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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Céu do mês – Fevereiro 2012

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

O céu este mês continua apresentando um lindo espetáculo. Talvez seja por estarmos ainda no solstício de verão (no hemisfério sul) algumas noites apresentam-se completamente límpidas, noutras temos algumas oportunidades (chamo isso de janelas observacionais) que podemos apreciar a abóbada celeste por uma boa fatia de tempo. Assim nossa atenção para as observações a simples visão desarmada, fatalmente irão recair para estrelas brilhantes como: Procyon, Castor, Pollux, Aldebaran, Betelguese, Canopus, Regulus, Rigel e Sirius que tornam o céu nesta época do ano, um maravilhoso espetáculo.


Nota:

Às 00:00 HBV de Brasília (02:00 UTC) do dia 26 de fevereiro próximo, termina o Horário de Verão em parte do território brasileiro, que esteve em vigor nas regiões determinadas pelo Decreto n° 6.558 de 08 de Setembro de 2008.

Assim sendo, as regiões afetas: a) – SUL, estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; b) SUDESTE, estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais e, c) CENTRO-OESTE, estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, retornam para o Fuso de -03:00 (UTC - Tempo Universal Coordenado).

Planetas!

Mercúrio = Ele permanecerá até o dia 12 próximo na constelação de Capricornus, sendo que no dia 07 estará em sua conjunção superior, chegando ao ponto máximo de declinação (-17.3º) também nessa data. Ele já terá cruzado a constelação de Aquarius adentrado a constelação de Pisces em 26 de fevereiro quando estará em nodo ascendente, ganhando alguma condição observacional após o dia 20 de fevereiro. Suas respectivas magnitudes são: -1.1 em 01/02, -1.4 em 15/02 e -0.9 em 29/02.

Vênus = O brilhante planeta estará na constelação de Aquarius somente até o segundo dia, pois ingressará em Pisces já em 02/02. Cruzando o equador celeste em nodo ascendente no dia 09, no dia 10 ele estará numa conjunção matutina com o Urano (Figura. 2) numa separação de 18.2’. Suas respectivas magnitudes e elongações são: -4.1 e 39.9° em 01/02, -4.1 e 42.2° em 15/02 e -4.2 e 44.2º em 29/02.


Marte = Podendo ser observado por quase toda a noite, Marte estará na constelação de Virgo até o dia 03 próximo, quando então na constelação de Leo chegará ao ponto mais afastado de sua órbita em torno do sol (afélio), às 21:06 UTC do dia 15 de fevereiro. Suas magnitudes -0.6 em 01/02, -0.9 em 15/02 e -1.2 no dia 29/02, já são indícios de uma promissora oposição.

Júpiter = Observado por quase toda a noite desde setembro do ano passado, Júpiter continuará a diminuir sua elongação. Ele, juntamente com as brilhantes estrelas que foram acima mencionadas, disputará a atenção dos observadores no princípio da noite. Suas magnitudes serão de -2.3 em 01/02 e 15/02 respectivamente e de -2.2, no dia 29/02 quando então sua elongação será de 56.9°. Na tabela 2, podemos encontrar os horários (UT – Tempo Universal) previstos dos trânsitos da Grande Macha Vermelha (GRS) para este período.

Saturno = Com seu nascer ocorrendo a cada dia mais cedo, Saturno já pode ser vislumbrado na primeira parte da noite. Ele é facilmente localizado na constelação de Virgo. Já no dia 07 ele encontra-se estacionário iniciando seu movimento retrógrado, sendo que suas respectivas magnitudes neste período são 0.6 em 01/02, 0.5 em 15/12 e 0.4 em 29/02 quando sua elongação (130.8º) já estará bastante elevada.

Urano = Urano encontra-se na constelação de Pisces e a cada dia vem diminuindo sua elongação (50.1º em 01/02, 36.6° em 15/02), pois estará aproximando de sua conjunção com Sol (23.2º em 29/02). Mesmo assim, em 10/02/2012 conforme acima mencionado (figura 2), ele estará em conjunção matutina com Vênus, que poderá ser vislumbrada por observadores situados no pacifico, Austrália, Nova Zelândia, Tasmânia e região.

