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domingo, 1 de julho de 2018

A oposição de Marte em 27 de julho 2018

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Marte, ao longo dos tempos, sempre ocupou a mente de nossos antecessores e isso é um fato real, visto que já provocou inúmeras contendas e acaloradas discussões, de cientistas até à população em geral, muito embora eu não creia que nos próximos 50 anos a nossa civilização venha a colonizar este planeta, devido a diversos óbices que temos que superar. 

Ele é conhecido desde a mais remota antiguidade. Aristóteles teve ocasião de observar uma ocultação de Marte pela Lua e Ptolomeu informou que Marte passou próximo da estrela Beta do Escorpião no dia 17 de janeiro do ano 272 a.C. (MOURÃO, 1987). Simplesmente observado a visão desarmada, Marte é um astro brilhante de cor avermelhada e fica muito evidente no céu noturno na época de suas oposições ao Sol. As efemérides (Tabela 1) para essa oposição mostram isso. 
  


Desta forma, observando em um telescópio, é possível distinguir em sua superfície regiões claras e com tons rosáceos, regiões escuras e brancas evidenciando suas calotas polares que se estendem e regridem segundo as suas estações climáticas. 


O Quadro 1 (acima) também apresenta dados de referências observacionais para este período, podendo-se utilizar as efemérides (Tabela 1) para plotagem numa carta celeste deste planeta, que se encontram publicadas no Almanaque Astronômico Brasileiro de 2018 (figura 2 – ilustrativa), cujo download pode ser feito gratuitamente no seguinte link: https://goo.gl/kniuMW


O Planeta

Marte é integrante necessário da lista de objetos observáveis nas atividades práticas de diversos observatórios, clubes de astronomia e planetários que realizam observação ótica também com seus visitantes, sendo uma oportunidade excelente para os astrofotógrafos. Exemplo disso é a imagem obtida pelo observador brasileiro Antonio Martini Júnior, do Observatório Sagitário em Botucatu-SP (Figura 3), realizada em 15 de maio de 2016 (data próxima daquela oposição) quando foram registradas na superfície marciana detalhes como: Sirtes Major, Hellas, Utopia, Sinnus Sabaeus e o Mare Tyrrhenum. Segundo Martini, essa imagem foi realizada com um Telescópio Meade SC 10" contendo 1590 frames empilhados de 9600.   


Nesta oportunidade, Marte estará a uma distância da Terra de 0.3861546 u.a (57.767.907 Km), com um diâmetro aparente 24.31", magnitude visual -2.8 e a elongação obviamente de 173.53°, podendo ser facilmente localizado na constelação de Sagittarius.

Importância

Nestas ocasiões, a observação de Marte fica muito mais evidenciada e em algumas épocas temos como perceber particularidades interessantes do planeta como uma sutil diferença de cores em sua atmosfera, desde que se utilize equipamentos de abertura de 300mm ou maiores. 

As oposições planetárias são uma fantástica oportunidade para todos os observadores buscarem detalhes observacionais, uma vez que poderão ser registradas mudanças interessantes na superfície marciana. Desta forma, esses registros serão bem significativos, constituindo então uma excelente oportunidade para que todos possam elaborar e manter um registro de dados dessas observações.

Notas:
1 = (ua)* Conforme a Resolução da IAU 2012 B2, acolhendo proposta do grupo de trabalho “Numerical Standards for Fundamental Astronomy”, redefiniu-se a unidade astronômica de comprimento correspondendo à distância média da Terra ao Sol equivalendo assim a 149.597.870.700 metros, devendo ser representada unicamente por au (“astronomical unit”) OAM (2015).

Boas Observações!

Referências:

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- _________. Da Terra às Galáxias. Ed. Vozes Ltda. 3ª Ed. revista e ampliada, 1982. 359P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2018. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2017. 136p. Disponível em: <https://goo.gl/kniuMW> Acesso em 02 Dez 2017.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:   <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 26 Nov. 2015.

- OAM (IAG-USP) - http://www.observatorio.iag.usp.br/index.php/mencurio/curiodefin.html - Acesso em 18 Ago. 2015.

