 ( 08, Aug. 2003) é informado que o Committee on Small Bodies Nomenclature (CSBN), adotou o nome "Linus" para o satélite S/2001 (22) 1, orbitando em torno de (22) Kalliope.

John Russell Hind teve seu nome imortalizado na superfície lunar, quando uma cratera de 29 km de diâmetro e 3 km de profundidade, localizada nas coordenadas selenográficas LAT: 07° 54' 00" S e LON: 007° 24' 00" E, foi nomeada oficialmente em 1935 como HIND, pelo Working Group for Planetary System Nomenclature (WGPSN), da International Astronomical Union (IAU). Hind também descobriu e observou estrelas variáveis, além de descobrir Nova Ophiuchi 1848 (V841 Ophiuchi), a primeira nova dos tempos modernos (desde a supernova SN 1604).

Esse relevo foi registrado fotograficamente em duas oportunidades pela equipe do Vaz Tolentino Observatório Lunar (VTOL), em 24 de agosto de 2012 e 01 de maio de 2013. A composição de ambas imagens poderá ser visualizada em: http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) (OAM, 2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas a presença dos asteroides: (91) Aegina e (49) Pales, ambos com suas respectivas Magnitude Visual e estimada em 1.26, portanto também acessíveis a instrumentos de médio porte.

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Mourão, R.R.F. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

Campos, A.R. Almanaque Astronômico Brasileiro 2019. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2018. 197p. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/1MDUD98pgALzQFNmM200ftLQRuVDS0Vsu/view> Acesso em 02 Dez 2018.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.



Tolentino, R.J. V. Cratera HIND. Vaz Tolentino Observatório Lunar, ago. 2012. Disponível em: <http://www.vaztolentino.com/imagens/7587-Cratera-HIND> - Acesso: 13 Nov. 2017.

Green, D.W.E. S/2001 (22) 1. CBAT/IAUC nº 7703, sept. 2001. Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/07700/07703.html> - Acesso em: 07 jul. 2013.

________. Satellites of (22) Kalliope and (45) Eugenia. CBAT/IAUC nº 8177, ago. 2003.  Disponível em: <http://www.cbat.eps.harvard.edu/iauc/08100/08177.html> - Acesso em: 04 mai. 2014.

O suicídio do cometa Shoemaker-Levy 9.


Em Júpiter foi uma alfinetada. Na Terra teríamos a destruição da civilização. Há 25 anos o maior evento cósmico da era atual. 

Muitas gerações irão passar sem que seja observado um evento comparável ao que foi visto em julho de 1994, tendo como palco o gigantesco mundo de Júpiter. Tudo começou com a descoberta por três caçadores de cometas, Eugene Shoemaker, sua esposa Carolyn e David H. Levy de um cometa na noite de 23/24 de março de 1993, utilizando uma câmara Schmidt do Observatório de Monte Palomar, EUA. No dia seguinte, ao examinar as fotografias, Carolyn levou um susto: venham ver que coisa estranha, gritou para os dois companheiros. No filme apareciam minúsculos pontos brilhantes enfileirados como um colar de pérolas. A noticia foi repassada em seguida para o astrônomo Brian Marsden, responsável pela catalogação e descoberta de cometas da União Astronômica Internacional sediada em Massachusetts, EUA. Ele identificou e viu que era um cometa. 

Os cálculos orbitais iniciais indicavam que ele havia ultrapassado o limite de Roche de Júpiter no dia 8 de março de 1992 e essa aproximação foi fatal em razão do imenso campo gravitacional desse planeta. Júpiter é como um “aspirador cósmico”, sempre responsável por alterar órbitas de cometas que dele se aproximam, mas dessa vez, contudo, havia provocado a ruptura do núcleo do cometa em 21 pedaços de 1 a 4 quilômetros de diâmetro e com massa inicial prevista de 10 quilômetros. Com isso sua órbita havia sido alterada e novos cálculos indicavam que ele estava assumindo uma rota de colisão com o planeta gigante nas latitudes de 43º e 45º do hemisfério sul como de fato aconteceu. A partir daí, programas internacionais de observação monopolizaram astrônomos de todo o planeta. Afinal, tratava-se de uma oportunidade única de presenciar um evento planetário passível de só acontecer em centenas ou milhares de anos. 