Netuno = Sem surpresas, Netuno na constelação de Aquarius numa elongação de 18.3º (em 01/02) ainda vem tenho seu ocaso após o Sol, mas após o dia 10 ele estará definitivamente mergulhado na claridade solar, quando em 15/02 ele encontrar-se-á apenas 4.6° em relação a ele. Sua conjunção ocorrerá no dia 19 sendo que no dia 20 estará em sua mínima distância a Terra (30.9893 UA); sua magnitude será de 8.0 por todo período.

Ceres e Plutão = Com uma magnitude um pouco mais favorável 9.2, as observações, Ceres ainda poderá ser acompanhado nas primeiras horas da noite após o ocaso do Sol. na constelação de Cetus; já Plutão tornando-se um astro vespertino a cada dia deste mês, poderá ser localizado na constelação de Sagittarius antes do nascer do sol. Como sua magnitude é atualmente de 14.1, o ideal seja realizar essas tentativas de localização, entre os dias 10 e 21, quando então a fase da lua não deverá causar interferência.

Constelação:

Gemini

Quando eu estava preparando o tema sobre a “Ocultação de Propus pela Lua” que ocorreu no mês passado, não havia ainda escolhido uma região celeste selecionada, mas após perceber o precioso manancial de objetos Deep-Sky e estrelas fascinantes que ali podemos vislumbrar; então não foi difícil a opção de escolha de destaque dessa constelação; vocês perceberão facilmente essa opção após a leitura; numa primeira referência quando mencionamos Gemini, vem em nossa mente às gigantes e binárias Castor e Pollux, mas ele guarda muitas outras surpresas.

E já que estamos falando sobre as estrelas binárias, vejamos na tabela (3) abaixo, algumas delas:

Como estamos tratando das estrelas duplas dessa constelação e importante mencionar que 38 Geminorum aparece como uma interessante binária visual de magnitude 4.6; mas é igualmente importante mencionar algumas estrelas variáveis pulsantes dessa constelação como a própria Propus, uma variável semi-regular com um período de 2 a 10 dias, Mekbuda uma estrela clássica do tipo Delta Cefeída com um período de 10.15172 dias e U geminorum que inicialmente sabia-se que essa era uma Estrela cataclísmica variável (CV) mas recentemente foi identificada como um sistema de estrela binária que consiste de uma anã branca em órbita de uma anã vermelha.

É destacado no catálogo Deep-sky South (Napoleão, REA-Brasil, S/D) encontramos uma excelente indicação do Aglomerado Aberto M35 (mag. 5.2). Alguns observadores mencionam que este é um objeto brilhante o suficiente para ser visto olho nu como uma mancha difusa no céu. A essa magnitude já reportam outros observadores que esse seja um desses objetos que podemos apreciar com binóculos.

Outro excelente objeto existente nessa constelação é a nebulosa planetária NGC 2392, ou Nebulosa do Esquimó. Podemos ainda chamar-lhe de Nebulosa do Palhaço. SW Burnham (1894), informa ser um dos mais bonitos objetos desse tipo no céu, Já os observadores Guilherme de Almeida e Pedro Ré (2000), informam que ele terá uma aparência estelar quando observado com um binóculo 7x50 mas já a utilização de uma luneta de 60 mm pode-se observar um disco de cor levemente esverdeada, sendo que a estrela central (mag. 10,8) torna-se visível com um telescópio de 114 mm.

Já o NGC 2420 foi descoberto em 1785 por William Herschel com um telescópio de 18,7 polegadas f/13. Ele chamou-lhe esse aglomerado aberto de "uma nuvem comprida, bonita com muitas estrelas grandes e pequenas", ele tem cerca de 12" de diâmetro, com uma magnitude de 8.3.

Eles não são os únicos, entretanto são plasticamente os que mais enriquecem essa constelação; assim, eu quero crer que a escolha foi correta, pois a vontade de estar próximo a um telescópio e observar esses objetos celestes e uma constante, isso motiva cada vez mais nosso interesse pelos objetos mencionados!

Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2012, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2011, 104P.

- Burnham, Robert Jr. – Burnham's Celestial Handbook. Dover Publications, Inc., 1978. ISBN 0-486-23568-8 pp. 905–43.– Inc. New York – USA, 1978.

- http://resources.metapress.com/pdf- Acesso em 04/01/2012.