O Eclipse Total da Lua em 27 de julho 2018

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

I – Introdução

Em 27 de julho próximo teremos a ocorrência do segundo eclipse lunar deste ano, cuja região de visibilidade engloba a África, Ásia (sudeste, região subcontinental indiana, Oriente Médio, região da Ásia central até a cordilheira dos Montes Urais na Rússia), abrangendo assim grande porção do leste europeu, conforme apresentado na figura 1.


Regiões do oeste da África, Europa e regiões do Atlântico (incluindo ilhas do Atlântico norte e sul) e América do Sul poderão acompanhar o eclipse próximo à linha do nascer (CAMPOS, 2017).

II – Imersão e Emersão de crateras

A tabela 1 abaixo apresenta as estimativas realizadas pelo físico brasileiro Hélio Carvalho Vital que fornece os instantes previstos para os contatos primários de limbo lunar com a penumbra e umbra da Terra, bem como também os instantes de imersão e emersão para as principais crateras e demais características do revelo lunar.


A tabela 2 abaixo, informa que o instante máximo ocorre às 20h21m44.3s (TU), quando a lua então estará no zênite em algum ponto sobre o oceano índico (próximo a Madagascar e Ilhas Reunião e Maurício) entre as coordenadas de Latitude -19.000S e 56.000W; a duração da totalidade encontra-se estimada 103 min e 22 segundos (incerteza de +/-8 seg => 95%), já a duração da Parcialidade em 235 min 0 segundos.


Buscando facilitar a identificação do relevo e das principais características visíveis na superfície lunar, foi gerado esse mapa lunar (figura 2) que poderá ser utilizado por todos os observadores na correta identificação destes pontos.  



Os instantes de contato primários e as principais fases deste eclipse, também são apresentados na tabela 2 acima com tempos estimados em TU = Tempo Universal, sendo que a figura 3 apresenta as condições de umbra e penumbra no instante da totalidade.


III – Avaliações da coloração segundo a Escala de Danjon

Segundo ainda o físico Hélio de Carvalho Vital, coordenador da área de eclipses da REA/RJ (Brazilian Observational Astronomy Network), a Lua deverá ficar bastante escura porque atravessará o eixo central da sombra da Terra, onde há muito menos luz residual (VITAL, 2018).

Felizmente temos como avaliar essa coloração. O astrônomo francês André-Louis Danjon (1890 - 1967) propôs uma escala de cinco pontos úteis para avaliar o aspecto visual e o brilho da Lua durante a fase de totalidade dos eclipses lunares. Os valores "L" (inseridos na tabela 3) para várias luminosidades são definidos da seguinte forma:


IV – Conclusão

Um eclipse mais claro ou escuro? certamente a gigantesca tela lunar revelará essa informação aos observadores somente durante a ocorrência deste eclipse. Da mesma forma que os eclipses de 09 dezembro de 1992, 29 de novembro de 1993 e 16 maio de 2003 mostraram-se significativamente mais escuros que o previsto. Os eventos vulcânicos responsáveis por esses efeitos foram identificados, destacando-se dentre eles: a violenta explosão do Monte Pinatubo em Junho de 1991 e a erupção do Monte Reventador em Novembro de 2002 (VITAL, 2007).

Boas Observações!

Referências:

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2018. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2017. 136p. Disponível em: < https://goo.gl/kniuMW> Acesso em 02 Dez.

- ________________. O Eclipse Total da Lua em 04 de abril 2015! – Sky and Observers. Disponível em https://goo.gl/a854A4 Acesso em: 16 Dez. 2017.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:   <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 26 Nov. 2015.

- VITAL, Hélio Carvalho. Monitorando Explosões Vulcânicas na tela Lunar. REA/Brasil. REPORTE Nº 12, págs. 67/69. 2007. Disponível em:  http://www.rea-brasil.org/reportespdf/reporte12-artigo11.pdf Acesso em: 05 mar. 2015.

- ___________. REA (Lunissolar) - Available in: <http://www.geocities.ws/lunissolar2003/EL201807.htm> Acess in: 25 Jan. 2018.