As Observações

Não só astrônomos bem como o telescópio espacial Hubble, a sonda Voyager-2 bem como a Galileu a caminho de Júpiter – considerada na ocasião a mais favorável para observação dos impactos – foram monopolizadas para observação da maior colisão já observada pelo homem. Na ocasião também a sonda Ulysses sobrevoando o pólo sul do Sol, ficou encarregada de captar emissões em rádio e ondas de choque dos impactos. O Hubble fez observações em luz visível e no ultravioleta. Também os rádio-observatórios foram convocados para observação dos impactos que poderia resultar distúrbios na magnetosfera de Júpiter e que poderia resultar num fenômeno visual do tipo aurora.  Os impactos foram calculados para acontecer dos dias 16 a 22 de julho de 1994. Os cometas compostos de rocha, gelo e poeira, são testemunhas da formação do sistema solar, antiqüíssimos andarilhos que perambulam entre os planetas. Apesar do gigantesco volume da coma e da cauda quando gradativamente se aproximar do Sol, seu núcleo não excede os 23 quilômetros de diâmetro.

Um espetáculo inigualável

Cada fragmento do cometa deslocando-se a 200 mil km/h aproximadamente 215 vezes mais rápido que um Boeing ou o suficiente para cobrir a distância Rio – São Paulo em 6 segundos, iriam liberar uma quantidade de energia 50 mil vezes o arsenal nuclear da época, algo impensável para os padrões humanos. Os pedaços do cometa denominado “trem nuclear”, penetraram na espessa atmosfera de Júpiter a 60 km/seg.  e iam sendo destruídos com o hidrogênio, hélio e outros gases numa imensa explosão. Os 21 fragmentos do cometa obedeceram numeração e letras. Os dias com horários dos impactos para o Brasil começou no dia 16 ás 16:50 com o fragmento A e terminou no dia 22 ás 05:21 com o fragmento W. Um dos maiores fragmentos, o G colidiu com Júpiter no dia 18 às 04:36 e criou uma mancha escura com cerca de 12.000 km de diâmetro liberando energia equivalente a 600 vezes todo o arsenal nuclear do mundo!  Telescópios terrestres observaram a bola de fogo subindo da borda do planeta pouco depois do impacto inicial. O maior fragmento Q 1 com 3 a 4 quilômetros de diâmetro atingiu Júpiter no dia 20 e o resultado foi uma explosão apocalíptica, com clarão três vezes maior que o diâmetro terrestre! O clarão foi de tal ordem que foi refletido nos satélites Io e Europa, os maiores mais próximos do planeta. O nono fragmento K foi observado no dia 19 às 07:26 e foi visto pelo Observatório Anglo Australiano como uma imensa bola de fogo de gás superaquecido com brilho três vezes maior que o diâmetro da Terra. 

No Brasil, o clarão do fragmento L no dia 19 registrado na borda do planeta às 23:32, somente foi registrado pelos observatórios Nacional do Rio de Janeiro e Observatório Astronômico de Piracicaba, SP, e não demorou mais que 3 minutos. Em Piracicaba, estivemos associados ao programa “Júpiter Comet Watch” da Association of Lunar and Planetary Observers, ALPO, EUA. Júpiter tem uma rotação de 9h 55m e vários fragmentos colidiram no lado escuro do planeta mas foram registrados pela sonda Voyager 2 do seu ponto privilegiado no espaço. Os efeitos dos últimos fragmentos não puderam ser registrados devido as gigantescas e espessas nuvens resultantes das explosões anteriores. Elas permitiram através da análise espectroscópica, descobrir que a amônia e o sulfeto de carbono persistiram por 13 a 14 meses após as colisões.  Depois de cada explosão, os astrônomos ficaram intrigados com enormes manchas escuras oriundas de cada explosão procurando uma razão sobre o que era feito este material. Elas foram de tal ordem que podiam ser vistas mesmo com modestos instrumentos. Visíveis por vários meses, foram desaparecendo gradualmente. Há evidências de que outros cometas no passado colidiram com Júpiter e seus satélites. Em Júpiter é impossível ver registro desses impactos em razão da sua espessa atmosfera, mas fotografias obtidas pelas missões Voyager, identificaram cadeias de crateras em Calisto e em Ganimedes que só poderiam ser feitas por cometas fragmentados. A experiência nas observações foi importante para os cientistas colherem preciosas informações no comportamento do cometa em sua órbita, durante os impactos, composição e a dinâmica que reinam na atmosfera joviana, além de abrir ampla discussão para avaliar as consequências devastadoras que poderia acontecer fossemos nós os atingidos. Nesse caso, você não estaria lendo esse artigo.