A Oposição de Marte em 2012

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Marte sempre atraiu a atenção dos astrônomos em todos os tempos e hoje, a simples menção do Planeta Vermelho, já suscita no grande público uma grande quantidade de opiniões a seu respeito. Então novamente agora (mais do que nunca), é preciso lembrar que em suas oposições, nunca da (superfície da Terra), observaremos este planeta do mesmo tamanho da Lua. Já tratamos desse tema em julho de 2010 (disponível em: https://sky-observers.blogspot.com/2010/07/boato-sobre-marte-e-duas-luas.html) quando uma série de e-mail tipo “spam” foi encaminhada a esmo, levando o grande público leitor a acreditar nesse boato.

Histórico

Para Johannes Kepler e Tycho Brahe, Marte em 1604 foi o grande balizador celeste que possibilitou ao cônego polonês a partir das observações realizadas por Tycho em Benatek definir rigorosamente a órbitas de Marte e, conseqüentemente as demais órbitas planetárias.

Desde suas oposições favoráveis na segunda metade do século XIX, Marte vinha causando um frisson aos astrônomos daquela época, pois seu diâmetro aparente e magnitude foram extremamente favoráveis a observação (tabela 1); Isso foi o suficiente para contagiar o observador italiano Giovanni Schiaparelli a reportar em suas observações uma série de Canali em sua superfície.


Nota: (UA) = Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

Entretanto as oposições favoráveis de Marte que ocorreram em 13 de julho de 1907 e principalmente a de 19 de setembro de 1909, fez com o observador Eugène Antoniadi, utilizando um telescópio de 83 cm do Observatório Meudon em 1909, concluir que os canais marcianos eram uma ilusão ótica.

Em 27 de agosto de 2003, Marte teve uma de suas maiores oposições, quando então, seu diâmetro angular chegou a 25.11” com uma magnitude de -2.9 e uma distância a Terra de 0.3727313 UA; uma situação bem mais próxima ocorrerá em 31 de julho de 2018, mas com um diâmetro bem menor.

O Planeta

Este ano embora não seja uma oposição muito favorável aos observadores do hemisfério sul devido as adversidades climáticas nesta época do ano, Marte estará novamente em oposição em 03 de março próximo (tabela 2), quando então sua distância a Terra chegará a 0.6744979 UA, seu diâmetro angular em 13.88” e fase de 0.999%, com uma magnitude de -1.2.

Ele apresentara seu hemisfério norte em evidência, sendo que em 30 de março próximo 01:13 (TU) ocorrerá o início do verão no Hemisfério Norte marciano (figura 1).

A região celeste a qual poderemos encontrar Marte e bem conhecida dos astrônomos. Certamente ele ao juntar-se-á as brilhantes estrelas da constelação de Leo (figura 2), deverá tornar-se um espetáculo imperdível para nossos olhos e telescópios também.

Os observadores visuais se assim o desejar, poderão realizar desenhos da superfície marciana. Então eu aproveitei uma Ficha de Esboço de Desenhos da REA (Rede de Astronomia Observacional - figura 3), para ilustração (e conseqüentemente aproveitamento) desse texto e sugiro ainda que os observadores iniciantes realizem e reporte seus registros da superfície marciana. Esta ficha está disponível para download em: http://rea-brasil.org/marte/2003/marte03h.html, juntamente com um detalhamento completo de sua utilização.

No emprego de telescópios para a observação de Marte, pode-se destacar a observação das manchas, das nuvens e das calotas polares e seus tamanhos são os mais diversificados, variando de Cassegrain de 185mm, refletores de 200mm com distância focal de 1200mm; e aumentos de 200 vezes, refletores de 320mm, f 5,8 e aumento de 308 vezes e até 500mm do Observatório do Capricórnio em Campinas-SP; quando então o astrônomo Julio Cesar Lobo o utilizou nas oposições de 1992-1993.

Assim eu selecionei alguns desenhos bem interessantes realizados pelos observadores Ilídio Ferreira Afonso e Antonio Padilla Filho do Rio de Janeiro, realizados entre novembro e dezembro de 1990, que foram reportados no Boletim Argo Navis (figuras 4 e 4a. em detalhe).
Alem das efemérides para Marte constantes no Almanaque Brasileiro de Astronomia para 2012 (disponível em: http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2012.pdf) você poderá utilizar a tabelas 3 e 4 abaixo, para realizar os cálculos do meridiano central marciano no momento de suas observações e realização de desenhos.