O Eclipse Parcial do Sol em 13 de julho 2018

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB


I – Introdução

Em 13 de julho próximo, teremos a ocorrência do segundo eclipse do Sol (parcial) em 2018, cujas áreas de visibilidade (figura. 1) recai sobre regiões da Antártida, Oceano Índico e Pacífico Sul e também, extremo sul da Austrália e  com alguma sorte Stewart Island na Nova Zelândia.
  


II – Região de abrangência global

Conforme acima mencionado sua abrangência recairá próximo à costa sul da Austrália (incluí o extremo do estado de Victória - inclusive a localidade de Melbourne - Austrália Meridional e a Tasmânia.) e Nova Zelândia junto a Ilha Stewart e arquipélago das Ilhas Auckland (CAMPOS, 2017), melhor visualizado na figura 2 abaixo.



O instante máximo ocorre às 03:01:07 (TU = Tempo Universal); sendo apresentado abaixo as circunstâncias gerais de visibilidade para localidades do extremo sul da Oceania.

III – Visibilidade na Austrália

A tabela 2 abaixo apresenta as circunstâncias gerais de visibilidade para algumas localidades naquela região.

IV - Conclusão

A ocorrência deste eclipse certamente deixará os amigos(as) observadores(as) daquela região numa situação privilegiada. Essas experiências somente fazer crescer a expectativa para o Eclipse Total do Sol que ocorrerá em 02 de julho de 2019, quando então o cone de totalidade com início no sul do Oceano Pacífico cortará o território chileno tendo por término na Argentina, próximo a cidade de Buenos Aires.

Diante do exposto eles darão razão ao astrônomo norte-americano, o conhecido “caçador de eclipses” Jay Myron Pasachoff quando compara a diferença entre observar um eclipse solar parcial e um total; à sensação é de assistirmos uma ópera ou ficar do lado de fora do teatro. Não devemos pensar que Pasachoff está exagerando, entretanto o registro científico de qualquer evento astronômico, quando compartilhado é extremamente gratificante, visto que além de observador, passamos também a condição de participantes do fenômeno (CAMPOS, 2013).
 
Referências:

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987,  914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2018. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2017. 136p. Disponível em: < https://goo.gl/kniuMW> Acesso em 02 Dez 2017.

- ___________. Sky and Observers: O eclipse do Sol em 03 de novembro de 2013. Disponível em: < https://goo.gl/oqCyYQ> Acesso em 13 Jan. 2018.

- CHEVALLEY, Patrick. SkyChart / Cartes du Ciel - Version 3.8, March. 2013. Disponível em:  <http://ap-i.net/skychart/start?id=en/start>. - Acesso em: 26 Nov. 2015.

- Google Maps/Google Earth; Path <Occult4\Prediction\SolarEclipse.kmz> Feature: <-49.200931, 142.962772.kmz> Acesso em: 25 Jan. 2018.

A ocultação de 37 Xi 2 Sagittarii pela Lua em 26 de julho 2018

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Em 26 de julho próximo a Lua +97% iluminada e uma elongação solar de 161° ocultará a estrela 37 Xi2 Sagittarii de magnitude 3.5 e tipo espectral G8/K0II/III (CDS, 2018) conforme figura 1 ilustrativa. Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios; esse evento poderá ser observado em grande parte das Américas, África e regiões adjacentes.



Desta forma, os observadores localizados na região setentrional da África (Argélia, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Níger, Nigéria e Senegal) e região da costa oeste, poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela, conforme apresentado na tabela 1.



De forma semelhante os observadores localizados na América Central (Aruba, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Ilhas Cayman, Rep. Dominicana, El Salvador, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Porto Rico, São Cristóvão e Nevis, Trinidad e Tobago.), poderão acompanhar os eventos de Desaparecimento e Reaparecimento desta estrela, ocorrendo em algumas partes durante o crepúsculo conforme apresentado na tabela 2.


Já observadores localizados no sudeste da América do Norte (estado da Flórida-USA) observarão esse evento conforme apresentado na tabela 3, sendo que a localidade de Tallahassee somente o reaparecimento poderá ser observado.



Observadores localizados na região norte e nordeste da América do Sul (Brasil, Colômbia, Suriname e Venezuela) poderão observar este evento conforme apresentado na tabela 4.
  