(6543) A oposição do asteroide chamado "Senna".


I – Introdução

As reminiscências ao ocorrido à 25 anos atrás quando o cometa Shoemaker-Levy 9 descoberto por Eugene Shoemaker, sua esposa Carolyn e David H. Levy de um cometa na noite de 23/24 de março de 1993, utilizando uma câmara Schmidt do Observatório de Monte Palomar, EUA. (TRAVNIK, 2019) levou-me a  outra lembrança de descoberta realizada por este casal;  trata-se do asteroide 6543 Senna (1985 TP3) e sua próxima oposição em 2019. 

II – Oposição

Em 13 de julho próximo, o asteroide Senna estará com seu posicionamento favorável às observações (fase da Lua = +0.851), quando então sua magnitude chegará a 16.1, portanto dentro dos limites de magnitudes observáveis de instrumentos óticos com 400mm de abertura ou acima. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como um mapa de busca da região de Sagittarius onde ele poderá ser localizado, sendo Albaldah (Pi Sagittarii) de magnitude 2.8 e tipo espectral F2II uma importante referência que possibilitará sua localização neste período.



III – A Descoberta

Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, (6543) Senna foi descoberto em 11 de outubro de 1985 também pelos astrônomos Eugene Merle Shoemaker e Carolyn Jean Spellmann Shoemaker no Palomar Observatory (IAU Code 675) (CHAMBERLAIN, 2003). O nome foi sugerido pela Astronomical Society of South Australia e também pelo Ayrton Senna Fan Club também daquele pais (SCHMADEL, 2003).

IV – A Homenagem

Expoente do automobilismo mundial Ayrton Senna da Silva (1960-1994) foi piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial nos anos de 1988, 1990 e 1991. Em sua carreira consta ainda: 41 vitórias, 19 voltas mais rápidas e 65 pole positions (SCHMADEL, 2003). Na fotografia do álbum de família (figura.2) do astrônomo amador Antônio Sérgio Avelino que por diversas vezes atuou como voluntário em provas do Grand Prix de Interlagos (Brasil) (AVELINO, 2014), Senna encontra-se com a vestimenta que utilizou na sua passagem pela Lotus em 1987. Senna faleceu em 1º de maio de 1994 em Ímola (Itália) quando participava de seu 161º Grande Prêmio.


Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância media da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

2 = As coordenadas equatoriais ascensão reta e declinação (J2000.0) são apresentadas no formato HH:MM:SS (hora/grau, minuto e segundo).

3 = Na carta celeste acima apresentada encontram-se estacadas a presença dos seguintes objetos celestes: Saturno, magnitude visual estimada em 0.1 e diâmetro de 18.4" além do Planeta Menor (134340) Plutão, com magnitude visual estimada em 14.2 e diâmetro de 0.1"; e importante ainda mencionar a presença dos asteroides: (371) Bohemia, com magnitude visual estimada em 11.9 e (379) Huenna com magnitude visual estimada em 12.5. Mais brilhantes esses asteroides já se tornam acessíveis observacionalmente a instrumentos de médio porte. 

4 = A fase lunar acima mencionada assume os seguintes valores: 0.000 = Nova; +0.500 = Quarto crescente;  1.000 = Cheia e -0.500 = Quarto minguante.

Referências:

Avelino, A.S. Fotos do Senna(anexo) [mensagem pessoal] Mensagem recebida por <arcampos_0911@yahoo.com.br> em 13 de mai de 2014 às 10:19.

Chevalley, P. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 4,0, March. 2017. Disponível em:  <https://www.ap-i.net/skychart/en/news/version_4.0>. - Acesso em: 04 Jan. 2019.

Chamberlin, A. B. 6543 Senna (1985 TP3) JPL Small-Body Database Browser. Jet Propulsion Laboratory, aug. 2003 (Last Updated). Available in: <http://ssd.jpl.nasa.gov/sbdb.cgi#top> Acess in 14 May, 2014.

Schmadel, L.D. (2003). Dicionário de nomes planeta menor (6 ed.). Alemanha: Springer. p. 15. ISBN 978-3-540-00238-3. 

Travnik, N.A. S. – O suicídio do Cometa. Sky and Observers, mai, 2019. Disponível em: < https://sky-observers.blogspot.com/2019/05/o-suicidio-do-cometa-shoemaker-levy-9.html> Acesso em 01 Mai. 2019.


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