Eu tenho certeza que associações como: ALPO (Association of Lunar and Planetary Observers), LIADA (Liga Ibero-americana de Astronomia), REA-Brasil (Rede de Astronomia Observacional) e o CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), apreciarão conhecer e estudar esses desenhos, mas caso você já tenha alguma experiência com o uso de CCD para astrofotografia um tanto quanto melhor.

Boas Observações!

Referências:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Falsarella, Nelson – Reporte n° 7 – REA (Rede de Astronomia Observacional) P. 52/59, Dezembro, 1994 – 74P. São Paulo – SP – Brasil.

- Almanaque Astronômico Brasileiro – 2012 – Antônio Rosa Campos – CEAMIG – Dez 2011; 104p.

- Argo Navis – Boletim Informativo da Rede Rio de Astronomia, ano I, nº 6, março-abril 1991, 10 P. Rio de Janeiro – RJ.

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Eugenios_Antoniadi - Acesso em 02 Jan 2012.

- http://rea-brasil.org/marte/2003/marte03.html - Acesso em 04/01/2012.

O Asteroide (88) Thisbe em 2012

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Em 23 de fevereiro próximo, o asteroide (88) Thisbe estará com seu posicionamento favorável as observações (Lua = percentual iluminado +1.4%), quando então sua magnitude chegará a 7.5, portanto já dentro dos limites de magnitudes observáveis de pequenos instrumentos óticos, binóculos, lunetas e telescópios. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste de busca, objetivando sua localização nos próximos dias.


Como demonstra seu número em ordem de descoberta, Thisbe foi descoberto em 15 de junho de 1866 pelo astrônomo alemão Christian August Friedrich Peters (1806 - 1880) no Observatório de Clinton. Seu nome é uma homenagem a Tisbe, jovem moça da Babilônia, que foi apaixonada por Píramo. Ela cometeu suícidio em desespero, quando soube que o amante havia felecido (Mourão, 1987).


Nota: = (UA)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

Boas observações!


Bibliografia:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2012, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2011, 104P.

O Asteroide (6) Hebe em 2012

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Em 27 de fevereiro próximo, o asteroide (6) Hebe estará com seu posicionamento favorável as observações (Lua = percentual iluminado +0.22%), quando então sua magnitude chegará a 9.4, portanto já dentro dos limites de magnitudes observáveis de pequenos instrumentos óticos, binóculos, lunetas e telescópios. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste de busca, objetivando sua localização nos próximos dias.





Como demonstra seu número em ordem de nomeação indicado acima entre parênteses, Hebe foi descoberto em 01 de julho de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Hencke (1793 - 1866) no Observatório de Dricsen. Seu nome é uma homenagem à deusa da juventude, Hebe, filha de Júpiter e Juno. Hércules a esposou no céu. O nome foi proposto pelo astrônomo Gauss (Mourão, 1987).


Nota: = (ua)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

Boas observações!


Bibliografia:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2012, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2011, 104P.

O Asteroide (16) Psyche em 2012

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Em 03 de março próximo, o asteroide (16) Psyche estará com seu posicionamento favorável as observações (Lua = percentual iluminado +0.68%), quando então sua magnitude chegará a 10.2, portanto já dentro dos limites de magnitudes observáveis de pequenos instrumentos óticos, binóculos, lunetas e telescópios. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste de busca, objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de descoberta, Psyche foi descoberto em 17 de março de 1852 pelo astrônomo amador italiano Annibale De Gaspari (1819 - 1892) no Observatório de Nápoles. (Mourão, 1987).


Nota: = (UA)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

Boas observações!


Bibliografia:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2012, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2011, 104P.

O Asteroide (5) Astraea em 2012

Antônio Rosa Campos
arcampos_0911@yahoo.com.br
CEAMIG – REA/Brasil - AWB

Em 12 de março próximo, o asteroide (5) Astraea estará com seu posicionamento favorável as observações (Lua = percentual iluminado -0.81%), quando então sua magnitude chegará a 9.0, portanto já dentro dos limites de magnitudes observáveis de pequenos instrumentos óticos, binóculos, lunetas e telescópios. A tabela abaixo apresenta suas efemérides e bem como uma carta celeste de busca, objetivando sua localização nos próximos dias.