Circunstâncias Gerais de visibilidade no Brasil

Não podemos deixar de mencionar ainda que além das localidades mencionadas na tabela 4, este evento também será visível em outras localidades do Brasil. Assim sendo, encontra-se disponível (figura 2 - Ilustrativa) para download no link: https://goo.gl/i5jFnB as condições de desaparecimento e reaparecimento para 358 municípios localizados nas regiões norte e nordeste, podendo este evento ser observável também do extremo norte das regiões centro oeste e sudeste brasileiro.


E importante ainda mencionar que essa ocultação poderá ser facilmente observada em Las Palmas de Gran Canária no oceano Atlântico a qual na tabela 5 abaixo, apresentamos as gerais de visibilidade e também de desaparecimento e reaparecimento para essa localidade.
  


Além das circunstâncias acima mencionadas, abaixo apresentamos o mapa global (figura 3) com a faixa de visibilidade do fenômeno a qual abrange além das respectivas regiões, ilhas e reservas naturais localizadas nos oceanos Atlântico e Pacífico.
  


37 Xi 2 Sagittarii

A designação de Bayer para Xi2 Sgr (figura 4) e ainda 37 Sgr para o número de Flamsteed são suas referências usuais; entretanto HR 7150, BD-21 5201, HD 175775, SAO 187504, FK5 710 e ZC 2759 (CDS, 2018) são outras designações também para essa estrela.
  


Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2018. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2017. 136p. Disponível em: < https://goo.gl/kniuMW> Acesso em 02 Dez.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acesso em: 28 Abr. 2016.

- FERNIQUE, Pierre. Centre de Données astronomiques de Strasbourg [CDS]: Available in: <http://simbad.u-strasbg.fr/simbad/sim-id?Ident=SAO+187504&submit=submit+id> - Acess in: 24 Jan. 2018.

A ocultação de 2UCAC 24731009 por (52) Europa em 19 de julho 2018

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil – AWB

Na madrugada de 19 de julho próximo, o asteroide (52) Europa, ocultará a estrela 2UCAC 24731009 de magnitude 11.9 na constelação de Sagittarius, proporcionando uma rara oportunidade da realização do registro deste tipo de fenômeno aos observadores localizados em sua região de abrangência (Figura 1) apresentada abaixo (PRESTON, 2017).


Regiões de Abrangência

Numa rápida análise da figura acima, podemos observar que o evento terá uma excelente visibilidade no continente africano, sendo que na América do Sul iniciar-se-á junto à costa do Brasil (Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina), visível também no extremo norte do Uruguai; na América austral, essa ocultação poderá ser observada até algum ponto entre as coordenadas: Latitude: -28º 52’  5" e Longitude: - 57º  0’  0" portanto, região nordeste da Argentina.

A figura 2 (Google, 2017) indica o início da projeção da sombra sobre a América do Sul e com seu término (já na fase diurna) sobre o oceano pacífico junto à costa do Chile; isso faz com que toda essa região torne-se favorável para as observações deste fenômeno.


Uma vez na superfície deste continente, ela recairá sobre as seguintes regiões: Brasil: (Rio Grande do Sul) Alegrete, Anta Gorda, Antônio Prado, Arroio dos Ratos, Barra do Ribeiro, Bom Princípio, Butiá, Cacequi, Cachoeira do Sul, Camaquã, Canguçu, Capão da Canoa, Carazinho, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Cerro Branco, Cerro Largo, Chapada, Charqueadas, Cidreira, Cruz Alta, Dois Irmãos, Dom Pedrito, Dona Francisca, Encantado, Entre Ijuís, Espumoso, Estrela, Estância Velha, Garibaldi, Ibirubá, Ijuí, Itaqui, Jaguari, Lajeado, Linha Formosa, Manoel Viana, Marau, Minas, Mostardas, Muliterno, Nova Bassano, Não-me-toque, Osório, Palmares do Sul, Palmeira das Missões, Panambi, Passo Fundo, Picada Café, Porto Alegre, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, Santiago, Santo Antônio da Patrulha, Santo Augusto, Santo Ângelo, Soledade, São Borja, São Gabriel, São Leopoldo, São Lourenço do Sul, São Luiz Gonzaga, São Marcos, São Sepé, São Vicente do Sul, Tapera, Tapes, Taquara, Tavares, Toropi, Torres, Três de Maio, Tupanciretã, Uruguaiana, Vacaria e Viamão; (Santa Catarina) Araranguá e Criciúma. Uruguai: Articas, Bella Unión, Tomás Gomensoro, Javier de Viana e Rivera. Como mencionado, nas regiões norte e nordeste da Argentina (próximo a localidade de La Cruz na província de Misiones); extremo sul do Paraguai e norte do Chile, essa ocultação estará ocorrendo na fase crepuscular vespertina.