Como demonstra seu número em ordem de descoberta, Astraea foi descoberto em 08 de dezembro de 1847 pelo astrônomo amador alemão Karl Ludwig Encke (1793 - 1866 ) no Observatório de Driesen. Seu nome é uma homenagem do astrônomo J.F. Encke a deusa da justiça, Astréia, filha de Júpiter e Têmis. (Mourão, 1987).


Nota: = (UA)* Unidade Astronômica. Unidade de distância equivalente a 149.600 x 106m. Convencionou-se, para definir a unidade de distância astronômica, tornar-se como comprimento de referência o semi-eixo maior que teria a órbita de um planeta ideal de m=0, não perturbado, e cujo período de revolução fosse igual ao da Terra.

Boas observações!


Bibliografia:

- Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas - Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro (RJ) - 1987, 914 P.

- Campos, Antônio Rosa - Almanaque Astronômico Brasileiro 2012, Ed. CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais), Belo Horizonte (MG) - 2011, 104P.

Ano Bissexto: Uma História que Remonta ao Egito

Nelson Travnik*

No dia 24 de fevereiro estão transcorridos 430 anos da introdução do calendário que usamos, o Gregoriano. 2012 é ano bissexto porque em fevereiro temos 29 dias: fato que ocorre a cada quatro anos. A palavra bissexto vem do latim, bissextus, que significa duas vezes sexto, ou seja, que o ano tem 366 dias. São anos sempre cercados de mitos, tradições e crendices e há este ano irão somar propaladas profecias assustadores sobre grandes catástrofes na Terra. Esse clima de fatalismo é passível de causar instabilidade emocional nas pessoas menos esclarecidas, provocada por religiosos, esotéricos ou de meros fanáticos. Este é, portanto um ano em que nós astrônomos e abalizados pesquisadores, temos a responsabilidade de esclarecer a população sobre o que realmente a ciência diz sobre o assunto. Somente ela está apta a elucidar questões referentes a grandes catástrofes geológicas e espaciais, passíveis de causas grandes danos ao planeta.


ORIGEM

O ano bissexto surgiu em 238 a.C. , em Alexandria, no Egito. Durante a monarquia helenística de Ptolomeu III (246 -222 a.C.) foi decretado a adição de um dia a cada quatro anos para compensar a diferença que existia no excesso anual de 6 horas na duração do ano de 365 dias. Ao excesso anual de 6 horas deveria ser acrescentado 1 dia em cada quatro anos no calendário oficial. As raízes, portanto, do ano bissexto estão no Egito.

A INTERVENÇÃO DE JÚLIO CÉSAR

Como veremos adiante, simplesmente instituir um ano bissexto em cada quatro anos não resolve o erro acumulativo com o passar dos anos. E o imperador Júlio César (100 -44 a.C.), duzentos anos depois, em -46 a.C., ao instituir o seu calendário Juliano apoiado nos estudos do astrônomo grego Sosígenes, persistiu no mesmo erro. Primeiro para corrigir as discrepâncias existentes, foram adicionados 80 dias ao ano de -46 passando o mesmo a ter 445 dias. Por isto foi chamado o “Ano da Confusão”. O ano passou a ter inicio no dia 1º de janeiro, tendo 365 dias e ¼ divididos em 12 meses de 30 e 31 dias com exceção de fevereiro que teria 28 ou 29 dias sendo bissexto. No inicio tudo funcionou bem, mas depois de algum tempo sobrevieram erros gritantes. Adotado por mais de 16 séculos, no ano 730 o monge Beda constatou no Concílio de Nicéia que o calendário Juliano estava errado e que ao fim de 128 anos, ocorria atraso de 1 dia em relação ao inicio das estações. Em 400 anos as estações adiantavam-se três dias. Após 16 séculos de uso o inicio da primavera já estava coincidindo com o Natal!

Júlio César

CAOS NO CALENDÁRIO DETERMINOU NOVAS REGRAS

Alguém tinha que fazer alguma coisa e esse alguém foi o papa Gregório XIII que para isto convocou o astrônomo e médico napolitano Luigio Lilio (1510-1576) e o matemático alemão Christophorus Clavius (1537-1612) para elaborar regras para um novo calendário. Segundo conselhos dos astrônomos, resolveu corrigir de vez a diferença entre o calendário oficial e o solar. No dia 24 de fevereiro de 1582 o papa editou a bula ‘Intergravissimas’ decretando a reforma do calendário. A modificação principal para corrigir os erros do calendário Juliano é que só seriam bissextos os anos seculares quando múltiplos de 400 e que o ano de 1582 que já acumulava um atraso de dez dias em relação ao ano solar, seria diminuído de dez dias passando a quinta-feira 04 de outubro para a sexta-feira dia 15. Quem dormiu, portanto no dia 04 acordou no dia 15! Com a nova distribuição dos anos bissextos em final de século ficou sanado o erro de 3,1132 dias que se acumulavam no fim de 400 anos pelo calendário Juliano. Mesmo assim o calendário Gregoriano não é perfeito, pois apresenta um excesso de 1.132 dias em cada 3.300 anos solares. O fato curioso é que o excesso de 12 segundos do calendário Gregoriano sobre o tempo real de translação da Terra ao redor do Sol fará com que os anos de 3.320 e 6.640 fevereiro terá 27 dias. A reforma gregoriana foi logo aceita pelos países católicos, inclusive o Brasil em 1582. Os países protestantes esperaram até 1700 quando a diferença entre o Juliano e o Gregoriano já eram de 11 dias e a Inglaterra só aderiu em 1752. Apesar das mudanças feitas no atual calendário, ele ainda é arbitrário e matematicamente errôneo e isto tem levado alguns organismos a pensar em um novo calendário. Contudo essas tentativas não vingaram e parece que como está ainda vai permanecer por longo tempo. O calendário para ser rigorosamente exato deveria ser astronômico.
Gregório XIII introduziu novo calendário em 1582

TEMPUS FUGIT – CARPE DIEM

Seja como for o tempo não nos pertence, na verdade somos nós que somos seus escravos, pois é ele que decide a hora do nascimento e da despedida. Ninguém tem mais nem menos tempo. Estamos presos a este planeta submetidos aos seus movimentos que nos dá direito a 1440 minutos por dia, 168 horas por semana e a 8.766 horas por ano. No nosso cotidiano, o fluxo do tempo nos escapa. Para regular o tempo criamos, pois um calendário. É ele que rege nossa existência, nossas lembranças e nossos sonhos. Por conseguinte é válido recordar sempre a máxima em latim : Tempus Fugit – Carpe Diem, O Tempo passa Célere, Foge – Aproveita o Dia, o Momento.

*Nelson Travnik é astrônomo dos observatórios municipais de Americana e Piracicaba/SP e Membro Titular da Sociedade Astronômica da França, fundada por Camille Flammarion em 1887.

Rubens de Azevedo

Personagens da nossa Astronomia

RUBENS DE AZEVEDO 1921-2008
*Nelson Travnik


Naquela tarde de 17 de janeiro de 2008, cerca das 18h00 em Fortaleza - CE, a astronomia nacional perdia uma de suas figuras mais expressivas : Rubens de Azevedo, geógrafo, astrônomo amador, escritor, jornalista, artista plástico e poeta. Tantas qualidades em uma só pessoa. Rubens nasceu em Fortaleza,Ce, no dia 30 de outubro de 1921, filho do pintor e poeta Otacílio de Azevedo. Ainda na infância e adolescência, um amigo costumava emprestar-lhe a coleção “Tesouros da Juventude” e a partir dele Rubens correu atrás de saber o que havia além das estrelas.

PRIMEIROS PASSOS

Mais tarde como ele dizia, por questão de pobreza, pois sua luneta era pouco potente, passou a observar e estudar a Lua. Foi o primeiro passo para reunir interessados e fundar em 1947 a Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia, SBAA, a primeira no Brasil e que serviu de estímulo para a criação de várias outras sociedades no País. No teto de sua casa construiu o Observatório Camille Flammarion onde realizou notáveis desenhos do cometa 1948 L. Já nesta época, auxiliado por um amigo, publicava o boletim ‘Zodíaco’ que retornaria mais tarde quando voltou a fixar residência em Fortaleza - CE. Em 1949 conheceu aquela que seria sua esposa, colaboradora e fiel companheira em todos os momentos, Jandira Carvalho de Azevedo, escritora, jornalista e poetisa. É desta época o livro ‘Uma Viagem Sideral’ e um mapa da Lua, único no País com 80 cm de diâmetro cuja cópia pode ser encontrada no Museu do Eclipse em Sobral, CE. Em 1951 Rubens foi diplomado em Geografia e História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Ceará.