(52) Europa e 2UCAC 24731009

No caso desta ocultação, a luz combinada do asteroide e da estrela cairá em 0.39 magnitude, num período de tempo estimado em 23.2 segundos; já na época de sua oposição, (52) Europa encontra-se com uma magnitude visual estimada em 11.0 na constelação de Sagittarius.

Em 12 de agosto de 2012, (52) Europa ocultou a estrela TYC 6223-00442-1, revelando ser essa um sistema binário de magnitudes 11,3 a componente primária e 12,4 respectivamente a componente secundária; já o asteroide (52) Europa tem um diâmetro médio de = 350 (± 5 km) Em 12 de agosto de 2012, (52) Europa ocultou a estrela TYC 6223-00442-1, revelando ser essa um sistema binário de magnitudes 11,3 a componente primária e 12,4 respectivamente a componente secundária; já o asteroide (52) Europa tem um diâmetro médio de = 350 (± 5 km) (GIACCHINI et al, 2012).

Muito pouco se sabe sobre 2UCAC 24731009 que embora se encontre na constelação de Sagittarius, poderá ser facilmente localizadas se utilizarmos como referências s estrela: 57 Sgr de magnitude 5.3, classe e tipo espectral  G5III, conforme carta de busca apresentado na figura 3.


Suas coordenadas equatoriais (ascensão reta e declinação astrométricas da Missão Gaia (http://www.cosmos.esa.int/gaia)  são: 19 56 27.5054  Decl: -18 36 54.852 respectivamente.

Segundo o observador brasileiro Antonio Padilla Filho (REA/Brasil), o registro das ocultações por observadores não-profissionais não tem muitos adeptos no nosso país. O campo é fértil para a produção de dados precisos se forem utilizados equipamentos adequados, que hoje estão ao alcance de qualquer pessoa que tenha interesse e o mínimo de recursos (PADILLA FILHO, 2016).

Sites recomendados:

"Como observar"
"formulário de reporte"
(ocultações de estrelas por asteroides).

No Facebook:

“Ocultações Astronômicas”.

Este grupo destina-se à divulgação e discussão de eventos astronômicos na área de 'Ocultações'. Ocultações de estrelas e planetas pela Lua, ocultações de estrelas por asteroides e as técnicas empregadas para o registro destes eventos.

Boas Observações!

Referências:

MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica. Rio e Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1987, 914P.

- CAMPOS, Antônio Rosa. Almanaque Astronômico Brasileiro 2018. Belo Horizonte: Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), 2017. 136p. Disponível em: < https://goo.gl/kniuMW> Acesso em 02 Dez 2017.

- PADILLA FILHO, Antonio. Sky and Observers, A ocultação de TYC 5667-00417-1 por 236 Honoria. Disponível em: http://goo.gl/l7n3Z8, Acesso em 22 maio 2017.

- HERALD, Dave. Occult4 v4.1.0.27 (24 March. 2014) Uptade v4.2.0 available in: <http://www.lunar-occultations.com/occult4/occultupdate.zip> Acess in 21 Abr. 2017.

- GIACCHINI, Breno Loureiro. Descoberta da duplicidade de TYC 6223-00442-1 durante uma ocultação por (52) Europa. Belo Horizonte: Ed. REA-Brasil. 2013. Disponível em: <http://www.rea-brasil.org/ocultacoes/noticias.htm> - Acesso em 08 set. 2014.

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