EM SÃO PAULO

Ainda em 1951, convencido pelo renomado físico Romulo Argentiére, Rubens arrumou as malas e mudou-se para São Paulo. Nesta cidade pode melhorar seus estudos e encontrar pessoas como Jean Nicolini, Sakahrov, Frederico Funari e Zambardini entre outros. Esses contatos foram extremamente importantes na vida de Rubens e sua esposa. Fundou a Sociedade Brasileira de Selenografia. Publicou os livros: ‘O Desenho sem Mestre’ (1954), ‘Selene – A Lua ao Alcance de Todos’ (1959), ‘Lua, Degrau para o Infinito’ e ‘Na Era da Astronáutica’ (1962). Em São Paulo, Rubens colaborou com vários artigos na imprensa e em outros livros como o ‘Atlas Geográfico’ e o ‘Novo Dicionário’ da Editora Melhoramentos e a ‘Geologia Aplicada a Selenografia’ na revista da Escola de Minas de Ouro Preto, MG, VOL. 31. Rubens mantinha a esta época contato com os renomados selenógrafos Patrick Moore e Percy Wilkins. Certa vez Wilkins solicitou a Rubens a observação de uma cratera para confirmar uma serie de coisas, ciente de sua aptidão para o desenho. Não dispondo de um instrumento potente, através do seu colega Flávio A. Pereira, solicitou o uso ao IAG-USP da luneta Zeiss de 175mm para poder fazer o desenho da cratera solicitada por Wilkins. A resposta foi que não queriam nenhum amador por lá! Isto já sendo Rubens respeitado e admirado em muitos países. Em 9 de janeiro de 1963, ao observar a Lua, avistou um acidente na região de Grimaldi a quem chamou Vale Brasilienses. Astrônomos amadores no Chile disseram ter observado o vale e até propuseram batizá-lo como Vale Azevedo o que Rubens não concordou. De difícil observação, existe dúvida quanto a definição exata do acidente e para isso consultei um expert em observações lunares, Prof. Vaz Tolentino do Observatório Lunar de Belo Horizonte, MG. Segundo ele que utilizou telescópio e câmera CCD com altíssima resolução, o Vale Brasilienses existe e se encontra em uma fotografia feita por ele em 20/12/2010 e relata: “uma escarpa (rupes) de cor branca e desenho curvo, que parte da cratera Grimaldi A (do lado oeste de Grimaldi), encontra uma cadeia reta de montanhas que parte da borda de Grimaldi com orientação sudoeste, criando assim um vale entre as duas formações”. E acrescenta: O Vale se afunila na direção sudoeste onde, no final do ‘funil’ inicia-se um canal (rille) longitudinal muito fino, que transpõe transversalmente algumas cadeias de montanhas ao longo do seu caminhamento até “afinar” tanto que desaparece nas montanhas seguintes antes de atingir o limbo lunar”. Já o astrônomo Nelson Falsarella de S. J. do Rio Preto, SP, atualmente o maior expert brasileiro em observações do planeta Marte, observando a região em várias oportunidades com seu telescópio refletor newtoniano de 200 mm e munido de uma videocâmera CCD, observa que não há uma definição exata sobre o acidente. Para ele, Rubens parece ter confundido o acidente com uma sucessão de crateras, com uma raia ou com um canal. Falsarella tece uma série de considerações apoiado em desenhos e fotos feitos por ele, 5 desenhos feitos por Rubens e imagens da sonda americana Galileo quando de sua passagem pela Terra em 8/12/1990 bem como das feitas pela Lunar Orbiter 4 em maio de 1967. Essas considerações feitas por esses exímios observadores mostra que o assunto ainda requer mais observações e isto é realmente fascinante.

NO RIO GRANDE DO NORTE

Em 1966 arrumou novamente as malas e foi residir em Natal, RN e lá junto a Associação Norte-Riograndense de Astronomia, ANRA, presidida pelo Dr. Antônio Soares Filho, foi a mola mestra para a realização em 1967 do VI Congresso da Liga Latino Americana de Astronomia, LIADA. Os meios colocados à disposição pelo Governador do Estado, Monsenhor W. Gurgel e a Marinha do Brasil foi de tal envergadura que nunca mais se viu algo parecido até os dias de hoje. Foi nessa ocasião meu primeiro contato com Rubens.

NA PARAIBA

Mais parecendo um astrônomo cigano, a seguir Rubens foi residir em João Pessoa, PB. Lá conseguiu a construção do Observatório da Paraíba na Fundação Padre Ibiapina e a realização do Primeiro Encontro Nacional de Astronomia, ENAST em julho de 1970. Em 1969 publicou o livro ‘No Mundo da Estelândia’. A presença de Rubens em João Pessoa foi decisiva para a implantação mais tarde do Planetário Carl Zeiss Spacemaster que seria inaugurado em 18/06/1982 no Espaço Cultural José Lins do Rego, doado pelo então CEDATE-MEC. Ainda em João Pessoa, face a sua notória e reconhecida experiência na observação lunar, foi indicado pelo Dr. Ronaldo R. de Freitas Mourão do Observatório Nacional, CNPq-MST, para fazer parte da equipe inicial de cinco astrônomos que iria colaborar com observações no Projeto Apollo da NASA-JPL-Smithsonian Institution, denominado ‘Lunar International Observers Network’, LION. Do programa constavam observações dos chamados TLP’s, Transiente Lunar Phenomena. A partir daí observadores devidamente treinados de várias instituições, a maioria astrônomos amadores, viram-se incorporados ao Programa LION. Durante o Programa, o Brasil colaborou com 63 observações de TLP’s por 23 observadores. Nesta época Rubens realizou uma importante constatação de brilho incomum na cratera Aristarco, confirmada pelo astronauta Edwin Aldrin. Graças a Rubens, a Universidade do Sertão de João Pessoa em 1972 publicou relatório completo das observações realizadas no Brasil, solicitadas a mim pelo coordenador do Programa LION no Brasil, Dr. Ronaldo R. F. Mourão. Mourão me solicitou que selecionasse as três observações de TLP’s mais importantes o que fiz e que consta deste relatório. Este relatório está á disposição dos interessados através do e-mail : nelson-travnik@hotmail.com. Em João Pessoa Rubens foi membro do Instituto de Genealogia e Heráldica, membro fundador e presidente da União Brasileira de Astronomia, diretor da Casa de Cultura Raimundo Sela e diretor do Observatório da Paraíba.

RETORNANDO A FORTALEZA

Foi professor e coordenador do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Ceará, fundou o Observatório Oto de Alencar na Universidade Estadual do Ceará e a União Brasileira de Astronomia, UBA sendo eleito seu primeiro presidente. Nesta época publicou ‘O Cometa Halley’ (1985), ‘A Bandeira Nacional’ (1988), ‘O Homem Descobre o Mundo’ (1989) e ‘Memória de uma Caçador de Estrelas’ (1996), autobiografia. Juntamente com o Prof. Demerval C. Neto, amigo e companheiro, incentivou a ciência do céu a tal ponto de sensibilizar a direção de dois colégios, Christus e Sete de Setembro, a erigirem observatório em suas unidades e promoverem cursos de astronomia. Devido a seus artigos na imprensa, persistência, contatos inclusive políticos feitos com seu amigo Demerval, junto ao prefeito de Fortaleza e o Governador do Estado, é inaugurado no dia 26 de fevereiro de 1997, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema, o ‘Planetário Rubens de Azevedo’ contando com um projetor Carl Zeiss ZKP-3. O nome dado por proposição do Prof. Demerval e aprovado pela Prefeitura, a uma pessoa ainda viva, fato incomum, é um eloquente atestado do prestigio, conceito e admiração não só do cearense mas de toda a comunidade astronômica nacional a quem muito fez pela astronomia. Seu nome consta do Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica de Ronaldo R.F. Mourão por sinal, um de seus admiradores. De temperamento alegre e jovial, os que conviveram com ele guardam para sempre momentos inesquecíveis. Desde o falecimento da esposa “O Maior Amor” como intitulou em um dos capítulos de sua autobiografia, sua saúde começou a declinar sensivelmente vindo a falecer em 17 de fevereiro de 2008 aos 87 anos de idade. Várias homenagens lhe foram prestadas entre elas a que fizemos em Piracicaba, SP, colocando no ‘roll-off’ do Observatório Astronômico o nome de “Pavilhão Rubens de Azevedo”.

*Astrônomo nos observatórios municipais de Americana e Piracicaba, SP, e Membro Titular da Sociedade Astronômica da França, SAF.

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